domingo, fevereiro 28, 2010

OPEL ELÉCTRICO LANÇADO HOJE


O novo automóvel eléctrico com extensor de autonomia da Opel recebeu hoje a carga inicial de electricidade com que vai percorrer uma parte dos 600 quilómetros que separam a sede da empresa, em Rüsselsheim, na Alemanha e o Salão Automóvel de Genebra, na Suíça.

A primeira fase do percurso será cumprida exclusivamente em modo eléctrico e sem emissões de CO2, com recurso à electricidade armazenada na bateria de iões de lítio de 16 kWh. Ao fim de cerca de 60 quilómetros, quando a carga da bateria se aproximar do mínimo, o Ampera accionará automaticamente o motor a combustão instalado a bordo para gerar a electricidade que alimentará o motor eléctrico de tracção durante o resto da viagem.

Ao volante estará o director de implementação de veículos eléctricos da General Motors, Gherardo Corsini.

Os bloggers podem acompanhar o Opel Ampera neste primeiro teste de longa duração em condições reais de utilização em www.opel.posterous.com e em twitter.com/opelblogs. O blogue começará a dar informações regulares a partir das 9h30 de hoje, dia 28 de Fevereiro, mantendo-se o tema activo até à véspera da abertura ao público do salão.

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ACTUAL

Mau tempo no Seixal

sábado, fevereiro 27, 2010

MADEIRA - AO SÉTIMO DIA


Ao sétimo dia depois da catástrofe é de reconstrução que se fala, depois de deitadas as mãos à obra desde a primeira hora, por parte de todos. Alberto João Jardim disse , insensatamente - digo eu - que « Como não rebentou o que eu fiz, as obras que farei são na linha do que eu fiz » , o que não é consequente com o equacionar das questões necessárias que terão que ser respondidas , o esforço financeiro necessário à reconstrução e ás dificuldades do país.

Segundo os Técnicos , em opinião publicada no Publico :

"A Madeira não pode ser a mesma depois de 20 de Fevereiro. Tem que ser estrategicamente planeada para fazer face a este tipo de catástrofes", diz o engenheiro Danilo Matos, ex-director do gabinete de planeamento da Câmara do Funchal. "O perigo é continuar o estilo e o método de trabalho da Madeira "nova" e não querer parar para pensar."


Tal como o geógrafo Raimundo Quintal, Danilo Matos aponta como exemplo a reconstrução de Angra de Heroísmo, após o sismo de 1980. A catástrofe potenciou a maior operação de regeneração urbana alguma vez empreendida em Portugal, com o financiamento do Estado confiado a um Gabinete de Apoio à Reconstrução, cuja acção preparou a candidatura à inclusão na lista dos locais Património da Humanidade da UNESCO, concretizada em 1983.

Mas o modelo açoriano não deverá ser seguido pelo governo da Madeira, que nunca abdicou de gerir directamente os fluxos financeiros canalizados pelo Estado e União Europeia para a região. "Não vamos criar novas estruturas", garantiu ontem Conceição Estudante, porta-voz do governo nesta crise.


Danilo Matos reforça que a reconstrução deve ser entregue "a quem sabe, pondo um ponto final no aproveitamento político e no oportunismo de alguns". Os políticos, acrescenta, devem distanciar-se e dar lugar a uma equipa técnica e científica, multidisciplinar, que agarre não apenas os trabalhos de reconstrução imediata mas, sobretudo, "prepare a Madeira para o futuro". (...)

Mas a avaliação financeira da catástrofe não deverá incluir apenas os prejuízos de bens e infra-estruturas, mas também os custos de um conjunto de obras e planos que têm de ser feitos para minimizar consequências no futuro. "O perigo é querer reconstruir tudo para que tudo volte à mesma. Há coisas que não só não devem ser reconstruídas como terão que ser alteradas ou simplesmente destruídas", diz Matos.


Para o geógrafo Raimundo Quintal, "mais laurissilva significará menor risco de aluvião" e a recuperação da floresta indígena, para além dos benefícios no domínio da biodiversidade, garantirá uma maior infiltração de água e uma protecção mais eficaz dos solos.

Além disso, para minimizar os efeitos das cheias, diz ser necessária uma gestão cuidada dos canais de escoamento e políticas urbanas que impeçam a instalação de explorações agrícolas, habitações e armazéns nos leitos de cheia. Até porque "parte do que agora aconteceu é o resultado de 33 anos de Madeira "nova" - uma Madeira sem modelo, sem planeamento e governada para ganhar eleições".
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Ajudar a Madeira :

- Na compra da edição desta semana da Visão está a contribuir com 50 cêntimos.

- Box solidária :

« Os CTT lançaram uma campanha nacional de recolha de bens essenciais para envio para a Madeira, no âmbito do seu Programa de Luta contra a Pobreza e a Exclusão Social, com aceitação em todas as 900 Estações de Correio do País.

Basta a qualquer pessoa dirigir-se a uma Estação de Correios, pedir a caixa solidária grátis, enchê-la com os bens e marcar como destinatário a palavra MADEIRA.

Não é preciso selo nem mais morada e o envio é grátis. Os CTT tratam de entregar os bens.

As Instituições destinatárias serão a Caritas da Madeira e a Associação Protectora dos Pobres do Funchal, que já informaram estarem a precisar principalmente dos seguintes produtos/bens:

  • - Lençóis
  • - Cobertores
  • - Mantas
  • - Almofadas
  • - Roupa interior (H/ S e criança)
  • - Roupa em geral
  • - Produtos de higiene
  • - Fraldas
  • - Leite em pó
  • - Comida para bebé
  • - Enlatados

sexta-feira, fevereiro 26, 2010

O PROGRAMA QUE JARDIM NÃO VIU



« A Madeira é muito vulnerável a fenómenos naturais como as derrocadas e as inundações , as precipitações intensas provocam fluxos de detritos que destróem tudo à sua passagem, no entanto , os Planos Directores Municipais continuam a ignorar os riscos ».

Esta não é uma alegação fácil , feita depois da tragédia acontecida . Esta é uma introdução a um programa Biosfera datad
o de Abril de 2008 . Mas é claro, os ecologistas são inimigos do desenvolvimeento e do progresso.

Notas :

1)Agradeço desde já a quem enviou o link que deu origem a este post.

2) Já em 2007 a QUERCUS alertava para a possibilidade de uma situação destas poder ocorrer (link Quercus TV)
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Agora é hora de ajudar a Madeira.



quinta-feira, fevereiro 25, 2010

MADEIRA - AS QUESTÕES QUE FICAM


Em 24 de Dezembro, a propósito do temporal que se abateu sobre a região do Oeste, o presidente do grupo parlamentar do PSD disse, que «o partido pode vir a pedir ao Governo que seja declarado estado de calamidade para os concelhos da região Oeste», depois de visitar as zonas mais afectadas, isto porque , «Há apoios que têm de ser reforçados a instituições de solidariedade social, privados e autarquias e só se pode dar resposta provavelmente numa situação de declaração do estado de calamidade», como afirmou José Pedro Aguiar-Branco , que afirmou também «Parece-me que não há uma resposta face à realidade que está em causa», acrescentou, incitando o Governo mais apoios dos que foram anunciados para a agricultura.

Aguiar-Branco falava aos jornalistas, depois de ter passado por algumas zonas mais afectadas, como a colónia de férias da Praia Azul e o parque de campismo de Santa Cruz, onde os estragos foram elevados. Acompanhado por militantes da Distrital do PSD/Oeste, o social-democrata visitou ainda estufas danificadas numa exploração agrícola e ia reunir com agricultores da região para avaliar mais em concreto os prejuízos.


Dois meses volvidos , uma tragédia de proporções incomesurávelmante maiores abateu-se sobre a Madeira , e a mesma declaração do "Estado de Calamidade" é agora recusado , alegadamente por questões de "má imagem exterior" pelo Governo Regional da Madeira ...

Não sei o que em relação à Madeira pensa Aguiar Branco
, se também acha que «Há apoios que têm de ser reforçados a instituições de solidariedade social, privados e autarquias e só se pode dar resposta provavelmente numa situação de declaração do estado de calamidade» ... a mim o que se me afigura é que a situação na Madeira, é muito mais grave , pois pelo que os jornalistas têm mostrado, há inclusivamente povoações completamente isoladas ...

A Desculpa dada pelo GRM era de que primeiro tal formalidade legal "traria má imagem externa para o Turismo" e depois, porque alegadamente se este fosse accionado , "as seguradoras não pagariam os danos por si cobertos" , isto mesmo foi defendido pelos deputados do PSD da Madeira na A.R , uma situaçãao já negada pela Associação Portuguesa de Seguradoras , num mundo de tal forma mediatizado globalizado que no dia seguinte eram difundidas imagens por todo o mundo, tendo mesmo ontem sido cumprido um minuto de silêncio, não no Parlamento Madeirense, mas no Europeu.

Logo nenhum dos critérios para a recusa de declarar o Estado de Calamidade por parte do Governo Regional faz muito sentido . Aplicando as palavras de Aguiar Branco, apesar do mediatismo da reeacção civica no Funchal há locais e gentes na Madeira para os quais «Parece-me - a mim também - que não há uma resposta face à realidade que está em causa» _________________________________________

A forma torculenta estranhamente admitida a Alberto João Jardim por todos (inclusivé dentro do PSD ) não são dignas de um alto representante da República , a quem não é admissivel tal postura . Não faz sentido , o voltar de costas aos jornalistas e a recusa em debater determinadas questões. Tal não é digno de um homem de Estado , de um Governante de uma Região Autónoma e do povo da Madeira .
Um homem com as responsabilidades de Alberto João Jardim não se pode recusar ao debate sobre as questões ambientais e de ordenamento do território , uma vertente com cotas grandes de responsabilidade na actual tragédia Madeirense.

Na Madeira nos últimos anos construiu-se demasido , e construiu-se muito em zonas onde tal não deveria ser permitido , sobre falésias - não é por acaso que Joe Berardo reclama já ganhar-se terreno ao Mar - mas também em real leito de cheia ou em zonas de elevado declive e de instabilidade no solo. O Funchal suburbanizou-se e construiram-se estradas que se tornaram no único caminho para a água que continua a querer encontrar o caminho mais curto e livre de obstáculos para descer uma encosta.


Paralelamente impermeabilizaram-se solos , os bananais outrora frequentes e as "fazendas" de cultivo deram lugar a blocos de apartamentos e a arruamentos ... as ribeiras são as mesmas ... algumas em alguns pontos foram - contra natura - até encanadas .
Acumularam-se demasiados erros para que se uma situação meteorológica fora do normal ocorresse , como agora foi o caso , os Madeirense ficassem incólumes.

Reagir e aprender com os erros é o que lhes resta . Recusar discutir o que correu mal e atribuír as culpas unica e exclusivamente ao S.Pedro é que é grave e péssimo para um Turismo sustentável , e sobretudo para os residentes.


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Outra questão urgente a ser debatida, entre orgãos de informação, organismos oficiais, bombeiros, Protecção Civil... tem a ver com o número de vítimas declarado .

Esta tragédia da Madeira é a único desastre conhecido em que o número de mortos tem diminuído à medida que se encontram mais cadáveres que são "descontados" aos números inicialmente divulgados porque "já tinham sido contabilizados como tal " (???) .


Isto é descredibilizante para todos intervenientes e pasto para todas as possíveis teorias da conspiração .


Claro que esta noite vamos estar atentos à entrevista do Dr.Alberto João Jardim a Judite de Sousa, sobretudo depois do ultimatum feito em directo à jornalista de que não discutiria algumas das questões aqui apresentadas.

quarta-feira, fevereiro 24, 2010

QUERCUS DENUNCIA ABATE DE SOBREIROS EM SETUBAL


Onde pára a indignação e as manifestações organizadas pelos "VERDES" na denúncia de mais este atentato ecológico, ainda por cima sobre uma espécie protegida ? Ou o politicamente correcto protestável para "Os Verdes" na Península de Setúbal é só, única e exclusivamente a co-incineração na SECIL do Outão ?

Fonte jornal i

« A associação ambientalista Quercus denunciou hoje um novo abate de dezenas de sobreiros na periferia de Setúbal, para construção de uma via rápida, considerando que a destruição de zonas verdes nesta região reflete um deficiente planeamento do território.

De acordo com Domingos Patacho, da Quercus, a associação recebeu várias denúncias de abate de "uma grande quantidade de sobreiros na freguesia de S. Sebastião/Alto do Guerra, no concelho de Setúbal, sendo as árvores retiradas prontamente, sem que se conhecesse o motivo".

Depois de averiguar, a associação ambientalista afirma que verificou que o corte de dezenas de sobreiros verdes serve para a construção de uma nova via rápida entre a A12 e a EN 10-8, promovida pela Brisa - Auto-estradas de Portugal, S.A., sem a existência no local de uma placa de identificação da obra ou projeto.

O abate de dezenas de sobreiros foi autorizado pela Autoridade Florestal Nacional, que aprovou também o abate de centenas de oliveiras e outras árvores para a construção da nova variante.

"Sem questionar a eventual pertinência da nova variante, a Quercus alerta para a continuada destruição dos povoamentos e núcleos de sobreiro existentes nestas freguesias da periferia de Setúbal, refletindo o deficiente planeamento do território onde se destroem inúmeras áreas verdes que poderiam ser incluídas num desenvolvimento urbano integrado", considera a associação.

Domingos Patacho salienta que não se trata apenas do impacto de cada projeto individualmente, mas a soma deles “está a fragmentar o montado de sobreiro na periferia de Setúbal”.

Há um ano "foram abatidos 1300 sobreiros para o Projeto da Nova Setúbal, que está parado", prevendo-se para breve novas unidades comerciais na zona, "sem ponderação de alternativas de localização", lembrou.»

terça-feira, fevereiro 23, 2010

TRAGÉDIA E PROPAGANDA


Ainda este fim de semana , a propósito da tragédia natural, mas com culpas bem humanas que se abateu sobre a Ilha da Madeira, o que veio de imediato ao de cima foi a tentativa do poder em controlar a informação " não dramatizando", ou seja ... não divulgando a realidade na sua real expressão!

Não "dramatizemos" , como quer Alberto João , as vidas perdidas , os bens que desapareceram em minutos ou os dramas sociais agravados.

- Não dramatizemos, pois o "circo", perdão "O Carnaval" tem de continuar...


A demonstração da necessidade da gestão das aparências, da construção de uma outra realidade - diferente dos mais de 40 mortos e 250 desaparecidos - a par da auto-desresponsabilização é total. Os inimputáveis no poder , neste caso no poder Regional... assim o decidem .

A má convivência com a realidade e com a liberdade de informar é hoje , assim , geral aos poderes nacionais , do Governo da Republica ao cacíquismo local, passando pelas regiões ditas Autónomas .

O que é necessário é prolongar o Carnaval perfeito em que esta gente (se / nos ) governa.


Curioso é também, neste caso , o facto de ninguém (*) com responsabilidades regionais assumir que a forma como se construíu nos ultimos vinte anos em redor do Funchal e noutros pontos da ilha, a forma como se impermeabilizaram solos, limitaram e obstruíram linhas de água, como se encanaram ribeiras , como estradas e viadutos foram construídos contrariando a natureza do terreno , contribuíram com uma percentagem não descurável para a dimensão da tragédia e a perda de vidas humanas ... deixemo-nos disso... é preciso é não dramatizar !!!


O post de ontem sobre a demagogia é aqui de novo decalcável na íntegra , que tristeza !


A frase de Pedro Lomba é mais uma vez exemplar
« ... o mais difícil nisto é isolar e compreender a realidade (...)» ... Claramente estes politicos, actualmente no poder , perderam há muito toda a noção dessa mesma realidade !

E citando novamente Pedro Lomba «O que quer o propagandista não é controlar a realidade. A sua primeira ambição é outra : gerir a aparência » ... Deduzo pois que nada de anormal se tenha passado na Madeira, no máximo...uma humidadezita!!! Venham de lá esses dolares, libras e euros ... perdão, Turistas quero eu dizer ... que vem aí a Festa da Flor , depois a Passagem de Ano, agora passou o Carnaval e vamos em frente...(onde é que eu já vi isto ? )

As notícias nos jornais e na TV são obra de ficção dos "cubanos do Cont'nente" e não têm a ver com a realidade no Paradisiaco Rochedo.

Nota - (*) À excepção de um antigo vereador do ambiente da CMF (link) .

segunda-feira, fevereiro 22, 2010

MOMENTO CALIMERO



Quinta-feira passada , algures na Margem Sul , sem que o esperasse , deu-se ao ouvir a rádio um verdadeiro "momento Calimero" , daqueles que há muito não me lembrava.

O que despoletou isso ? As declarações de Jerónimo de Sousa à TSF , em que este se mostrava preocupado sobre a liberdade de imprensa e a influência do poder politico nessa mesma capacidade de informar.

Claro que em vez de me comover, ri-me a bom rir ... a pensar quem é que estes cromos pretendem enganar?

Então ouvir tais palavras neste cenário a Sul do Tejo onde há décadas está instalado subrepticiamente pelo PCP um sistema antidemocrático , censório , de controlo da comunicação social num cenário de propagandismo puro e duro , é de ír às lágrimas com tamanha hipocrisia , tão bem retratada nesse mesmo dia por Pedro Lomba no Publico, cito excertos :

« O que quer o propagandista não é controlar a realidade. A sua primeira ambição é outra : gerir a aparência.

não lhe interessa refutar factos e suspeitas desfavoráveis, mas manipular a forma como esses factos são lidos e interpertados pelo maior número de pessoas. É nessa contra-informação metódica que o propagandista cava a distância entre o que é e o que parece.

Por isso, o grande motor de toda a propaganda - politica, económica ou cultural - residiu sempre na criação sofisticada de aparências.

As aparências também assentam em opiniões.Mas essas opiniões são distorcidas, falsificadas, enviesadas. São opiniões falsas que pretendem gerar outras opiniões falsas.

Nas sociedaades de massas, as aparências circulam como produtos tóxicos.

E o mais difícil nisto é isolar e compreender a realidade (...)»

domingo, fevereiro 21, 2010

A MÁFIA DO LIXO



A gestão dos resíduos transformou-se num negócio transnacional, transregional de milhões.


É um negócio que gera milhões, que prejudica todos e cobiçado peo crime organizado que controla tentacularmente várias esferas de poder.

Quando se formam "organizações" ditas ambientalistas por parte de quem tem tem protagonismo na exploração e canibalização do solo , quando os poderes atribuem importância e se associam a essas "organizações" , o primeiro passo para a Comorrização do controlo ambiental local está dado.

Vale a pena ver o documentário !

sábado, fevereiro 20, 2010

AS AVES DO SAPAL DE CORROIOS



Gostaria de divulgar e enaltecer este trabalho sobre ornitologia no Sapal de Corroios da autoria de Helder Costa a quem agradeço a colaboração, cito:



« O interesse ornitológico do sapal de Corroios e da baía do Seixal, de uma forma geral, é de há muito conhecido. Apesar disso, pode dizer-se que não existe muita informação disponível quer sobre a composição da comunidade ornitológica que frequenta esta zona quer sobre a abundância e estatuto das diferentes espécies que a constituem.

Entre 2006 e 2009 foram efectuadas várias visitas a esta zona no decurso das quais foram recolhidos dados diversos sobre a sua avifauna. A informação obtida foi compilada sob a forma de um relatório que agora se disponibiliza. Neste trabalho é feita uma breve introdução à zona, explica-se a metodologia utilizada e apresenta-se uma listagem comentada das 118 espécies de aves que foram observadas.

As aves aquáticas mereceram especial atenção, tendo sido objecto de contagens mensais integradas num projecto de monitorização dos efectivos dessas aves no estuário do Tejo. Os números máximos foram observados no período de migração pós-nupcial (Agosto e Setembro) altura em que se chegou a contar mais de 8000 aves na zona.

Este relatório pode ser consultado e descarregado na internet no meu novo site Cadernos de Ornitologia http://sites.google.com/site/cadernosdeornitologia/ onde poderá ser também encontrada muita outra informação inédita diversa sobre as aves de Portugal.»

sexta-feira, fevereiro 19, 2010

SACUDIR A ÁGUA (2) - SEIXAL , QUEM SÃO AS VÍTIMAS ?


Quem observe a posição e o comportamento da Câmara do Seixal no caso da criança afogada num esgoto na via pública, parece depreender que a autarquia entende que contra o "interesse público" os pais da criança querem lucrar com a Câmara do Seixal que se transforma assim na vítima , na assumpção que é do interesse da defesa do bem público o protelar mais e mais... e mais ... no cumprimento de uma sentença.

Uma das questões é que, será que o comum dos cidadãos , a opinião pública entende assim?

É que esta posição...de recurso...em recurso, tem custos para além dos custos morais e psicológicos infrigidos aos pais, para além da perda do seu filho... mas é claro que esses custos são directamente proporcionais aos lucros dos advogados envolvidos, é que ainda não constou que estes trabalhassem pro bono em favor do interesse público que dizem defender...

Para além do artigo reproduzido acima com data de ontem e publicado no Publico, na passada sexta-feira saíu também mais um artigo no DN (link) sobre este SÓRDIDO caso, desta vez com a posição arrazadora da APAV , cito :


«João Lázaro, director executivo da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), considera que o sistema judicial não está a conseguir ajudar os pais da criança que morreu numa caixa de esgoto no Seixal, há cerca de 11 anos, a "encerrar o luto", o que está a provocar "o prolongamento do sofrimento". Confrontado pelo DN com o facto de o processo ter voltado à "estaca zero", depois de em 2005 a Câmara do Seixal já ter sido condenada em tribunal a pagar 250 mil euros à família, o dirigente da APAV alerta que "houve uma morte e a justiça material deve fazer-se".

Como o DN avançou ontem, o Tribunal de Conflito deu razão ao recurso da autarquia, para quem os tribunais comuns não têm competência para atribuir indemnizações, pelo que o julgamento vai agora ser repetido no tribunal administrativo e fiscal, o que obriga a mãe de Rogério Filipe a recordar todo o episódio de 22 de Março de 1999, quando o filho caiu no esgoto, aparecendo morto na estação elevatória do Porto da Raposa (Arrentela) na manhã seguinte.

"A questão do conflito nos tribunais é válida, mas não se pode hipotecar a justiça material apenas à justiça formal, em prejuízo do cidadão. Passados dez anos, há claramente aqui um papel de vitimização dos pais", sublinha João Lázaro, admitindo que "os cidadãos não podem estar à espera de resposta durante dez anos e depois chegar-se à conclusão de que volta tudo a zero".

Numa altura em que a advogada da autarquia, Paula Pinho, já admitiu recorrer sempre que "existirem situações de recurso", em nome "do interesse público", o advogado dos pais da vítima, José Nóvoa Cortez, revela já ter sido invocada a lei de responsabilidade do Estado, que responde pelos actos lesivos de outrem. Mas o advogado alude aos 11 longos anos para revelar que se o processo continuar no impasse por muito tempo admite recorrer ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem. "Nunca me debrucei sobre isso porque é preciso muito dinheiro e a cliente não tem, mas é possível", reitera, alertando para outro caso, "prontamente resolvido" pela Câmara de Lisboa, que indemnizou em 220 mil euros os pais de Ruben Cunha, menor que morreu electrocutado num semáforo.»

quinta-feira, fevereiro 18, 2010

SACUDIR A ÁGUA (1) - AS VITIMAS DO MST

Citando o DN ( texto e imagem ) de 29 de Outubro

« Celeste Teixeira, a filha do casal de idosos atropelado em Corroios (Seixal) pelo Metro Sul do Tejo (MST), a 8 de Julho - acidente de que resultou a morte do pai e ferimentos graves na mãe -, garante que está a passar por dificuldades económicas, depois de já ter gasto cerca de cinco mil euros em despesas de saúde, mas continua sem qualquer sinal de poder vir a ser ressarcida. O processo está em tribunal e o MST insiste em rejeitar culpas no acidente.

As principais despesas prendem-se com o funeral do pai, pagamentos de transportes de ambulâncias para a mãe - Alice Figueiredo, de 74 anos, desloca-se duas vezes por semana entre Vale de Milhaços (Seixal) e Almada, para fazer as sessões de fisioterapia no Hospital Garcia de Orta -, mas Celeste Teixeira contabiliza ainda vários dias de trabalho perdidos desde a tragédia. "Isto está a provocar a nossa revolta, porque eu tenho a certeza de que há culpados pelo que aconteceu aos meus pais e ninguém está a querer assumir responsabilidades", referiu.

O casal foi colhido pela composição do MST quando se dirigia para a paragem do autocarro de Corroios, numa zona muito estreita, com um passeio de aproximadamente 60 centímetros, onde não existe passadeira. A própria PSP disse na altura que os idosos não tinham cometido nenhuma transgressão.

"Perdi o meu pai, a minha mãe ficou sem mobilidade e ainda não sabemos se algum dia vai voltar a ter condições de, pelo menos, ir buscar um copo de água", lamentou ao DN, numa altura em que a progenitora continua acamada, enquanto a MST, que já em Agosto tinha recusado a sua responsabilidade, mantém a mesma posição, reafirmando que já deu cumprimento às suas obrigações de informação, "quer legais, quer contratuais", ficando à espera da decisão do tribunal.

Recorde-se que, por se tratar de um acidente que envolveu terceiros, é preciso disponibilizar um seguro para que o Serviço Nacional de Saúde possa ser accionado a partir do momento em que a idosa teve alta hospitalar (26 de Agosto).

Apesar de não se terem registado acidentes nas últimas semanas com as composições do MST - que totalizam seis sinistros desde o início do ano, havendo a lamentar um morto e dois feridos graves -, os bombeiros e a PSP defendem a promoção de uma campanha que reforce a atenção dos peões, sobretudo dos mais idosos, para as regras de trânsito decorrentes da presença do Metro. Uma das alterações que preocupa as autoridades é a falta de obrigatoriedade do metro parar nas passadeiras.»

quarta-feira, fevereiro 17, 2010

ÁGUA MOLE...


Durante as dezenas de foruns sobre o Metro Sul do Tejo levantaram-se dezenas de questões, outras foram levantadas e apontadas nos blogues, nomeadamente no Em Almada, no Triângulo da Ramalha e também aqui no a-sul . Ultimamente foram os jornais sobretudo dando noticia para as dezenas de acidentes , alguns com feridos de alguma gravidade e vitimas mortais.

Finalmente , por uma notícia publicada no Diário de Noticias de 13 de Fevereiro dá conta que o Metro quer , em conjunto com as Câmaras de Almada e Seixal, quer fazer uma campanha de sensibilização... embora tardia, essa campanha que devia ter acontecido há pelo menos dois anos atrás é bemvinda, sobretudo porque diagnosticou , também finalmente , questões aqui levantadas antes mesmo do Metro estar em funcionamento.

Numa atitude construtiva, trazemos aqui DE NOVO algumas soluções que não se quizeram aqui copiar vá-se lá saber porquê :


Em Augsburg os Combino Siemens circulam num espaço canal diferenciado em diferentes níveis , com ciclovia delimitada e com uma vedação, o uso de vedações como leimitação do espaço de circulação dos comboios Combino é comum a várias cidades do mundo , como acontece em Melbourne na primeira imagem .



Em Potzdam novamente pisos de textura diferenciada a pensar nos invisuais, pisos rebaixados em zona de atravessamento de pessoas de locomoção limitada e vedações.


Em Freiburg novamente um espaço canal delimitado e vedao, uma atenção ao verde da envolvente.


Em Kaozhiang da Coreia vemos um espaço perfeitamente delimitado para a circulação do metro de superfície. Em Dalian na China novamente a solução vedação, vários níveis de pavimeto...

E claro que também há a solução utilizada por exemplo no Porto e nalguns troços das cidades acima referenciadas, a solução da circulação subterânea.

terça-feira, fevereiro 16, 2010

DIA DE PORTUGAL


Hoje é o verdadeiro dia em que Portugal se assume como é na realidade. Travestido , apalhaçado. ridiculo, espertalhuço, a fingir que é rico , cheio de porpurinas e lantejoulas... uns ainda dizem que se mascaram, outros ... nem por isso.

Hoje é Dia de Portugal.

segunda-feira, fevereiro 15, 2010

PERIGOS A METRO



A noticia é do Publico e é preocupante . Se é assim com uma construção nova, quando será daqui a uns anos ? Cito :


« A empresa que explora o metro da margem sul ordenou aos condutores que circulem mais devagar no troço entre as estações de São João Baptista e a de Gil Vicente, em Almada, depois de ter sido detectado um carril partido. Ao PÚBLICO a empresa alude apenas a uma "deficiência técnica num carril", que será resolvida dentro de 15 dias, acrescentando que não há qualquer risco de descarrilamento.

Opinião diferente tem um trabalhador da empresa que pediu para não ser identificado. Segundo disse este operador de condução ao PÚBLICO, o carril partiu-se há mais de uma semana, "já cedeu bastante" e, se o problema não for resolvido, poderá "causar descarrilamento". De acordo com a mesma fonte, a empresa tem pedido aos condutores para circularem a dez quilómetros por hora naquele troço afectado.

O trabalhador da empresa sustenta também que tem havido cada vez mais assaltos no metro. Anteontem, uma estudante foi assaltada por dois jovens, mas a empresa esclarece que a situação não é grave e que "está dentro dos padrões normais de insegurança em zonas densamente povoadas". A.R.F.»

domingo, fevereiro 14, 2010

O CARRO ELÉCTRICO COMUM EUROPEU


No Público :

« A presidência espanhola da União Europeia propôs uma “estratégia comum de desenvolvimento da viatura eléctrica”, um tema que está, pela primeira vez, no centro de uma reunião informal dos ministros da Indústria da UE, em San Sebastian.

Durante a presidência “queremos dar um papel central ao veículo eléctrico”, disse o ministro da Indústria, Miguel Sebastián, numa entrevista publicada no site da presidência espanhola. “Esperamos que a nossa percepção seja partilhada pelo resto dos Estados membros e das instituições comunitárias e que a Comissão Europeia a leve em conta ao adoptar uma estratégia comum que será debatida no Conselho de Ministros em Maio”, acrescentou.

A presidência espanhola deverá apresentar em San Sebastian um “documento de debate”, detalhando os principais “desafios colocados pela implementação do veículo eléctrico a grande escala”. O carro eléctrico é apresentado pelos Governos e industriais como uma oportunidade para relançar a economia e como uma necessidade ecológica face às alterações climáticas.

Mas actualmente os países europeus estão a trabalhar separadamente. Além disso, o desenvolvimento a grande escala do veículo eléctrico coloca ainda numerosas questões: custos elevados, harmonização das normas para as baterias e para os pontos de recarga (cuja rede ainda não está criada), consequências sobre o consumo e capacidade de produção de electricidade na União Europeia.

Este cenário justifica a vontade de Espanha promover uma abordagem “conjunta e global” a nível europeu, “para conseguir uma posição de vantagem competitiva neste sector”, comentou o ministro espanhol.
A presidência espanhola da UE convidou para esta reunião representantes dos sectores eléctricos (Iberdrola), automóvel (Renault) e industrial (Siemens). »

sábado, fevereiro 13, 2010

ULTIMAS DA BLOGOSFERA



Por Lina Santos, no DN.


« O consumo de blogues diminuiu entre os jovens e os adultos entre os 18 e os 29 anos, cresceu entre os adultos com mais de 30 anos. Os dados referem-se ao universo norte-americano e são do Pew Research Center, nos Estados Unidos, que monitoriza os consumos online desde 2005.

Segundo o relatório agora publicado, os 24% de jovens que participavam na blogosfera (produzindo conteúdos e fazendo comentários) em 2007 são hoje 15%, ou seja, menos 9 pontos percentuais. Segundo o Pew Research Center, a queda manifesta-se desde 2006. Entre os adultos com mais de 30 anos, o consumo cresceu: os 7% de 2007 são, dois anos depois, 11%.

Em contrapartida, o número de pessoas que aderiu a redes sociais nos últimos dois anos aumentou em todas as faixas etárias, com destaque para o Facebook: 73% dos utilizadores norte-americanos está nestap lataforma. A ferramenta fez seis anos na sexta-feira e atingiu os 400 milhões de utilizadores.

Os dados mostram ainda que os jovens entre os 18 e os 29 anos aderiram ao MySpace: 66% dos que têm contas nas redes sociais está aqui, contra os 36% das pessoas com mais de 30 anos. A proporção inverte-se quando se analisam os números da LinkdIn: 19% dos adultos, contra 7% entre os jovens.

Em Portugal, "não existe sistematização dos dados que permita tirar conclusões", avança fonte do Sapo, a plataforma mais utlizada em Portugal. A mesma fonte explica ainda que os consumos na Europa e nos Estados Unidos são diferentes. "A maturidade dos conteúdos é maior lá, a Internet é uma comodity como ter água, luz e gás em casa." Empiricamente, porém, pode dizer-se que os adultos portugueses sempre estiveram mais na blogosfera.»

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Outros dados revelados pelo artigo

55% da população entre os 18 e 25 anos acede á "net" através de Computador portátil

81% dos jovens entre 18 e 29 anos usam Internet sem fios

63% na faixa etária entre os 30 e 49 anos

Em 2007 o consumo de blogues era de 24% (adultos 18-29 anos) e 7% (adultos + 30 anos)

Em 2009 o mesmo consumo é 15% (18-29) e 11% (30 ou +)


sexta-feira, fevereiro 12, 2010

SER CRIANÇA E MORRER NUM ESGOTO - TODOS OS ADJECTIVOS SÃO POUCOS


Podiamos considerar todos os adjectivos , mas já escrevemos muito sobre isto e voltaremos a escrever, não nos calaremos , e tem sido graças, quer aos jornais, quer aos blogues, este caso não ter morrido no esgoto para onde os do costume têm pretendido arrastar .

Ontem foi dado novo tratamento jornalistico em artigo de página inteira com chamada à primeira página do Diário de Noticias (link aqui) . A palavra à mãe da criança que morreu afogada num esgoto numa via publica do Seixal , passo a citar:

« "Estou cansada de ouvir dizer que a Justiça é morosa no nosso país, mas eu devo ser das suas maiores vítimas." O comentário contundente parte de Maria João Silva, a mãe da criança que a 22 de Março de 1999 morreu numa caixa de esgoto de Arrentela (Seixal), depois de saber que, volvidos 11 anos e ter gasto já perto de dez mil euros com o processo, o pedido de indemnização de 250 mil euros voltou à estaca zero. Há cinco anos o Tribunal do Seixal tinha condenado a autarquia.

Depois de em 2005 o julgamento ter sido parcialmente repetido por deficiência nas gravações, agora o Tribunal de Conflitos deu razão ao recurso da Câmara do Seixal, que alegou não terem os tribunais comuns competência para atribuir indemnização aos pais de Rogério Filipe, sendo que o caso só pode ser julgado por um tribunal administrativo e fiscal.

"Eu não vou desistir. Foi uma criança que morreu, não foi um cão", refere Maria João Silva, lamentando o facto de ser obrigada a recordar tudo outra vez diante do juiz. "Não desejo isto a ninguém. É uma dor enorme", admite, alertando para os sacrifícios financeiros inerentes ao processo, que já ronda despesas na casa dos dez mil euros.

Mesmo assim, a mãe que perdeu o filho há quase 11 anos não vai parar. "Nem que seja a última coisa que eu faça. Eu sei que nada me devolve o menino, mas isto não pode passar impune", sustenta, admitindo não acreditar que a tentativa de acordo que o seu o advogado, José Nóvoa Cortez, vai tentar levar a cabo com a edilidade seixalense dê resultado. "Se quisessem um acordo, já o tinham feito, mas a câmara vai recorrer até onde houver possibilidade." Por isso, "vamos em frente, vamos arrolar as mesmas testemunhas e mostrar as mesmas provas, porque isto há-de parar algum dia".

O advogado diz que vai tentar um acordo com o município, alegando que existe hoje um novo dado, segundo o qual já nenhum funcionário da autarquia está criminalmente acusado, tendo o antigo encarregado da manutenção e fiscalização da rede de esgotos - o único arguido - sido absolvido do crime de negligência.


quinta-feira, fevereiro 11, 2010

CARROS ELÉCTRICOS O ALERTA PARA O REVERSO DA MEDALHA



« A circulação de carros eléctricos pode provocar um aumento das emissões de dióxido de carbono, a menos que estes veículos sejam abastecidos com energia «verde», refere um relatório divulgado pela Quercus, citado pela agência Lusa.

As conclusões do estudo, apresentadas este domingo em Bruxelas, levaram as organizações ambientalistas que o divulgaram a «apelar ao estabelecimento de metas de energias renováveis na produção de electricidade que assegurem que os veículos eléctricos terão mesmo emissões zero».

O relatório, da autoria da consultora holandesa CE Delft, é publicado na véspera da reunião informal dos ministros da Indústria da União Europeia que se preparam para anunciar um Plano de Acção Europeu para os Veículos Eléctricos.

O estudo indica que a legislação europeia que regula as emissões dos carros apresenta «graves lacunas», ao autorizar os construtores automóveis a «compensar» a venda de veículos eléctricos com a venda de veículos mais poluentes, que escapam aos limites de emissão definidos na legislação.

O vice-presidente da Quercus, Francisco Ferreira, salienta que «Portugal tem feito um esforço significativo na produção de electricidade de origem renovável, mas não tem sido transparente na comunicação pública do seu peso relativo, exagerando nas contas».

«Cerca de 36,5 milhões de euros de apoio previsto no Orçamento do Estado a cinco mil veículos eléctricos, a que se deve acrescentar a receita perdida em Imposto sobre Veículos e Imposto Único de Circulação, parece-nos demasiado», defende Francisco Ferreira, especificando que «são 5000 euros de incentivo, mais 1500 euros se for entregue um veículo para abate e ainda 803 euros» referentes à aquisição de equipamentos de energias renováveis.

O texto divulgado pela associação portuguesa realça ainda que, «por cada carro eléctrico vendido, os construtores automóveis beneficiam de 3,5 super créditos, ou seja, a permissão de venda de 3,5 carros altamente poluentes, sem que as emissões desses veículos sejam contabilizadas no cálculo das emissões médias desse construtor (usadas para efeito de cumprimento dos limites de emissão)».

O resultado desta regra é que a venda de 10 por cento de veículos eléctricos pode levar a um aumento de 20 por cento no consumo de combustível e emissões de carbono no sector automóvel, explica.

O relatório agora apresentado foi preparado para as associações ambientalistas Amigos da Terra – Europa, Greenpeace e T&E, Federação Europeia dos Transportes e Ambiente, da qual a Quercus faz parte.»

quarta-feira, fevereiro 10, 2010

DUPLAMENTE AMORDAÇADOS ?



Acredito, vindo de quem vem , o que deve saber ( que eu cidadão não sei ) com quem se deve ter informado e aconselhado , o que deve ter meditado , que a queixa se justifique , embora esta denúncia só se aceite , na forma e no local (mal) escolhidos , se fôr para ter consequências e provocar demissões . Ou de quem acusa, ou de quem é acusado, e isso deve mobilizar TODA a classe politica.

Se assim não fôr é só mais uma palhaçada das quais nós cidadãos vamos estando fartos.

A nível local , nesta margem ao sul do Tejo, essa mordaça existe há muito sem que ninguém denuncie , assente num caciquismo fundado e fundamentado nos tiques dos regimes comunistas de má memória, onde há um cerceament
o dos direitos liberdades e garantias dos cidadãos , um abafamento da liberdade de expressão e uma desigualdade de oportunidades.

Agora que há uma denuncia num palco europeu por parte de um alto dirigente de um partido politico , numa altura em que do ponto de vista económico todo o espirro é avaliado , o que não podemos ficar é - volto a dizer - na mesma !

A acusação é demasiado grave para que isso aconteça , para que o Dr.Rangel continue a ir para Bruxelas nos proximos meses e anos como se nada tivesse denunciado e continuarmos a ter o mesmo governo como se de nada tivesse sido acusado.

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Hoje 20.00 chegou a resposta do porquê daquela intervenção : "
Ruptura foi a palavra mais repetida por Paulo Rangel na apresentação da sua candidatura à presidência do PSD, hoje, no Hotel Tivoli, em Lisboa. " ...



terça-feira, fevereiro 09, 2010

GADO , HORTAS E O FUTURO DAS CIDADES


Ontem no DN , por Roberto Dores ; " Embebedamo-nos com problemas como o TGV, sem nos apercebermos da gravidade em que caiu o nosso abastecimento" (Gonçalo Ribeiro Telles):

« Criação de cavalos no centro de Lisboa - mesmo que um dos animais fuja, como aconteceu na madrugada da passada terça-feira - ou o rebanho que cruza uma aldeia entre o redil e a pastagem, passando pelo meio dos moradores, têm um significado muito semelhante para o arquitecto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles: "São as nossas origens agrícolas, que, infelizmente, estão tão esquecidas. A agricultura urbana deveria ter integração obrigatória no planeamento urbano, e o gado e a pastorícia são peças fundamentais nesse processo", alerta.

Segundo Ribeiro Telles, Portugal regista um "atraso secular" nesta matéria, o que está a provocar, garante, o despovoamento das aldeias e consequente procura dos subúrbios das grandes cidades, com elevadas concentrações humanas. Loures e Estoril, onde ainda resistem alguns pastores, depois de debandada geral das últimas décadas, são exemplos de desertificação apontados pelo arquitecto às portas de Lisboa. "Embebedamo-nos com problemas como o TGV, sem nos apercebermos da gravidade em que caiu o nosso abastecimento", insiste, defendendo que os animais domésticos "têm de ter cabimento nas nossas cidades, vilas e aldeias".

E não interessa se são "cavalos, ovelhas, galinhas ou porcos". Nem tão-pouco se atravessam aldeias, estradas ou cidades. "Os animais dão vida, porque uma terra que tenha animais, tem pastoreio, tem casas habitadas, tem escolas e futuro. Hoje só vemos velhos nas aldeias, escolas fechadas e os caminhos por onde o gado passa totalmente destruídos. Estamos a criar um deserto para viabilizar a monocultura industrial do eucalipto e do pinheiro", lamenta.

Para Ribeiro Telles, não é por acaso que as universidades americanas há muito que debatem o problema da agricultura urbana, que começou a disseminar-se por toda a parte. "É triste, mas nós não conhecemos nada desta realidade. Há quem defenda que a cidade e Lisboa não comporta vegetação e agora até há o perigo de aparecerem as casas ecológicas com telhados cobertos de plantas para haver mais espaço para construção em massa", diz o especialista.

O arquitecto admite que o debate em Portugal sobre a recuperação do pastoreio nas cidades "está mais do que feito". Porém, dá um exemplo de como todos os argumentos têm caído em saco roto: "Quando se quer promover uma parcela de terreno, põe-se uma menina bonita ao lado", refere, lamentando que ninguém invista num outdoor com os utilizadores da paisagem, que seriam os pastores. Chegámos ao cúmulo de ver placas à beira da estrada afixadas nas melhores várzeas do país", aponta. »

segunda-feira, fevereiro 08, 2010

ROBALOS À MODA DO TEJO ?


Manuel Godinho tem a Sul do Tejo uma (única) unidade instalada da sua empresa O2. Essa unidade está sediada no Barreiro desde 2008.

Se foi comunicado pela autarquia que esta se "pronunciou desfavorávelmante" acerca desta instalação (estando em causa localização e obras de adaptação) , o facto é que falta , segundo o Publico "vistoriar há mais de um ano aquelas obras e situação o que ainda não foi feito."


Ainda segundo o Publico (aqui na íntegra ):

« Ocupando uma área de 6300 metros quadrados (480 construídos) no interior do parque empresarial da Quimiparque, a unidade do Barreiro da O2 - Tratamento e Limpezas Ambientais - uma das poucas empresas do industrial detido no âmbito do caso Face Oculta que possui alvarás para trabalhar legalmente - lida sobretudo com resíduos da construção e demolição e sucatas.

O processo de licenciamento desta extensão da empresa correu pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT) e teve início em Dezembro de 2007. Emitido em 30 de Janeiro de 2008 ao abrigo do regime do licenciamento simplificado (...)


Segundo a memória descritiva, o objectivo da unidade consiste na "reciclagem de sucatas e resíduos metálicos e na reciclagem de desperdícios não metálicos". Mas o alvará emitido autoriza apenas a "recepção, triagem e armazenamento dos resíduos até perfazer quantidade que justifique o envio para operador autorizado para valorização". (...)

Ainda antes de formalizar o pedido de licenciamento junto da CCDR, a O2 dirigiu à Câmara do Barreiro, em 29 de Novembro (duas semanas depois de arrendar o terreno à Quimiparque), um pedido de parecer destinado a "suprir a autorização de localização prevista no Regime de Licenciamento da Actividade Industrial" (...)

Esta proposta
recebeu a concordância de Fernando do Carmo (CCDR) no dia seguinte. Três semanas depois, a Câmara do Barreiro respondeu ao pedido de parecer da O2 com um ofício, que está arquivado na CCDR, e que diz expressamente que a estratégia traçada pelo Plano Regional de Ordenamento do Território da Área Metropolitana de Lisboa "define o território da Quimiparque como Área com Potencialidades de Reconversão/Renovação", com condições para "o desenvolvimento de novas centralidades metropolitanas com a instalação de actividades dinâmicas e inovadoras".

O município sublinha também os "impactes significativos" que a construção de uma terceira travessia sobre o Tejo terá no território da Quimiparque, concluindo que a pretensão da O2 poderia "comprometer" todos este projectos e propondo a "avaliação de um cenário de relocalização".
Questionada desde há dois meses sobre se a O2 está a funcionar ilegalmente no Barreiro, por falta de licença de utilização e de parecer favorável à sua localização, bem como por falta de vistoria às instalações, a CCDR-LVT respondeu que "as questões relacionadas com a edificabilidade e a instalação do operador de resíduos em determinado local respeitam às câmaras municipais".

Em relação à ausência de vistoria dentro dos prazos previstos na lei , informou que "diligenciará no âmbito do Plano sobre Operações de Gestão de Resíduos".

Solicitada a decifrar o sentido destas respostas, a comissão não respondeu até ao fecho desta edição. Na sede da O2 não foi possível obter informações sobre a situação da empresa. »


(foto Publico Luis Efigénio)
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Revista de imprensa do dia aqui (link)

domingo, fevereiro 07, 2010

LIMPAR PORTUGAL 20 DE MARÇO


A grande iniciativa LIMPAR PORTUGAL à qual nos associámos (lik) desde cedo está em marcha e imparável.

Na Península de Setúbal há muito a fazer dada a falta de civismo reinante e a quantidade de lixeiras, despejos de entulho e de outros residuos um pouco por todo o lado.


Mas a mobilização tem sido enorme e esta iniciativa vai também por esta Banda, entre Tejo e Sado ser uma verdadeira limpeza.

Para já , a consciencialização levantada por este movimento e o levantamento das lixeiras por GPS - a quem pedimos a colaboração de todos (atenção que não é necessário ter GPS, localize o local, vá ao Google-Earh e localize pelas coordenadas ) - é para já um instrumennto útil mesmo para uma utilização feita posteriormente pelas autarquias para darem seguimento a este trabalho e para controlo dos locais de eleição para dos nossos PORCOS e INCIVILIZADOS concidadãos.

Se só agora sabe desta iniciativa e se quiser associar , está a tempo (veja mais aqui - http://www.limparportugal.org/ link. Seguem os contactos para os grupos já reunidos para os concelhos da nossa região :

LIMPAR ALMADA : http://limparportugal-almada.blogspot.com/limparportugal.almada@gmail.com

LIMPAR O SEIXAL :
http://limparportugal-seixal.blogspot.com/

LIMPAR O BARREIRO :
http://limparportugal.ning.com/group/barreiro

LIMPAR A MOITA :
http://limparportugal.ning.com/group/mtamoita

LIMPAR O MONTIJO :
http://limparportugal.ning.com/group/mtjmontijo

LIMPAR ALCOCHETE : http://limparportugal.ning.com/group/alcochete

LIMPAR SETUBAL : http://limparportugal.ning.com/group/stbarrbidaverde

LIMPAR SESIMBRA : http://limparportugal.ning.com/group/stbarrbidaverde

LIMPAR PALMELA : http://limparportugal.ning.com/group/palmelao
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sábado, fevereiro 06, 2010

À FRENTE


« Depois do sucesso das bicicletas de aluguer em Paris, agora é a vez dos carros eléctricos. O presidente da câmara da Cidades das Luzes, o socialista Bertrand Delanöe, quer repetir o éxito de 2007- quando inundou a capital francesa de dez mil bicicletas para alugar – e ampliar a rede aos carros eléctricos, em 2011.

A concessão da inicativa ficou a cargo da empresa Autolib, que vai distribuir veículos movidos a electricidade por 27 municipios de Paris. “É um sistema revolucionário, cujo objectivo é utilizar o carro sem adquiri-lo, estimulando uma mudança de mentalidade nos cidadãos”, explicou Pierre Auril, responsável pelo municipio de Malakoff, no Norte de Paris.
Segundo anunciou Delanöe, o programa vai começar com cerca de três mil carros.

E o aluguer é fácil: basta bilhete de identidade, um cartão de crédito e a carta de condução. O custo é de 19 cêntimos por minuto, num máximo de 24 horas.

O aluguer de um dia inteiro vai custar 49 euros e as reservas podem ser feitas por telefone, via SMS ou pela internet.» (in i )

sexta-feira, fevereiro 05, 2010

ROMPEU-SE O SILÊNCIO


Finalmente foi rompido o muro de silêncio que tem pairado sobre os multiplos acidentes ocorridos com o Metro Sul do Tejo.

Esta semana , um semanário de referência e grande distribuição, o SOL deu grande destaque à questão com um artigo da autoria de Sónia Graça, onde pela primeira vez foram apresentadas, em valores relativos , as causas dos acidentes entre 2007 e 2009 ... mas neles os cidadãos são vistos como os causadores , não se apontando causas relativas ao projecto, à forma como o metro está integrado na via e no espaço urbano , ou mesmo á total ausência de uma pedagogia que deveria ter partido da concessionária e das autarquias .

Finalmente vemos ser assumido por um representante da concessionária questões já aqui levantadas no a-sul , como a delimitação dos espaços e sobretudo as suas implicações na movimentação de cegos e idosos.


É espantoso é que só duas mortes, 22 acidentes com feridos e centenas de incidentes não registados ... depois, é que se procurem corrigir questões que deveriam ter sido antecipadas e consideradas em fase de projecto... até porque quer as autarquias, quer a concessionária, quer o governo foram alertados pelos cidadãos, para estas e outras questões questões nos intermináveis fórums organizados pelas autarquias mas que de nada serviram, a não ser para fingir que eram democráticas as imposições de más soluções num projecto que foi mais uma oportunidade perdida.
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"País" ingovernável.

«Os partidos da oposição e o deputado socialista Luís Miguel França aprovaram esta tarde por maioria, com os votos contra do PS, as alterações à Lei das Finanças Regionais. »

quinta-feira, fevereiro 04, 2010

TEJO - BIVALVES CONTAMINADOS


A questão já foi aqui levantada no a-sul, tal como a construção de uma piscicultura em Corroios junto a uma ETAR . Mas tem hoje de novo aqui destaque por ter sido abordada esta semana no Diário de Noticias e ontem de novo no Correio da Manhã e que trata da indústria instalada de pesca e comercialização de amejoa potencialmente contaminada e introduzida no mercado sem qualquer controlo, cito do DN :

«Amêijoa contaminada pelas descargas de metais pesados e esgotos está a ser apanhada em alguns locais do rio Tejo e vendida directamente aos consumidores através de circuitos clandestinos. Entre os exemplares de bivalves capturados nas zonas poluídas dos concelhos do Barreiro, Almada, Seixal, Montijo e Alcochete encontra-se a amêijoa japónica. Uma espécie exótica (de venda proibida), oriunda de Itália, que recentemente foi implantada no rio por desconhecidos, existindo hoje com grande abundância, mas nas zonas dos esgotos, onde até a apanha da lambujinha para consumo está interdita.

A denúncia da existência deste novo "mercado negro" é feita ao DN por Joaquim Piló, do Sindicato Livre dos Pescadores (SLP), e confirmada pelo próprio Ministério da Agricultura e das Pescas, que adjectiva esta actividade ilegal de "muito grave e complexa de resolver" pelas autoridades. Ao ponto de constituir "prioridade de fiscalização" para a Direcção-Geral de Pesca e Aquicultura, que, segundo os mais recentes dados disponíveis, relativos a 2008, tem a decorrer 28 processos de contra-ordenação por venda ilegal de bivalves.

Fonte do gabinete do ministro António Serrano alerta que pelo facto de o estuário do Tejo estar classificado como "Zona C", todos os bivalves capturados têm de seguir para depuração antes de serem colocados à venda. Mas a tutela sabe que não é isso que acontece entre os mais de 50 pescadores que diariamente capturam moluscos nas zonas de risco, segundo a estimativa do sindicato.

"No rio, a fiscalização é feita pela Polícia Marítima e GNR, mas a partir do momento em que a amêijoa sai do barco, essa fiscalização passa a ser competência da ASAE", sublinha a mesma fonte. A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica garante estar atenta ao fenómeno, tendo realizado já várias operações direccionadas à comercialização ilegal da amêijoa, entre lotas, restaurantes, mas também nas bermas das estradas ou nos passeios ribeirinhos onde habitualmente se faz venda directa ao público. Também nas páginas da Internet não faltam contactos de vendedores, inclusivamente, de amêijoa japónica, com preços que variam entre os seis e o oito euros, apesar de a amêijoa sair da lota a quatro euros.

O delegado de Saúde do Barreiro, Mário Durval, alerta para um pormenor na lei que está a ser aproveitado pelos infractores. "Todos vemos centenas de pessoas a apanhar amêijoa nestas zonas, mas elas dizem que não é para vender, que é apenas isco para pesca. Como só está proibida a comercialização, não há nada a fazer", diz o médico.

Mário Durval, que já fez várias queixas às autoridades, revela que estes moluscos só poderiam chegar ao consumidor depois de serem sujeitos a tratamento térmico, através de um processo que ainda não chegou a Portugal, admitindo o delegado de saúde que os níveis de metais pesados no Tejo estarão com valores mais baixos relativamente há uns anos atrás, depois de a CUF e a Lisnave terem interrompido a laboração. "Os metais são um problema mais grave do que os esgotos, mas as marés têm vindo a resolver esse problema", assegura Durval»

Aqui em link o artigo do Correio da Manhã.