Blogue Ambientalista da Margem Sul / Portuguese Environmental Blog "Pense Global , Aja Local" Save the Portuguese Forest / Salve a Floresta Portuguesa
sexta-feira, agosto 31, 2007
SE UM BLOGUE INCOMODA MUITA GENTE... NAS AUTARQUIAS INCOMODA MUITO MAIS!
Pelo que lemos dos comentários ao anterior post, no caso português não há a preocupação quer da imprensa escrita, quer do poder central sobre a capacidade de mobilização da internet e da penetração da opinião construída na blogosfera.
Os primeiros estão seguros com os seus jornalistas a recibo verde e nas outras actividades que os grupos de media encerram, os segundos, apesar da candidatura de Manuel Alegre ter abanado o sistema, acham que basta o SIS e a Judiciária a controlar e uns computadores do governo a alterar a wikipédia para a coisa se manter tal como está.
Quem não parece nada seguro com a blogosfera é o chamado Poder Local , primeiro porque este fenómeno surgiu quando andavam ainda às aranhas com a perda do controlo informativo monopolista hiper e totalmente dependente das autarquias que era (é) a maioria da imprensa local.
A imprensa local, à parte casos pontuais, seria (é) tudo, menos contestatária ou critica da "obra" do poder local que a alimenta , mudou ligeiramente este cenário com o advento de alguns jornais de distribuição gratuita que contornaram o controle exercido pelas autarquias e pela sua teia de interesses.
Depois passou a haver uma imprensa electrónica , actualizável em tempo real e que ultrapassava os básicos sites camarários que funcionavam como complemento do sempre elogioso elemento de propaganda, pago pelos contribuintes, o "Boletim Municipal".
Ora com o aparecimento dos Blogues e com a sua explosão por facilidade de acesso e construção de há cerca de três quatro anos a esta parte, sobretudo com a seriedade e profundidade como muitos são constrídos, com suporte de imagem e documentos, muitas das negociatas, despotismos, abusos de poder , tráfico de influências e corrupção até então só expostas em "sessão de câmara" , aparecem ao acesso de literalmente todo o mundo.
Desde então o sistema de democracia participativa mais cristalizador, monopolizador e oligárquico do sistema politico, não mais foi o mesmo, finalmente podia-se desmascarar e divulgar o que não era tomado em consideração e não interessava à imprensa local, nunca teria lugar num boletim municipal (onde a participação dos cidadãos e criticas não tem espaço) e nunca chegava à imprensa nacional, a não ser que houvesse algum acessor de imprensa ao serviço da oposição que se interessasse pelo caso em apreço.
A blogosfera tornou-se assim no meio local mais democrático de debate, logo demonstrativo do descontentamento geral numa margem sul alheada da participação publica e que por esse meio permite que uma força politica se eternize , em maioria , no poder com escassos milhares de votos, em certas freguesias densamente povoadas, por escassas centenas.
Logo, pela sua capacidade mobilizadora (veja-se a manifestação ontem em Atenas organizada na blogosfera ou na margem sul a recente Conferência da Moita sobre politica de solos) assustou os autarcas, o que é ridiculo é que não só tem assustado a maioria no poder, como também boa parte das oposições nestes concelhos da margem sul.
Será que têm medo que os bloggers passem neste timing eleitoral, para o papel de candidatos e por isso uns fazem de conta que ignoram e outros fazem os possiveis por censurar ?
quinta-feira, agosto 30, 2007
SE UM BLOGUE INCOMODA MUITA GENTE...
... Todos aqueles que têm surgido incomodam muito mais!
Incomodam os jornais de expressão nacional ( e alguns Deuses sagrados desses media) e ou de especialidade que ao serviço de muitos interesses, por acção ou omissão, perderam a capacidade de influenciar da mesma forma que antes o faziam.
Incomodam quem pretende o monopolio (leia-se, o TOTAL PODER domesticado e normalizado) da informação, os respeitáveis media que mesmo não o reconhecendo, servem-se depois dos blogues como fontes de informação . Salvo algumas excepções e citações, no mais os ignoram, quando não ridicularizam. Ver a campanha anti-blogue com que ilustramos este post e criada e publicada , por , e num, dos principais jornais do Brasil, "O Estado de S.Paulo".
Incomodam os jornais locais controlados pelo caciquismo local, dependentes do poder como de pão para a boca, subsidio-viciados ou anuncio-dependentes desse poder que como é óbvio se abstêm de criticar , servindo pouco mais que como complemento ao boletim-municipal local pago pelos contribuintes, recheado de fotografias do Presidente e de maravilhas à sua governação.
Logo, incomodam o poder central e quem o apoia . Não se está á espera que o Publico/SONAE se estique demasiado em criticas a quem o alimenta, o mesmo se passando com o Diário de Noticias/LUSOMUNDO, só para dar dois exemplos...), o que é um "perigo para o Estado" ...Por exemplo, o caso da "licenciatura" de Sócrates teria ido tão longe se não houvesse blogues?
Ao nivel local a coisa não tem menos impacto, terá até mais, pois aí, geralmente o poder sobre os meios locais de informação é quase total como atrás referimos, salvam-se nalguns casos os jornais das paróquias (embora com outra orientação) ou os de distribuição gratuita que já há algum tempo que vêm abrindo brechas num poder cacíquista, instalado e enquilosado...ou ainda a imprensa electrónica local onde há também bons exemplos de alguma independência.
Ora se isto é com um blogue, recorrendo ao livro de Pedro Fonseca "Blogues Proíbidos" bastou uma meia dúzia para ter tema e factos para um livro que desmascara as tentativas de controlo por várias vias deste fenómeno mediático...multiplique-se isto por dezenas, por centenas , por milhares, actualizáveis em tempo real, de qualquer lado, por qualquer pessoa, com recurso a som , imagem e vídeo...
Se um humilde blogue como o A-Sul incomoda tanta gente (hoje estávamos no 56º lugar dos blogues mais vistos, de um total de 2863 cadastrados , fonte weblog) some-se agora todos os outros blogues locais e regionais , dá uma caldeirada que tem assustado o poder local até aqui inquestionável (por razões óbvias...) instalado há mais de trinta anos na Margem-Sul.
Pela parte que nos toca, ultrapassámos três tentativas de nos calarem ou boicotarem, a primeira processou-se fazendo disparar o sistema de alertas de conteúdo impróprio ("flags") que fez que o próprio Blogger nos barrasse o acesso durante algum tempo, depois houve uma outra tentativa por meios "virais" , o que nos manteve , embora por pouco tempo incontactáveis, outra ainda , esta perfeitamente infantil, prendeu-se com o boicote de acesso ao a-sul e a pelo menos dois outros blogues (AV e BROCAS) a partir dos quiosque públicos de internet da peninsula de Setúbal.
Tivemos também, ao que sabemos , destacados outros meios humanos para nos calar ...e várias práticas foram recomendadas por certo Partido para nos abordar, do comentário pronto , anónimo ou "assinado" até ao ignorar...
Ora, não fomos os únicos (alvejados por o jornalismo já não ser assim -clique)... muito menos os mais visados, a táctica agora, de quem tenta a todo o custo manter o status-quo e a "Norte-Coreização" da Margem Sul é o ataque nominal e pessoal a quem ousou confrontar o poder com as suas contradições e mais grave, contra os interesses imobiliários instalados, como é o caso de A.Ângelo, cidadão da Várzea da Moita e o Blogue António do Telhado, criado propositadamente para o atingir.
O que me apraz dizer é que isto ainda é o principio da história, o A Sul ainda só tem três anos e este é o 920º Post, agora que muito do que se tinha por garantido antes da blogosfera se perdeu definitivamente, só não o vê , quem não quer ver e anda entretido a alterar a partir do Governo, os dados não favoráveis da Wikipédia, ou a partir das autarquias os inconvenientes bloggers locais...
A revolução é aqui e agora que se faz, finalmente os cidadãos têm uma voz, e ainda por cima A SUA PRÓPRIA VOZ !
quarta-feira, agosto 29, 2007
SOMOS TODOS GREGOS
Não podemos estar e ficar indiferentes perante a tragédia que se abateu (sobretudo) sobre a Grécia este Verão, até porque conhecemos bem a realidade do nosso território , dos nossos politicos e da nossa legislação, pelo que as palavras do World Wild Life Fund - Greece e da GREENPEACE parecem - retirando as referências geográficas - poderem-se aplicar e decalcar para Portugal, passo a citar a noticia do Publico de ontem sobre o tema:
« Os fogos podem ter como objectivo contornar a lei (...) que proíbe a construção de infraestruturas em àreas florestais. "Há uma forte pressão relativa ao turismo e a um crescente desenvolvimento" explicou à BBC Demetris Karavellas representante do grupo ambiental WWWF Greece.
A fraqueza da lei, o descuido dos agricultores e a queima de lixo foram a razão apontada ontem pela organização Greenpeace , citada pela Reuters.
Nos últimos 50 anos, arderam cerca de 33 milhões de hectares de terreno verde no país e 10 por cento foram transformados em áreas habitacionais, hotéis ou centros comerciais. Segundo o Jornal espanhol El Mundo, a lei nacional, que proíbe a obtenção de lucros dos incêndios, "não está bem aplicada", uma vez que é complicado perceber o que é considerado uma área protegida.
O país tem agora o apoio de 31 equipas de bombeiros estrangeiras. Foram enviados 1200 militares, 20 aviões e 19 helicópteros, na maior iniciativa de ajuda a qualquer estado-membro da União Europeia dos últimos seis anos. »
Mas além da área ardida e dos meios envolvidos há a contar SETENTA MORTOS! Não tivessemos tido este Verão, caprichadamente tido o Anticiclone dos Açores ligeiramente "deslocalizado" , e tivesse a massa de ar quente proveniente de Àfrica tido um percurso mais para Nordeste e estariamos certamente numa situação de ruptura como a que acontece hoje na Grécia com os politicos também ao rubro em acusações mutuas de incompetência , conspiração e terrorismo .
Veja-se o caso do negócio dos "Meios Aèreos", a novela dos aviões e dos helicópteros Russos para demonstrar a fragilidade do sistema português, já provado em anos anteriores e nos maiores incêndios ocorridos já este ano.
Veja-se também que tendo sido um ano (para já) positivo no computo geral nacional, para a Peninsula de Setubal - retirando os grandes incêndios da Arrábida - tem sido um Verão negro, acentuando a pressão urbana que se está a fazer sentir na fase de ciclo politico onde nos encontramos.
Este cenário note-se não aconteceu sómente na Grécia, mas um pouco por toda a Bacia Mediterrânica afectada pelo calor que este Verão bateu mais uma vez records, na Bulgária por exemplo arderam já este ano 34 mil hectares de floresta e um prejuízo de 1,8 mil milhões de euros, houve incêndios de grandes proporções também na Croácia e em Itália.
terça-feira, agosto 28, 2007
"...TUDO ESTÁ POR FAZER..."
Trinta e três anos depois ... :
- "...TUDO POR FAZER..."
As palavras em título são de Alfredo Monteiro, presidente da Câmara do Seixal de maioria CDU há mais de trinta anos.
Não poderia estar mais de acordo, só falta acrescentar que apesar de "tudo estar por fazer" ... muito foi destruído!!! As imagens valem mais que mil palavras..
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Gostava de actualizar este post com um comentário deixado no post anterior e que diz o seguinte:
«Para quem já visitou outros países, viu vários estuários, não pode deixar de se sentir triste. Mas também vi estuários e estuários, uns mais mal tratados que outros.
O estuário do Tejo é do piorio. Só lhes posso dizer que temos o que merecemos! Desde o governo central até ao poder local, é uma autentica desgraça.
Tirando um caso outro e não é necessário ser-se CDU ou Comunista, dos 308 Municipios poucos se salvarão, tendo como nível as exigências de "A Sul" »
Estou perfeitamente de acordo, mas gostaria de deixar uma ressalva para que o nosso "nível de exigência" não surja como alibí desculpabilizantante, a começar pela generalização aos 308 Municipios, alguns dos quais CDU, do interior que já aqui foram elogiados pelos investimentos feitos em prole da qualidade de vida das populações e não tendo em vista as próximas eleições.
O Grau de exigência pode ser elevado, mas é sobretudo económico, muito mais económico que as rotundas e os projectos megalómanos que diáriamente por aqui vão surgindo e que na maioria dos casos rumam ao disparate e que contas feitas não criam grande valor acrescentado nem à região, nem ao País.
Temos defendido para o agora chamado "arco ribeirinho" soluções simples, exequíveis e de dimensão humana, soluções de qualidade ( SIMPLES e POSSÍVEIS de aplicar no imediato) implementadas com sucesso noutros países com "maior grau de exigência".
Não temos que estar condenados à boçalidade nem à miséria, exigir o possível é pensar num país melhor e não no que somos e onde estamos, na cauda da Europa.
segunda-feira, agosto 27, 2007
O «CLUSTER» ELEITORAL
Foi anunciado na imprensa regional, a intenção das autarquias do Barreiro e do Seixal integrarem um "«cluster» da náutica de recreio" .
O presidente da Câmara do Seixal, Alfredo Monteiro, mencionou mesmo ao Jornal da Região, que:
- « "a ideia resulta da percepção de que existe uma enorme procura de locais para a prática de desportos náuticos e de que a região, nomeadamente a Baía do Seixal tem "condições excepcionais" para o desenvolvimento deste sector. "É uma área em que está tudo por fazer e que poderá contribuir para a requalificação das nossas zonas ribeirinhas, para a revitalização do Tejo e para o desenvolvimento do turismo" salientou o autarca ».
Vamos por partes:
1) Ainda bem que o Presidente da Câmara do Seixal, em sintonia com a autarquia do Barreiro reconhece que "tudo está por fazer", dá razão aquilo que aqui temos denunciado, que toda a zona ribeirinha, incluindo extensas àreas de areal e zonas unicas de paisagem estão de facto ao abandono, ou seja "tudo está por fazer" realmente, pergunto então, o que têm os senhores feito nos últimos trinta anos, a resposta , de que "tudo está por fazer" diz TUDO, ou seja NADA!
2) Assinala-se o aburguesamento das opções do autarca do Seixal, depois de autorizar um conjunto de condomínios fechados nas Margens do Tejo e em Património histórico e ambiental Municipal (Quinta da Trindade) vem-se agora preocupar com a náuitica de recreio que não consta estar nas preocupações da enorme massa de desfavorecidos e desempregados que habitam no Municipio do Seixal e Barreiro.
3) A promessa de Marinas no Tejo, na Amora e no Seixal, tem já alguns anos, ou melhor dizendo, vários periodos de promessas eleitorais, acabámos de entrar em mais um!
4) Não é liquido que a instalação de Marinas numa zona de delicado equilibrio ecológico como é a Baía do Seixal, seja o local ideal para a instalação de Marinas a esmo, está-se a investir milhões na despoluição da Baía, retirando de lá as descargas de efluentes domésticos e vão-se criar condições para que passe a ser poluída pelos esgotos, óleos, combustíveis, anti-vegetativos...etc das embarcações que ali vão atracar.
5) O El Dorado do Turismo não é assim que cria mais valia para o concelho, se não fôr mais do que um sitio concorrencial para recolha de embarcações, não passa disso, um local de recolha de embarcações , o Turismo é outra coisa... e nem o Seixal nem o Barreiro fivcam a ganhar com esta nova visão de modernidade, e atracção turistica do Tejo, na água recolhem-se embarcações, nas Margens constroe-se uma muralha de betão para ricos e jogadores de futebol, e no interior destroem-se as florestas para alojar as massas...
Não seria melhor começar por recuperar as praias, permitindo que os residentes delas desfrutem durante o Verão e durante todo o ano ? Quem habita na Amora, Seixal, Miratejo, Arrentela, Santa Marta, Corroios, no fim de um dia de trabalho, após o regresso a casa, já não consegue ir até às praias da Costa, mas podia ficar no concelho e ir até ás praias do Tejo...
Não seria melhor, mais executável e imediato construír uma rede de ciclovias (para todos!) em vez de marinas (só para alguns?) as ciclovias ligariam as que foram construídas com o MST com a Baía do Seixal e permitiria aos seuas habitantes desfrutarem daquelas Margens onde tudo continua - trinta anos passados - "por fazer"?
Não seria melhor apoiar os clubes nauticos do Seixal e da Amora que tanto têm feito em prole da náutica de recreio e da sua prática por todos, permitindo que todos - e não só os detentores de potentosos iates e que podem pagar a atracação numa marina - possam aprender e navegar de preferência da forma ecológica (vela , remo e canoagem) como o fazem, a baixo custo acessível até aos mais desfavorecidos?
Isto considerando como sérias as declarações de Alfredo Monteiro, porque a realidade é que o que acabou de fazer, em vésperas da Festa do Avante, foi dar o pontapé de saída para a propaganda eleitoral das próximas autárquicas...
domingo, agosto 26, 2007
CÃES , GATOS... E CIVISMO
sábado, agosto 25, 2007
UM BOM EXEMPLO
Verão e férias nem sempre são sinónimo de mais tempo passado com os animais de estimação, muitos aproveitam esta época para se livrarem deles, subitamente tornados impecilhos de um dia para o outro.
Apesar de proliferarem os chamados Hoteis para Animais, muitos são os que optam, pelo abandono puro e simples sobretudo de cães e gatos que se vêm de repente perante um universo no qual estão totalmente desintegrados, das ruas da nossas cidades, aos baldios ou até nas praias da Costa da Caparica.
A falta de civismo e a ausência total de humanidade e amor pelos animais tem nestes representantes da raça humana um ponto só ultrapassado por aqueles que utilizam muitos destes cães abandonados para alimentar um sub-mundo, muito activo na Margem Sul , de lutas entre cães.
No extremo oposto desta postura criminosa está o meritório trabalho desenvolvido no Canil, gatil Municipal do Seixal e Serviços Veterinários que tem desenvolvido nos ultimos dois anos uma dinâmica que há que elogiar, para mais quando são estruturas municipais de bastidores e que como tal poucos apoios financeiros dispões à partida.
No entanto os actuais responsáveis impuseram uma dinâmica e uma visibilidade nova a este problema civico e de ambiente, saúde e segurança publica que é o abandono de animais , mas indo além da simples recolha e captura, têm promovido (com sucesso) também várias campanhas de adpoção e conseguido envolver dentro da comunidade, grupos de voluntários e activistas , também na internet que têm sido uma preciosa ajuda.
Aqui pode consultar alguns desses exemplos :
- Grupo Voluntário do Canil e Gatil Municipal do Seixal (clique)
- LINKANIMAL
- ADOPT@PET
- omeugatoeeu
sexta-feira, agosto 24, 2007
SEIXAL SEMPRE EM FESTA
Pode não haver no Seixal uma sala de exposições, mas há foguetes quase todos os dias.
Pode não haver no Seixal ciclovias, mas temos concertos pimba quase todas as semanas.
Pode não haver qualidade no espaço urbano e construído, mas há terreiro de festas montado em qualquer ponto do concelho todos os meses.
E claro há sempre uma ajuda na Festa durante o Verão...
Agora são as de Corroios ,mas já Foram as Festas da Amora, as do Seixal, as de Paio Pires, as da Torre da Marinha, e antes o 25 de Abril, o 1º de Maio, tudo com música e foguetório a rodos.
Sobre as Festas de Corroios o "press released" anuncia "Um mini-Festival de Música Moderna abre na sexta-feira as Festas Populares de Corroios, orçadas em 300 mil euros, que se prolongam até dia 2 de Setembro e prometem atrair milhares de turistas e forasteiros àquela freguesia do Seixal." .
Gosto dos "MILHARES DE TURISTAS E FORASTEIROS" ... mas acho ainda mais piada aos orçamento de 300 MIL EUROS!!! O que leva a questionar, qual o orçamento anual para festas, festivais e acessórios.. no Concelho do Seixal? Quem paga?
E sugiro:
- Que tal um ano, não digo sem festas, mas, deixem ser o POVO a organizar as Festas Populares (à sua medida) , quanto ao dinheiro que a Câmara dispenderia , que tal construir algo mais útil e perene como arrajar e criar espaços verdes (A autarquia podia ter accionado Direito de Preferência comprado por 25000 contos (clique) , oito hectares na Flor da Mata para Parque ambiental em 2000...
Trezentos mil euros, o orçamento da festa de Corroios são 60 mil contos!!!).
Sesenta mil contos, o orçamento só da Festa de Corroios permitiria comprar fogos para os mais carenciados, entre os milhares á venda por todo o concelho...
Sessenta mil contos , o orçamento só da Festa de Corroios daria para criar uma rede de ciclovias em todo o concelho...
Sessenta mil contos, o orçamento da Festa de Corroios permitiria instalar duches, limpar e criar pontos de apoio e lazer nas abandonadas praias do Seixal...
São três exemplos de aplicações na àrea do lazer e do bem estar das populações em que 6o MIL CONTOS (300 MIL EUROS) seriam melhor empregues que em mais umas Festas e Propaganda pré Festa do Avante, com a agravante que são pagas pelos contribuintes e não pelo PCP!
Mas ficaria ainda mais contente que para as sugestões aplicadas, abdicassem dos foguetes e do fogo de artificio por um ano, o que permitiria fazer muito mais pelo Seixal e pelos Seixalenses...
É que quem não tem dinheiro não tem vicíos!!! E foram eleitos autarcas, não mestres de cerimónia!!!
quinta-feira, agosto 23, 2007
RESISTÊNCIA CIVIL
O titulo "Resistência Civil" não é meu, é de um post do Prof. Vital Moreira em que analisa o caso do grupelho Eco-Eufémico que resolveu ser notícia este Verão destruindo, com a "simpatia" de Miguel Portas, Eurodeputado, uma cultura de milho supostamente "trangénico", não de uma multinacional, não de um latifundio... mas de um pobre proprietário que muito "democráticamente" estariam prontos a apoiar (vá-se lá saber como) caso o dito agricultor resolvesse optar pela "agricultura biológica".
Acções "ecológicas" desta , são idênticas à existência de um partido dito Verde e com representação parlamentar, e estão para a ecologia como uma marreta de 25 quilos está para a relojoaria fina, são perfeitamente desnecessárias e contrárias ao movimento ecológico, e se calhar é por isso mesmo que existem...(Ver "Foi assim" de Zita Seabra)
Gostaria de aproveitar o títudo do Prof. Vital Moreira para extrapolar de Resistência Civil, para Resistência Cívica e do Algarve para estas bandas. A acção deste grupo "ecologista" Eufémio (não quereriam dizer Efémero?) está para o combate aos trangénicos no Algarve, como alguns membros do PCP, alguns eleitos, outros funcionários, outros funcionários e eleitos, estão na Margem Sul, comodamente enfrentando e afrontando, não os verdadeiros poderes estruturados a contestar (as multinacionais, os grandes grupos económicos) mas os cidadãos comuns, singulares , indefesos perante a chusma covarde do grupo.
Na Margem Sul, destaco em trinta anos de poder "incontestado", duas situações exemplares de contestação, de Resistência Civica ou Civil para utilizar o Titulo do Prof. Vital Moreira. Ambas foram orientadas para quem não deveria (os eleitos autárquicos) e digo, não deveria porque estes (eleitos) não era suposto estar ao serviço de grupos de interesse, mas sim serem a guarda do bem comum, e falo de um bem comum que não tem preço, mais do que o bem finito que é a Terra, estava (está) em causa o valor acrescentado que é para a lém do espaço fisico, o valor bio-fisico instalado nesse espaço.
As duas situações exemplares aconteceram , uma, no Seixal, em Pinhal dos Frades, com o Grupo de Residentes a opôr-se à destruição de uma zona protegida no PDM e que os autarcas eleitos tomaram como espaço a abater para servir interesses imobiliários, oportunamente denunciados, provada toda a teia de interesses, conluios, ilegalidades (até em sede de consulta pública) da qual os autarcas mostraram ser parte interessada e não fiel depositários de um bem comum a proteger conforme a letra do PDM assim define.
Outra aconteceu na Moita com o caso recente das alterações em sede de revisão do Plano Director Municipal, com deslocalizações de zonas de Reserva Agricola e Ecológica a bel prazer de interesses de uns e prejudicando descricionáriamente outros ...
Em ambos os casos temos situações que se prendem com "gestão territorial" , em ambos os casos perde o ambiente, perde o bem comum, perde inclusivamente o Estado, porque há enriquecimentos ilicitos que normalmente não são declarados ao fisco, que passam por off-shores, que passam por falsas declarações dos valores envolvidos (situação provada e documentada no caso da Flor-da-Mata / Pinhal dos Frades).
E o que ganharam os cidadãos, o que tem ganho a "Resistência Civil" (continuo a gostar mais de Civica) ? Bom, no caso da Várzea da Moita, a estratégia agora é de individualizar a liderança e de atacar pessoalmente (covardemente) os cidadãos envolvidos que se expuseram (logo, não anónimos), criaram até um blogue que unicamente tem esse fim.
No caso do Pinhal dos Frades, passaram as ameaças fisicas na altura das reuniões dos eleitos com a população, passaram as coacções dos caceteiros de serviço, mas passados quase dez anos, os incotornáveis infiltrados subiram na estrutura, os outros, para além do desgaste, provaram algumas (normais ?) amarguras da vida, dois viram os filhos serem atropelados, outros viram os filhos serem incompreensivelmente discriminados nas escolas, outros viram os filhos serem excluídos das escolas da sua residência e afastados para bem mais longe, outros viram arder o terreno em volta das suas casas ou a oficina onde trabalhavam, outros foram convidados a remeterem-se, institucionalmente ao silêncio por um par de diligentes inspectores. Todos viram o seu nome tentar ser enlameado na comunidade . Embora na altura não houvesse ainda blogues , havia muitos Antónios nos Telhados...
Nenhuma das notícias publicadas nos meios de comunicação social foi contestada ou se avançou para algum processo contra os jornais que publicaram os acontecimentos denunciados pelos blogues ou pelos cidadãos . Só estes foram considerados mentirosos e caluniosos.
Por tudo isto, o que aquele grupelho fez em Sives a um agricultor é tudo menos Resistência Civil, tudo o que aquele grupelho fez está ao nivel do que os centuriões do poder e bons costumes fazem na Margem Sul, na chusma do grupo que os protege, têm a "coragem" de atacar isoladamente o individuo ignorando (porque os alimenta) a teia mafiosa dos grandes interesses instalados.
Por tudo isto sou capaz de trocar a minha preferência na Resistência Civica pela Resistência Civil sugerida pelo Professor Vital Moreira, é que Civismo não é uma linguagem inteligível na Margem Sul e é preciso um BASTA!
quarta-feira, agosto 22, 2007
AS CIDADES "DONUT"
A "SILLY SEASON" traz-nos por vezes algumas surpresas, e no Publico da passada segunda feira um excelente trabalho em Destaque e um Editorial sobre questões que afectam a todos, de planeamento e de urbanismo.Desse trabalho gostaria de citar aqui do Editorial de Manuel Carvalho a seguinte passagem:
(...) "O abandono de vastas zonas do interior à sua sorte comporta custos que as gerações futuras terão que pagar.A degradação do património construído, o recuo da actividade agricola, as ameaças à biodiversidade e os perigos de erosão hão-de um dia apresentar a factura (...)
(...) Mais complicada porém é a situação de Lisboa e principalmente do Porto (comparativamente a outras cidades). Aqui o perigo vem da suburbanização. A actividade predatória da construção civil e a gula das autarquias promoveram o inchaço das periferias e fizeram ruir a vitalidade dos centros.
Nos anos 90, Porto e Lisboa perderam mais população do que os municípios do interior . A maior parte foi para a periferia, aumentando a pressão sobre o sistema de transportes e agravando os níveis de qualidade de vida. Se há dez anos o problema do interior dominava as atenções do país. agora a desertificação das cidades tornou-se o maior desafio para as politicas de ordenamento.
Se no caso do país rural é dificil vencer a inércia de um modelo económico inviável, a recuperação das cidades é ainda um desafio com o resultado em aberto. Para o ganhar já se deram passos importantes (...) mas falta uma lei de solos sensata e rigorosa legislação capaz depôr ordem nas mais-valias do imobiliário (...)
E do trabalho assinado por Paulo Miguel Madeira gostaria de destacar:
(...) O esvaziamento dos centros também já se manifesta nas cidades médias ou nos suburbios mais antigos , em que a tendência dominante tem sido construír em novas áreas a urbanizar , em vez de se recuperar a habitação mais antiga, alerta Margarida Pereira, professora e investigadora da Universidade Nova de Lisboa (...).
(...) Carlos Costa, presidente do GEOTA, é critico e perspectiva. No entendimento desta ONG, no PNPOT existe "uma visão dominante de planeamento urbanistico e não de ordenamento do território".
E " nenhuma atenção é dada à reconversão das áreas industriais e à recuperação de terrenos industriais contaminados" (...) (...) A QUERCUS realça que a intenção de contenção dos perímetros urbanos pode ser torpedeada ma prática pois " todas as alterações e excepções introduzidas na lei vão permitir construir onde até agora não se podia construir".
terça-feira, agosto 21, 2007
AS PRAIAS DO ABANDONO
Abandono é a única definição para a relação entre a autarquia do Seixal e o seu património natural e com potencial turistico que são as suas praias do estuário do Tejo.
Quanto a comparações não iria tão longe como Paris, onde a Câmara local nos meses de Verão transforma vastas zonas das margens do Sena , na "Paris Plage" (ver imagens abaixo) ,ali , estradas transformam-se em areais, a praça do municipio em campos de volleyball de praia, piscinas são dispostas como alternativa às águas poluídas do rio, tal como duches.
Compararia a Câmara do Seixal com Câmaras de recursos mínimos e sem estuários nem areais do interior Alentejano como Mora ou Marvão ou Constância e veja o que por cá se desperdiça num concelho com 165000 habitantes.
No Seixal há areais junto ao rio, mas estão poluídos, sujos e sem condições de utilização, no entanto são procurados em massa pela população que desafia os avisos (eles também degradados e pouco eficazes) e a saúde.
E é uma questão de saúde pública que aqui acontece também. Uma vez que não há fiscalização, poderia a Câmara instalar alguns duches nas suas praias para permitir que após um mergulho nas águas poluídas os banhistas se pudessem passar por água limpa, ou simplesmente os chuveiros funcionariam como alternativa a esse perigoso mergulho na tentativa de quem utiliza só o Sol e a areia se refrescar.
A instalação de chuveiros não é ficção e existe já noutras praias ribeirinhas dos concelhos vizinhos como o Barreiro. E não venham desculpar-se com uma questão de custos.
segunda-feira, agosto 20, 2007
PINHAL DOS FRADES VOLTA A ARDER
A Margem Sul continua a ser pasto das chamas, curiosa é a apetência para os fins-de-semana, na passada semana o fogo tinha sido o Pinhal do Castanho na Moita , e este domingo lá se voltou a Pinhal dos Frades no Seixal, durante a semana foi o concelho do Barreiro o mais atingido.
O caso do Pinhal dos Frades é recorrente e está ao nível do que de mais básico se aplica na cartilha de destruição do território e consequente substituição por betão.
Tempos houve em que Pinhal dos Frades era uma zona aprazivel, de baixa densidade e constituído por moradias unifamiliares conservando alguma zona arborizada em volta, ou ajardinada (há nesta fase construções feitas dentro da legalidade e controlo oficial e outras construídas com a cumplicidade das autoridades fiscalizadoras ou completamente fora dela).
No entanto, o curioso é que mesmo considerando as condenáveis e eufemisticamente agora chamadas construções de "génese clandestina" (tal como Fernão Ferro, Quinta das Laranjeiras, Pinhal do General...) , O Pinhal dos Frades tinha uma qualidade espacial e paisagistica que contrasta com a degradação que avança hoje,mais ou menos legal, rápida, sobre todos os quadrantes daquele território.
O que assistimos agora é , não a pausada ocupação humana (familiar, quase rural) tipica dos anos oitenta, mas a uma ocupação em densidade, desde que conquistada pelos tubarões locais do imobiliário que agora passaram das habitações unifamiliares de baixa ocupação e densidade, para prédios construídos com o unico fito da especulação imobiliária.
Destruíu-se floresta e paisagem em troca de edifícios que continuam por ocupar . Apesar disso, a pressão imobiliária cega tipica do crédito "fácilitista" (mas já não fácil) continua a fomentar a troca da floresta que dá o nome ao lugar por betão, com a cumplicidade da autarquia que em alguns locais tem autoridade legal para mandar repor a legalidade, reflorestando ou mandando reflorestar...porque é que isto nunca aconteceu?
O que sucedeu foi que em cerca de 20 anos se passou de uma ocupação motivada pela necessidade de habitação, mas que se construía á medida que se conseguia , utilitária e não especulativa (às quais as autarquias fecharam os olhos aquelas ditas "clandestinas" - "à multa") para uma fase em que se instalou o chico espertismo (o Chico esperto com boas ligações na Câmara construía duas moradias, vendia uma - gerando mais valias - e ficava com a outra) para os tubarões de agora que não consideram rentável aquele modelo e que passaram à ocupação do pinhal, por edifícios multifamiliares, muitos deles com cérceas que violam o PDM e outros instrumentos de gestão do território entretanto surgidos.
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Não é um dia de muito calor, mas de algum vento e dois incêndios estão nesta altura activos nos concelhos de Palmela e Setúbal e estão a consumir essencialmente áreas de mato.
Durante a tarde, as chamas consumiram ainda quatro hectares de mato e depósitos de lixo no entroncamento de Coina, concelho do Seixal. 60 bombeiros e 20 viaturas estiveram no local no combate às chamas.
domingo, agosto 19, 2007
O EUROMILHÕES DA MOITA
As noticias que nos vêm da Moita via "imprensa séria" (FOCUS) , não se percebe, aqui não há anonimato da blogosfera a denegrir a "OBRA" inquestionável dos eleitos...e no entanto a noticia existe...
Mais activismo blogosférico, veja mais sobre esta iniciativa aqui, nesta iniciativa global.
sábado, agosto 18, 2007
CIDADANIA E A SUA NEGAÇÃO
Não vamos voltar à velha questão do anonimato na blogosfera, os prós e contras, a credibilidade... são questões que agora não vêm à discussão.
Pelo nosso lado sempre dissemos que numa região onde o défice democrático é acentuado, sublinhado com os vicios de um partido único e pequenos grandes poderes autoritários, lamentávamos o facto, mas a única forma de abordar temas que fugiam à propaganda local e ao controlo dos meios locais de informação, seria pela forma e com a fórmula que temos utilizado.
Assumir o não "anonimato" seria só vantajoso para quem a todo o custo se quer perpetuar no poder (alternância democrática o que será?) e é sustentado no poder pelos grandes grupos económicos da região, nomeadamente aqueles ligados à destruição do espaço natural e que vivem do avanço cego da construção.
Sabíamos das dificuldades sentidas por quem faz oposição a sério,e nas várias sedes do poder eleito, das coacções fisicas e dos danos materiais e também da máquina logo se poria em marcha para eliminar o cidadão e a sua opinião...infelizmente, dia a dia se prova que estamos certos,observando o que foi cerceado em torno dos movimentos cívicos que espontâneamente têm surgido, dos desmandos que têm sido aplicados na gestão descricionária do território...
Exemplos disso tivemo-los em Pinhal dos Frades e na Várzea da Moita, mas não basta a estes pequenos ditadores a calúnia contra quem simplesmante quer ver os seus direitos como cidadãos defendidos, a última está neste blogue, clique criado com a única finalidade de denegrir e atingir um cidadão identificado com nome próprio e que tem assumido corajosamente e exemplarmente as suas posições.
É o jogo sujo e a prepotência de quem tem uma visão muito própria da democracia e do bem público , uma nova forma de cacíquismo e de negação do que é a blogosfera, curioso é recorrerem ao anonimato que tanto contestam.
Só reconhecem publicamente a força que tem este meio e o medo que dele têm , e de com ele verem desmascarada a estrutura mafiosa que se tem instalado no seio de um poder imutável há mais de trinta anos, o esterco ideal para o enraizamento da corrupção!
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Um destaque para o livro de Pedro Fonseca (na imagem) sobre outras questões levantadas pela blogosfera
sexta-feira, agosto 17, 2007
PRAIAS DO TEJO 2007
Continuando a ronda pelas praias do Estuário do Tejo, já vimos que no Seixal tudo na mesma em relação aos anos anteriores, o concelho que mais quilómetros de areal tem , deixa-os completamente ao abandono.
Na Ponta dos Corvos como já vimos é o terceiro mundismo instalado, campismo selvagem e uso de areias sujas e àguas poluídas.
Do outro lado da baía , o mesmo cenário de degradação, uso de areias e águas impróprias, falta de vigilância, ausência total de apoios ou estruturas que permitam desfrutar daqueles espaços aprazíveis mas completamente abandonados pela autarquia.
Duches para uso público era o mínimo que se podia esperar , mas nem isso!
Critica não é nenhuma, as praias do Seixal estão mesmo ao abandono por parte da autarquia!
quinta-feira, agosto 16, 2007
TEJO - REGATA DE EMBARCAÇÕES TRADICIONAIS
Realizou-se neste Feriado de 15 de Agosto a regata "Atlântico Azul" entre o Rosário (Moita) e o Seixal, com a participação de embarcações tradicionais do estuário. Uma louvável cultural, desportiva e ecológica iniciativa organizada pelo Centro Náutico Moitense, um cenário de côr que assentou ferro numa Baía e num Tejo infelizmente muito poluídos.
QUINTA DA TRINDADE - A MURALHA DE BETÃO
Outro facto dissonante com a beleza e tradição destas embarcações é o contraste cada vez maior com o cenário de um Tejo cujas margem sul se enche de betão a cada ano que passa.
O que está a acontecer com a encosta da Antiga Quinta da Trindade na imagem é um crime irreversível de lesa paisagem ( e são só ainda os primeiros edifícios e os mais afastados do rio).
Mas felizmente que os eleitos locais têm sensibilização ambiental e deslocaram-se para o local em ecológicos Toyota Prius.
Mais informações sobre esta iniciativa em : cnc tejo , no site do Centro Náutico Moitense , ou no blogue Atlântico Azul
quarta-feira, agosto 15, 2007
A-GOSTO : O REAL E O JORNALISMO "LOW-COST"
Num mero exercicio de esclarecimento, e de desmontagem do ridiculo que é uma autaquia onde vivem 165000 pessoas promover (desta forma - clique) uma obra parada há dois anos... e que tem menos de dois mil metros...
O Seixal é um concelho que tem delapidado de forma acelerada as suas paisagens e recursos naturais, nomeadamente o montado de sobro e as florestas mistas e de pinheiros, é um concelho que não tem criado espaços verdes para uso da população nem tem mantido ou salvaguardado àreas para esse fim. Não construíu um metro de ciclovia, e o que pode ser interpertado como tal, estes 1800 metros junto á baía ou as ciclovias que fazem parte do Metro Sul do Tejo, não têm qualquer ligação entre si, tendo os cidadãos que utilizar outros meios para lá chegarem...
Mostramos com as imagens a dimensão real da obra em relação à dimensão do concelho, (terceira imagem) o passeio da Baía do Seixal é uma obra incompleta , parada há dois anos e que só avançou deste lado da Baía pelos interesses imobiliários do Grupo A.Silva & Silva que ali está a construír uma urbanização e tem usado a imagem daquela obra para promover o seu projecto (primeira imagem).
Do lado oposto da Baía, na Amora, foi igualmente construída uma secção deste passeio (menor que o do lado do Seixal) como contrapartida da instalação de um hipermercado E.LECLERC...
terça-feira, agosto 14, 2007
PROPAGANDA NO SEIXAL E MAU JORNALISMO NA LUSA
A Noticia foi ontem publicada em pelo menos dois jornais diários e surgia por despacho da Agência Lusa, e o que dizia?
Bom, que a Câmara do Seixal construíu há dois anos dois quilómetros de passeio junto à Baía do Seixal e que esse "Passeio ribeirinho já faz parte da rotina de muitos" ... "ainda que esta pequena marginal pedonal não esteja concluída"... ah! ...
Aqui encontro finalmente razão para haver notícia, a conclusão deste passeio pedonal e ciclovia, bem como o alargamento da Ponte da Fraternidade cuja conclusão estava anunciada para há mais de um ano e que nem sequer começou...
Mas não, a notícia é que os cidadãos estão muito satisfeitos com o seu autarca por ter construído um quilómetro e tal de passeio junto ao rio, como ciclovia, não serve para nada, porque nada liga, porque não leva a lado nenhum, como passeio é de facto um local agradável e que convida o desfrute pela população...mas não é pouco para ser notícia...dois anos depois???
Não era para o Presidente ter vergonha de em dois anos (há dois anos escrevemos isto perfeitamente actual - clique) nem um centimetro mais, ter acrescentado... num concelho de 165000 habitantes, escasso de estruturas e de zonas verdes minimamente apraziveis?
Aqui encontro finalmente razão para haver notícia, a conclusão deste passeio pedonal e ciclovia, bem como o alargamento da Ponte da Fraternidade cuja conclusão estava anunciada para há mais de um ano e que nem sequer começou...
Mas não, a notícia é que os cidadãos estão muito satisfeitos com o seu autarca por ter construído um quilómetro e tal de passeio junto ao rio, como ciclovia, não serve para nada, porque nada liga, porque não leva a lado nenhum, como passeio é de facto um local agradável e que convida o desfrute pela população...mas não é pouco para ser notícia...dois anos depois???
Não era para o Presidente ter vergonha de em dois anos (há dois anos escrevemos isto perfeitamente actual - clique) nem um centimetro mais, ter acrescentado... num concelho de 165000 habitantes, escasso de estruturas e de zonas verdes minimamente apraziveis?
Esta noticia que revela que "a receptividade das pessoas é enorme e cresce cada vez mais, de dia para dia" - palavras do autarca - sei que é Agosto, que os autarcas são de uma incultura urbana abaixo dos mínimos e que situações como a que se passa do outro lado da Baía e aqui retratado ontem, são ostensivamente ignoradas...mas senhor Alfredo Monteiro, pode até fabricar "notícias" que do pasquim local vão parar por magia à LUSA...mas não faz dos seixalenses parvos e cegos do que prometeu e não cumpriu.
Estranhamente ao contrário do que é normal, no cartaz que anunciava a obra constava o executante, A.Silva & Silva, mas não o custo da mesma. O A.Silva & Silva era executante e ao mesmo tempo o dono da obra? Quem pagou? Que contrapartidas houve?
Da noticia falta acrescentar que os tais "menos de dois quilómetros" foram construídos em periodo pré eleitoral e de pré inauguração do Centro de Estágios, e que à autarquia interessava encher o olho na caça ao voto (nada foi feito desde então) e ao Grupo A.Silva e Silva interessava, sem indicação de custos, (imagem acima) promover a betonização daquele local com o empreendimento Quinta do Outeiro a nascer do outro lado da estrada...
Estranhamente ao contrário do que é normal, no cartaz que anunciava a obra constava o executante, A.Silva & Silva, mas não o custo da mesma. O A.Silva & Silva era executante e ao mesmo tempo o dono da obra? Quem pagou? Que contrapartidas houve?
Da noticia falta acrescentar que os tais "menos de dois quilómetros" foram construídos em periodo pré eleitoral e de pré inauguração do Centro de Estágios, e que à autarquia interessava encher o olho na caça ao voto (nada foi feito desde então) e ao Grupo A.Silva e Silva interessava, sem indicação de custos, (imagem acima) promover a betonização daquele local com o empreendimento Quinta do Outeiro a nascer do outro lado da estrada...
E também (imagem acima) , que o tal parque da Quinta dos Franceses vai ter prédios de um lado e do outro (ver imagem) , e que o A.SIlva & Silva vai ali também construír os Paços do Concelho para depois alugar à autarquia...sendo a vaidade de hoje paga pelas gerações de amanhã que não terá nem a Baía que hoje se apregoa, nem os espaços verdes que os de hoje têm só já na memória.
Afinal, o "desenvolver a nossa cidade à volta da sua Baía" pelas palavras de Alfredo Monteiro, traduz-se em, vamos agora betonizar tudo em volta da Baía, o tal passeio de menos de dois quilómetros é só a cortina de fumo...não o fosse e poderiam nos últimos dois anos ter continuado aquela obra parada desde então e que seria fechar em ciclovia a Baía, prolongando-a para o interior do concelho e ligando-a à ciclovia do Metro Sul do Tejo...isto sim seria notícia
segunda-feira, agosto 13, 2007
SEIXAL - PONTA DOS CORVOS 2007
Há cerca de um ano fizemos a ronda das praias fluviais do estuário do Tejo. O Cenário que encontrámos foi de sómente dois ou três bons exemplos, este ano voltamos a fazer a análise deste presente da natureza tão desprezado pelos autarcas do eixo ribeirinho, mas cada vez mais procurado pelos cidadãos.
A começar, a praia mais procurada de toda a zona e a mais abandonada, a lingua de areia da penísula da Ponta dos Corvos (também conhecida por Ponta do Mato e Praia dos Tesos) no concelho do Seixal.Há cerca de dois anos que denunciamos o abandono a que a autarquia votou esta zona, este ano voltamos de novo a lamentar o terceiro mundismo, a falta de higiene e de qualidade de toda a envolvente humana.
Há uma dezena de pequenos avisos sobre a má qualidade da água (mas nenhuma alternativa, uma piscina ou simples duches), há também anúcios da proíbição de acampar, mas a ausência de controlo é permissivo para esta prática selvagem e sem condições, curiosamente é uma prática visível das janelas do edifício dos passos do concelho...
Não se percebe que uma autarquia perante uma tão grande riqueza paisagistica, a deixe no abandono, ainda para mais uma autarquia que no presente mandato dizia estar vocacionada e ir investir no turismo. O que ali se vê é a antítese desta só aparente vontade.
O espaço continua desolador, nem comove a autarquia o facto de milhares de pessoas procurarem aquele local que poderia ser excelente para um contacto com a natureza, evitando deslocações às praias da Costa da Caparica caso houvesse apoios de praia de qualidade e espaços devidamente ordenados e equipados.
Tal continua a não acontecer, e é confrangedor ver é o horizonte a ficar coberto de betão, onde há pouso se desfrutava de espaços verdes, o que está a nascer na Quinta da Trindade é à vista da Ponta dos Corvos, simplesmente assustador e conduz-nos a uma realidade em que cada vez são menores as alternativas no Seixal para tirar partido da natureza.
O estado da Ponta dos Corvos é demonstrativo do valor que a natureza e os cidadãos têm para esta autrarquia. Quanto têm a aprender com autarquias do interior, com muito menores recursos mas com muito maior seriedade e vontade de servir os seus concidadãos.
domingo, agosto 12, 2007
FOGOS NO GINJAL
Em Almada, é difícil imaginar um incêndio junto ao rio, na falésia... mas foi o que aconteceu hoje num velho edifício, agora imaginar em simultâneo dois focos de incêndio, um onde já referi e outro nos jardins na Casa da Cerca... é demais para ser casual, é como a história das Torres Gémeas... parece demasiada coincidência, numa tarde em que não estava muito calor...
Mas foi exactamente isso que aconteceu ontem em Almada.
A imagem que publicamos testemunha-o!
sábado, agosto 11, 2007
O FIM DA MERCEARIA (2)
Há um lado humano do comércio que se está a perder com a massificação da grande distribuição, os encontros sociais casuais na mercearia do bairro, na padaria, na drogaria, no café da esquina estão a ser substituídos em Portugal por um comércio agressivo, cientificamente estudado e orientado para o consumo e dominado por grandes grupos económicos transnacionais.
Há um lado humano no comércio tradicional que tem a ver com relações de proximidade e confiança que permite em tempos de crise recorrer, não ao crédito, mas ao culturalmente conhecido como "fiado"...e isso não há memória de ter acontecido ainda nos hipermercados de Belmiro de Azevedo por exemplo.
Dir-se-à que não há saída ou alternativa e que é um sintoma dos tempos, não é assim, é assim porque há um poder financeiro enorme por parte dos grupos de distribuição (ver post de ontem) que por exemplo junto de autarquias endividadas permite fazer alguns milagres pré eleitorais.
Nas cidades da Europa , Estados Unidos , Canadá não existe esta fórmula em que é implantado um (ou mais) grande centro comercial na periferia da malha urbana e que funciona como um tumor para as cidades onde nasce, esvaziando o seu centro, o seu comércio , a sua vida social.
Não é por acaso que cada novo shopping que é inaugurado em Portugal é sempre o maior , ou da Península ou da Europa. Este é um fenómeno muito Português !!! Mas mesmo em Portugal há alternativas a este modelo e mais próximo do modelo Europeu.
Dois exemplos,em Lisboa a Rua do Carmo, Nova do Almada e Garret que têm as tais lojas ditas "de marca" , ancoradas a um centro comercial urbado, Chiado e que aglutina a vida urbana da cidade que comunga com outras lojas de comércio tradicional, o mesmo acontece no Porto com a Rua de Santa Catarina.
Nas pequenas cidades e povoações por essa Europa fora vemos a mesma fórmula, uma rua de peões, agradável e de fácil acesso, se há dimensão para tal, pode até haver um centro comercial, mas de pequenas dimensões e dentro da malha urbana, fazendo parte e funcionando em complemento da rua, mas não algo desgarrado da malha urbana como é o caso do Shopping Montijo, do Rio Sul, do Almada Forum... esse modelo simplesmente arraza o comércio local e desertifica a cidade tranportando o seu comércio para o modelo (low cost) "loja dos trezentos /chinezas" criando cidades desqualificadas, desertas , vazias e sem qualidade urbana e humana.
Compare-se esta formula com a realidade nacional face à Europa, somos um país comparativamente pobre com trejeitos de rico por meio de recurso ao crédito dominado por um sistema bancário altamente lucrativo... É por aqui que vamos?
sexta-feira, agosto 10, 2007
O FIM DA MERCEARIA (1)
Há uma ideia enraizada nas novas memórias lusitanas que o progresso está no hipermercado, se possivel associado a um qualquer shopping, sempre com as mesmas lojas em franchising. Quanto ao comércio tradicional "independente" deste modelo, tentam-nos passar a ideia de que ele é o simbolo de um passado e que no estrangeiro também é assim...
É mentira, esta falácia que nos têm vendido em Portugal e que só para dar o exemplo dos ultimos dois anos, permitiu a abertura de mais de 600 novas lojas em Portugal, trás atrás de si consequências sociais graves para as nossas cidades e povoações, destrói o tecido social e urbano e permite que se esteja a montar um "quase monopólio" centrado em dois ou três grandes grupos.
Os números do sector são os seguintes, nos últimos dois anos abriram 626 lojas, quanto aos primeiros grupos envolvidos , temos os supermercados Minipreço (47 unidades) e LIDL (40 unidades).
Este é um sector de milhões, a par do da construção civil ,milhões nas mais valias geradas nos terrenos para a sua implantação, milhões nas contrapartidas negociadas com as autarquias, milhões em impostos e milhões em volume de vendas, 7,2% do PIB, é um mercado que vale 11,2 mil milhões de euros e onde à cabeça temos o grupo SONAE com3,5 mil milhões de euros em vendas em 2006, temos depois o Grupo Jerónimo Martins (Pingo Doce, Feira Nova e Recheio) 1,9 mil milhões e Auchan (Jumbo) com 1,2 mil milhões.
A recente aquisição do Carrefour pelo Grupo SONAE (12 lojas e oito postos de abastecimento) teve o valor de 662 milhões de euros, ficando a SONAE com 26% de cota de mercado em Portugal.
Este é o panorama nacional, sómente espartilhado com a obrigação do fecho das lojas maiores ao dominhgo e feriados à tarde, uma medida mais que ineficaz e hipócrita de salvaguardar o pequeno comércio.
É este o futuro? É este o progresso ? Claro que não , amanhã veremos as consequências, as alternativas e o que se faz "lá fora"...
quinta-feira, agosto 09, 2007
O "CARREFOUR" DO SEIXAL
"CARREFOUR" - Do Francês; significando cruzamento de ruas, encruzilhada , ponto de encontro, encontro para troca de ideias, colóquio!
Nada mais premonitório, a instalação de um Carrefour no Seixal , na Quinta da Princesa trouxe esta autarquia para uma das maiores encruzilhadas do poder local.
Relembre-se que a troco da instalação de mais uma grande superfície no concelho do Seixal, a autarquia em periodo pré eleitoral e de mostrar obra e propaganda, fazia parte do acerto com esse grupo económico, executar obras várias ao nível das acessibilidades... o Carrefour pagava, em troco da morte do pequeno comércio local... e a Câmara ficava com os louros de "investir nas acessibilidades" ... mas a mentira tinha tanta perna curta e maior descaramento que sem demoras alguém avançou com o corte de sobreiros existentes no local...
Vai daí a oposição denunciou a situação, impugnando o corte ilegal daquelas àrvores protegidas, o que conduziu ao Carrefour-encruzilhada em que nos encontramos, sem Hipermercado não há acessibilidades ...e o viaduto de Corroios está como todos sabem, por acabar há dois anos, desconhecendo-se se foram pagas e por quem, as obras que se quizeram mostrar na última caça ao voto, e com que a câmara avançou, antes de estar garantida a execução do hipermercado que afinal ainda não se fez.
Denunciámos a situação oportunamente, alertámos também para o exagero de Superfícies Comerciais de grande distribuição que se estavam a instalar em toda a Margem Sul , acabando de vez com o pequeno comércio, e com ele, com o centro das localidades cuja vida morre em definitivo, alertando também para o caricato de serem Câmaras Comunistas a promover os Grandes Grupos económicos que depois o mesmo partido atacava em discursos inflamados sempre que tinha oportunidade.
A justificação aqui deixada por quem defendia esta instalação era a de que... quantos mais hipermercados, melhor para o Povo ... que tinha produtos mais baratos... e que o Continente precisava de Concorrência...
Pergunto, e agora ? Mudaram de opinião com a compra do Grupo Carrefour pela SONAE Continente?
A manter-se este projecto, está a CDU agora a fomentar, não a concorrência, mas um monopólio...e isso certamente que não é bom para o Povo...
E se o negócio for cancelado, o que está negociado em termos de acessibilidades, o que vai acontecer?
Parece-me é que o Carrefour-encruzilhada se complicou ainda mais e tão cedo não vemos Carrefour-Hipermercado, nem o Carrefour-cruzamento de ruas de Corroios tão cedo resolvido, isto porque esta gente faz tudo evitando o Carrefour-encontro de ideias... e depois só dá bostada!
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