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segunda-feira, março 21, 2005
CDU PRETENDE AUMENTAR EM 2OO MIL PESSOAS A POPULAÇÃO DA MARGEM SUL . (Na imagem o Barreiro em primeiro plano e o Seixal)
Este fim de semana , disfarçadamente numa noticia do PUBLICO era citado o senhor Manuel José Soares, personagem certamente bem colocada junto das autarquias da Margem Sul, dominadas pela CDU e suposto membro de uma denominada Comissão de Utentes de Saúde de Corroios, vem sublinhar da necessidade de um novo hospital no Seixal, porque é necessário no presente e porque "" O Garcia da Horta" foi projectado para 180 mil habitantes, mas está a servir perto de 400 mil .Perspectiva-se um crescimento populacional em Almada, Seixal e Sesimbra que implicará, dentro de dez a quinze anos, mais 150 mil a 200 mil pessoas, na margem Sul", vaticinou José Soares.""
No mesmo artigo A Câmara do Seixal aparece em sintonia com este cidadão e Comissão, pelo que sabendo-se como a Democracia é exercida na Margem Sul, só se podem deduzir estreitos laços entre si e sua ligação à CDU/PCP referindo mesmo da disponibilidade para ceder um terreno (que não é da Autarquia e está num sitio Rede Natura 2000).
É preocupante a politica de terra queimada que a CDU tem delineada para a Margem Sul, é um arrazar de toda e qualquer mancha verde. Se vão reconverter os terrenos da Siderurgia, que ficarão paredes meias com o Centro de estágio do Benfica, e se é necessário um hospital, então porque não aí??? Porque razão todos os projectos têm que no Seixal vir a ocupar os poucos espaços verdes ainda existentes, sejam eles zonas protegidas, Reserva Agricola ou Ecologica?
Com o aumento populacional que fomentam e (suicidamente) perspectivam essas zonas verdes serão no futuro mais importantes que nunca, não sendo a construção de zonas de segregação (ver comentário de leitor ao post anterior) um hospital, ou qualquer outro empreendimento que se deverão sobrepor a esta protecção ambiental fundamental para todos, como o serão os tais projectos, e esses têm outros locais mais adaptados como os que atrás foram referidos.
Mas não é uma fatalidade este aumento populacional, ele só ocorre e sobrecarrega as infraestruturas existentes (veja-se que o hospital Garcia de Horta foi projectado para 180 mil habitantes e assiste já 400 mil) porque não há qualquer noção de planeamento e ordenamento para além daquele que transforma as autorizações de construção em papel moeda para as autarquias se autoalimentarem e manterem a sua teia de interesses e influências para além de manterem os partidos que as patrocinam.
O papel regulador do Estado está completamente ausente, caricaturado como aquela entidade a quem se pede mais um hospital ou mais uma rotunda... e nas mãos destes cassiques locai, dos construtores civis com interesse na zona e nos promotores de Centros Comerciais . É neste caso confrangedora a falta de imaginação entre as autarquias de Almada e Seixal, com a segunda a imitar para o nó do Fogueteiro o "planeamento" da primeira para o nó de Almada.É confrangedora e criminosa esta forma de gerir o território e consequentemente a vida dos cidadãos.Um dia haverá um tribunal a julgar este tipo de crimes à semelhança do que se faz aos criminosos de guerra, até lá está nas nossas mãos condená-los nas urnas.
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