Boa prática do Pólis em Portalegre foi a instalação da Câmara Municipal no que foi uma antiga fábrica, na imagem, excelentemente recuperada.
Fomos até ao interior, não perdendo o Sul, fomos até ao Norte desse mesmo Sul sem deixarmos a Margem esquerda do Tejo, em busca de boas práticas, de bons exemplos feitos por autarquias bem mais pobres e em zonas mais desertificadas que as da zona da Peninsula de Setubal e estuário do Tejo e Sado.
Acompanhando a passagem de José Sócrates por Portalegre assistimos à tentativa de "dar a volta" a uma cidade que luta contra os factores deste modelo de desenvolvimento assente no litoral, que esquece um interior que está afinal sómente a duas horas dessa costa em autodestruição.
Portalegre é hoje o primeiro exemplo da aplicação do Programa Polis, um programa laçado por José Sócrates há cerca de oito anos , enquanto Ministro do Ambiente, curiosamente, o actual titular da pasta referia exactamente o numero de ministros que entretanto tutelaram a pasta entre José Sócrates e o próprio Prof. Nunes Correia o ministro em exercício, as consequências de uma tal rotação numa pasta que deveria ser a espinha dorsal do desenvolvimento sustentado do país estão à vista...
O Pólis Portalegre permitiu fazer um face-lift a uma cidade algo estagnada, dando-lhe um toque de recuperação patrimonial e ao mesmo tempo modernidade, se bem que mais e melhor haverá a fazer com a aplicação posterior do Pólis XXI, um programa que acompanhará e desenvolverá, no futuro, obras que serão consequência das agora inauguradas. Para já revelaram-se um excelente exemplo de recuperação urbana e paisagistica. O Parque criado junto às instalações da autarquia elas também resultantes da recuperação de uma antiga fábrica é uma mais valia ambiental e urbana, tal com o parque de estacionamento subterrâneo aí construído.
A recuperação do centro histórico e as obras ainda em curso no Castelo projectam o lado de preservação patrimonial e investimento turistico, no entanto faltam ciclovias, algum ordenamento no trânsito e sinalética . O edificio da Escola Superior de Tecnologia á entrada é magnifico, mas a antiga escola "Comercial e Industrial" tem o ar decadente traduzido pelos péssimos resultados dos seus alunos a nível nacional o que dá razão ao Ministro do Ambiente ao afirmar que há um lado "social" do Programa Pólis a ter de ser levado em conta , nada mais a propósito neste interior belissimo , e sem grafittis , mas envelhecido e desertificado.
Por outro lado há alguns prédios incaracteristicos e que nada têm a ver com a cidade a aparecer em locais que necessitarão de um melhor enquadramento paisagistico em termos de envolvente arborizada.
O primeiro Ministro deixou ainda as pistas do que será a politica do governo para as cidades, em termos nacionais, sublinhou, as cidades devem “melhorar as questões do ambiente, reduzir a poluição, cuidar do espaço público e da sua memória e identidade”.
Alguns dados sobre Portalegre:
PORTALEGRE | |
Ano de 2006 Finanças Locais - Indicadores e Aplicação | |
Impostos | Valores em Euros |
Contribuição Autárquica | 1 186 155 |
Imposto Sobre Veículos | 269 286 |
Sisa | 756 372 |
IRS | 16 746 144 |
População | |
População Residente | 24 756 |
Menores de 15 anos | 3 147 |
Dormidas | 26 899 |
Residentes + Dormidas | 24 829 |
Outros Indicadores | |
Área | 447 (Km2) |
Amplitude Altimétrica | 771 (m) |
Área x Factor Altimétrico | 604 |
Freguesias | 10 |
IDS | 0.91815969913691 |
Fundos | Valores em Euros |
FBM | 1 080 268 |
FCM | 5 032 611 |
FGM | 1 268 926 |
TOTAL | 7 381 805 |
2 comentários:
Sim, e na Costa da Caparica é o que sabemos..
Triste sina a nossa !
A Câmara Municipal do Seixal publicou finalmente no Boletim Municipal o boneco do projecto da Urb.Flor da Mata,objecto do Plano de Pormenor.
Podemos assim constatar, que não existe nenhum equivoco, e que o projecto com que alguns cidadãos andavam a enganar os incautos municipes, é o mesmo que a CMS tem para apresentar.
Lamenta-se contudo, que tenha omitido do boneco, o que consta a fls.215 do proc 2/M/00, isto é, a rotunda e via de saída do anel do IC-32(processo aprovado em 6.9.2005), que se sobrepõem à àrea de intervenção, e alteram a estrutura da rede viária, e isto só em primeira análise.
Porque além disso, terá que considerar as novas servidões geradas, que alteram os cáculos de edificabilidade, implantação,etc...
Sem alongar mais considerações e só comentando o boneco, pelo menos ficámos esclarecidos de que não há confusão nem engano por parte dos cidadãos que contestam.
Talvez haja sim, interesse de alguém em suscitar confusão e engano aos incautos municipes.
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