sábado, julho 01, 2006

UMA VISÃO SOBRE A CO-INCINERAÇÃO NA ARRÁBIDA












foto de NP

Apesar de já aqui ter sido tratado, o tema está mais actual que nunca , sendo infelizmente o unico tema ambiental que as autarquias da Margem Sul têm tomado como bandeira, certamente por estratégia partidária ... pena é que numa região cheia de problemas ambientais , este seja o unico a merecer análise, a ter institucionalmente, uma estratégia de combate e uma argumentação fundamentada na Ecologia e nos valores naturais quando diáriamente assistimos de há algumas décadas para cá a uma diária "co-incineração" de àreas naturais por parte não de cimenteiras, mas de betoneiros por toda a Margem Sul. Gostaria no entanto de dar algum destaque ao texto de um leitor sobre o tema em título.

" Co-incineração, Convenção de Estocolmo, em que ficamos? A co-incineração é um processo de valorização energética implementado nas cimenteiras que permite substituir o combustível que alimenta os fornos por resíduos. Não contempla as alternativas de Redução, Reutilização e Reciclagem dos resíduos, uma vez que os usa como combustível não respeitando assim os princípios aceites como base para uma correcta Política de Resíduos.

Não se provou, a nível técnico, que os resíduos a utilizar na co-incineração não têm alternativas de uso, pelo que não está comprovada a necessidade desta. Por outro lado, a co-incineração não respeita o princípio entendido com válido, de que os resíduos devem ser tratados perto da sua origem. Para além disso, o governo aponta a Arrábida como um dos locais a fazer co-incineração, o que é um autêntico crime ambiental e sem sombra de dúvida um risco para as populações residentes nas áreas envolventes, incluindo a população do nosso Concelho da Moita.

A sublinhar esta ideia estão umas declarações da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública, que indicam que não se sabe na realidade, quais os riscos não controlados, e vários estudos feitos em outros países, como por exemplo, em Inglaterra, em que cientistas independentes, demonstraram que crianças que residem na proximidade de algumas dezenas de quilómetros das cimenteiras que praticam a co-incineração nos seus fornos, têm cerca de duas vezes mais problemas de tiróide e bronquites do que outras crianças que vivem em regiões sem co-incineração.
O clima de desconfiança e as incertezas apresentadas quanto ao processo de co-incineração de resíduos perigosos que o governo quer aplicar, ainda se acentuam mais quando se dá a conhecer uma posição de um antigo governo português. No ano de 2001, em 22 de Maio, o governo português na altura, composto na sua maioria por militantes do Partido Socialista e no qual José Sócrates detinha a pasta ministerial do Ambiente, assinou a Convenção de Estocolomo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes.

Nesta convenção, a co-incineração de resíduos perigosos em cimenteiras, está explicitamente referida como uma actividade a ser eliminada o mais rapidamente possível (no Anexo C, Parte II, alínea b da Convenção). Não se percebe esta tomada de posição de José Sócrates, assina um documento que indica que se deve abolir a co-incineração porque é nociva às populações e depois quer fazer o contrário do que assinou, não defendendo as populações que o elegeram. A alternativa a este lamentável processo passa por colocar em prática uma política de Redução, Reutilização e Reciclagem de Resíduos, poupando assim recursos naturais vitais para o desenvolvimento e não queimar o que pode ser aproveitado (...)."


Nuno Cavaco

6 comentários:

Archeogamer disse...

Só me ocorre uma palavra quando abordam este tem: CRIME!!!

Anónimo disse...

Este é para aí o 6º ou 7º sítio onde vejo este texto.
Isto é um novo franchising?
É que me parece que se está a expandir mais depressa que o MacDonalds, ou pior, do que a gripe aviária.
:D

Já lá pelo AVP, que de suspenso anda a ter só um pouquinho, costumamos dizer aos colaboradores de blogs que, quando são texto fotocopiados, publiquem nos seus; e o autor deste texto é colaborador efectivo de pelo menos dois que eu saiba.

(Já para não falar nas suas responsabilidades em matéria de ambiente numa autarquia, que só se conseguem ver com a lupa mais potente do mundo).

:D

Carlos (Brocas) disse...

e para não falar da censura que fazem nos blogues deles.
Falo porque no texto onde dizem que "vão de férias" deixei 2 simples comentários, unica e simplesmente levantando a minha voz, não contra eles mas contra uma das razões apresentadas que foi a badalhoquice que alguns querem fazer dos blogues e, o meu comentátio, apesar de ser anterior aos da beijoquice, não foi publicado.
Talvez por ser do brocas, enfim mais uma pra a estória.

Anónimo disse...

Andei a passear pela Arrábida e fiquei chocado com os crimes ambientais que por lá andam a acontecer. A destruição da serra é por demais evidente e ng faz nada, ora se constroi uma casita, ora outra, depois arde mais um pouco e um dia destes a Arrábida deixa de existir... enfim, só temos o que merecemos! Sim, que a culpa tb é do cidadão comum que para lá vai passear e q deixa lixo em tudo quanto é lugar!
António

Anónimo disse...

O PÊCÊ está envolvido nas grandes máfias do Betão da Margem Sul , exemplos ? Quinta da Trindade, Quinta da Fidalga, Flôr da Mata, Fábrica da Pólvora de Corroios.

Anónimo disse...

Relativamente a este tema, estou de acordo que se efectue este processo de tratamento de resíduos, porque só assim estes sofrem um tratamento térmico apropriado que permite tornarem-se inofensivos para o ambiente e para as populações, contribuindo para que a Terra seja mais saudável e para que os povos nela existentes tenham uma melhor qualidade de vida.

Francisco Fernandes