Quinta do Outeiro, negociações entre a Câmara e o Grupo A.Silva e Silva (mais uma vez) pretendem acordar a construção e localização dos futuros Paços do Concelho neste local.
Quinta da Atalaia propriedade do PCP, futuramente excelentemente servida de transportes e em local aprazivel.
Parece que toquei aqui num ponto chave de todo este processo, a haver um hospital no Seixal, qual a sua localização ?, uma discussão escamoteada desde o inicio e que não é de importância menor, todos se lembrarão as polémicas decisões em relação ao Hospital de Cascais e as contrapartidas envolvidas e acordos estabelecidos entre então autarca José Luís Judas (por acaso irmão de um grande defensor do Hospital do Seixal) e um grupo económico ligado à construção nesse concelho.
Parece não interessar no Seixal a discussão séria como pode ser visto nos comentários aos posts anteriores onde parece que está decidido que 1) O Hospital vais ser construído, 2) O Hospital vai ser construído naquele local.
Esta autarquia que tem aumentado exponencialmente as àreas de construção e o número de habitantes queixa-se sempre que não tem espaço, não tem espaço para urbanização social (a menos que esta seja feita em àrea protegida ou terreno industrial) , meteu-se a autorizar o Centro de Estágios do Benfica e mais 24 hectares de construção em prejuízo da Reserva Agricola e Ecologica e agora não tem outro espaço para o futuro hospital que um Sítio Rede Natura 2000.
Ora segundo noticias veiculadas pelo actual executivo camarário, estão em vias de ser requalifiacados 400 hectares nos terrenos da antiga Siderurgia que receberá " reordenamento urbano e paisagistico com um custo estimado de 65 Milhões de Euros.
Este projecto inclui-se no processo de revisão do PDM e prevê , na sua zona Norte "uma àrea com extensa àrea ribeirinha que poderá ser preenchida com habitações e comércio"
Ou seja estamos perante um projecto tipo Expo 98 com a reconversão da zona ocupada anteriormente com una refinaria ,ora os terrenos da antiga Expo que eram "industriais" agora são o que são, e até lá têm imagine-se : Um Hospital (CUF DESCOBERTAS) pelo que não será uma proposta mais disparatada que construír um Hospital em Rede Natura 2000.
Outras soluções haverá perfeitamente exequíveis mas que carecerão de expropriação ou cedência por parte da autarquia ou do Partido Comunista que possui um terreno excelente para o efeito na Quinta da Atalaia, uma zona que vai ser servida por uma nova via, pelo Metro Sul do Tejo, está num sitio aprazivel e bem localizado e tem amplos espaços verdes...
Agora mesmo está a autarquia em processo de permuta de terrenos para aconstrução de uns novos e majestáticos paços do concelho, essa localização na Quinta do Outeiro seria também um sítio a ponderar para uma unidade hospitalar, e sendo este para a autarquia um designio emblemático, certamente cederia à vaidade de novas instalações em favor do Hospital que defende como prioritário e qualquer uma destas localizações seria bem mais aprazive que a berma da A2, apesar desta permitir uma maior "visibilidade institucional" de um tal equipamento
Mas claro, parece que só interessa aquela localização junto à A2, uma vez que não houve proposta de outros espaços ou sequer discussão publica séria.
Porquê então só ali? Porque assim toda a gente que passa na A2 vê que o Seixal tem hospital, ou porque é uma forma de abrir uma brecha na protecção ambiental daquele espaço????
7 comentários:
O Hospital na Atalaia, hahaaa!! Essa é boa, eles não dão nada a ninguém ou já se esqueceu que a saúde do povo é da conta do poder central?
esta muito enganado muitos deram a vida e muitos outros anos de sofrimento e prisao para agora termos a liberdade de dizermos aquilo que queremos.
Quem deu a liberdade ao povo português foram os militares no 25 de Abril. O que não invalida a luta de TODOS os antifascistas.
Por vontade dos Comunistas tinha-mo-nos tornado num satélite soviético e teriamos agora a liberdade de expressão de Cuba.
João Revez
pá, estes teus posts até me fazem uma zoada na cabeça.
já sinto o ruído das retro escavadoras aqui a andar à roda.
Que Rede Hospitalar para a Península de Setúbal?
No passado dia 9 do mês corrente o Ministério da Saúde divulgou o “ Relatório Final do Estudo de Avaliação de prioridades de investimento com o objectivo de apoiar o processo de decisão ao nível político, quanto à sequência estratégica de implantação dos hospitais inseridos na 2.ª vaga do programa de parcerias para o sector hospitalar”.
Neste Estudo estava incluída a avaliação de necessidades de cuidados hospitalares na Península de Setúbal, em particular no que se refere à área de referência do Hospital Garcia d’Orta (HGO). A equipa da Escola de Gestão do Porto (EGP), encarregue de o levar a cabo, considera que “em termos de necessidades não satisfeitas, a prioridade teria de ser concedida à Margem Sul do Tejo: parecer ser um dos locais do país onde há maior défice de camas, no momento actual”. Ao falar de prioridade em termos absolutos entenda-se, a primeira prioridade a nível nacional no que se refere a necessidades não satisfeitas.
Já em Julho de 2002 uma equipa da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) havia apontado as carências de resposta hospitalar na área de referência próxima do Hospital Garcia d’Orta, ou seja nos concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra. As 65000 assinaturas de pessoas residentes no concelho do Seixal recolhidas há pouco mais de um ano são outro testemunho da dita necessidade.
Tendo em conta um conjunto de outros critérios, a Equipa da EGP aponta o “Hospital da Margem Sul do Tejo” como o terceiro na lista de prioridades de investimento na 2.ª vaga do programa de parcerias para o sector hospitalar . Convém aqui lembrar que ainda nenhum hospital da “ 1ª vaga ” anunciada em 2002 viu sequer o seu concurso aprovado, designadamente por causa dos conflitos entre os consórcios privados interessados na sua construção e exploração.
Colocada a questão de como satisfazer a necessidade identificada, a Equipa da EGP aponta para a expansão do HGO com mais 150 camas, em detrimento da construção de um novo hospital de raiz no concelho do Seixal com igual número de camas. Para a Equipa da EGP a expansão do HGO será a solução mais barata, e esse é o único argumento em que funda a sua opção. Ora acontece que a Equipa da EGP não divulga os números, cuidado que antes tinha tido a ARSLVT, e os números da ARSLVT apontam para que a construção de um novo hospital de raiz no concelho do Seixal seja a solução menos onerosa. Acresce ainda que a Equipa da EGP desvaloriza a relação dimensão/eficiência e acessibilidade/proximidade, que são claras desvantagens da solução que preconiza e que a ARSLVT considerara centrais no estudo por si efectuado em 2002.
Mas a divergência entre o estudo efectuado pela ARSLVT em 2002 e o actual estudo da EGP não se fica por aqui Assim, enquanto a ARSLVT defende a “remodelação de algumas áreas assistenciais chave” do Hospital Garcia d’Orta a par da “construção de um novo hospital na área de Amora/Seixal, para colmatar as insuficiências da capacidade de resposta do Hospital Garcia d’Orta”, a Equipa da EGP recomenda “a suspensão imediata de todas as intervenções planeadas para o Hospital Garcia d’Orta, sob pena de se multiplicarem factores de inconsistência na sua configuração e programa, de sobrecusto no seu funcionamento, e de falta de qualidade nos serviços prestados”. Ou seja, a Equipa da EGP, propõe que se adiem até à concretização da 2.ª vaga do programa de parcerias para o sector hospitalar, obras de beneficiação e remodelação urgentes do HGO que desde 1998 (há 8 anos, 8) estão anunciadas.
Admitimos que por desatenção, a Equipa da EGP confessa, no final do seu relatório, que “evidenciada a necessidade, sobretudo em termos de necessidades não satisfeitas, tornava-se necessário definir a melhor solução – sendo que, a este respeito, a equipa da Escola de Gestão do Porto responsável pelo estudo sempre manifestou preferência pela expansão do Hospital Garcia d’Orta, em Almada, em detrimento da construção de um novo e pequeno hospital de raiz, muito provavelmente no Seixal”. Não se pode ser mais claro: a Equipa da EGP chegou à margem Sul com a sua solução, o seu trabalho foi o de procurar argumentos para a defender e, à falta destes, opta pelo absurdo. Chega ao ponto de considerar que o novo hospital no Fogueteiro só serviria a população do concelho do Seixal, o que significaria que os doentes de Sesimbra atravessariam o concelho do Seixal sem parar para se dirigirem aos engarrafamentos nos acessos ao HGO.
No debate público em torno do Relatório da EGP, que decorre até 27 de Março, é preciso que fique clara a oposição a uma proposta que, ao incluir a expansão do HGO na 2.ª vaga do programa de parcerias (público/privadas esclareça-se) para o sector hospitalar, mais não significaria do que a entrega do HGO ao grande capital privado .
Sem prejuízo da boa vontade de alguns dos seus membros no terreno, a verdade é que o PS, como antes o PSD e o CDS, mas também até certo ponto o BE, têm, nesta matéria, cedido à pressão dos grupos que fazem cada vez mais da península de Setúbal uma selva dos interesses privados na saúde. Na luta pela construção de um novo hospital público na Margem Sul os Utentes só têm tido ao seu lado de forma permanente e coerente o PCP. Medidas para assegurar a qualidade da prestação de cuidados de saúde pelo HGO e o desenvolvimento do projecto de construção de uma nova unidade hospitalar pública no Seixal, que garanta a acessibilidade a cuidados de saúde hospitalares de qualidade, é uma justa reivindicação da população da Península de Setúbal que todos temos o dever de apoiar.
Este ar paternalista do PCP dá-me voltas ao estômago, ó ponto , a estes comentários copy/paste do Avante devias era fazer DELETE, não há pachorra pa ar tanta propaganda, venham a mim as criancinhas, fónix!
Já percebi que a maioria dos comentários aqui são partidarios.
Tem-se visto quem não tem dado nada a ninguem ao longo deste 32 anos.
E dizerem que o hospital não faz falta é demais.
Faz-se como em Elvas, vão nascer a espanha ou seja no estrangeiro.
Vou para um sitio sitio onde se discuta isto de uma forma seria.
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