domingo, abril 30, 2006

EXEMPLO DO "INTERIOR " 2



FOTOVOLTAICO 2

A hipotese fotovoltaica não é mais uma hipotese de ficção cientifica mas uma solução real para o problema energético, só em Espanha está prevista a construção de 278 centrais solares isto numa altura em que o preço do crude não pára de subir e sem que se vejam alternativas para a substituição dos combustíveis fósseis.

Mesmo o nuclear não se pode considerar uma panaceia e não só pelos perigos inerentes que as comemorações dos 20 anos de Chernobyl vieram avivar, mas também pelo facto de ao reservas garantidas de urâneo só garantirem uma exploração daquele recurso para mais 60 anos com a tecnologia actual e que na prática representa reservas inferiores às dos combustíveis fosseis.

Analisando esses dados e vendo quem está a investir na energia fotovoltaica e Portugal e Espanha (BP, General Electric, Santander...) vemos que há uma aposta séria e sustentada nesta tecnologia . A segunda grande central portuguesa a emtrar em funcinamento será depois da de Serpa, a da Amareleja onde vão ser investidos 250 milhões de euros para a instalação de 350 mil painéis solsres , o projecto inclui uma fábrica de produção de painéis solares.

É bom verificar que em Portugal se investe para além da especulação imobiliària e construção civil .

Já que ontem mencionámos aqui a composição da autarquia , e para quem desconhece, Amareleja pertence ao concelho de Moura e é de Maioria CDU, outra autarquia CDU que elogiamos , onde não manda o Pato Bravismo e se investe no Futuro, contrariamente ao que acontece na Margem Sul.

sábado, abril 29, 2006

O EXEMPLO DO " INTERIOR"





Painéis fotovoltaicos

Quando se vive na Margem Sul onde, a cada dia que passa, só se vê tomar decisões que nos põem quotidianamente mais longe da Europa, ainda há noticias que nos trazem um Portugal que por vezes surpreende.

A noticia hoje é sobre alta tecnologia e futuro , vem de Serpa a refere que a General Electric vai costruir uma central solar fotovoltaíca, apesar da “interioridade” parece mais fácil executar um projecto destes do que pôr o Metro nos carris em Almada.

A central solar é um investimento de 60 milhões de euros e o projecto está aprovado e pronto a arrancar, terá uma potência de 11 MW, uma produção de 20 GwH/ano fornecido por módulos fotovoltáicos, terá uma àrea de implantação de 60 hectares com os painéis a ocuparem uma àrea de 32 hectares evitará a emissão para o ar de 30 mil toneladas ano.

Na altura da sua conclusão (Janeiro 2007) será a maior central fotovoltaica do mundo –finalmente teremos algo maior que valha realmente vale a pena ! - mas será por pouco tempo, até à entrada em funcionamento da projectada Central Fotovoltaica da Amareleja (114hectares).

Um facto curioso, e que une alta tecnologia e agricultura tradicional é o de que “ Os painéis são montados em cima de suportes, a um metro do solo , permanecendo o pasto por baixo, que será limpo por ovelhas” como salientou Piero del Paso da empresa responsável pelo projecto.

Ah! Serpa é uma autarquia de maioria CDU que elogiamos. Onde não se investe na massificação urbana e na especulação imobiliária contráriamente às autarquias CDU da Margem Sul. Um Partido dois sistemas?

sexta-feira, abril 28, 2006

HOJE É DIA DE BICICLETADA









foto: Bruxelas

Serve este post para divulgar uma iniciativa inédita e de cidadania (sem a propaganda de autarquias ou partidos ) que se repete mensalmente ( não tem que ser apropósito de Abril...de Maio...) e com ela relembrar da necessidade da criação de estruturas viárias que permitam o uso da bicicleta.Essas estruturas ,por vezes mais não se pretende que sejam que um simples traço regulador na via, não é uma questão de custo, mas de vontades.
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MASSA CRÍTICA
28 ABRIL 2006
18H00 – LISBOA, MARQUÊS DE POMBAL
18H30 – PORTO, PRAÇA DOS LEÕES
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A Massa Crítica (também designada de Bicicletada) está inserida no contexto de um movimento internacional de nome “Critical Mass”, iniciado em São Francisco há já 10 anos. A ideia consiste em realizar um passeio lúdico e reivindicativo de bicicleta pelas ruas da cidade. Neste passeio os participantes divulgam de maneira criativa o uso de bicicletas e protestam contra o uso abusivo de transportes poluentes.
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Objectivos:
1. Divulgar e promover o uso da bicicleta como meio de transporte;
2. Criar condições favoráveis ao uso da bicicleta como meio de transporte;
3. Tornar mais ecológicos os sistemas de mobilidade e transporte.
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Resumo dos Princípios:
Não há hierarquia de cargos. As decisões são tomadas por consenso. A Massa Crítica é um movimento apartidário e não comercial. A participação é aberta a qualquer pessoa ou entidade que esteja de acordo com os objectivos do movimento. Para participar na Massa Crítica basta comparecer no local combinado, no dia e hora marcados com a sua bicicleta, skate ou patins. Não é preciso fazer qualquer tipo de inscrição ou pagar qualquer taxa. Os roteiros são decididos na hora e podem ser realizados por todos, inclusive principiantes. Pode trazer seus próprios panfletos, cartazes ou faixas ou usar os já existentes. Se é automobilista e não pode participar da Bicicletada pedalando, o seu apoio também é bem-vindo, seja divulgando a causa, seja respeitando o ciclista no seu dia a dia.
Para mais informações visite http://massacriticapt.net/

quinta-feira, abril 27, 2006

AMBIENTALISTAS NÃO GOSTAM DE PROJECTO PARA A MATA DE SESIMBRA











O Processo da Construção de uma "cidade modelo" dentro da Mata de Sesimbra, mesmo tendo a chancela ambiental da WWF está longe de reunir o consenso, sobretudo das organizações ambientalistas nacionais.

Pode-se até afirmar que a Quercus, o Geota e LPN chumbam mesmo aquele plano. As organizações ambientalistas alegam "Excesso de ocupação" e "questões de planeamento".

O projecto é promovido pela empresa Pelicano também envolvida num projecto turistico para a Costa Alentejana, esta empresa alega respeitar os principios do programa One Planet Living, mas para as organizações nacionais os seus defeitos excedem as prometidas virtudes.

Uma coisa é à partida indiscutivel, a população residente e flutuante de Sesimbra duplicará até 2011 - de 67900 para 138000- o que é considerado excessivo, mesmo não somando as populações da região que se deslocam para as praias no Verão ou fins de semana, uma vez que toda aquela região sofre já de uma pressão que por vezes não é fisicamente suportável em termos de acessos, parqueamentos e infrasestruturas.

Curiosamente é uma situação que parece agradar ao Senhor Presidente Pólvora e que se afigura explosiva a breve prazo!

quarta-feira, abril 26, 2006

(MAIS UM ) ATENTADO AMBIENTAL NO SEIXAL














A linha mais escura que separa o estaleiro já instalado do estaleiro em instalação é o Rio Judeu (imagem Google Earth)


A Câmara do Seixal anda a entreter os cidadãos fazendo crer para consumo interno que está muito envolvida na construção de mais um hospital na região, desta feita no seu concelho. Já aqui foi por demais sublinhada a demagogia gratuita de tal desejo que não tem eco nas opiniões de especialistas na àrea da saúde, no seio da Assembleia Metropolitana de Lisboa e no mais recente levantamento feito pela Escola de Gestão do Porto.














De um lado da estrada uma paisagem bucólica, e um Sítio Protegido Rede natura 2000...

Na prática tudo leva a crer que o próprio Alfredo Monteiro, pelo pensamento pragmático rumo ao disparate que lhe é caracteristico, ele mesmo não acreditará nessa construção, nem muito menos no local por ele proposto senão porque razão permitiria a instalação de uma Mega-Estrutura/Estaleiro (Britadeira/Central de Betão) de apoio a obras públicas que se está a instalar precisamente junto aos terrenos supostamente apontados como destino do futuro hospital.














...e do outro lado da estrada isto!!!


Como é obvio que a questão que levanto de como está a Câmara do Seixal a permitir a instalação de um equipamento pesado e poluente (ar e ruído) a trinta metros do "Futuro Hospital" (?) é de somenos importância, pois o senhor Monteiro sabe que ali não se fará nenhum Hospital ...

As grandes questões que aqui se levantam é saber onde está o estudo de impacto ambiental de tal industria, quem da parte da autarquia autorizou e assumiu essa responsabilidade de se ter terraplanado uma àrea de cerca de dez hectares de terreno da Reserva Agricola, junto a uma importante "linha de água" o Rio Judeu (não tendo sido respeitadas as clausular e regras de salvaguarda a aplicar naqueles casos) e sobretudo, por se encontrar junto a uma Àrea Rede Natura 2000 (Sítio Fernão Ferro-Lagoa de Albufeira).

Ficam as questões para quem de direito responder, da autarquia virá o silêncio do costume, mas gostaria de saber o que tem a dizer o Ministério do Ambiente e sobretudo a Comunidade Europeia por estar a ser posto em causa um Sítio incluido na Rede Europeia de Sítios Rede Natura... (???)

Já agora , o responsável por mais este atentado ambiental é a firma Teodoro Gomes Alho e Filhos Lda.

terça-feira, abril 25, 2006

SEIXAL , UM CONCELHO DE ABRIL OU DA CONSTRUÇÃO CIVIL?




















Imagens
do Seixal no dia 25 de Abril de 2006, onde o betão não pára de crescer (1ª imagem - betão no que era um montado, agora betonizado na Quinta da Torre) , as grandes superfícies não param de nascer (2ª imagem , as papoilas de Abril disputam espaço, agora com os hipermercados- Leclerc Amora) enquanto a qualidade de vida dos cidadãos residentes não para de minguar (a hipocrisia das comemorações "oficiais" - pagas por quem???) , mas a forma mais curiosa de comemorar este feriado é a que decorreu em Pinhal dos Frades onde foi aproveitado para desmatar uma zona protegida criminosamente ardida o Verão passado, deve ser para reflorestar, é o que a lei obriga...


A Autarquia do Seixal tornou-se proprietária de Abril , pelo menos é como se intitula, vá-se lá saber porquê, possivelmente por Chernobil, o acidente nuclear ocorrido a 25 de Abril e desde então um marco histórico como referência da forma como não deve ser tratado o ambiente e o alerta em termos da factura que se paga pelo uso de tecnologias e caminhos ambientalmente insustentáveis.

É que pelas "conquistas de Abril" não será de certeza, com o marco negativo que têm sido estas ultimas trinta décadas de maiorias CDU no Seixal e na Região, pelos posts anteriores poder-se-á aferir desta afirmação, até num ponto fulcral que é o respeito e a aplicação da vertente ambiental da Constituição, tábua rasa nos concelhos CDU da Margem Sul.

O Seixal é um triste exemplo de como uma região não deve ser gerida ou de como o poder politico eleito não deve ser ser subjugado de forma tão pornográfica e descarada aos poderes económicos reinantes, a Banca, a Construção Civil, e a Distribuição Comercial.

segunda-feira, abril 24, 2006

COMPARAR 4











Continuando nesta véspera de 25 de Abril a enumerar em termos comparativos aquilo que os grandes defensores de Constituição , na prática agem em sua oposição, acabo por enumerar o artigo 66º da Constituição tão bem defendida pelo Secretário Geral do PCP (clique), mas tão violada pelos autarcas que elegeu na Margem Sul. Em tese, o PCP defende então que o "Estado através de meios próprios e com o envolvimento e participação das populações" para além do referido nos ultimos dias, deve também:

e) Promover em colaboração com as autarquias locais, a qualidade ambiental das povoações e da vida urbana, designadamente no plano arquitectónico e da protecção das zonas históricas;

f) Promover a integração de objectivos ambientais nas várias politicas de âmbito sectorial:

g) Promover a educação ambiental e o respeito pelos valores do ambiente;

h) Asseguarar que a política fiscal se compatibilize com protecção do ambiente e qualidade de vida.

domingo, abril 23, 2006

COMPARAR 3













Foto Centro Estágio do Benfica (clique) , o "futebol" permitiu o abrir mão de zonas de reserva ecológica, permitindo não só a construção daquele equipamento privado, mas também uma mega urbanização.

Não será para já dificil, desta comparação, concluir que o PCP tem dois pesos e duas medidas, uma quando está como força residual (que é) no computo da representação democrática, outro quando está em maioria numa qualquer autarquia onde faz tudo, menos o que Jerónimo de Sousa prefaciou numa recente edição da Constituição onde afirmava que era "uma Constituição democrática e progressista que o PCP respeitará e defenderá" e onde na prática estas forças politicas CDU não defendem o cidadão, e o futuro sustentável da sociedade em termos ambientais, mas que subjuga afinal essas autarquias CDU àquilo que mais criticam "a subordinação do poder politico ao poder económico (...) permitindo e fomentando o regresso à ribalta dos interesses e privilégios do poder económico e da acentuação das desigualdades e injustiças"

Veja-se o concubinato promiscuo entre as ultra endividadas autarquias CDU da Margem Sul e a sua dependência e relacioinamento com os grandes grupos económicos da distribuição (Sonae, Aucham) - clique- ...ou da Construção Civil (A.Silva & Silva, Gomes Alho , Euroárea, Britalar...e outros ) -CLIQUE- ou clubes de futebol (caso do Benfica no Seixal) que têm as autarquias manietadas de uma tal forma que o cidadão comum está sistemáticamente a perder um ambiente de qualidade em favor destes grupos que têm nas autarquias seus aliados, na directa medida em o Povo não tem nelas o garante de imparcialidade e de salvaguarda do bem público comum como seria de esperar.

Continuando assim este desafio meramente comparativo em termos ambientais, vejamos então mais pontos da Constituição defendida e bem pelo PCP, mas da mesma forma desrespeitada enquanto CDU, facto incompreensivel por incluir o suposto Partido os Verdes:

Artigo 66 (Ambiente e Qualidade de vida)

c) Criar e desenvolver reservas e parques naturais e de recreio, bem como proteger e classificar paisagem e sítios, de modo a garantir a conservação da natureza e a preservação de valores culturais de interesse histórico ou artistico











Flôr da Mata, zona protegida no PDM que um plano de pormenor pretendia alterar, betonizando o pulmão do Concelho


Basta lembrar só para o Concelho do Seixal onde a Câmara pretende implantar o hospital (clique) que hipotéticamente exige para o concelho (Sitio Rede Natura 2000), os planos de pormenor atravéz dos quais tem pretendido transformar zonas protegidas pelo seu próprio PDM (Flor da Mata...), os mais de mil sobreiros ilegalmente abatidos em favor da construção de um hipermercado ou no que se transformou o património histórico(natural da Quinta da Trindade para ver que esta alínea é na Margem Sul palavra vã.

d) Promover o aproveitamento racional dos recursos naturais, savaguardando a sua capacidade de renovação e estabilidade ecológica, com respeito pelo principio de solidariedade entre gerações.











Basta observar àrea betonizada nos ultimos vinte anos na Margem Sul, para verificar que o que se construiu não é nem sustentável nem reversível e muito menos teve em conta as futuras gerações e a sua qualidade de vida.
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Destaco um excelente texto publicado no blogue Alhos Vedros Ao Poder (clique aqui).

sábado, abril 22, 2006

COMPARAR 2

Compare a Margem Sul , Fisica , e sua gestão Politica com a Constituição da República e com as palavras que as forças que suportam essa gestão politica supostamente têm como suas:
Artigo 66º

1. Todos têm direito a um ambiente de vida humano, sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender.





No Seixal, um movimento de cidadãos em defesa de uma zona verde protegida "Flor da Mata" , neste caso , foi sistemáticamente tentada a sua desacreditação e reprimidos os seus direitos de denúncia e oposição , inclusivamente ameaçados em sessão de Câmara com a Policia pelas denuncias de irregularidades apresentadas nesse processo (clique).
Um abaixo assinado por si apres
entado com 4000 assinaturas em defesa daquele espaço, foi ignorado e desvalorizado, uma manifestação no Seixal teve como resultado a fuga do Presidente de Câmara (clique) que não recebeu os cidadãos isto quando :

2. Para assegurar o direito ao ambiente, no quadro de um desenvolvimento sustentável, incumbe ao Estado, por meio de organismos próprios e com o envolvimento e a participação dos cidadãos:

a) Prevenir e controlar a poluição e os seus efeitos e as formas prejudiciais de erosão;














No Seixal (clique) , que nos ultimos dez anos cresceu 30% e desde os anos sessenta cresceu de 20.470 habitantes para 160.000 continua sem tratamento de esgotos (clique) para a maioria dos seus actuais habitantes, isto às portas de Lisboa, a Capital!

b) Ordenar e promover o ordenamento do território, tendo em vista uma correcta localização das actividades, um equilibrado desenvolvimento sócio-económico e a valorização da paisagem;

















A um c
rescimento urbano explosivo (clique) e caótico, não tem correspondido uma gestão à altura do território de acordo com a Constituição, não há qualidade no construído nem na salvaguarda da qualidade do espaço tornado não natural, violando de forma grosseira o "construir paisagens biologicamente equilibradas" , cada vez há uma menor biodiversidade e àreas verdes na Margem Sul

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PUBLICIDADE ENGANOSA!

Num concelho de 160000 habitantes onde só há uma livraria e essa só foi inaugurada há um mês, foi bem-vinda a noticia de uma realização da Câmara do Seixal intitulada 1ª Feira do Livro do Seixal (clique) , lá me desloquei nesta tarde de sábado e o que encontrei foi afinal , não uma Feira do Livro, mas uma tenda cheia de MONOS a sua maioria da Editorial Caminho e das Edições AVANTE, também alguns livros Edições Câmara do Seixal (por acaso quiz comprar um mas não pude porque não sabiam o preço, a Câmara não tinha dito qual era...). Palavras para quê?

sexta-feira, abril 21, 2006

COMPARAR 1




















As duas imagens de baixo são n
a Amora e na Arrentela , as outras em Amsterdão (patins) e Copenhaga ... ao clicar sobre as imagens verá bem a diferença!!!

Compare as viagens dos representantes da Câmara de Almada (clique) a congressos sobre o uso da bicicleta com o que há muito se faz por aí, não na África do Sul onde sobre este ponto não há muito a aprender, mas nos casos continuamente aqui referidos por essa Europa (clique) fora e até já em Portugal, nos casos práticos de Aveiro (clique) , de Cascais (Clique), e de Évora (clique) como é hoje anunciado no Correio da Manhã :

"A Câmara de Évora vai aumentar as ecopistas para peões e ciclistas e criar vários circuitos de manutenção no concelho. Terça feira é aberto um novo troço de ecopista"
Ou seja, enquanto uns vão a congressos, formam comissões de acompanhamento e grupos de estudo, outros ajem de forma simples , efectiva e pragmática.

















A imagem é do Seixal, onde "se comemora o Mês da Àrvore, se a autarquia não dissesse, eu não acreditava...

No Seixal (clique) por sua vez comemora-se em Março (que já lá vai) e Abril ( que está no fim) , o dia da árvore, iniciativas prometidas no papel eram até bonitas, e na prática? O que se fez? Sentiu que algo mudou em termos de ambiente, de mais àrvores, de mais jardins (para além de se terem inspirado na Câmara da Moita e terem arrazado com o Jardim do Seixal para "requalificar") veja-se então o que foi feito e fora de época de eleições , no Publico:

"Bosque pedagógico abre hoje em Pombal

- Uma área de oito mil metros quadrados com 70 espécies de árvores plantadas, é inaugurada hoje em Pombal(clique), dando origem ao Bosque Pedagógico local. De iniciativa municipal, este bosque será inaugurado no Jardim do Vale, tendo como objectivo sensibilizar a população, em particular as crianças, «para a importância dos espaços verdes» . Por outro lado, é «um convite a que se conheçam diferentes variedades e espécies de árvores» , proporcionando um relacionamento próximo com a diversidade arboricola existente, refere a autarquia. "

Se calhar estou a ser injusto, é que em Almada nasceu mais uma rotunda (clique) ,e o que é isso comparado com um bosque ou com uma cidade ciclável ???!!!

quinta-feira, abril 20, 2006

PORTUGAL EM EXTINÇÃO












Da expansão urbana na Margem Sul nas ultinas décadas tem resultado a redução de habitats e de zonas florestais importantes para a conservação de aves, répteis e mamiferos.

É assustadora a revelação ontem através da publicação do Livro Vermelho dos Invertebrados de que quase metade das espécies em Portugal está ameaçada, estando 42% das espécies ameaçadas de extinção.

Este relatório põe a descoberto as falhas e os erros no processo de desenvolvimento do país e na aplicação das orientações Comunitárias de protecção do ambiente com vista à conservação e manutenção da biodiversidade, consideradas essenciais para um ambiente saudável e sustentável. Elemento base dessa politica de protecção é a rede de Sítios Rede Natura 2000 veja por exemplo o que no Seixal pretendem fazer a um desses sítios (clique).

Este relatório da responsabilidade do ICN e que teve a colaboração de mais de 180 especialistas num estudo que decorre desde 2001, revela que estão em perigo 69% dos peixes de água doce , mas em melhor situação não se encontram répteis, aves e mamiferos por todo o país, podendo-se já registar 19 extinções, sendo 17 de aves.

Já desaparecidos estão o esturjão, o urso pardo e o falcão rainha, a àguia pesqueira não tendo ainda sido considerada extinta , para lá caminha a passos rápidos. Da restante contabilidade negra temos que estão em risco 38% das aves, 32% dos répteis, 19% dos anfíbios, e 26% dos mamiferos que as futuras gerações poderão unicamente conhecer dos livros mais antigos.

quarta-feira, abril 19, 2006

SEIXAL - HOSPITAL EM ZONA PROTEGIDA , ASSEMBLEIA METROPOLITANA VOTA CONTRA














Autarcas do Seixal continuam a olhar de lado as reservas naturais do Concelho.


Há novos desenvolvimentos no caso do Hospital do Seixal, com o autarca Joaquim Judas do Seixal a publicar no Setubal na Rede um artigo - (clique para ler na íntegra) - em que continua a defender cegamente a construção de um novo hospital de raiz numa zona protegida Rede Natura 2000 (clique), uma decisão contestada por um estudo da Escola de Gestão do Porto e por quem conhece por dentro ao mais alto nível a problemática da Saúde a Nivel Nacional.

A moção que consubstanciava esta proposta foi agora derrotada na Assembleia Metropolitana de Lisboa, substantivamente aquela moção defendia:

"A moção apresentada pelos eleitos da CDU (PCP/PEV), propunha:
A Assembleia Metropolitana da Área Metropolitana de Lisboa:

  1. Manifesta o seu apoio às populações e autarcas dos concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra e propõe a que seja dada uma adequada resposta às suas necessidades de cuidados hospitalares, que inclua o alargamento do Hospital Garcia de Orta e a construção de um novo hospital de raiz na área de Amora/Seixal, tal como preconizado na proposta de Plano Director Regional do Equipamento de Saúde da Região de Lisboa e Vale do Tejo.
  2. Solicita à Mesa da Assembleia Metropolitana o agendamento de uma reunião com o Governo para informação sobre o desenvolvimento da rede de equipamentos de saúde na Área Metropolitana de Lisboa.
  3. Solicita à Junta Metropolitana que desenvolva diligências no mesmo sentido.
  4. Solicita à Comissão Permanente de Coesão Social o acompanhamento das questões relacionadas com o desenvolvimento da rede de Equipamentos de Saúde na AML.”
Numa inadmissível postura vem agora o autarca do Seixal , defensor daquela moção e da construção a todo o custo de um hospital no Seixal, face à falta de argumentos sustentados da sua causa e na continuidade dessa votação , escrever o seguinte:

"Mas foi derrotada. A favor votou a CDU (PCP/PEV); contra votaram o PS e o PSD; o BE absteve-se, ao seu lado teve o voto de abstenção de deputados do PS e do PSD que são oriundos da Assembleia Municipal do Seixal.
A votação na Assembleia Metropolitana de Lisboa é profundamente esclarecedora porque:

  1. Identifica os Partidos da coerência (PCP e PEV), aqueles em quem o povo pode confiar, aqueles que defendem em todo o lado a mesma posição.
  2. Identifica os Partidos em quem não se pode confiar (PS, PSD e BE), aqueles que não defendem a mesma posição em todo o lado.
  3. Explica o motivo da resistência dos governos do PSD e do PS à construção de um hospital de raiz na zona de Amora/Fogueteiro apesar de essa ser a melhor solução técnica."
Palavras de uma extrema gravidade do ponto de vista politico, mas também ao afirmar cegamente a defesa que a construção numa zona protegida "na zona de Amora/Fogueteiro
apesar de essa ser a melhor solução técnica "
, quando isso não é verdade, nem haver nehum estudo técnico científico imparcial que o comprove, comprovando-se sim, o facto de aos autarcas da CDU só interessar aquela localização, mais até que a construção de um Hospital (?) ... uma vez que não foi considerada nenhuma outra localização, o que avoluma a desconfiança perante tal actuação cega por parte dos autarcas envolvidos.

Mas este triste artigo não se fica por aqui, apelando ainda à agitação popular e bramindo com fantasmas e acusações aos outros partidos democráticos que não a CDU, tudo levando a crer que este assunto está longe de estar encerrado, tendo atingido com este artigo de Joaquim Judas (clique) um nível inadmissivel num país Europeu e Democrático e que só revela a forma como a Margem Sul o seu Património Natural e o Bem Publico têm sido geridos ao longo dos ultimos trinta anos, como são eloquentes as notas que abaixo se transcrevem:

"Quatro notas finais:


  1. Só a luta das populações pode levar à construção de um novo hospital público na Margem Sul.
  2. Se não houver hospital público haverá lugar para um hospital privado, com tudo o que isso significa de acréscimo de encargos e dificuldade de acesso para as populações.
  3. Não quero acreditar que as dificuldades levantadas pelo PS, PSD e BE à construção de um hospital público tenham no horizonte um hospital privado.
  4. Não acredito em bruxas...mas lá que as há, há!"

E é este senhor um autarca eleito como presidente da Assembleia Municipal do Seixal!!!

terça-feira, abril 18, 2006

QUEM TRAMOU ALMADA ?














Num Forum de Discussão "on-line" encontrei vária perguntas pertinentes colocadas por um Almadense, por entender que continuam sem resposta resolvi fazer um "copy-paste" curioso por saber se por cá alguém lhe responderia, são aliás questões que todos os Almadenses gostariam de ver respondidas:

"Em maus lençóis encontram-se os almadenses! Colocados por quem? O que a presidente da Câmara Municipal de Almada, Maria Emília de Sousa disse agora, sobre o MST (Metro Sul do Tejo), divulgado em 06-04-2006 no “setubalnarede” é preocupante. Revela que andou a vender aos almadenses “gato por lebre”, com “boa vontade”, até mesmo na campanha para as autárquicas. Com que intenções? Gostaríamos todos de saber. Por que não constituíu a Comissão de Acompanhamento Local do MST, conforme recomendação da Declaração de Impacte Ambiental? Por que não aceitou as sugestões e críticas construtivas dos almadenses? Por que permitiu que muitos almadenses fossem agredidos e insultados verbalmente, por alguns seus correligionários, nas sessões do seu designado Fórum (dito) de Participação MST? Por que recheava estas sessões de apoiantes seus, para lhe alimentar o ego e lhe dar aconchego? Por que sonegou ou manipulou informação sobre o MST aos almadenses? Por que só lhe interessava ouvir elogios ao seu combóio ? Por que andou a enrolar os almadenses com explicações moles e redundantes ? Muitas outras perguntas poderão ser feitas. Com “boa vontade” mas contrariados, começamos agora a perceber as atitudes de então e conduta, neste assunto, da srª presidente. Se alguns almadenses não tivessem tido a determinação de protestar contra o atentado à sua qualidade de vida, que estava a ser executado com a “boa vontade “ da câmara, Almada encontrar-se-ía já descaracterizada pelo combóio da CMA, metido nos carris, no meio do principal e único eixo viário da cidade, também com “boa vontade” municipal. Os almadenses entendem que pertencem a Almada. A CMA entende que Almada lhe pertence. Vale a pena repetir: « O rei, o MST, vai nú ». Quem tramou assim Almada ?

Eurico Marques

segunda-feira, abril 17, 2006

ALMADA - A DEMAGOGIA DO PEDAL













Imagem , Amsterdão, Holanda, mesmo com frio é assim
...

A Grande Cimeira Mundial sobre o uso da bicicleta realizada na Africa do Sul , e abrilhantada pela presença da Câmara de Almada , aliás o que seria aquela Cimeira sem a presença da Câmara de Almada... para estreitar as relações referidas no post de ontem com os PALOP's e para dar um passo em frente em termos mundiais nos resultados publicitados pela autarquia.

Declaração da Cimeira

Os governos, a sociedade civil e o sector económico devem mobilizar-se para aumentar os níveis de segurança no uso da bicicleta e ampliar de forma veloz as práticas já existentes através do seguinte:
- Apelar a um espaço público que se assuma como tal, permitindo uma melhor qualidade de vida;
- Melhorar a integração da bicicleta com outros domínios, designadamente: saúde, transporte público, ambiente e crescimento económico;
- Investir na consultoria e assessoria técnica e qualificada relativamente à bicicleta, ciclovias e afins;
- Assegurar um compromisso político para um papel acrescido do transporte não motorizado no desenvolvimento económico;
- Planear e reforçar acções concertadas entre comunidades locais e autarquias, promovendo a utilização da bicicleta;
- Desenvolver as capacidades de organizações de base local e ONGs na promoção do transporte não motorizado;
- Envolver a comunidade empresarial para a existência de locais de trabalho saudáveis;
- Encorajar o Velo Mundial a desenvolver estratégias e a trabalhar com todas as agências no terreno, assegurando a promoção da bicicleta em programas internacionais.

Como se vê , tudo aquilo que nos ultimos trinta anos de Poder Local Democrático e de Constituição , não trouxeram para a Margem Sul e muito menos foi posto em prática pela CDU no poder desde então.

Até parece que a Câmara de Almada nada teve a ver com o desenvolvimento urbano completamente inverso às conclusões da Cimeira que agora vem elogiar, é preciso realmente uma demagogia e uma hipocrisia muito grandes, para além de uma gritante falta de respeito pelos cidadãos e sua inteligência e sentido crítico!

É curioso como se não faz qualquer menção aos projectos já existentes e em prática por essa Europa fora, do qual destaco mais uma vez o projecto de LYON (clique), e pouco mais afinal apresentam que mais uma vazia carta de intenções, desejamos que os autarcas Almadenses tenham gostado da viagem paga pelo erário publico!!!

domingo, abril 16, 2006

ALMADA - FICÇÃO VELOCIPÉDICA










Na imagem Paris, uma cidade ciclável, como centenas de outras por essa Europa fora, como Copenhague (clique), Bruxelas, Amsterdão (clique) , Londres ou Barcelona aqui tão perto (clique) , não teria sido mais pedagógico para os autarcas Almadenses e mais barato para o erário público uma visista a estas cidades do que ir assistir a um congresso sobre o tema à Cidade do Cabo, Àfrica do Sul?Não seria preferivel ver o original projecto de Lyon (clique) por exemplo?

Depois dos estonteantes "duzentos e tal quilómetros de vias cicláveis" anunciados antes das ultimas autárquicas (e que até hoje ninguém encontrou) , eis que a autarquia de Almada esteve representada numa conferência mundial para o uso da bicicleta, afinal parece que os conselhos por nós aqui dados (clique) foram encarados sériamente, a menos que os autarcas só tenham ido fazer ciclo- turismo.

A noticia a que nos referimos foi publicada na edição de Abril da revista ALMADA que passamos a transcrever:

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Conferência Mundial- Concelho no Velo Mundial 2006

"O município de Almada esteve na Cidade do Cabo, na África do Sul, para participar na grande conferência internacional Velo Mundial 2006, conjuntamente com 250 delegados de 41 países. Este encontro realiza-se de seis em seis anos, com o objectivo de reflectir e estabelecer estratégias que promovam o uso da bicicleta, enquanto meio de locomoção sustentável.

A grande preocupação deste terceiro encontro foi elevar o estatuto da bicicleta, enquanto meio de transporte, e não apenas como objecto de lazer, medida que poderá ajudar a democratizar as sociedades, a contribuir para a saúde e bem-estar da população e a reduzir as emissões de CO2 (dióxido de carbono).

Com esta participação, Almada pode contactar com experiências de topo a nível internacional que poderão vir a integrar o Plano Almada Ciclável.

Democratizar o uso da bicicleta Em países como a África do Sul, ainda com marcas do Apartheid, a bicicleta pode ajudar a esbater as diferenças sociais, melhorando as deslocações diárias entre os bairros construídos fora do perímetro urbano e a própria cidade onde os empregos se concentram.Neste contexto, os países que participaram no Velo Mundial pretendem iniciar campanhas de solidariedade, recolhendo, recuperando e entregando bicicletas antigas, a países onde estas possam ajudar a democratizar a sociedade. A iniciativa deve incluir acções de formação para a manutenção dos equipamentos.

A dinamização de campanhas desta natureza em Almada poderá vir a ser desenhada no quadro das acções cooperação que a Câmara tem vindo a realizar, tendo-se aproveitado a Conferência para estabelecer contactos com os Países de expressão portuguesa participantes: Angola e Moçambique.

Um nicho de mercadoA bicicleta surge ainda como um vector de desenvolvimento ao nível do turismo, que assim se assume como um nicho de mercado a explorar.

Permite um turismo diferenciado, estimulando o contacto com a natureza, facilitando a ligação de pontos de atracção diferenciados, sejam museus, parques verdes, praias, ou outros locais de interesse.A promoção do ciclo-turismo em áreas do Concelho de Almada de vocação mais turística, é uma vertente que o Plano Almada Ciclável pretende explorar, em articulação com outros projectos estratégicos do Município."
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Como se vê , uma verdadeira pérola de cínismo e demagogia face à realidade!!! Mais uma dúvida se alguém da CMA me puder esclarecer, o que tem o Apartheid a ver com isto tudo???

-Expliquem-me como se eu tivesse quatro anos como aquela criança do anúncio do ecoponto!!!

E já agora, não cai mal esse paternalismo post-colonialista ? É que Portugal e muito menos Almada tem lições a dar cobre a democratização do uso da bicicleta no seu próprio território, ou "entregando bicicletas antigas" a quem as não tem, nem posses para as adquirir, mas já pretende fazê-lo nos PALOP's... fantástico! Não é?

Já agora sugeria a ida de uma delegação da CMA em acto de humildade pedagógica , a um país civilizado da Europa, duas horas de avião em vez das doze, para ver na prática o que se faz em Copenhaga ou Amsterdão e não na teoria da Cidade do Cabo, aliás, na Africa do Sul que conheço não há tradição do uso da bicicleta em massa, tal como nos restantes PALOP's dados como exemplo!!! Essas referências estão bem mais perto!

sábado, abril 15, 2006

BAIRRO SOCIAL ... NA PRAIA 2











Na imagem um mau PER (2000), Quinta da Cucena Seixal, em terreno Industrial perfeitamente desenquadrado da malha urbana, o Bairro foi construida por uma empresa do Grupo A.Silva e Silva, num Terreno Industrial propriedade do Grupo A.Silva e Silva, paredes meias com um Hipermercado de Bricolage do Grupo A.Silva e Silva então ASSICOMATE e agora Mestre Maco de seu nome, para além de oferta em bricolage os cidadãos para ali desterrados nada mais têm por perto , uma escola, uma padaria, uma mercearia, um café ? NADA!!! (clique)!















Na continuação do post de ontem , é oportuna a pergunta ; Se faz sentido ainda o PER , Plano Especial de Realojamento?

O PER nasceu da mão do Professor Cavaco Silva nos idos de 1995, numa altura em que era necessário alojar milhares de familias que então viviam em situação precária em várias zonas metropolitanas, sobretudo do Porto e Lisboa.

Não havia nessa altura habitação disponivel e por isso foi necessário construir de raiz e não segundo os melhores modelos habitação em massa para resolver no imediato essa necessidade, projectos houve , não muitos que corresponderam às expectativas dos seus habitantes, mas a maioria, apesar da melhoria da habitação continuaram-se a sentir marginalizados e não integrados.

O que é de compreender, pois se Urbanizações PER houve que enquadraram esse pressuposto, outras houve feitas longe de tudo e de todos, de terreno Industrial (clique) a terreno protegido tudo valeu , não para integrar socialmente, mas porque era o terreno mais barato(clique) e onde as urbanizações se pagavam quase que a si próprias com as contrapartidas que as autarquias davam aos promotores encontrados à medida para esses projectos (clique) ...

Pensava que hoje (clique), com os milhares e milhares de habitação devoluta ou á venda (excedendo largamente a procura) por essas cidades fora, que o pressuposto do PER já não faria sentido, até porque a nova letra do PER ou o Plano que este veio substituir permite outras soluções (como a compra dessa habitação à venda) que não a construção dos monolitos habitacionais habituais, muito menos que se continuaria a apostar em zonas florestais e protegidas (onde não há pressão urbana nem hipotese de construir e o terreno é por isso barato), mas este projecto para a Costa da Caparica , caído não se sabe de onde veio afinal provar que a asneira ainda aí anda à solta, resta só saber que interesses escondidos há em jogo para que o interesse publico possa assim tão grosseiramente , ser posto em causa.

sexta-feira, abril 14, 2006

BAIRRO SOCIAL ... NA PRAIA














Do Região de Setubal on line, o artigo de Claudia Veloso que pode ser aqui lido na íntegra (clique) :

A construção de um bairro social na Mata de Santo António, na Costa de Caparica, está a provocar a revolta dos moradores, que acusam a Câmara e a CostaPolis de «premiarem» quem constrói uma barraca clandestina. O concurso para adjudicação da obra já está lançado e prevê que nos 14,5 hectares se construa um núcleo de dois edifícios em banda, para além de equipamentos desportivos e de lazer.

Uma «verdadeira injustiça» para os proprietários, considera Pedro Félix, da Comissão de Moradores. «Não temos nada contra o realojamento, mas existem outros terrenos onde podia ser construído o bairro social», afirma. A proposta já tinha sido contestada na fase de discussão pública do Plano de Pormenor, com um abaixo-assinado que reuniu cerca de quatro mil assinaturas. «Não serviu para nada, ignoraram a opinião de quase metade dos moradores de toda a Costa de Caparica», lamenta.

Aquela que consideram ser «a zona nobre» da Costa, com a «melhor praia» da região, devia ser preservada. «Vão destruir o pouco que ainda há na Costa», critica, defendendo para a zona «apenas» a requalificação da mancha verde e a criação de equipamentos desportivos e de lazer. Para que o projecto avance, falta apenas a assinatura de um protocolo de cedência de terrenos entre a Junta, a CostaPolis e a Câmara, cuja minuta já foi aprovada.

«Finalmente há condições para que o Polis saia do papel e não há razão para atrasar mais o processo», considera o presidente da Junta. «A Costa de Caparica bateu no fundo, e se continuarmos com construção clandestina e total desorganização urbanística, é melhor fechar a porta», comenta António Neves. A preocupação é «tentar encontrar uma solução de compromisso que minimize os impactos negativos daquela construção». De resto, considera, «é preciso coragem política para avançar» porque um bairro social é «um mal menor».

Diferente entendimento tem a comissão de moradores, que está a equacionar o lançamento de um novo abaixo-assinado e a reactivação da antiga Associação Costa Amada, para que possa recorrer aos tribunais.

Para a Câmara, no entanto, não há razão para esta apreensão. A solução é «das mais modernas e avançadas», defende o vereador António Matos. Do ponto de vista arquitectónico, garante ainda, o projecto está «muito bem feito» e vai permitir «implementar o princípio da diversidade social»

quinta-feira, abril 13, 2006

RELATÓRIO DO AMBIENTE 2












Barreiro foi o único concelho que regrediu em termos populacinais no periodo 1991/2001 todos os outros da Margem Sul se Betonizaram.


Há quem se mostre satisfeito com a performance da Margem Sul, ou mesmo de todo o Distrito de Setubal comparando os dados deste relatório, só revelam que ou dispõem de outros indicadores, ou recusam a realidade. Do quadro aqui analisado ontem um dos pontos mais negativos tem a ver com a "Variação populacional e parque habitacional" vemos que ficamos mal, muito mal na fotografia, sobre isso vejamos os numeros para a Península de Saetubal (se tiver curiosidade para toda a AML e para recuar até 1961 vá aqui - clique ):


1991
2001
Val. Abs.
Val. Rel. (%)
Alcochete 10169 13010 2841 27.9
Almada 151783 160825 9042 6.0
Barreiro 85768 79012 -6756 -7.9
Moita 65086 67449 2363 3.6
Montijo 36038 39168 3130 8.7
Palmela 43857 53353 9496 21.7
Seixal 116912 150271 33359 28.5
Sesimbra 27246 37567 10321 37.9
Setúbal 103634 113934 10300 9.9

E estes dados pecam por desactualizados, só o Seixal aumentou nos ultimos dez anos mais de 15000 novos habitantes, vemos que se está a avançar para uma verdadeira Sintrização da Margem Sul, os casos gritantes e que pecam nesta tabela por defeito são também os de Alcochete, Palmela, Seixal e Sesimbra , vemos outro resultado deste modelo errado de desenvolvimento em que o primeiro casco já não atrai habitantes, o caso do Barreiro que regrediu.

No geral do país a nota amarela que é dada ao uso do solo, terá a ver com o aumento de 42% da superfície artificializada entre 1985 e 2000 e consequentemente com a perda da mesma àrea de terreno natural . Estima-se que na Margem Sul esse aumento tenha superado aquele valor.


Depois há o excesso do ozono ao nivel do solo, onde é prejudicial para a saúde e as leituras no Seixal têm sido sistemáticamente ultrapassadas no que refere à margem maxima permitida para a saúde humana, tendo aumentado o número de dias que os cidadão estão expostos a estas condições.

Sobre o tratamento de esgotos a Margem Sul não está melhor, só o Seixal, segundo a própria autarquia, reconhece que os esgotos da maioria dos seus 160000 habitantes não tem esgotos tratados, sendo deitados directamente para o Tejo.

Há no geral do País uma apreciação positiva para o uso das energias renováveis, perfeitamente e incompreensivelmante ignoradas pelas autarquias da Margem Sul
que não construiram ou fomentaram a construção de equipamentos que utilizem energias renováveis ou que as produzam (à excepção da Câmara do seixal que comprou seis automóveis hibridos para os seus vereadores...).

É pouco muito pouco para vinte anos depois da entrada na União Europeia e depois de milhões e milhões de fundos comunitários mal gastos em rotundas e outras obras pré eleitorais, betonização desenfreada e multiplas obras do regime que não deram mais qualidade de vida aos cidadãos, endividaram as autarquias e deixaram por resolver às portas da Capital de um país da Europa, problemas tão básicos como o tratamento de esgotos.

quarta-feira, abril 12, 2006

RELATÓRIO DO AMBIENTE 1












Na imagem , Montijo, o repetir com a Ponte Vasco da Gama dos erros e modelos de Almada e Seixal com a Ponte 25 Abril.


Têmo-lo afirmado aqui quase que diáriamente, mas vem agora o ultimo Relatório do Estado do Ambiente a confirmá-lo, o diagnóstico que este relatório traça sublinha que o Ordenamento do Território (ou a sua ausência) é a área com mais indicadores negativos na apreciação feita do retrato ambiental do País em 2004 e ontem publicado , no quadro tipificado por - "Ocupação do território e degradação do solo" temos que:

-
Uso do solo
- Variação populacional e parque habitacional
- Áreas protegidas com plano de ordenamento
- Incêndios florestais
- Erosão Costeira
- Agricultura Biológica

Significando o amarelo - Alguns desenvolvimentos positivos mas ainda insuficientes
Significando o vermelho- Tendência desfavorável
Significando o verde - Tendência Positiva


Mas são definidas outras realidades, por exemplo, que quatro milhões de Portugueses não têm ligação a redes de esgotos (clique).

Depois vem também a poluição atmosférica e qualidade do ar (clique). E os resíduos e utilização e poluição da àgua, sobre este ultimo quadro sublinho o Editorial do Diário de Noticias de António José Teixeira que poderá ver aqui na íntegra(clique).

"Quantas estações de tratamento de esgotos, exibidas na contabilidade das campanhas eleitorais, estão inoperantes ou nem sequer foram ligadas à rede? Como é que o poder local e central continua a desperdiçar dinheiro em obras de fachada e os resíduos continuam a correr livremente para os rios?

Lido o relatório do Instituto do Ambiente, percebem-se alguns progressos ambientais seja nas energias renováveis seja na reciclagem, mas não passam despercebidos os falhanços no controlo da poluição, seja no saneamento básico ou na recolha de lixo. É assustador o facto de mais de quatro milhões de portugueses não possuírem sistemas adequados de tratamento de esgotos e de, entre estes, quase três milhões não terem qualquer ligação à rede de drenagem de esgotos."

terça-feira, abril 11, 2006

RESERVA NATURAL DO TEJO. SEM CONTROLE?


















Os deputados por Setubal pelo PSD, na Assembleia da Republica, Luis Carloto Marques e Luis Rodrigues mostraram preocupação em relação ao funcionamento e controlo da Reserva Natural do Estuário do Tejo (RNET), alegando que a àrea de 14 563 hectares criada por Decreto Lei em 1976 poderá não dispor de meios de controle , vigilância e monitorização adequados.

Por sua vez o Ministério do Ambiente considera que esses meios existem e são suficientes. Os deputados alegaram em Janeiro , por sua vez , que a RNET possui, para os seus 14 mil hectares, três vigilantes da natureza, que dispõem de duas viaturas todo o terreno e três embarcações sublinhando a falta de meios devido aos problemas financeiros do Instituto de Conservação da Natureza, considerando que os meios não são os minimos para que os vigilantes levem a cabo eficazmente as suas tarefas de fiscalização.

Os referidos deputados mostraram-se também preocupados com as consequências desta falta de vigilância na RNET na monitorização em território nacional da gripe das aves, uma vez que estamos perante uma importante zona húmida, sendo aquela que alberga um maior numero, em Portugal , de espécies migratórias aquáticas.

segunda-feira, abril 10, 2006

A DESTRUIÇÃO DE UMA REGIÃO PRIVILEGIADA












Um exemplo, a densificação urbana sobre a Baía do Seixal, o rio Tejo é o destino, sem tratamento dos esgotos da maioria dos 160000 habitantes deste concelho

Há trinta anos esta era uma verdadeira região de TURISMO, apesar da fama do eixo ESTORIL/CASCAIS era uma zona de eleição para conhecedores e de quem se aventurasse Além-Tejo.

Entretanto as autarquias CDU que dominam há trinta anos esta região (e que inclui uma gestão "VERDE"/PCP) optaram pela suburbanização e massificação urbana, optaram por despovoar Lisboa oferecendo construção nova e em massa concorrendo com a Brandoa, Cacém, Queluz, Amadora, Damaia ...

Entretanto o suburbio envelheceu e foi preciso criar um segundo, e já agora terceiro anel ou casco em volta do primeiro ,de inicio sobre àreas que eram primeiro históricas, depois sobre a periferia rural, e agora assentando esse terceiro anel de suburbanidade - onde estes autarcas de seu nome Alfredo Monteiro, Maria Emilia, João Lobo , Carlos Sousa e sucedâneos exploram a mesma receita dos seus antecessores como Eufrázio Filipe , autarca reciclado e actual Presidente da R.T. da Costa Azul - sob a mesma fórmula num espaço que agora inevitávelmente, já colide com zonas de REN e RAN, bem como de zonas Natura 2000 e inclusivé Parques Naturais.

Agora, só agora, depois de extintas as ostras do estuário do Tejo e os Golfinhos, só agora quando os roazes do Sado estão reduzidos à sua expressão mínima, só agora quando as leituras de ozono troposférico são alarmantes. Só agora! Vêm acenar com a bandeira ambiental de "desenvolvimento turistico sustentável".

Só agora! Depois de betonizarem Sesimbra até à praia da California e a Costa da Caparica tornada em suburbio de Brasileiro Emigrante, só agora depois de décadas de terceiro mundismo na Fonte da Telha , falam de investimento turistico sustentável e com chancela ambiental, ao mesmo tempo que falam com o presidente da CCDR, em contradição com este desejado designio turistico de qualidade, com um potencial de 180 mil camas para dois concelhos que não têm a coragem de dizer quais são...

Pretendem estar a dar garantias ambientais e de sustentabilidade, quando assinam de cruz projectos como os de Troia, de Costa Terra e Pinheirinhos, só agora prometem reflorestar mas construindo em contrapartida uma "ECO-CIDADE" na Mata de Sesimbra que me perdoe o WWF, mas para avançar com um projecto de reflorestação é necessária a contrapartrida de um projecto imobiliàrio? E porque é que o World Wildlife Found, "Fundo Mundial da Vida Selvagem" tem que se imiscuir em projectos imobiliàrios?

É que agora, já não acreditamos na bondade e na viabilidade ambiental de qualquer um desses projectos! Pelo menos na sua vertente Ambiental e de conservação da Natureza. Ah também há muito que não acreditamos nestes autarcas.

Trinta anos depois é tarde demais, é preciso outra gente! Estes e os seus projectos já mostraram que não nos servem!

domingo, abril 09, 2006

A REGIÃO DE TURISMO DO SUBURBIO













Começa assim o artigo do Setúbal na Rede sobre as orientações para o Distrito de Setubal, onde o Turismo é agora a grande referência :

"O turismo foi hoje apontado pelo presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT), António Fonseca Ferreira, como a principal estratégia para “potenciar a região de Setúbal”, considerando também necessário o “desenvolvimento privado”. A responsável do departamento de planeamento da CCDR, Paula Cunha, acrescenta que os pontos fortes da Península de Setúbal passam pela “singularidade dos recursos naturais, as boas condições portuárias e uma dinâmica associativa forte”. Quanto a pontos fracos, Paula Cunha salienta a “focalização na mono indústria, a dependência de Lisboa e as acessibilidades internas”.

Pode ler aqui o artigo na íntegra (Clique)

Ou seja, depois de trinta anos a arrazar as caracteristicas naturais com que a natureza bafejou toda esta fantástica àrea natural, depois de trinta anos em que se arrazou o construido e herdado em muitos séculos de história, em que o poder dominante de trinta anos de gestão autárquica CDU ignorou por completo o artigo9º alínea e) da Constituição da Republica - "Proteger e valorizar o património cultural do povo português, defender a natureza e o ambiente e preservar os recursos naturais".

Numa altura em que em vez de se encerrar de vez com a SECIL do Outão se caminha para a co-incineração, numa altura em que se construiu mais na ultima década , do que em todas as anteriores vêm agora os responsáveis pelo arruínar de toda esta região em termos de paisagem e ambiente, fazer crer que a orientação é agora a do turismo.

E ao mesmo tempo que o fazem continuam a assinar por baixo mais construção em zonas protegidas , incluindo montado de sobro, continuam a permitir que a maioria dos esgotos seja despejada sem tratamento nos rios e no Mar, continuam a permitir a densificação urbana, a degradação das zonas mais antigas e a desertificação dessas mesmas zonas fomentando ao mesmo tempo a urbanização em mancha de óleo para as periferias, destruindo campos agricolas e florestas.

Um faz de conta que vai continuar a degradar o ambiente de uma região que nenhum turista de nenhum país civilizado atrairá, ou então vem uma vez ao engano e não volta mais!

sábado, abril 08, 2006

ALMADA E SEIXAL ; MEIO METRO OU NEM TANTO















O incrivel parece estar a acontecer na Margem Sul onde já devia estar a circular um Metro que está longe, muito longe de ser construído, apesar de haver linha e apesar de haver composições, tudo porque há um braço de ferro entre a Câmara de Almada que impede que a obra avance e se conclua.

Entre as histórias mais ou menos rocambolescas ou hilariantes, não tivesse em causa o erário publico conta-se o faco de que passaram cinco anos , e vários fóruns de discussão sem que em Almada sequer se tivesse decidido onde localizar o terminal do MST!!!

Entretanto foram gastos no projecto , desde 2002 , 250 MILHÕES DE EUROS , faltando ainda para que o sistema funcione, mais 70 MILHÕES DE EUROS , isto sem contar com a degradação e manutenção dos troços já construídos e do material circulante, as composições Combino da Siemens, que cada uma custou 3 MILHÕES DE EUROS, bem como os desvios ao orçamentado (clique) ...

Depois das declarações surpreendente da Presidente da Câmara de Almada(clique) (post anterior) vem agora a Secretária de Estado dos Transportes (Clique) , Ana Vitorino adiantar que poderá estar para breve em funcionamento o Metro,porque há "uma quantidade coerente de linha terminada que poderá permitir o inicio da exploração. O que é surpreendente pois só uma reduzida parte da primeira fase do projecto está comcluída, e mais surpreendente ainda é que contráriamente às declarações da senhora Secretária de Estado, estes troços concluídos não têm nenhuma coerência entre si e não representam nem alternativa nem complementaridade com outros meios de transporte publico.

Veja-se o traçado prometido pelas Câmaras CDU de Sul do Tejo e que levava o Metro da Costa de Caparica até ao Barreiro e mesmo, mais além , até à Moita e o traçado da primeira fase marcado com linha dupla e que só envolve Almada e Seixal, referindo que só estão concluídos os troços entre Corroios e o Parque da Paz (Cova da Piedade) e entre a Universidade e o Pragal...falta...tudo o resto!!!

Lembre-se que a primeira fase, de 13,6 Quilómetros entre a Universidade do Monte de Caparica ,Cacilhas , Almada e Corroios deveria ter ficado concluída em 2005, tendo sido iniciada a exploração comercial em Dezembro desse ano e a propaganda eleitoral para as autárquicas, tanto em Almada(clique) como no Seixal aproveitaram esta obra como bandeira eleitoral, havendo mesmo composições em circulação nas vésperas das eleições numa manobra de propaganda e verdadeira má-fé politica.

Aqueles que esperam que o Metro chegue à Moita , bem podem esperar!!!

sexta-feira, abril 07, 2006

METRO CLANDESTINO A SUL DO TEJO ?














Qual e coisa qual é ela, tem linhas por aqui e por ali sem levar a nenhum lado, tem carruagens que andam vazias na rua e apodrecem na garagem, prometeram que estaria a funcionar, mas não deixam acabar???...é o MST pois então...


Realmente parece que uma senhora autarca está a brincar com os munícipes, com o povo português e com a Comunidade europeia .

Com os Munícipes porque faz propaganda sobre uma obra que por outro lado impede de se concluir.

Com o povo português que não nada em dinheiro e é co- financiador de uma obra considerada estruturante para a Margem Sul e um dos maiores investimentos publicos em curso, pondo entraves à sua conclusão e à Comunidade Europeia também pelas mesmas razões.

As noticias hoje publicadas em vários orgãos de comunicação são no minimo surreais, e dão conta do seguinte, que a senhora Presidente da Câmara de Almada que se crê , estar na posse de todas as suas faculdades mentais, afirma e citando o "Correio da Manhã" , o seguinte:

“Não há projectos aprovados relativamente às obras que estão feitas”. A afirmação, relativa ao metro Sul do Tejo, parte da presidente da Câmara de Almada, que acrescenta que “o contrato de concessão diz claramente que nenhuma obra pode começar sem que os projectos estejam aprovados”.
Maria Emília de Sousa, disse ainda ter autorizado “por boa vontade” a utilização de um espaço para início de obras, o que não significa “a entrega dos terrenos em termos formais de concessão para fazer obra”, uma vez que esta está condicionada pela aprovação do projecto.

Como é isto possível??? A Senhora autarca descobriu agora que tem um Metro (QUASE) construído nas ruas do seu municipio ??? É isso??? E Clandestino???

Mas que é isso de que afinal "não há projectos aprovados relativamente a obras feitas" ??? Mas a Dona Emilia nem deu por aquele viaduto "CLANDESTINO" a ser construido e que atravessa a autoestrada???

Foi agora apanhada de surpresa por "haver obra feita" e "sem projecto aprovado" ??? Então não é que a boazinha da senhora autarca deu "por boa vontade a utilização de um espaço para inicio de obra " e zás, os maus da fita deixaram a obra quase acabada...e só não está acabada porque a senhora autarca cria entraves atrás de entraves...Pelos vistos, por vontade da senhora Emilia, as obras nem sequer tinham começado relembro as palavras da senhora autarca, “o contrato de concessão diz claramente que nenhuma obra pode começar sem que os projectos estejam aprovados”.

A Senhora autarca anda a gozar com a gente não anda?


quinta-feira, abril 06, 2006

URBANIZAÇÃO - ECO-MODELO?














Em Sesimbra continua a operação de charme com vista à construção de um mega investimento imobiàrio dito "Ecológico e Sustentável".

Os Sesimbrenses até agora têm mostrado alguma desconfiança quanto a tal projecto e suas virtudes, pudera, depois de décadas de betonização e desregramento urbano, qualquer projecto imobiliàrio, sobretudo envolvendo a carga humada que este terá, é de facto de desconfiar das suas boas intenções , apesar da suposta chancela ambiental a ele associada.

Há um lado imediato que é de louvar que é a reflorestação na àrea agora ocupada pela extracção de inertes, embora fique aquém do desejável , uma vez que alguns areeiros apontam só para daqui a quinze anos o fim da exploração de inertes em alguns daqueles locais.

Segundo o Setubal na Rede (clique) :

O projecto turístico ‘One Planet Living’ da Mata de Sesimbra é “um projecto único no mundo”, que implica um investimento de “mais de um bilião de euros no desenvolvimento sustentado” e que “beneficiará o ambiente e a economia local”, garante o director europeu da WWF (World Wildlife Fund). Magnus Sylven visitou hoje a Mata de Sesimbra, onde nascerá o empreendimento turístico, a ocupar cerca de 5000 hectares, e entregou depois na câmara de Sesimbra o parecer oficial, e favorável, da WWF sobre o Plano de Pormenor da Zona Sul da Mata de Sesimbra, um projecto “que se recomenda”, acrescenta o representante da WWF em Portugal, Eduardo Gonçalves.

Magnus Sylven sublinha que este projecto é “o primeiro do género em áreas rurais” e “o maior do mundo”. O projecto poderá assim “servir de modelo a outros projectos de outros países”, sustenta o presidente da Câmara de Sesimbra, Augusto Pólvora, para quem o turismo “é uma realidade incontornável, mas que deve ser vista no âmbito da defesa do ambiente”.

O autarca espera ainda que esta colaboração com a WWF “se possa estender à Quinta do Conde”, uma colaboração, neste caso, sobre uma área urbana, mas que se basearia nos mesmos dez princípios que o projecto da zona sul da Mata de Sesimbra (uso de recursos locais, materiais e transportes sustentáveis, carbono zero, lixo zero, energias renováveis, conservação da flora e da fauna, conservação da água, qualidade de vida e preservação e promoção do património cultural).

Terão os Sesimbrenses rezões para desconfiar de tal projecto? Só o futuro o dirá, mas que "quando a esmola é grande , o pobre desconfia" ...

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