Bairro Problema da Cucena- Seixal

Mais uma prova da insensatez dos autarcas ou de que valores mais altos se levantam e que a marginalização constitui também uma forma de ideologia.A população foi contra a construção deste bairro em 2000, tal como o da Flor da Mata.

Os autarcas na pessoa do presidente da Câmara Alfredo Monteiro fizeram orelhas moucas e avançaram para a construção (protocolos assinados com empresas sem quaisquer concursos publicos, sem que o PDM tivesse sido alterado (era um terreno Industrial) sem que os devidos licenciamentos estivessem despachados e com a oposição e os alertas da população.

Hoje três anos passados é mais um caso de insucesso de integração e mais um bairro problema, degradado três anos após ter sido construido , e até se compreende, não há ali mais nada para além de um hipermercado de bricolage para onde os habitantes vão passear e alguns armar desacato e ameaçar os clientes, tendo já havido casos de agressões fisicas, os segurançasdo MESTRE MACO mantèm-se à margem por compreensivel medo, assim como os funcionários, não há sequer uma mercearia ou padaria, tudo está longe, nem um café existe, e as depêndencias criadas para local publico (lojas,centro social) estão destruidas , de montras partidas e cheias de detritos. Mais um terreno de ninguém a dois passos das ""piscinas, mas de hidrocarbonetos da Siderurgia Nacional .

Transcreve-se excerto de um artigo de opinião publicado no PUBLICO 25/Mar/2005 de Miguel Sousa Tavares. "A morte de três policias no concelho da Amadora não aconteceu ali por acaso geográfico.Quem semeia o betão descontroladamente colhe criminalidade e insegurança.Quem planeia (?) e faz erguer cidades desumanizadas, sem jardins,sem passeios,sem espaços publicos,sem escolas decentes,sem acessos correspondentes à dimensão da construção,condena-as previamente a serem guetos sociais onde germina a marginalidade e a lei do salve-se quem puder.Depois, não adianta chamar a policia nem perguntar onde está o Estado.Está dissolvido no mundo subterrâneo dos negócios autárquicos, do financiamento dos clubes de futebol e das campanhas dos partidos..."

Está tudo dito pelo articulista, e eles (autarcas) sabem que nós sabemos do que eles pretendem que não saibamos, mas julgam-se impunes.Até quando?