domingo, julho 30, 2006

OS BONS EXEMPLOS NO INTERIOR DA "MARGEM ESQUERDA" - 3 MONFORTE















Outro bom exemplo de bem servir as populações vem de Monforte, outra zona onde é necessário estancar a saída de jovens e fixar jovens casais, aqui faz todo o sentido, usar estes mecanismos financeiros para instalar jovens casais onde há uma taxa de jovens maior como no Seixal é que nos parece algo abusivo, para não dizer fraudulento.

Mas voltando a Monforte as imagens permitem mostrar o que é possivel fazer com poucos meios e com pouco dinheiro, basta uma autarquia apostada em criar uma zona de lazer no trecho de um pequeno ribeiro, quanto dariam estes municipios para ter um praias fluviais como as qua abundam no Estuário do Tejo cheias de lixo e ao abandono?

São os custos da interioridade dirão e realmente, só tem 3241 habitantes, mas não vemos urbanizações a crescer nem rotundas a ser construídas sem sentido, nem viadutos feitos a contar com a instalação de mais um hipermercado, o que vêmos é uma arquitectura de dimensão humana e uma politica centrada nas pessoas, não nos negócios fáceis nem nas permutas o alterações à la carte do uso do solo.


MONFORTE
Ano de 2006
Finanças Locais - Indicadores e Aplicação
ImpostosValores em Euros
Contribuição Autárquica 87 419
Imposto Sobre Veículos 23 564
Sisa 25 902
IRS 1 059 444
População
População Residente 3 241
Menores de 15 anos 427




Outros Indicadores
Área 420 (Km2)
Amplitude Altimétrica 358 (m)
Área x Factor Altimétrico 537
Freguesias 4
IDS 0.85300186061828
FundosValores em Euros
FBM 1 080 268
FCM 2 477 514
FGM 382 736
TOTAL 3 940 518

Acima, aqui ficam outros numeros para se meditar sobre o país real...

OS BONS EXEMPLOS NO INTERIOR DA "MARGEM ESQUERDA" - 2 MARVÃO













Marvão, um Património único, uma qualidade de gestão territorial e urbana de excelência.

Marvão tem andado ocupado com a candidatura da vila a Património Mundial da Unesco, houve um trabalho notável na recuperação arquitectónica, na repavimentação, após terem sido refeitas e/ou construídas todas as infraestruturas , as obras ainda não estão concluídas mas o esforço foi notável e de sublinhar o exemplo de uma autarquia que vai projectar para o futuro , toda uma herança patrimonial herdada e que no presente é já um destino turistico e cultural de excepção, promovendo a região e o país , mas não é só com o passado e com os visitantes exteriores que esta autarquia se preocupa, preocupa-se também com os seus residentes , de quem no dia a dia ali vive, nesse sentido e dada a distância que separa da costa, elogia-se o trabalho exemplar das piscinas ao ar livre, da construção de uma zona de lazer bem como a construção de um circuito de manutenção e de instalações desportivas, isto literalmente "no meio do campo".











Na imagem as piscinas naturais e as municipais de Marvão ,associadas a uma zona desportiva e de lazer, isto num dos concelhos mais penalizados pela actual lei das finanças locais (tem3739 habitantes) , e que não tem esquemas de betonização do seu território, alterações de uso do solo para construção de habitação e outros esquemas comuns às autarquias ditas "ricas" mas que há muito maior qualidade de vida do que na Margem Esquerda do estuário do Tejo, isso já, as pessoas aqui parecem contar mais.

O contraste não podia ser mais gritante por exemplo com os concelhos da margem esquerda do estuário do Tejo, apesar de dispôrem de uma vasta frente ribeirinha e de praias fluviais de excepção, tudo praticamente está ao abandono, sem aproveitamento, sem cuidado, sem uma preocupação visivel pelo cidadão, circuitos de manutenção, espaços verdes mantidos... muito menos. Alguns dados para meditar:


MARVÃO
Ano de 2006
Finanças Locais - Indicadores e Aplicação
ImpostosValores em Euros
Contribuição Autárquica 122 488
Imposto Sobre Veículos 28 298
Sisa 46 466
IRS 1 029 511
População
População Residente 3 739
Menores de 15 anos 402
Dormidas 18 610
Residentes + Dormidas 3 789
Outros Indicadores
Área 155 (Km2)
Amplitude Altimétrica 804 (m)
Área x Factor Altimétrico 209
Freguesias 4
IDS 0.84462354659936
FundosValores em Euros
FBM 1 080 268
FCM 1 834 981
FGM 402 793
TOTAL 3 318 042


sábado, julho 29, 2006

OS BONS EXEMPLOS NO INTERIOR DA "MARGEM ESQUERDA" - 1 PORTALEGRE


















Boa prática do Pólis em Portalegre foi a instalação da Câmara Municipal no que foi uma antiga fábrica, na imagem, excelentemente recuperada.

Fomos até ao interior, não perdendo o Sul, fomos até ao Norte desse mesmo Sul sem deixarmos a Margem esquerda do Tejo, em busca de boas práticas, de bons exemplos feitos por autarquias bem mais pobres e em zonas mais desertificadas que as da zona da Peninsula de Setubal e estuário do Tejo e Sado.






Acompanhando a passagem de José Sócrates por Portalegre assistimos à tentativa de "dar a volta" a uma cidade que luta contra os factores deste modelo de desenvolvimento assente no litoral, que esquece um interior que está afinal sómente a duas horas dessa costa em autodestruição.







Portalegre é hoje o primeiro exemplo da aplicação do Programa Polis, um programa laçado por José Sócrates há cerca de oito anos , enquanto Ministro do Ambiente, curiosamente, o actual titular da pasta referia exactamente o numero de ministros que entretanto tutelaram a pasta entre José Sócrates e o próprio Prof. Nunes Correia o ministro em exercício, as consequências de uma tal rotação numa pasta que deveria ser a espinha dorsal do desenvolvimento sustentado do país estão à vista...

O Pólis Portalegre permitiu fazer um face-lift a uma cidade algo estagnada, dando-lhe um toque de recuperação patrimonial e ao mesmo tempo modernidade, se bem que mais e melhor haverá a fazer com a aplicação posterior do Pólis XXI, um programa que acompanhará e desenvolverá, no futuro, obras que serão consequência das agora inauguradas. Para já revelaram-se um excelente exemplo de recuperação urbana e paisagistica. O Parque criado junto às instalações da autarquia elas também resultantes da recuperação de uma antiga fábrica é uma mais valia ambiental e urbana, tal com o parque de estacionamento subterrâneo aí construído.

A recuperação do centro histórico e as obras ainda em curso no Castelo projectam o lado de preservação patrimonial e investimento turistico, no entanto faltam ciclovias, algum ordenamento no trânsito e sinalética . O edificio da Escola Superior de Tecnologia á entrada é magnifico, mas a antiga escola "Comercial e Industrial" tem o ar decadente traduzido pelos péssimos resultados dos seus alunos a nível nacional o que dá razão ao Ministro do Ambiente ao afirmar que há um lado "social" do Programa Pólis a ter de ser levado em conta , nada mais a propósito neste interior belissimo , e sem grafittis , mas envelhecido e desertificado.

Por outro lado há alguns prédios incaracteristicos e que nada têm a ver com a cidade a aparecer em locais que necessitarão de um melhor enquadramento paisagistico em termos de envolvente arborizada.

O primeiro Ministro deixou ainda as pistas do que será a politica do governo para as cidades, em termos nacionais, sublinhou, as cidades devem “melhorar as questões do ambiente, reduzir a poluição, cuidar do espaço público e da sua memória e identidade”.

Alguns dados sobre Portalegre:


PORTALEGRE
Ano de 2006
Finanças Locais - Indicadores e Aplicação
ImpostosValores em Euros
Contribuição Autárquica 1 186 155
Imposto Sobre Veículos 269 286
Sisa 756 372
IRS 16 746 144
População
População Residente 24 756
Menores de 15 anos 3 147
Dormidas 26 899
Residentes + Dormidas 24 829
Outros Indicadores
Área 447 (Km2)
Amplitude Altimétrica 771 (m)
Área x Factor Altimétrico 604
Freguesias 10
IDS 0.91815969913691
FundosValores em Euros
FBM 1 080 268
FCM 5 032 611
FGM 1 268 926
TOTAL 7 381 805

sexta-feira, julho 28, 2006

OS TRINTA ANOS DO PARQUE NATURAL DA ARRÁBIDA














O Parque Natural da Arrábida completa hoje seu trigéssimo aniversário num cenário que não é o melhor para uma Àrea Protegida ao nivel da protecção ambiental que devia ser o garante e exemplo.

Numa sociedade onde o respeito pela natureza e pelo ambiente ainda é trabalho para duas ou três gerações, com favorecimentos vários à solta, não só no território do Parque mas em toda a Península de Setubal, seria pois de esperar o óbvio, que o próprio território do Parque Natural não escapasse a tamamnha pressão que ocorre sobretudo com loteamentos e construções avulsas, com patrocinio de uma ou várias entidades publicas.

Por outro lado temos várias feridas abertas e cada vez mais longe de estarem ou serem cicatrizadas, refiro-me como é normal, à SECIL, problema agora agravado com a novela da queima dos residuos industriais perigosos e também à exploração de pedreiras de calcário na região de Sesimbra... os interesses associados ao Betão agora numa outra vertente de exploração de matéria-prima.

Temos depois a imensa e generalizada falta de civismo deste povo que a cada dia que passa prova não merecer os recursos naturais e paisagisticos de que dispõe, desde os piqueniques cujos restos são abandonados no local, às "distrações" por vezes criminosas que têm provocado incêndios de uma dimensão avassaladora e incontrolável, até ao cidadão que ignora os alertas nas zonas de reserva integral ou deixa lixo por tudo o que é berma de estrada, ou mesmo pela profusão (agora mais disciplinada com o POA) de embarcações de vaidade e recreio...

Destes trinta anos de Parque natural da Arrábida ficará para sempre a imagem de Carlos Pimenta , imagem essa associada porventura ao período mais negro da Arrábida, a fase em que o Portinho foi transformado num imenso abarracamento...uma vergonha nacional.

Para quem tiver saudades desta fase "revolucionária" que se desloque até à Fonte da Telha e compare, para nos próximos trinta anos nem se atreverem pensar em repetir.

quinta-feira, julho 27, 2006

POLITICA EUROPEIA PARA AS CIDADES E ZONAS URBANAS











Politica de cidades, Margem Sul cada vez mais longe dos objectivos europeus

No passado sábado no Publico a Comissária Europeia responsável pela politica regional deixou recomendações para "A União que necessita de cidades inovadoras e dinâmicas, que saibam criar as melhores condições para o crescimento , a criação de empregos e a inovação e, simultâneamente garantir a coesão social e a qualidade do ambiente"

Ou seja, parece que Portugal se pretende afastar (como vimos ontem) ainda mais dos niveis de vida e desenvolvimento da Europa, apontando para uma politica de desenvolvimento local perfeitamente avessa às directrizes de Bruxelas, não admira pois, traçada por quem trata os funcionários que vistoriam o ambiente à pedrada e de "beijo na boca" os construtores civis e os promotores imobiliàrios.

Enquanto que em Portugal se decalcam alegremente situações social e ambientalmente erradas que conduziram a situações como as ocorridas há meses em Paris, em Bruxelas analisam-se sériamente estas questões de forma a enveredadr por uma outra abordagem das zonas urbanas... utilizando para esse fim fundos comunitários!!! Entre os objectivos pretendidos temos:

- Reforçar a atractividade das cidades, em termos de transportes, serviços, qualidade ambiental e cultura. - Fomentar um desenvolvimento equilibrado entre as diferentes cidades; reforçar as relações entre as zonas urbanas, rurais e periurbanas. - Consolidar as cidades como polos de crescimento , apoiando a inovação e e economia do conhecimento. - Melhorar a empregabilidade e diminuir as disparidades entre os bairros e grupos sociais. - Lutar contra a delinquência e espirito de insegurança. - Melhorar a governação das intervenções urbanas, graças a um planeamento eficaz e ao empenhamento de todas as entidades competentes interessadas.
Terminando com um apelo à criação de empregos, e inovação de forma a garntir coesão social e a qualidade do ambiente.

quarta-feira, julho 26, 2006

OS PDM DE SEGUNDA BETONIZAÇÃO

















Conter o Betão em Lisboa onde o PCP nada ganha, mas densificá-lo onde estão em maioria e onde são proprietários, parece ser o lema da CDU, perdão, do PCP...

A primeira geração dos Planos Directores Municipais baseou-se na fantasia, ou no nivelar por cima, não se vá dar o caso dos nossos amigos Patos Bravo não terem onde "criar riqueza", e assim se fizeram Planos Directores Municipal que na sua soma projectava a população portuguesa para valores de 50 milhões de residentes.

Em qualquer país onde os autarcas tivessem um nível de formação em urbanismo, um nada acima do serralheiro cívil, já se teria chegado à conclusão que se não estávamos à beira do precípicio, estáva-mos pelo menos à beira de uma falésia daquelas que ameaça ruir a cada momento uma vez que atingimos níveis de endividamento absolutamente incomportáveis e porque chegámos ao nivel de uma casa construída para cada dois portugueses...

Mas se se pensasse que a asneira, feita curiosamente com Cavaco Silva no poder foi resultado de uma impreparação entretanto corrigida, desenganemo-nos, a nova geraçãode PDM's que aí vem, ao invés de corrigir, pretende dilatar ainda mais as àreas de construção, exemplo disso é o já pré-apresentado PDM da Moita e a Carta de intenções do PDM do Seixal, no Seixal, como se não bastasse , houve por exemplo no Seixal, também alterações em sede de Plano de Pormenor contráriamente ás linhas directrizes do PDM eficaz, curiosamente para "fins sociais", no caso da Quinta da Cucena (terreno Industrial) e no caso sobejamente conhecido da Flor da Mata (terreno florestal).

A situação é de tal maneira grave que cinco associações ambientalistas da Área Metropolitana de Lisboa entre elas a QUERCUS, subscreveram um comunicado para o erro de lesa património que mais uma vez se está a cometer, antevendo-se concluindo que "uma verdadeira corrida ao betão, ganhando a Câmara que mais àrea de betão conseguir criar para gáudio de empreiteiros e especuladores"" Questões como a satisfação das necessidades dos munícipes ou de preservação da herança patrimonial e ambiental dos concelhos são, a esta luz, coisas bem pouco importantes"

Na margem Sul os Comunistas associados aos Verdes têm assim uma hipótese de muidar esta visão puramente economicista da gestão territorial e aplicar aquilo que é a sua luta nos municipios, óbviamente em que estão em minoria.

terça-feira, julho 25, 2006

INEVITÁVEL ?












Vê-se a obra, mas já não se vêm os sobreiros da imagem cortados pela raiz pois então...uma obra que se vê...

É inevitável que politicos instalados no poder há mais de trinta anos, tenham tecido uma teia de interdependências e troca de favores tal que tenham entretanto criado uma imagem distorcida da realidade e do sistema democrático.

É inevitável que politicos instalados no poder há mais de trinta anos se tenham cristalizado nessa teia de interesses, e tenham criado do bem público a ideia que de coutada privada se trata e que a sociedade a eles deve, providencialmente o facto de existirem e de com a deformação da sua "escola da vida", na ausência de melhor formação ou de qualquer outro mérito, não sendo logo, criticáveis nem muito menos questionáveis na sua postura.

Vem isto como é obvio mais uma vez a propósito do caso da Flôr da Mata/Pinhal dos Frades, um caso em que demonstra o quanto enviezada é a interpertação que os autarcas eleitos CDU têm da lei, nomeadamente no capítulo da participação civica dos cidadãos, de tal forma a enjeitam, guardiãos que são da sua estimada teia de interesses e tráfico de influências, consubstanciado em alterações do uso do solo, à laia de Plano de Pormenor, num projecto que sempre se fica pela penumbra, num processo que só se discute quando e como e com quem pretendem, numa amostra social por si escolhida e num projecto por si construído num faz de conta que pretendem passar por real.

Depois , quando os controleiros locais fazem argolada, quando a célula do quarteirão está distraída, quando as eleitos de tão confiantes entram em relaxe total, vêm ao de cima escolhos, que apesar de dissimulados, muitas das vezes deixam antever o que se esconde por detrás das "boas intenções", do bem do Povo, que como é óbvio, só a Eles assiste, a si guardiães, da moral, dos bons costumes e de uma justiça social que só as suas iluminadas cabeças atingem...

Assim se chega desplante dos desplantes ao cidadão, o cidadão comum, eu e você cujo ideal de democracia é tão obvio que basta um voto (sem ser de braço no ar) quando é caso disso, ou manifestar opinião através por exemplo de um "abaixo assinado", na Europa civilizada e Democrática é forma de auscultação directa, referendum às vontades locais, guia de orientação de quem governa respeitando a vontade do Povo, por cá assim não é:

- Em 2000 ao longo de cinco semanas circulou um abaixo assinado que reuniu 4000 assinaturas contra a destruição de uma zona protegida no Seixal, acima já referenciada, o que fez a autarquia? Ignorou... e reuniu depois com dois ou três grupos controlados pelo PCP e/ou financeiramente dependentes da autarquia , fazendo assim um simulacro de auscultação publica.

- Em 2006 vem à baila novo projecto, que pela LEI OBRIGA a nova discussão publica, O que faz a autarquia? Diz que a discussão publica foi feita...há seis anos...e que ao novo abaixo assinado em quinze dias reunido com 1500 assinaturas faltam agora...as moradas dos subscritores... (isto de durante a recolha das assinaturas terem sido roubadas inúmeras folhas já assinadas)...

Quanto à opinião dos cidadãos dizem esses iluminados que é irracional...

Mas há forma de respeito por déspotas assim?

segunda-feira, julho 24, 2006

BAIRRO SOCIAL - ESTIGMA MARGINAL













Vale de Chícharos - Jamaica, "para além do PER", para aqém da felicidade impossivel, no cartaz promete a Câmara (2005) 87 fogos...por construir no local...


Relembra-se as ultimas ( e quase únicas) declarações publicas do presidente da Câmara do Seixal, Alfredo Monteiro sobre a Flôr da Mata e a sua relação directa com Vale de Chícharos. Em declarações ao Site Setubal na R
ede (Out 2001) :

"Então porque é que a população protestou contra o projecto da Flor da Mata?

Alfredo Monteiro - Não tenho dúvidas que o processo foi muito positivo. E esta é a diferença da CDU: damos a cara. Reunimos com as instituições locais, as colectividades, a paróquia e a associação de moradores, ouvimos as pessoas e ajustámos o plano. Reduzimos o número de fogos para 198, não é apenas PER mas também habitação social para compra, particularmente para jovens casais. E já não vamos precisar daquele PER todo. Sempre apostámos no PER famílias e foi muito bem sucedido. Isso significa que as pessoas são realojadas individualmente, ou seja, adquirem casa em qualquer sítio do concelho. Com a Cucena, a Flor da Mata, e o plano de realojamento em Santa Marta de Corroios, vamos dar por completo o plano de realojamento do concelho. Por outro lado, a Flor da Mata vai ser importante porque temos uma situação em Vale de Chícharos que vai para além do PER. Vamos ter ali um programa de realojamento próprio e a Flor da Mata vai também servir para integrar esse programa. Mas quando se fala em planos de realojamento é preciso dizer que não fazemos guetos, pois o maior, que é o da Flor da Mata, vai ter 198 fogos.
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E sobre os Bairros Sociais relembra-se aqui o artigo de Fernanda Câncio "Os Bairros da felicidade impossivel", agrace-se a quem aqui ontem trouxe ambos textos , este e a entrevista de Alfredo Monteiro sob a forma de comentário, por ser oportuno optámos pela sua inclusão, fica também a questão: Alfredo Monteiro atropela a verdade?
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f
oto Picapau-Amarelo

"As políticas de realojamento conduziram ao gueto? A casa nova, de que se reclamou incessantemente o direito adquirido, não é afinal a "sua" casa, mas aquela que uma sociedade sem rosto entrega em penhor de uma qualquer "culpa". Uma esmola que ao invés de colmatar a exclusão a confirma. Uma desculpa, boa ou má



Mas este bairro de prédios de cinco e seis andares construído nos anos 80, com a sua escola e o seu salão de jogos e os seus graffiti e arredores de quintas abandonadas à espera de loteamento, a três ou quatro paragens de autocarro de um centro, de uma cidade qualquer, não é exactamente o postal da degradação.

Antes se parece com tantos outros "empreendimentos" ditos urbanísticos erguidos nas últimas três décadas nos arredores de Lisboa e Porto, de arquitecturas quase sempre insalubres e "equipamentos" quase sempre reduzidos ou inexistentes. E sem aquilo a que a socióloga Maria João Freitas, da direcção do Instituto Nacional da Habitação , chama a "cosedura territorial com o existente" - a co
nexão com o território urbano consolidado, qualificado, prestigiado.

Porque será então que quando se fala em "guetos" e "degradação urbana" se pensa nos chamados bairros de realojamento ou de "habitação social"? Se, como parece óbvio e Freitas faz questão de frisar, não existe no País, devido à proverbial deficiência de ordenamento e planeamento urbanístico, "grande diferença entre o desenho e a localização dos bairros sociais e os dos outros", porque será que a essa má imagem, exterior e interior, se colou só aos bairros ditos sociais, num processo de estigmatização que, frisa a socióloga, "lhes reforça a marginalização"?


Um estigma que, como o antropólogo José Cavaleiro Rodrigues escreve em As lógicas sociais dos processos de realojamento (revista Comunidades e Territórios, 2003), passa muito pela avaliação dos próprios. Sentindo-se "roubados" da nova identidade social sonhada, desenvolvem um "processo acusatório" em relação aos vizinhos. A "sociabilidade e a solidariedade iniciais do bairro de barracas" são substituídas pela "generalização de formas de interacção negativas".

É o "gosto pela casa e o desgosto pelo bairro" (mais uma síntese feliz de Guerra), que se dá a ver na destruição, pelos mais jovens, de tudo o que possa ser destruído nesse lugar maldito, das caixas de correio aos candeeiros e aos parques infantis. Uma automutilação que reforça o estigma, num paradoxo que Maria João Freitas lê como uma forma de comunicar "abandono e desagrado".







foto Quinta da Princesa - Seixal


Como quem diz olhem para o nojo de bairro em que vivemos. Olhem para o nojo que nos deram. Como é que podemos querer viver aqui? Como poderemos ser aqui felizes?
"Diz-se que 'destroem aquilo que é seu'", conclui Freitas. "Mas se calhar não sentem aquilo como seu".

A casa nova, de que se reclamou incessantemente o direito adquirido, não é afinal a "sua" casa, mas aquela que uma sociedade sem rosto entrega como penhor de uma qualquer "culpa". Uma esmola que ao invés de colmatar a exclusão a confirma."
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Alerta para os níveis de O3 - OZONO preocupantes para hoje, veja aqui.

domingo, julho 23, 2006

UM DIA PARA VI-VER O RIO











Tall-ships race 2006 , Lisboa

Como é possivel neste cenário, ver os homens construir de costas para o Rio, como é possivel na Margem Sul , por um lado a massificação do Picapau-Amarelo e a degradação e a decadência de sítios turisticamente interessantes como o Porto Brandão e a Trafaria? O centro histórico do Seixal ou Almada Velha?

sábado, julho 22, 2006

INTEGRAÇÃO VERSUS GUETIZAÇÃO










Escreve no seu livro Mudar o poder local ,sobre a politica de habitação social no Porto , o ex autarca PSD , Paulo Morais:

"É fundamental que todas as politicas autárquicas sejam pensadas numa perspectiva da coesão social, e que se pense sempre na capacidade de integração das diversas zonas da cidade. Ou seja, na perspectiva de as amarrar e as integrar na malha urbana, nomeadamente no que tem a ver com os bairros sociais.
Aliás, um problema muito grave, de que já falámos, tem a ver com a exclusão dos Bairros sociais da malha natural do Porto.Reverter a situação conseguir-se-á através de intervenções urbanisticas, rasgando ruas que atravessem os bairros sociais e os integrem na malha urbana, por um lado, e por outro lado, deslocalizando os equipamentos sociais essenciais para o exterior dos bairros. Porque um equipamento como um infantário no interior de um bairro social tem , numa primeira fase, o mérito de dar uma resposta social aos meninos daquele bairro, mas depois tem o demérito de os fixar no local (...) a organização da cidade tem de ser pensada sob o ponto de vista social, ou seja, na lógica de que qualquer equipamento social deverá ser um ponto de encontro e nunca de desencontro na constroção de um tecido social urbano..."

" É essencial que uma comunidade se integre através da sua vivência, do trabalho, ao lado de outros cidadãos.
O erro que se cometeu por essa Europa fora, e também no Porto, ainda que se tenha conseguido corrigir a tempo, foi o de fazer com que essas comunidades fossem viver para derminados espaços separados ou guetos..."

"Essa politica leva á "guetização" das minorias. Mas se houver regras claras, segundo as quais todos devem ser tratados como indivíduos integrados, não como membros de um determinado grupo, os imigrantes viverão onde houver disponibilidade, ou no mercado de arrendamento ou no de venda. Ou mesmo nas casas de habitação municipal,independentemente da sua origem."

"Aliás, a desintegração nas comunidades imigrantes na Europa tem a ver com politicas ditas de esquerda mas que, no meu entender, são politicas fascistas, de fixação de residência dos emigrantes. Aliás , os acontecimentos em França - essa vandalização geral partindo de bairros de imigração - são uma revolta dos que são excluídos, justamente por serem tratados como excluídos."

sexta-feira, julho 21, 2006

SEIXAL - DA FICÇÃO PARA A REALIDADE






















É este o excelente artigo do Publico, assinado por Claudia Veloso (clique sobre a imagem para aumentar e ler) , da sua leitura poderá compreender o desespero de quem ainda apoia este projecto e começa a não ter qualquer argumento que o justifique. De salientar a dança de proprietários, o favorecimento que esses especuladores receberam por parte da Câmara do Seixal, o protocolo secreto que o presidente Alfredo Monteiro não queria que fosse conhecido, mas que algum funcionário terá, e bem, introduzido no processo, para desespero do Presidente de Câmara (ao qual chama "erro dos serviços").


Posteriormente esse documento foi adulterado e reintroduzido, já numerado, no processo...

Espera-se agora que a investigação em curso por parte da Policia Judiciária recaia também sobre as ilegalidades ocorridas com o proprio dossier em fase de "Consulta Publica" e esclareça também outras situações menos claras de toda esta já longa novela,mas cuja trama se renova a cada dia que passa...

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Leia aqui outras noticias do Setubal on line (Clique) . Aqui também (clique) . Veja aqui a Contestação Cívica ao projecto da Flôr da Mata / Pinhal dos Frades (CLIQUE)

- E aqui no blogue de Pinhal dos Frades outros recortes de imprensa.

quinta-feira, julho 20, 2006

SOPRANOS E AMBIENTE FILMAGENS NA MARGEM SUL - QUANDO A REALIDADE ULTRAPASSA A FICÇÃO - PARTE 2








Confirma-se , a HBO-Portugal em comunicado enviado à nossa redacção confirmou o interesse em continuar as filmagens de "OS SOPRANOS" na Margem Sul, apontadas razões de exposição solar , o custo de vida e a de dispensa de argumentista, para além de não ter que destruir os locais de filmagem, é que já são tão feios que não é preciso destruir nada ,o que poupará cerca de 150% à produtora.

Ao serem questionados pela ausência de argumentista os responsáveis mostraram um dossier de recortes da imprensa nacional e local, bem como colecções de Boletins Municipais. Acompanhados de expressão "Life inspire us" que quer dizer em estrangeiro "A vida inspira-nos" usada pelo Millenium, desconhecendo-se se esta entidade será a financiadora e se esta série aparecerá no mercado como o anti "Código DaVinci".


Na imagem, dois dos consultores para a HBO para as ilhas e para a série "PERDIDOS", na reunião de topo em Nova Iorque que decidiu a mudança para a Margem Sul da filmagem de "Os Sopranos", estará uma ida de "Os Sopranos" à Madeira na calha? É que estes altos cargos acabaram de ouvir via teleconferência, um discurso de Estado do Alberto João.

Sobre os episódios a filmar, acrescentam-se agora o sexto, em que , depois de perseguidos os cidadãos ecologistas "filósofos ...e quejandos" aqui desvendado ontem, vemos hoje Tony que continua a dizimar uma larga extensão de floresta a oeste de A2, na sua exploração de saibro para construção. A cratera é imensa e pega com mais umas dezenas de crateras de dimensões idênticas, diriamos estar em Marte à medida que o helicóptero descola e nos mostra toda a extensão, nisto chegam numa Renault 4 (com leitor de MP3) dois fiscais do ambiente.
Tony leu algures que em Portugal esses indigentes eram recebidos à pedrada, mas como da pedreira só brota saibro aproveita para lhes atirar areia para os olhos correndo assim com eles dali para fora.
Na parte mais negra deste episódio vemos um motociclista a passear numa estrada deserta e a ser surpreendido por um cabo de aço que vai de berma a berma...o jovem morre, mas de manhã já o cenário do crime havia sido todo apagado e alterado...






Depois do intervalo veremos Tony Soprano a reunir com os outros areeiros e responsáveis da autarquia no sentido de criarem uma associação ecologista para defesa do ambiente, objectivo, livrar o ambiente dos fiscais do ambiente, pois sempre que aparecem fica tudo cheio das pedras que lhes atiram e isso é mau para o ambiente, mais tarde vêem-se estes areeiros a ser condecorados pela Câmara.

Noutro episódio , o sétimo desta saga Tuga, também passado na zona das saibreiras, Tony e seus comparsas recebem despejos ilegais de liquidos estranhissimos, uns que até brilham à noite, outros que pelo cheiro é melhor não aproximar, e que saber-se-à depois vão afectar os lençóis de àgua que abastecem as populações, mas o pano de fundo do episódio de hoje tem a ver com uma antiga fábricada pólvora desactivada e que durante anos poluiu a região, vemos que aqui a trama vai ser outra,não sabemos com quem vai reunir, mas temos várias viaturas Toyota Prius (amigas do ambiente) paradas no parque junto às instalações degradadas.
Lá dentro na penumbra alguém propõe ao Soprano mais um negócio, a autarquia fica com as instalações para um museu e o resto do terreno, mediante contribuição a combinar será paga por si, Tony só terá que fundar com outros parceiros indicados, uma empresa de compra e venda de propriedades, para se livrarem dos impostos, no fim vemos prédios a ser construídos em terreno que não foi descontaminado e antes das eleições o presidente a inaugurar o museu, mais um equipamento cultural para aquela cidade.






Noutro episódio, o oitavo vemos o mesmo esquema da sociedade de compra e venda de propriedades em união com a Câmara , na aquisição de propriedades aplicado a uma quinta histórica junto a uma magnifica baía, o esquema é o mesmo do que vimos na Fábrica da Pólvora, a Câmara fica com os louros de estar a adquirir equipamentos culturais, mas tudo por detrás está combinado com Tony e com a sua sociedade de compra e venda de imóveis, na calha daquele equipamento histórico está mais uma urbanização que renderá vantajosos lucros para todos.






No nono episódio continuamos daquele lado da baía e vemos Tony a passear com o Presidente no passeio ribeirinho, com o presidente a queixar-se que já não há mais casas para tomar posse no centro histórico transformado numa zona de serviços e deserto depois das cinco, Tony sugere que repitam o esquema das oficinas, mediante um pequeno favor... ele construirá os novos Paços do Concelho, pede é que o "naming" fique para a sua empresa uma vez que as instalações não serão propriedade dos Munícipes, mas ficarão ad-eternum arrendadas ao Tony, negócio firmado para um brilharete antes das próximas eleições, no dealbar da meia noite teremos foguetes e uma festa tal que obrigará a encerrar a estrada principal até às três da manhã, hora até à qual haverá musica para todo o concelho...

Encerramos aqui a projecção dos episódios da série Lusa dos Sopranos, desta descrição, qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência... "A Vida Inspira-nos..."

Ultima Noticia - O Cenário do Construido na Margem Sul nos ultimos trinta anos agradou tanto aos produtores, que por ser todo o construído nos ultimos anos, tão mau e feio, que há uma proposta de aqui ser filmada a segunda parte de "A Guerra dos Mundos", prescindindo-se assim da Ferry Street, a rua dos Portugueses de Newark, onde foi filmado o primeiro filme.

quarta-feira, julho 19, 2006

SOPRANOS E AMBIENTE FILMAGENS NA MARGEM SUL - QUANDO A REALIDADE ULTRAPASSA A FICÇÃO

Deliciado com as noticias do A-Sul, o actor Michael Imperioli - na imagem- que desempenha a personagem Christopher na conhecida série Sopranos e esteve em Portugal para filmar com Paul Auster em Sintra, vai trazer a HBO productora da conhecida série para filmar nos locais reais da Margem Sul, em perspectiva está a feitura da sétima série totalmente filmada em Portugal.

O actor durante a sua estadia e ao deparar-se com várias noticias deste blogue e do PUBLICO propôs à produtora que todo o casting e equipas de filmagem de "Os Sopranos" se desloquem para a Margem Sul, o que será uma forma única de projectar Portugal e os portugueses.



Estarão na calha vários episódios. Ao que o A-Sul conseguiu apurar, o primeiro episódio terá como pano de fundo um clube de futebol que tem como presidente um personagem de carácter duvidoso.
Acompanhado de Tony Soprano, o presidente do clube saltará de julgamento para julgamento, até sair em liberdade, enquanto tal não acontece , o clube do qual é presidente constrói um novo estádio e (aqui entra o cenário da Margem Sul) um magnifico Centro de Estágios, no inicio do episódio vêmos o tal presidente a lançar a primeira pedra e a apertar a mão do presidente da autarquia de uma forma que se não é abixanada, revela pelo menos uma forma de relacionamento masculino com raizes Sicilianas, vem-se depois a saber que a saudação simboliza o selar da autorização para construir uma urbanização de luxo em zona protegida e estarã a combinar uma pré-inauguração antes de eleições.
No final descobre-se que há um sindicato bancário por detrás de tudo isto que aparece a ofuscar o nome do tal clube . Entretanto o clube tem novo presidente cujas relações com a autarquia são como o anterior de beijo na boca e alto nível cultural , afirmando este no fim do episódio ,onde é mostrada a inauguração da estrutura desportiva , estar em "débito" para com o Povo ...

















No segundo episódio temos Tony, agora a querer construir mais uma urbanização numa zona verde e onde o terreno "nada vale".
Mediante um testa de ferro que compra o terreno, e esquemas vários , o tal Presidente de Câmara consegue contornar a lei e fazer aprovar nova legislação que valoriza o terreno mediante o despacho de autorizações de Construção com fins sociais.
Na segunda parte deste episódio vemos que quem vai habitar aqueles terrenos (que entretanto geraram milhões) serão habitantes de umas torres degradadas da Margem Sul , vemos agora Tony Soprano, dono das torres a nadar em Euros por finalmente ter corrido com os indesejáveis habitantes, no final chega um dos italianos ( o tal testa de ferro) com uma mala do dinheiro, o quinhão de Tony Soprano pela construção na tal zona protegida.

Num terceiro episódio vemos Tony Soprano a negociar com o tal presidente da autarquia, neste caso o enredo gira em volta de um terreno urbano onde estão instaladas as oficinas da Câmara, Tony, depois de algumas peripécias com a psiquiatra onde faz análise por se considerar no sub-consciente um inimigo do ambiente, acaba por propôr ao Presidente de Câmara que ceda os terenos urbanos em troca de um novo parque técnico que a sua empresa irá construir para alugar à Câmara, depois Tony ficará com os terrenos das antigas oficinas para fazer mais uma urbanização, no final vêmos Tony Soprano para sublimar os seus problemas psico-ambientais, a comprar um novíssimo Toyota Prius, amigo do ambiente.










No quarto episódio da série lusitana, Tony Soprano propõe ao Presidente da Câmara a construção de novas vias e acessibilidades antes de umas eleições, em cima da mesa está a construção de mais um hipermercado, a trama gira depois para algo que foge de controle, alguma famiglia rival resolve cortar àrvores protegidas sem dar cavaco a ninguém. Entra agora de surpresa, os principais actores de CSI que filmam a nova série CSI Sarilhos Grandes em plena margem Sul e que vão interpõr junto da justiça nacional uma providência cautelar para parar todo o processo.
O episódio acaba com Tony Soprano a mandar vir com o Presidente de Câmara por faltar ao prometido, ameaçando deixar um viaduto a meio e desistir do negócio, nisto há um volte-face e a Tony é dada a possibilidade de construir um hipermercado junto ao rio, para isso só tem que construir um simulacro de jardim e uma ciclovia microscópica.

Ao que conseguimos ainda apurar está em preparação um episódio onde serão chamados mentirosos a um grupo de cidadãos que entretanto surge em defesa de uma zona protegida e que contesta a autarquia, no inicio vemos funcionários da Câmara a pôr folhetos anónimos da autarquia nas caixas do correio a chamar mentirosos aos cidadãos, à qual se segue uma cena de perseguição em que Tony Soprano persegue o autor deste blogue num remake do filme "The Net" , Sandra Bullock será substituída pela filha da amiga, da prima, da conhecida do Presidente da Câmara, trabalha no restaurante Paco a recibos verdes mas tem uma vida dupla, durante a noite põe comentários favoráveis às autarquias da Margem Sul nos blogues A-Sul e "quejandos" , termo que lhe faz lembrar o Pauleta e o queijo Limiano... persegue também alguns jornalistas que ousaram escrever contra ao "sistema", vinga-se, usando os seus artigos com base na gaiola dos periquitos., o titulo deste episódio será "Os filósofos...e quejandos".


Isto foi tudo aquilo que o A-Sul conseguiu de uma entrevista com o actor que revela garantida a filmagem destes e mais cinco episódios cujo argumento se escusou de revelar, no entanto mostrou-se entusiasmado para os episódios já escritos.
Ao ser questionado sobre a inspiração para um tal projecto, revelou que em Portugal a ficção ultrapassa a realidade e bastou a leitura de jornais de referência e do A-Sul para garantir toda a trama, revelando que a Margem Sul de Nova Iorque, em New Jersey onde os Sopranos são actualmente filmados , não oferece nem tanta acção nem fonte de inspiração, além disso os criminosos são sempre apanhados, aqui em Portugal escapam sempre o que traz mais dinâmica ao enredo.










O A-Sul soube porém que o grande investimento na Margem Sul, muito maior que o Freeport de Alcochete ou o futuro Parque Temático da Lusitâniedade a instalar numa zona verde na Moita, o Pinhal do Forno, será o novo Parque temático da Margem Sul, o Sopranoland. As atracções principais serão alguns autarcas entretanto passados à reforma mas ainda bons para as curvas, construtores civis e antigos presidentes de clubes de futebol . Um verdadeiro sucesso na calha.

(Para os mais incautos informamos que neste post, qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência.) - "A vida inspira-nos---"

terça-feira, julho 18, 2006

SEIXAL - O CENTRO DE ESTÁGIOS...DA CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS NA MARGEM SUL (Parte 2)














Junto ao Centro de Estágios são visiveis os restos de algumas das centenas de àrvores abatidas.


Como ontem aqui se referiu, no universo do endividamento nacional, onde são actores; o cidadão, as autarquias, os clubes de futebol e o estado, os únicos incólumes ao incumprimento dos seus compromissos parecem ser as autarquias e os clubes, pois que os cidadãos e o Estado não dispõem dos mesmos mecanismos dos restantes.

As autarquias funcionam com o seu território como as antigas Cidades Estado ao usarem esse território e o seu poder discricionário e absolutista de alterar o uso do solo como se, de uma forma moderna de emissão de papel moeda próprio, se trate.

Os clubes possuem outros estratagemas que se prendem com a exposição mediàtica do futebol que os transformam em produto cotado em Bolsa.

Sobre o caso particular da Câmara do Seixal e do Benfica, a primeira , provincianamente, fez profissão de fé ao trazer o segundo para o seu território, apesar de constar que terá sido a estrutura partidária de apoio a tomar todas as iniciativas e diligências, aparecendo os autarcas como ultrapassados nos acontecimentos... mas o que é facto é que Alfredo Monteiro sempre deu a cara e apadrinhou o projecto, mesmo quando dizia que "haveria Centro de Estágios mesmo sem o Benfica"... e acabou finalmente de uma forma ou de outra, este clube, por ser discricionáriamente favorecido de forma positiva, vendo a viabilização da construção do Centro de Estágios e de uma mega urbanização.

Para que o Centro de Estágios "Caixa Geral de Depósitos" tivesse viabilidade de execussão, foi sacrificado património paisagistico, ambiental e histórico do Seixal e dos seua habitantes, tendo sido inclusivamente permitido a destruição de terrenos de Reserva Ecológica Nacional (REN) e de Reserva Agricola Nacional (RAN), bem como foi efectuado o abate de centenas de àrvores, algumas protegidas (sobreiros e azinheiras) bem como palmeiras centenárias em prole de uma urbanização que poucos compreendem porque teve de ser autorizada... como se fosse a "fava do bolo rei" aqui visto como Centro de Estágios de uma empresa (S.A.D) com funcioinários pagos a peso de ouro...(os jogadores, os tais patriotas que se queriam baldar ao IRS dos prémios do Mundial...).

Nota: o terreno ocupado pelo Centro de Estágios é só cerca de um quarto do total do terreno arrazado, a maior parte tem a ver com mais um projecto de urbanização...mas não para aqueles jovens casais que se pretende desterrar para a Flôr da Mata,nem aos filhos de Seixalenses em geral...este aqui é destinado só a ordenado de jogador de futebol...

(continua)
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Leia aqui a ultima noticia de Claudia Veloso no Setubal on line (Clique) . Veja aqui a Contestação Cívica ao projecto da Flôr da Mata / Pinhal dos Frades (CLIQUE)

segunda-feira, julho 17, 2006

SEIXAL - O CENTRO DE ESTÁGIOS...DA CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS NA MARGEM SUL (Parte 1)














Em Portugal, cidadãos, autarquias , clubes de futebol e Estado têm algo em comum, vivem acima das suas possibilidades.

Uma consequência dessa forma de estar é óbvia, com um "adictivo" recurso compulsivo ao crédito, do qual resulta um endividamento crónico e uma crescente influência do sistema bancário transversal a toda a sociedade.

Quando um Clube de Futebol quase na banca rota se mete a fazer uma obra grandiosa (e onerosa ) algo haverá que no imediato não saltará à vista, muito menos quando esse clube não se mete a fazer uma, mas duas grandes obras de grande risco financeiro e elevedo custo económico, sobretudo quando o seu presidente se vê simultâneamente envolvido com a justiça sobre assuntos que envolvem estas decisões... no caso do Benfica, foi o novo Estádio, quando tudo já apontava que o Estádio da Luz de então ficaria fora do Euro 2004... e agora o finalmente inaugurado Centro de Estágios do Seixal (do qual todos ainda recordarão a polémica Vale e Azevedo/Euroàrea).

Quando um cidadão contrai uma dívida que não paga, penhoram-lhe os respectivos bens. Quando o Estado gasta acima das suas possibilidades é multado e repreendido por "Bruxelas" .
Clubes de Futebol e autarquias funcionam a um outro nível , nível esse que envolve muitas vezes uma união de interesses entre estas duas entidades (autarquias e Clubes de futebol) quantas das vezes de uma forma promíscua no que é a criação e manutenção de teias de poder que muitas das vezes se projectam depois no sistema partidário alcançando outros patamares do poder.

(continua)

domingo, julho 16, 2006

EM DEFESA DE UMA ZONA PROTEGIDA - A OPOSIÇÃO VERSUS A COVARDIA E A MENTIRA DA CÂMARA DO SEIXAL ( Parte 2 - PSD )













A posição do PSD era em 2000 também contra esta alteração de uso do solo, contra este Bairro Social, Luis Rodrigues então vereador deu diversas entrevistas mostrando a sua oposição a este projecto e também se manifestou em diversas ocasiões nos forum's municipais próprios contra tal projecto.














A posição em 2006 é esta da imagem, "este bairro ASSIM NÃO", resta saber o que é o assim...

- Assim não...com tantas irregularidades?
- Assim não...sem contar com o IC 32?
- Assim não... numa zona protegida?
- Assim não... numa das ultimas zonas verdes do concelho?
- Assim não ...com off-shores por detrás?
- Assim não...para pôr aqui a população da "Jamaica" segregada de uma forma liminarmente racista?
- Assim não , com os esgotos a correr para o Rio Judeu a 20o metros deste cartaz (veja aqui o video - CLIQUE ) ?
- Assim não porque é uma zona arborizada e implica o abate de inumeros sobreiros e pinheiros?
- Assim não porque há cruzamento de interesses negociais ao permitir construção onde não é permitido, muito menos naquela volumetria, mas desocupa Vale de Chícharos "Jamaica" para outros negócios...?
- Assim Não... porque vai ali ser construído mais um GUETO?

- OU, ASSIM NÃO POR TUDO ISTO?
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sábado, julho 15, 2006

EM DEFESA DE UMA ZONA PROTEGIDA - A OPOSIÇÃO VERSUS A COVARDIA E A MENTIRA DA CÂMARA DO SEIXAL (Parte 1 - PS)










Flôr da Mata no Seixal, um pulmão verde a conservar a todo o custo.

Este é o excerto de um artigo publicado no Região de Setubal on-line e assinado por Claudia Veloso, a totalidade do artigo poder ser aqui lido na íntegra (CLIQUE) , outras posições partidárias serão aqui publicadas nos próximos dias.










Na imagem , a posição do PS em 2000


No texto, posição do PS em 2006 :

"O Partido Socialista do Seixal vai pedir uma audiência ao presidente da câmara, Alfredo Monteiro, para manifestar a sua oposição ao projecto de construção de um bairro social com 198 fogos na Flor da Mata.
Na próxima segunda-feira termina o prazo para a consulta pública do Plano de Pormenor e os socialistas querem impedir a câmara de «cometer um erro urbanístico grave». De acordo com Fonseca Gil, presidente da concelhia do PS, a autarquia pode estimular o mercado de arrendamento para casais jovens – o conceito defendido para a Flor da Mata – através da recuperação de casas devolutas existentes no concelho. «Não precisa de construir bairros que, pela sua concentração e sem infra-estruturas, serão focos de instabilidade social», refere o presidente da concelhia, para quem «há já demasiadas experiências negativas deste modelo». Para os terrenos da Flor da Mata, Fonseca Gil propõe a construção de um «centro de lazer e cultura» dada a proximidade à auto-estrada e ao futuro IC32. «Está em curso a revisão do PDM pelo que é o momento ideal para adequar o local ao interesse público e colectivo dos habitantes do concelho», refere."

Claudia Veloso in Região de Setubal on-line

sexta-feira, julho 14, 2006

A NEGAÇÃO CIVICA










Retrato de um responsável autárquico que além de iliterado ambientalmente e urbanisticamente, é pelo menos...mentiroso e anti-democrata (foto cortesia pinhalfrades.blogspot.com)


Fica aqui a mensagem a todas as forças politicas democráticas não só do Seixal, mas a nível nacional, pois é de uma gravidade extrema para a Democracia o que hoje aconteceu no Seixal (Clique).


Contra tudo e contra todos a autarquia está a querer a todo o custo , favorecer discricionáriamente interesses privados , alguns deles escondidos atás de off-shores, como a noticia publicada hoje no PUBLICO informa.

Nesse sentido promove um projecto há muito repudiado pelos Seixalenses , mas as alterações que esse projecto obriga, são de tal monta que carece de procedimentos legais a ser cumpridos. Esses processos por serem apresentados por uma autarquia , tomada por pessoa de bem , são despachados mais ou menos "de cruz" pelas autoridades competentes.

Há no procedimento o despoletar obrigatório de uma consulta publica, nesse sentido os cidadãos não envolvidos com nenhuma força politica e económica esgrimem os seus argumentos no espaço próprio e respeitando todos os pressupostos legais dentro dos prazos previstos.

E o que faz a Câmara? Analisa as razões ? Contrapõe? Corrige irregularidades (que são MUITAS e GRAVES ) ?
N
ão, nada disto!

















O Ilusionismo Estalinista no seu melhor

Primeiro diz o vereador responsável que vem esclarecer a população...quando tal não acontece...depois escolhem para esta fase de participação cívica, o exacto período do Campeonato de Futebol e periodo de férias , e agora em vez de receberem as legitimas observações e contestação de acordo com a Constituição da República e de responder pelas vias legalmente estabelecidas, vêm (RESPONSÁVEIS AUTÁRQUICOS) pôr um folheto pelas caixas de correio a dizer que nada do que os cidadãos envolvidos na consulta pública disseram é verdade!


Subvertendo o Estado de Direito, os direitos de participação cívica das populações e VIOLANDO A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA !

Já chegámos à Roménia de Ceausescu, ao Zaire de Mobutu, ou à Coreia do Norte ? Não chegámos foi à ...Margem Sul

quinta-feira, julho 13, 2006

VERDE














Aquilo que significa para muitos a frase "um planeta verde" , ou desenvolvimento sustentável... livre de IRS... não é?

quarta-feira, julho 12, 2006

AINDA NÃO É A SILLY-SEASON (?)

Afinal os ambientalistas é que são maus para o ambiente, brilhantes conclusões dos líderes do CDS-PP e particularmente na pessoa do seu Vice-Presidente Pedro Nunes. O estalinismo às avessas ou o lobbie nuclear a tomar as rédias do CDS-PP. Puramente genial e editado ontem no Diário de Noticias o n uclear é afinal uma energia "amiga do ambiente" e "quem manda no país são os ambientalistas"... cita-se a noticia publicada ontem no DN.


E eu que pensava que eram os Bancos , o lobbye do betão e outros que tais, ainda ontem no mesmo jornal era noticiado " A banca portuguesa viu os seus lucros crescerem 30% em 2005, face ao ano anterior, de acordo com os dados oficiais do sector, ontem disponibilizados pela Associação Portuguesa de Bancos (APB), no seu boletim informativo.As 47 instituições de crédito a actuar no mercado português obtiveram um resultado liquido de 1,598 mil milhões de euros (…) CLIQUE!

Mas afinal..."Quem manda no País são os ambientalistas"



Susete Francisco

Um português consome 5000 kilowatts de energia por ano. Se viver 80 anos consumirá, no total, 400 megawatts. O que é equivalente, em termos de consumo de matérias-primas, a 125 toneladas de carvão - e 250 toneladas de CO2 como resíduos. No caso da energia nuclear, consumirá um quilo de urânio enriquecido - o que corresponde a um quilo de resíduos, sendo que apenas 50 gramas serão radioactivos.

Este foi um dos argumentos ontem avançados, num almoço/debate promovido pelo CDS, desta vez em defesa do "sim" ao nuclear em Portugal. Uma energia "segura, competitiva e limpa", sustenta, como conclusão dos números anteriores, Pedro Sampaio Nunes, vice-presidente do CDS e ex-secretário de Estado da Ciência e Inovação.

Uma energia amiga do ambiente, que produz menos resíduos que qualquer outra - excepção feita às renováveis, mas mais competitiva que estas -, e a única forma de ultrapassar as pesadas multas que já se adivinham para Portugal, por incumprimento dos níveis de emissão de dióxido de carbono para a atmosfera. Assim foi ontem descrito o nuclear, apontado por Sampaio Nunes como uma solução "inevitável". Se "não houver nuclear, o que vamos fazer é consumir mais gás natural ", apontou também Sucena Paiva, também ex-secretário de Estado da Ciência e Tecnologia. Mira Amaral, ex-ministro da Indústria, levantou outra questão, referindo-se à central nuclear já existente em Espanha: "Qual é a diferença entre estar daquele ou deste lado da fronteira?".

A resposta veio da audiência e com uma palavra insistente: segurança. Dos acidentes às centrais como potenciais alvos de terrorismo, passando pelo destino a dar aos resíduos radioactivos. "Num quilo de resíduos radioactivos, 97% é reciclável. Dá um dedal de material radioactivo", defendeu Sampaio Nunes.

Questão que uniu partidários e críticos do nuclear foi a da falta de debate. "As pessoas têm medo do nuclear. O nuclear é a bomba, é a destruição. É muito difícil fazer um debate sem preconceitos", afirmou Sucena Paiva. Clemente Pedro Nunes, membro do Conselho Económico e Social do CDS, traçou o cenário daqui resultante: "Fechar a discussão do nuclear e não apostar nas hidroeléctricas" - uma crítica repetida no debate - não deixa margem senão para "o colapso económico". Em declarações ao DN, Sampaio Nunes avançou outra explicação, no caso, para a omissão deste tema do debate político: "O poder político tem medo, quem manda no País é a [associação ambientalista] Quercus".


terça-feira, julho 11, 2006

APRENDAMOS

















Costa da Caparica

No seguimento do que aqui foi publicado ontem, vale a pena ler o Editorial de ontem do Diário de Noticias assinado por Eduardo Dâmaso.

Sol e praia


Eduardo Dâmaso
O Presidente da República apelou há dias aos autarcas para que não cedam à pressão dos construtores civis. Velha questão esta que, apesar dos muitos planos de ordenamento e de urbanismo, continua a degradar o litoral português e a contaminar a definição de melhores estratégias para um desenvolvimento económico mais eficaz e coerente.

A nossa realidade litoral já é, em muitos casos, de uma trágica irreversibilidade. Mas basta olhar para as costas espanholas e para o debate que começa a nascer em Espanha sobre a falência do modelo turístico assente no sol e praia e na consequente construção a um ritmo infernal para rapidamente concluirmos o que não queremos para o que ainda se pode salvar.

Em Espanha, grande parte da costa mediterrânica está indefesa face ao avanço do cimento, afogada em problemas de poluição gerados pelas águas residuais e palco de processos de investigação por corrupção associada à emissão de licenças e alvarás. Valência, Andaluzia e Múrcia são as pontas de um icebergue que há muito domina a economia espanhola, um território por onde circulam 50 mil milhões de euros em notas de 500, uma quarta parte das que são emitidas pelo Banco Central Europeu.

No caso do Algarve e de alguns pontos do litoral na área metropolitana de Lisboa e no Norte os danos já são muito óbvios. Mas para outras áreas uma boa aprendizagem da grande ressaca espanhola seria essencial para que os erros não se perpetuem.

Pouco adianta definir no papel os melhores planos de ordenamento do território se as câmaras continuarem muito dependentes das receitas da construção para a melhor saúde dos seus cofres.

Esta esquizofrenia é insuportável por muito mais tempo e o seu fim seria a melhor maneira de acabar com a promiscuidade existente em muitas zonas do País entre o poder político, não necessariamente apenas autárquico, e os interesses da construção e especulação imobiliária.

Seria, aliás, bom que o Governo recuperasse como linha essencial da sua acção a boa consciência ecológica que o primeiro-ministro exibia há uns anos. Desde logo, seria bom que essa recuperação significasse um maior protagonismo das políticas ambientais na acção governativa. O ministro do Ambiente é reconhecidamente um técnico competente, talvez não fosse mau se tivesse maior espaço político dentro do Executivo. Se não o homem, pelo menos as suas ideias.

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Finalmente chegou à Margem Sul o livro " Paulo Morais, mudar o poder local" ... procure na parteleira de Politica na FNAC de Almada, não se vai arrepender.


segunda-feira, julho 10, 2006

NEM À PEDRADA





Depois das lamentáveis (mas reflectidas) declarações, em que incitava os autarcas a "correr à pedrada" os fiscais do ambiente, esperava-se que o autarca Fernando Ruas aproveitasse a exposição mediàtica permitida pela entrevista de onten à RTP e Rádio Renascença, com publicação hoje no PUBLICO, para apresentar um pedido de desculpas, não só aqueles funcionários publicos que zelam pelo nosso ambiente, mas ao País em geral.

Nada mais errado. O senhor Presidente da Associação Nacional de Municípios acha que não tem desculpas a pedir, e a haver uma retractação, ela só acontecerá por via de transitado em julgado, segundo dá a entender ao pôr o Ministério Publico ao "barulho".

Para este senhor está pois tudo normal, foi tudo perfeito.

Outra sua declaração nesta entrevista que atesta a dimensão em que este senhor vive, é a de que "rejeita que nas autarquias haja indíces de corrupção superiores a outros sectores" defendendo mesmo que os eleitos locais são um espelho da sociedade, e logo passando para os malvados dos jornalistas esses sim, os grandesresponsáveis por aquela imagem "criada", ou seja , por "quem escreve todos os dias artigos, desconhecendo estas realidades"...

A terceira ideia , infeliz, que tentou passar foi o não assumir as responsabilidades das autarquias no desordenamento do território...esta só mesmo os autarcas devem estar auto-convencidos é que hoje, não são só os técnicos, não são só os ambientalistas, não é só o cidadão comum a achar, mesmo há poucos dias foi o próprio Presidente da República, eleito tentro de uma base de apoio politico que é a mesma que elegeu o senhor autarca Fernando Ruas, a apelar aos autarcas ( e não aos jornalistas) para não cederem às pressões dos construtores civis!

Em que mundo vivem os senhores autarcas?

domingo, julho 09, 2006

UM LIVRO, UM PRESIDENTE, UM COMENTÁRIO!



















O livro é o que está na imagem acima, o autor dispensa apresenteções, chama-se Pedro Almeida Vieira (ponto).

O Presidente é Cavaco Silva, agradece-se a voz da consciência quando toma in loco contacto com os Planos DirectoresMunicipais aprovados quando e citando a propósito, Pedro Almeida Vieira :

" .. o actual presidente da República, Cavaco Silva, foi primeiro-ministro de Portugal entre 1985 e 1995, ou seja, num período em que a esmagadora maioria dos planos directores municipais foram aprovados ou elaborados. Ontem, numa visita ao Algarve, apelou à necessidade de «contenção, pois não se pode apostar na expansão desmesurada dos perímetros urbanos». Uma frase feliz e que se aplaude... mas com, talvez, 15 anos de atraso."

Quanto ao comentário foi ontem assinado por Ruca e é o que se segue:







"A ave oficial do Seixal é o OFF-SHORE, uma espécie protegida pelos autarcas, com caracteristicas migratórias e de camuflagem impares.


Outra ave que tem protecção oficial em toda a margem sul onte se tem estabelecido com bastante sucesso , é o PATO-BRAVO.

O Seixal é um caso de sucesso na protecção a estas duas espécies de aves e conta-se já casos em que há acasalamento com sucesso do OFF-SHORE com o PATO-BRAVO,do qual resultou um híbrido perfeitamente adaptado ao presente, com capacidades de clonagem e de dissimulação superiores aos seus progenitores.

O Sucesso tem sido tal que é vulgar avistar na Baía do Seixal, e na zona envolvente aos Paços do Concelho, bandos desta espécie que se tem revelado imune a caçadas e a armadilhas, no entanto o seu sucesso tem sido tal que se arrisca a entrar em autofagia.

Com efeito, a ocupação do território tem sido avassalador , e começam a escassear novos locais de nidificação, esta ave escolhe sobretudo àreas protegidas, povoados de sobreiros e de pinhal, e tem voraz apetite também por zonas de REN e de RAN.


Os seus efeitos no território são visiveis e entendidos pelo Homem como "desenvolvimento" , havendo uma mancha de território artificializado que nasce à sua passagem em substituição do arcaico terreno virgem existente há milhares de milhões de anos que só produz paisagem, aquíferos e oxigéneo, condições naturais que este hibrido dispensa."

Ou seja, um híbrido neo-liberal perfeitamente adaptado aos novos tempos do suposto Comunismo reinante , uma ideologia dois sistemas...

sábado, julho 08, 2006

CEGONHA A AVE NÃO OFICIAL DO SEIXAL


















Cegonhas na Flor da Mata junto à Estação de Serviço, enquanto não as tiraram de lá, não descansaram, uma ave protegida, numa zona protegida que se pretende urbanizar, só dá chatice...

No entanto nem em todo o país se pensa assim, e acabou mesmo por ser publicado esta semana um estudo alargado que revela que há de facto quem tenha o comportamento contrário. O estudo a que me refiro acabou de ser realizado sob a chancela de um protocolo entre a EDP, a QUERCUS , a SPEA, e o ICN e abarcou uma àrea de 1,4 milhões de hectares e 900 quilómetros de linhas

Durante o período em que durou o estudo foram encontrados 1599 cadáveres, correspondentes a 107 espécies de aves acidentadas nas linhas de alta tensão. De sublinhar que um quarto destas aves tem estatuto de espécie ameaçada.

Deste estudo resultou no empenho por parte da EDP de promover experimentalmente à construção de infraestruturas de linha aérea utilizando novas tecnologias mais bird-friendly.
Para além destes novos projectos, a EDP vai avançar com medidas correctivas em 85 quilómetros de cabos.
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Um destaque para o primeiro comentário, e também para este blogue (clique) , que tratam de "aves protegidas".