quarta-feira, dezembro 31, 2008

2008 CONTAGEM FINAL



O ano que agora chega ao fim não impôs grandes rupturas com o passado, pelo que acabou por ser o presente a desmoronar-se como um castelo de cartas perante os nossos olhos.

Assistimos incrédulos (alguns) , à queda dos valores do mercado imobiliários , ao secar do crédito, e à falência dos próprios bancos motivada por incumprimentos , desvaloriza
ções brutais no mercado imobiliário , por aplicações ditas, agora , ¨toxicas¨ e até à queda de grandes Gurus financeiros que afinal não passavam de sofisticadas Donas Brancas.

A CRISE declarou-se , instalou-se confortávelmente e... vai por aí ficar , até porque muita gente , a come
çar pelos nossos politicos , parecem não querer compreender muito bem o que se passa , mantendo até ao insustentável os tiques do passado que nos conduziram a esta situação.

No que se passa a nivel local, esta B
anda é disso a prova concreta .

Governada pelo Comité Central de um partido caduco , que pretende aplicar à região o lema "Um país , dois sistemas"
, não vem alterando um milímetro desde há trinta anos, as suas politicas de massifica
ção urbana e de delapidação ambiental, mesmo que o abismo esteja a uma distância de não retorno , quer na recuperação ambiental , quer nos milhares de casas sem comprador que existem nesta Margem Sul betonizada.

O caricato é que as necessárias medidas paliativas da inépcia e má gestão, são apresentadas, agora , como solu
ções milagrosas ou vanguardistas .

Nem milagrosa, nem vanguardista foi a explosão de criminalidade violenta a que assistimos em 2008 , com a descoberta até de prisões privadas num Bairro Social do Seixal.


Neste último ano , continuaram as autarquias da Margem Sul, sem construír um metro de ciclovia , criaram em Almada, com o fim (três anos depois do prazo) das obras do Metro , a ¨zona¨ pedonal do mundo com maior tráfego automóvel e onde no meio circula um comboio . Falando em Almada esse é o concelho onde se instalou (sem criar alternativas) a persegui
ção aos automoveis e seus proprietários , quer nas restrições à circulação quer ao estacionamento.

A solu
ção final exigida pela autarquia de Almada para o Metro , e contrária à opinião da sociedade civil , ao governo e à concessionária , impôs-se contra tudo e contra todos com os resultados que se previam e que acabaram sem surpresas, por acontecer... agora remenda-se o que acabou de ser inaugurado , criam-se semáforos, põem-se policias junto a semáforos para os substituír e vasos gigantes no meio de rotundas para as viaturas... as não contornarem.

Voltou-se a ignorar a conten
ção urbana ou a reflorestação , apesar de Almada e Seixal terem aderido a uma iniciativa da revista Visão em que se pretendia arborizar os municípios aderentes a esta iniciativa, aliás, só a adesão destes municípios a esta iniciativa é o reconhecer da necessidade que há em reflorestar a Margem Sul , apesar de diáriamente vermos ser cortadas das nossas ruas, os exemplares que insiste em dar um pouco de verde ás nossas cidades.

Contra tudo e contra todos foi também aprovado pelas instâncias autárquicas , o novo e escandaloso PDM da Moita , um original instrumento da gestão de solos tendo como filosofia base , o compadrio ,o amiguismo , os ¨nós e os la
ços¨ com que se cose a gestão territorial a Sul do Tejo.

Os mesmos nós e la
ços associados a outro vértice deste malfadado triângulo (betão, autarquias, futebol) vão finalmente betonizar mais uma zona verde em plena cidade de Setúbal , o Vale da Rosa.

E finalmente, continuou-se despudoradamente a gastar centenas de milhar de euros em pura propaganda que tem como único fim criar uma realidade virtual e fictícia como suporte de poder a quem está nele instalado há mais de TRINTA ANOS ! Da mesma forma continuou-se a vandalizar , a deturpar , a controlar e escarnecer , tudo o que não seja a ¨voz do dono¨ .

É tempo de dar uma sapatada a tudo isto, 2009 é já amanhã !

BOM 2009 ! YES WE CAN !

terça-feira, dezembro 30, 2008

2008 EM BALANÇO (5)



2008 não foi só o ano das crises, do sub-prime , da queda das bolsas e do mercado imobiliário , ou da alta dos preços do crude. 2008 foi para Portugal o ano das energias renováveis , com investimentos no maior parque eólico da Europa , a maior central solar do mundo ou com um projecto pioneiro no aproveitamento da energia das ondas.

Não se trata só de promessas, mas sim de realiza
ções concretas.

A central de Moura (energia fotovoltaica) foi inaugurada em Mar
ço , e em Outubro e Novembro entraram em funcionamento o projecto de energia das ondas na Póvoa do Varzim e o Parque eólico de Monção (120 aerogeradores , só este projecto pode fornecer energia a 300 mil lares e poupar 500 mil toneladas de emissões de CO2 para a atmosfera).

A Margem Sul parece querer continuar orgulhosamente só neste caminho para as energias alternativas renováveis , pois contráriamente aos projectos acima referidos, foram zero os projectos nesta área concretizados , ou com projecto anunciado.

O que tem piada, quando é o PCP a querer tirar dividendos propagandisticos do projecto fotovoltaico alentejano que por acaso geográfico
- horas de exposição solar - tem lugar numa autarquia CDU .

Fazer disso um paralelismo para as autarquias CDU da Margem Sul é revelador da falta de honestidade politica de quem faz tais declara
ções e que a CDU representa.

segunda-feira, dezembro 29, 2008

2008 EM BALANÇO (4)


Se quisessemos encontrar uma personagem malévola de 2008 representativa da crise a que o sistema financeiro nos conduziu, essa personagem encaixaria que nem uma luva em Bernard Madoff cujo esquema piramidal se desmoronou já com o Natal no horizonte.

A propósito, remeto o leitor para a crónica CAPITALISMO DINHEIRO E ÉTICA , Miguel Sousa Tavares, Expresso 27 Dez 2008 (excertos) . Uma mensagem extensiva aos muitos aprendizes de Madoffs e Ceausescus que tão bem conhecemos nesta Banda:


(...)Não há dinheiro na mão dos consumidores porque os Oliveira e Costa, Os Rendeiros, os Madoff deste mundo agarraram nas poupancas que lhes confiaram e desbarataram-nas de duas maneiras: ou aplicando-as em pura especulacão, sem qualquer critério de prudência e boa gestão; ou pura e simplesmente, roubando-as em benefício próprio.

Bernard Madoff representa o ponto extremo do capitalismo de sargeta tão caro ao espirito laissez faire, laissez passer que os liberais dos tempos modernos nos venderam como cartilha infalível quanto a do marxismo-leninismo. Ambas têm em comum a capacidade notável de conduzir as nacões à ruína, em benefício de uma restrita elite : a da casta dos play-makers da alta financa ou a dos quadros do Partido. Nicolae Ceusescu, que chefiava uma nacão comunista e miserável, vivia rodeado de mordomias só comparáveis às dos marajás da India imperial: mas era tido e louvado como um revolucionário socialista.

Bernard Madoff , que simbolizava exemplarmente o sonho americano de vir do nada até ao infinito, era cativante, moderno, filantropo, sócio do Palm Beach Country Club, garantia de seriedade e profissionalismo: um génio da financa, que se dava ao luxo de não aceitar qualquer cliente para a sua grande mentira. Com uma diferenca : Ceausescu só enganava quem se queria deixar enganar; Madoff enganou todos, ao longo de trinta anos, e , entre eles, os melhores bancos do planeta (...)


Estou como o Dr.Mário Soares : terá de haver sangue. Mas forcosamente, suor e, desejávelmente , lágrimas.
Isto não é apenas uma crise económica, nem o resultado das aventuras criminosas de algumas ovelhas tresmalhadas do rebanho. Isto é, sobretudo, o resultado de uma crise de valores - politicos , sim , mas também éticos.

É o resultado do Estado se ter demitido do seu papel de vigilância e controlo dos poderosos e de a sociedade se ter dispensado de questionar a origem dessas súbitas e espantosas fortunas que cresceram debaixo dos nossos pés.
O dinheiro deixou de ser um ponto de chegada para passar a ser um ponto de partida (...)

domingo, dezembro 28, 2008

2008 EM BALANÇO (3)


Por Mario Soares (DN 23-12-08) ,

2008 - O Ano em que tudo aconteceu


O ano de 2008
está a chegar ao fim e não deixa saudades. Foi o ano em que se desencadeou a grande crise global - melhor dito, as várias crises: financeira, económica, energética, ambiental, alimentar e, a pior de todas, político-moral ou crise de valores (...) O modelo económico-financeiro vai mudar - está mesmo no epicentro da mudança - após o descrédito total do neoliberalismo.

Como muitas outras coisas - como a teoria de menos Estado, da "teologização do mercado" e a teoria da supremacia do economicismo sobre a política (...)

A esse propósito, permito-me aconselhar os meus eventuais leitores a lerem a lúcida e muito informada entrevista que o governador do Banco de Espanha, Fernandez Ordonez, deu ao El País no domingo último (dia 21). Que diz ele?

A crise é gravíssima, pior do que a de 1929, e sem qualquer paralelo com qualquer das que se seguiram. Porquê?
Porque ninguém, escapa à paralisia. "Os consumidores não consomem, os empresários não contratam, os investidores não investem e os bancos não emprestam." E acrescenta: "A crise que estamos vivendo tem dimensões históricas e características globais. Tem uma dimensão enorme. A desconfiança é total. O mercado inter-bancário não funciona e gera circuitos viciosos. Os bancos não se fiam neles mesmos e, assim, a crise pode alargar-se para além de princípios de 2010." (...)


E Portugal?
Há que reconhecer que não está ainda na situação dificílima de Espanha. Mas vai lá chegar, infelizmente. Não tenhamos ilusões, porque isso é inevitável. Que devemos fazer então? Em primeiro lugar, assumir que o ataque à crise é uma prioridade absolutamente nacional, embora tenha vindo de fora.

Assim, todos os portugueses, e o Governo, em especial, devem assumir-se como tal, numa postura
nacional, mesmo num ano - 2009 - politicamente complexo, marcado por três eleições sucessivas: europeias, autárquicas e legislativas. Depois, que as respostas para a crise são, em primeiro lugar, sociais e, portanto, predominantemente de esquerda, isto é: socorrer prioritariamente os mais desfavorecidos, os desempregados, os imigrantes, as pequenas e médias empresas. Para tanto, é preciso dialogar com eles e, sobretudo, ouvi-los, com espírito de solidariedade. (...)

Para tanto o diálogo e a solidariedade institucional e interpartidária, com sindicatos, as diferentes associações de classe e com os cidadãos, em geral, devem constituir uma prioridade absoluta - e permanente - do Governo, ainda que precise de engolir alguns sapos, se quiser ser visto como verdadeiramente
nacional, como a crítica situação em que estamos parece exigir.

Aqui o artigo na íntegra (clique)

sábado, dezembro 27, 2008

2008 EM BALANÇO (2)


2008 foi mais um ano em que a crise ambiental se acentuou e que vieram ao de cima a fragilidade de uma sociedade assente nos combustíveis fósseis , que experienciou a maior valorização do preço do crude de que há memória e consequente subida do preço de matérias primas e alimentos essenciais.

A Amazónia voltou a ter
uma deflorestação record e o Ártico derrreteu , a um ritmo mais, muito mais acelerado do que era previsto, mesmo pelos mais pessimistas e só já bem perto do final do ano a União Europeia tomou iniciativas para reduzir a emissão de gases com efeito de estufa para a atmosfera.

É óbvio que a crise financeira e económica dominaram cega e perigosamente tudo o resto, pelo que deixo um sublinhado para
a Crónica de José Gil na Visão , 18 Dez 2008




(... ) A crise «financeira» que nos assola aumenta a insegurança ecológica por um efeito de contágio. Porque a impotência em controlar essa crise transmite-se à necessidade de controlar os efeitos da destruição do planeta : gera crises sociais, políticas, de governação, de geopolitica - o que torna mais difícil ainda agir sobre a ecologia mundial. E quanto mais esta se desiquilibrar, mais a crise do contrato social se agudizará.

De mâitres et possesseurs da natureza passamos a joguetes dominados pela revolta da Terra e pelo Sistema ( da globalização capitalista) . O efeito de avalanche pode provocar o pior se, de repente e de maneira evidente, as consequências da crise geral da sociedade se conectarem com as consequências da crise ecológica.


Ou, pelo contrário, será que é preciso tocar no fundo para voltar à superfície ? Para verificar se as duas crises têm afinal a mesma origem - o sistema global do capitalismo - e agir em conformidade?

quinta-feira, dezembro 25, 2008

NATAL


Recicle o mais possível , separe cartão, papel , vidro, embalagens . Deposite as pilhas em local próprio !

quarta-feira, dezembro 24, 2008

BOAS FESTAS



Boas Festas a todos com a sugestão de um filme para este Natal!

Quanto à crise global , subscrevo aquilo que já alguém disse , "Mais que o pior Natal dos últimos anos, este será certamente o melhor dos anos que aí vêm"... por isso desfrute-o ao máximo e por exemplo, não se mate na estrada ou no stress das compras .

Volte a dar valor ás pequenas grandes coisas que dão sentido e conteúdo à vida .

Mudar está nas suas mãos . Participe na vida cívica da sua cidade, do seu país , da Europa .

Vote massivamente em 2009 pela necessária mudança!

terça-feira, dezembro 23, 2008

É NATAL...NO CENTRO COMERCIAL !!!


Um artigo do Professor Paulo Morais , publicado há dias no Jornal de Notícias , e extremamente oportuno nestes tempos que atravessamos, cito :

Alvo errado

2008-12-10

Natal à porta. A maioria das famílias portuguesas refugia-se nos centros comerciais e grandes superfícies. E não nos iludamos: este já não é um efeito sazonal, mas sim um sintoma mais profundo da falta de gestão do espaço público.

Não foi só o comércio, mas sim a vida das cidades que parece ter-se deslocado definitivamente das ruas para o interior dos centros comerciais. Afinal, estes propiciam-nos a qualidade de vivência que em tempos caracterizava os núcleos urbanos. O verdadeiro centro cívico e cultural das cidades transferiu-se para os shoppings.

Nos centros comerciais, o acesso é normalmente fácil e o estacionamento quase sempre gratuito. No seu interior, a limpeza é regra. Ao abrigo de qualquer intempérie meteorológica, circula-se confortavelmente e em segurança. Há acessos para pessoas com mobilidade reduzida e carrinhos de bebé. Os pequenos problemas que as famílias enfrentam, como a necessidade dum espaço para mudar fraldas ou levar miúdos à casa de banho, estão perfeitamente acautelados. Juntemos a isto a possibilidade de almoçar e jantar em conta, ou ainda assistir a um filme de estreia. Só aqui vemos implementado um novo conceito de centro cívico urbano.

Na outra face da moeda, temos as baixas das cidades, a que não se acede facilmente, onde o trânsito é habitualmente caótico. O estacionamento é inexistente ou caríssimo. As ruas e passeios estão em péssimo estado, fruto duma crónica ausência de manutenção e conservação. Os idosos correm perigo permanente de tropeçar num qualquer buraco. A via pública está imunda, resultado duma limpeza urbana ineficaz. Somos permanentemente abordados por arrumadores de automóveis e pedintes. Se um miúdo necessita de ir à casa de banho, está sujeito à fila interminável do café ou a ter de pagar o acesso a um desses "wc" tipo nave espacial. A oferta cultural é escassa, não há cinemas, os concertos e espectáculos são raros e têm quase sempre pendor elitista. Não nos admiremos, pois, pelo facto de os centros urbanos estarem em processo de morte lenta e o comércio tradicional em estado comatoso.

Enquanto isto, os representantes do comércio tradicional limitam-se a reclamar contra os centros comerciais. Atiram ao alvo errado. Mais do que tentar impedir o sucesso dos centros comerciais, deveriam era copiar a receita desse êxito. E queixar-se, em primeiro lugar, das câmaras municipais que se revelam incompetentes na gestão do espaço público.

segunda-feira, dezembro 22, 2008

A BATATA QUENTE DA MOITA


Passa agora para o Governo a batata quente que é a ratificação do PDM da Moita.

Até agora, o Governo (ou melhor, todos os governos) tem assinado de cruz tudo ou quase tudo o que tem o selo autárquico, é por isso que apesar de planos de ordenamento locais, regionais e territoriais , subjugados no limite a uma supervisão do Governo , temos o país que temos em termos urbanos e de mobilidade, um verdadeiro aborto arquitectónico e de ordenamento.


Nunca no entanto um PDM foi tão contestado pela sociedade civil e provadas tantas irregularidades e ilegalidades que afectarão o futuro do território e a herança que pretendemos passar para as próximas gerações.

Ficamos pois curiosos da posição do Governo face a esta notícia da LUSA.

20.12.2008 - 15h23 Lusa
A Câmara Municipal da Moita aprovou uma proposta que prevê submeter a versão final da revisão do Plano Director Municipal (PDM) à ratificação do Governo.

"Esta decisão surge nos termos do artigo 80, n.º2, do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro que define que há lugar a ratificação do PDM pelo Governo, a solicitação da Câmara Municipal, quando, no âmbito do procedimento, os serviços e entidades com competências consultivas suscitem incompatibilidades do mesmo com instrumento de gestão territorial", refere a autarquia em comunicado.

A versão final do PDM já tinha sido aprovada em Assembleia Municipal no passado dia 21 de Novembro. O processo de revisão do PDM da Moita decorre há mais de 10 anos e tem sido marcado por muita contestação de alguns sectores da população e das forças políticas da oposição ao executivo da autarquia liderado por João Lobo (PCP).

domingo, dezembro 21, 2008

ALMADA CENTRO - "OS PERSEGUIDOS"


O Centro de Almada , contráriamente à propaganda (700 mil euros) é um centro deserto , não fossem as escolas Externato Frei Luiz de Sousa e Emídio Navarro e diriamos estar numa daquelas aldeias perdidas numa serra do interior , onde não nasce uma criança há mais de trinta anos e onde as restantes adultos em idade activa emigraram para outras paragens.

O Centro de Almada é um centro morto, de lojas fechadas , gente perdida no meio da nova encenação do que pretende ser uma "zona pedonal" .
É patética a "animação" contratada para disfarçar a nudez e o inóspito do espaço .


A realidade é a que está espelhada acima, mas se isso não bastasse , o centro de Almada é a zona escolhida para a actuação das brigadas ECALMA, os vigilantes e correctores dos transgressores , aqueles que ajudam a manter ainda vivo o centro da cidade , as grandes vítimas desses vigilantes são os pais dos alunos do Externato Frei Luís de Sousa , perseguidos ao levar os seus filhos ao colégio que há mais de meio século ali existe , e os que mantêm o comércio sobrevivente , vivo , ou seja os fornecedores e prestadores de serviços a esses estabelecimentos.

Os potenciais clientes esses não têm que aturar essas dificuldades criadas pela autarquia e há muito que optam pelo Almada Forum , onde têm estacionamento ... até gratuíto e onde aos fornecedores...não acontece como aqueles retratados na imagem , quem lhes manda ainda se atreverem em fornecer e trabalhar para lojas do Centro Morto de Almada com todos os inconvenientes que isso representa ?

sábado, dezembro 20, 2008

PALHAÇADA COM COISAS SÉRIAS


É tempo de começarmos a ser sérios com os investimentos que exigimos ou com as promessas que são feitas pelas autarquias.

A CDU não é séria , não só na gestão das exigências , mas também e sobretudo, no cumprimento das promessas .

Podemos mesmo dizer que o senhor Alfredo Monteiro , na qualidade de cabe
ça de lista, MENTIU aos munícipes quanto ás promessas feitas em período pré eleitoral.

Perante as promessas não cumpridas e também para distraír dos investimentos públicos feitos na região (que têm sido muitos) , nada melhor que inventar um cavalo alado , e, ou um inimigo externo (o governo) que impede que esse desejo ou essa vontade, tornada fundamental em histeria colectiva, se efective.

O tal cavalo de batalha alado , para distraír da incompetência da CMS/CDU em 30... anos é agora o Hospital, tema sobre o qual a Câmara não tem uma postura nem séria , nem verdadeira .

Para quando a resposta a uma questão tão simples , como a sua localiza
ção que a CMS pretende que seja fora e longe de tudo e num Sítio Rede Natura 2000 , possivelmente para tornar esse local , num novo nó viário, rodeado de urbanizações.

Hoje, há mais uma manobra de diversão, em torno de uma questão tão séria e num país onde faltam tantos médicos ... Hoje seria bom , alguém explicar nessa iniciativa, porquê a inevitabilidade , a exclusividade e a fixa
ção naquele local ?

Porque não é admitido mais nenhum ?

Porque não esse tão necessário Hospital junto ao Continente , no terreno ocupado pelas antigas oficinas, demolidas há meses , ou nos terrenos que vão ser recuperados e urbanizados em Paio Pires ?

sexta-feira, dezembro 19, 2008

ALMADA - MANIF EM ZONA PEDONAL


Não é só na blogoesfera que se fazem sentir criticas sobre a forma como foi decretada a "zona pedonal " no centro de Almada .

Já aqui foi referido que , com a circulação de bicicletas, veículos autorizados , de residentes, de cargas e descargas, de transportes públicos (taxis e autocarros) , de veículos de emergência e de duas linhas de combóio , aquela dever ser a "zona pedonal" do Mundo com maior tráfego de não peões.


Pelo que fará todo o sentido a manifestação que ontem ao fim da tarde assentou arraiais na Praça de S.João Baptista e que despertou a curiosidade de muitos, sobretudo pelo enquadramento policial instalado.

Ficam as imagens e as suas mensagens.

quinta-feira, dezembro 18, 2008

TRINTA ANOS EM TRÊS PARÁGRAFOS


Sem mais comentários, os trinta anos de Ditadura PCP na Margem Sul sintetizada em três parágrafos publicados por AV no blogue Alhos Vedros ao Poder:




« A ditadura do proletariado é a ditadura dos mais espertos


O PCP esteve no poder na fatídica época do Vasco Gonçalves e mostrou que não está preparado para governar, pois no espaço de um ano acabou com o que Salazar tinha roubado durante 48 anos.


Os PCs não sabem gerir a riqueza acumulada e só na miséria sobrevivem, partem do princípio que o capitalismo é criado a partir da exploração do homem pelo homem, o que é verdade, mas ao contrário dos capitalistas que preservam o capital para se preservarem no poder, só pela revolução conseguiram chegar ao poder e depois de acabarem com as fortunas capitalistas acumuladas, têm de criar um sistema para se preservarem no poder, esse sistema não abdica nem do dinheiro nem do trabalho, abdica da livre iniciativa individual e tudo passa a trabalhar para um colectivo que como tudo o que é colectivo, há os que têm mais capacidades os que não têm capacidades. Os que nã o têm capacidades de trabalho ou de criação ou inventividade, faz paradoxalmente q ue geralmente sejam esses os chefes, porque têm mais lábia, pois a esperteza é baseada na incapacidade de se trabalhar o que leva a um treino intenso para se rentabilizar o trabalho dos outros em seu próprio proveito.


Geralmente a criação de um inimigo interno faz acabar com as oposições e criar a ditadura do "proletariado", que mais não é que a ditadura dos mais espertos sobre todos os outros. Numa democracia, mais tarde ou mais cedo esses canalhas são descobertos, mas num regime "comunista" perduram "ad eternum", até ser por sua vez derrubados ou acabam por desaparecer por inviabilidade económica.»

________________________________________________
ACTUAL

Aqui o exemplo de um grande Comunista , um enorme Democrata protegido de Cuba , da ex URSS , da R.P. da China, como é o Presidente de Angola , José Eduardo dos Santos :


Isabel dos Santos, filha do Presidente angolano José Eduardo dos Santos, entrou no capital do Banco Português de Investimento (BPI), adquirindo ao Banco Comercial Português a posição de 9,69 por cento que este detinha no grupo liderado por Fernando Ulrich.
As acções do BPI foram adquiridas a 1,88 euros cada. A transacção (164 MILHÕES DE EUROS) envolveu uma empresa portuguesa, a Santoro Financial Holdings, controlada por Isabel dos Santos.

quarta-feira, dezembro 17, 2008

O METRO , A POPOTA , CICLOVIAS , A LEOPOLDINA , O PCP , O PAI NATAL...


A propaganda politica cada vez se assemelha mais ao marketing em atecipação das cadeias de hipermercados que anunciam por exemplo, o regresso ás aulas em pleno mês de Agosto ou o Natal em Outubro.

Como ontem aqui escrevemos, inaugurada a extensão do Metro Sul do Tejo até Cacilhas - com um atraso de três anos em rela
ção ao contratado - nada melhor do que , anunciar o próximo objectivo , a chegada ao Seixal (que aplaudo) ... mas mais uma vez sem discutir os erros do que até agora foi feito, ou que se clarifique o percurso , já tomado no Seixal como definitivo...

A extensão ao Seixal do MST - projecto Comunitário e do Estado Português - está já a servir de propaganda eleitoral , quando a CDU anuncia ... FINALMENTE !!! Depois de trinta e tal anos no poder... uma rede de ciclovias assente , precisamente...não no trabalho ou iniciativa da autarquia que não construíu um unico metro de ciclovia desde 1975 , mas na obra do Metro Sul do Tejo.

Relembre-se que a ciclovia na Baía lado Seixal foi construída assente num projecto imobiliário pelo Grupo A.Silva & Silva e lado Amora pelo Grupo de Retalho Leclerc e que os outros três quilómetros construídos no concelho do Seixal foram-no em Corroios , pelo MTS , e inseridos na via do metro.


No Seixal, parece assim , e com a ajuda de obra feita do poder central e de privados , ter aberto a hiper-campanha das promessas eleitorais com a promessa de uma (muito bem-vinda ) rede de ciclovias .

Penso que o a-sul com o seu trabalho sobre o tema, tenha servido e sensibilizado os autarcas para mudar a opinião sobre o uso da bicicleta no concelho basta ver alguns comentários deixados nos posts em link, neste texto .

Mas em politica e na Margem Sul , bem sabemos que da promessa... à verdade há uma longa distância , lembro a promessa de duzentos e vinte e três quilómetros de vias cicláveis prometidas pela Câmara de Almada em vésperas das últimas elei
ções autárquicas...ou outras que foram tema em anteriores posts...

terça-feira, dezembro 16, 2008

ALMADA REMENDOS A METRO


Com um atraso de três anos e um significativo desvio orçamental , começou a fucionar a totalidade da primeira fase do MTS.

Para dissimular as promessas não cumpridas, nada melhor que pôr uma cenoura à frente dos burros [que somos nós] e anunciar uma nova fase até ao Seixal .


Esqueceram-se foi de assumir, que muito do atraso , foi provocado politicamente por parte da Câmara de Almada, razão pela qual, hoje em vez de mais promessas, poderiamos estar a inaugurar , não a primeira fase até Cacilhas, mas a ligação ao Fogueteiro.

Em relação ao atravessamento de Almada , os alertas e os erros sistemáticamente apontados pela sociedade civil e ignorados paulatinamente pela Câmara de Almada + unidade de missão + MTS , começam a ser visíveis e a fazer estragos com acidentes e atropelamentos que se pretendem corrigir com uma maior presença da PSP.

A Câmara de Almada, como por artes mágicas transformou uma avenida principal numa zona pedonal, mas uma zona pedonal muito própria, onde circulam viaturas de residentes , de circulação autorizada, de emergencia e de cargas e descargas, para elém de transportes públicos , e de um comboio em duas vias... deve ser a zona pedonal do mundo que tem maior circulação de veículos , tudo isto sem informação das novas regras , com reduzida sinalética vertical e confusa sinalética horizontal, mesclada entre geometrias várias desenhadas em calçada portuguesa.


Temos agora policia a mandar transpôr sinais vermelhos, e a ordenar paragens face a semáforos verdes.

Temos agora estranhos vasos gigantes (e outras originalidades...) a bloquear a circulação na rotunda da Praça da Renovacão (MFA) , isto enquanto faltam passadeiras ... falta justificada por esta ser uma zona pedonal ... enfim surreal !

Tudo isto está excelentemente planeado, brilhantemente executado , com um extremo bom gosto e ordenamento... os burros somos nós que não temos a formação para circular em tão avançadas vias !

segunda-feira, dezembro 15, 2008

GANGS OF SEIXAL



Não sei se virá a ser parte de algum percurso turístico para rentabilizar os muitos hotéis anunciados para Almada e Seixal , é possível que sim .

Falo das masmorras privadas e da guerra de gangues, revelados na passada semana pela policia e tendo como cenário o Bairro da Quinta da Princesa e da Jamaica no Seixal.


No Rio de Janeiro , há um safari turistico devidamente autorizado pelo poder local (os gangues da droga) para percorrer as ruas da maior e mais perigosa favela da cidade , a Rocinha.

Penso que sim, que não passa de diversão , de outra maneira os autarcas teriam feito declarações públicas, mostrariam a sua preocupação e tomariam medidas , ora tal não aconteceu , o que parece revelar que é para os autarcas, uma situação normal , ou pelo menos calculada como consequência de trinta anos de politicas de desenvolvimento urbano erradas , massificadoras e caóticas , para eles será normal , mas para a população a quem vêm prometendo o oposto, não o é.


A gestão cirúrgica que é feita da miséria pela Câmara do Seixal e a propaganda que a envolve, até para promover os negócios off-shore escondidos atrás de projectos de construção dita social , os guetos dos quais resultam estas consequências , ciclicamente postas a descoberto pela comunicação social , essa "gestão politica" , é desumana e abjecta , tal como agora, o seu silêncio .

Passo a citar um comentário deixado no a-sul revelador do estado de espirito dos munícipes:


«As cidades estão prontas a explodir, mas o barril de pólvora veio da gestão CDU no concelho do Seixal.

Porque não foram demolidos os prédios da jamaica? Porque não viram os fiscais municipais a construção da prisão privada no Seixal? Para fazer aquelas paredes foi preciso amassar muita massa de betão.

Aqueles prédios da jamaica que já deviam ter sido demolidos têm obras com frequência e os fiscais não vêm nada. Para que servem os fiscais da Câmara? É caso para perguntar ao Sr. Alfredo Monteiro Presidente da Câmara para que estão os fiscais a ganhar o ordenado se não fiscalizam nada. O concelho está cheio de barracas e marginalidade.

A Cãmara do Seixal deixou este concelho chegar a um estado que se está a tornar insuportável. As barracas só existem por incompetência dos serviços camararios que Alfredo Monteiro administra. É uma competência da camara o ordenamento do território que se saiba no PDM não estão previstas as barracas que estão construidas no Fogueteiro, em Santa Marta, Santa Marta do Pinhal, na Quinta da Vinha Grande,na Cruz de Pau, em Paio Pires e sítios variados. É muita incompetência da maioria comunista.

A população não pode nem vai continuar a dar a maioria a politicos que destruiram a qualidade de vida no concelho, que permitiram a degradação ao ponto de se permitir a existência de condições que permitam a construção de prisões privadas. A população tem de responsabilizar a Câmara do Seixal pelos ultimos acontecimentos criminoso no concelho.»

domingo, dezembro 14, 2008

CRESCIMENTO E QUALIDADE DE VIDA


O A-SUL pelos seus leitores, um texto de Emanuel Oliveira Santos :

"Há mais de trinta anos que o Concelho do Seixal é governado pela mesma força política.
Todo este tempo tivemos um crescimento em quantidade e não qualidade.

Estamos fartos do argumento de que : "...há trinta anos não havia nada no Seixal...”. Francamente, se em trinta anos não se evoluísse alguma coisa também era maus demais. Mas não se cresceu em qualidade de vida como deveríamos. As infra-estruturas que nos trouxeram alguma qualidade de vida, a nível dos transportes por exemplo, foram levadas a cabo pelo poder central: Comboios, barcos, metropolitano, etc.

Registamos isso sim um crescimento do betão que conduziu a uma perda da qualidade de vida das populações. O sentimento de insegurança alastra no concelho, o trânsito cada vez mais caótico, o crescimento da construção e o desaparecimento de espaços naturais verdes, o crescimento de torres de prédios.

Será isto o tão falado planeamento?? Se é, então foi muito mal feito.Sem querer fazer comparações pedia-vos apenas um pequeno esforço, que com olhos de observador reparassem nas obras feitas por outras autarquias deste nosso país, e vissem que, muitas vezes com menos recursos, é possível fazer melhor.

Com competência, com pessoas diferentes, é possivel fazer muito melhor. É possivel muito mais qualidade de vida no Seixal."

sábado, dezembro 13, 2008

REVOLUÇÃO A SUL


Há um descontentamento generalizado na gestão da Margem Sul do Tejo de que a blogoesfera dá eco . Também de Alcochete e por meio do blogue Praia dos Moinhos nos chegam esses alertas , com novas propostas de gestão do bem comum :

Perante notícias recentes que confirmam o descontentamento dos portugueses acerca da qualidade de vida, da democracia e da política, e tendo como provável que, para o ano, com três eleições marcadas, a maioria considerará inútil votar, proponho aos meus concidadãos, bem como a partidos e coligações com intenções de concorrer às eleições locais em Alcochete, alternativas susceptíveis de potenciar ampla intervenção dos eleitores nesses sufrágios.

Se houver participação intensa e decisiva no esboço da actividade autárquica creio ser possível acabar com a apatia reinante, devolver dignidade e prestígio ao poder local e contribuir para a regeneração da democracia participativa, pelo menos, à escala local.

É uma experiência que julgo valer a pena tentar por vários motivos. Porque somos uma pequena comunidade com cerca de 17.000 munícipes; porque temos três freguesias geograficamente desligadas; porque há alguns núcleos populacionais dispersos, esquecidos e com problemas básicos insolúveis há décadas; e, enfim, porque a coesão social é hoje inexistente.

Quero crer que, se bem sucedida, esta experiência seria um caso de estudo e susceptível de revolucionar o poder local no país, relativamente ao qual existem imensas desconfianças, compreensíveis, sem dúvida, mas nem sempre justas.
Proponho a adesão dos alcochetanos – e consequente compromisso de honra de continuidade e de execução pelos concorrentes às eleições locais! – a um modelo de gestão do município e das freguesias com um Orçamento Participativo amplamente preparado, discutido e decidido pelos cidadãos, baseado nos princípios de Porto Alegre (estado de Rio Grande do Sul) mas adaptado à nossa realidade.

A experiência inovadora dessa cidade do Sul do Brasil, iniciada há quase duas décadas, tem sido preciosa referência para o mundo, foi considerada pela ONU como uma das 40 melhores práticas de gestão pública urbana, reconhecida pelo Banco Mundial como exemplo bem sucedido de acção comum entre governo e sociedade civil e posteriormente adoptada em Saint-Denis (França), Rosário (Argentina), Montevideu (Uruguai), Barcelona (Espanha), Toronto (Canadá), Bruxelas (Bélgica) e noutros municípios brasileiros.

Não há nenhuma experiência semelhante em Portugal, nem encontro impedimentos de ordem constitucional ou legal.

Para ser delineado atempadamente, com a profundidade necessária e captar a adesão de inúmeros munícipes, o processo terá de ser desencadeado, impreterivelmente, no próximo mês de Janeiro.

É de recomendar aos partidos e coligações com representação directa ou indirecta em Alcochete que, o mais depressa possível, designem, identifiquem publicamente e mandatem dois dos principais candidatos indigitados aos diferentes cargos autárquicos (assembleia e câmara municipal, assembleia e junta de freguesia), os quais participarão nessa qualidade em debates e reuniões preparatórios dos orçamentos municipal e das freguesias para 2010 – os primeiros cuja execução será da responsabilidade dos autarcas a eleger, previsivelmente, em Outubro próximo.

Desse modo os cidadãos terão contactos directos suficientes e antecipados com os candidatos e ficarão melhor informados e preparados para votar em consciência naqueles que preferirem para levar por diante o Orçamento Participativo de Alcochete e a gestão das autarquias.


Continua aqui (clique) e também aqui (clique) .

sexta-feira, dezembro 12, 2008

QUANTO NOS CUSTA A PROPAGANDA ?

O Boletim Municipal do Seixal é o Pasquim ao serviço do sistema de poder, melhor , é uma das ferramentas fundamentais desse sistema pois serve para quinzenalmente branquear a incompetência , a prepotência e a inercia e ao mesmo tempo promover quem bem precisa de promoção, tal a distância do cargo que os separa daquele em que um dia atingiram o Princípio de Peter.

O Boletim Municipal podia ser uma excelente forma de comunicação de distribuição gratuíta, mesmo que integrasse alguma publicidade desde que mantivesse a sua independência, não roubasse esses mesmos meios de subsistência à imprensa local (coisa complicada, reconheço) e sobretudo se fosse um verdadeiro meio de comunicação.

No Boletim Ideal, os custos seriam minimos , a informação isenta e maximizada , devendo constar impreterivelmente de forma gráfica , não as dezenas de fotografias mensais do Presidente Monteiro e seus incompetente
s acólitos mas imagens detalhadas dos projectos em curso , infografias aprofundadas dos mesmos onde fossem visíveis os seus impactos.

Deveria da mesma forma, atempada e detalhadamente , informar sobre Planos de Pormenor e outros projectos ou decisões , sujeitas ou não a discussão pública, podendo ser a sua extenção online uma forma privilegiada de comunicação aberta com os eleitores. Não o é em nenhum destes prismas .


É um puro meio de auto-promoção , uma feira contínua onde desfilam ao estilo de tanta imprensa côr-de-rosa gente iletrada mas com responsabilidade decisória que ultrapassa a sua iliteracia , gente que não sabe orientar a sua casa mas que gere orçamentos bilionários , gente que nada percebe de horta armados em decisores ambientais ... e claro , para mostrar em inúmeras e profusas imagens a côr , o nosso querido e abençoado Presidente de Câmara.


Mas é isso ao menos gratuíto ? Pago pelo Partido que directa ou indirectamente promove ? Bom a resposta é não .
O Boletim tem custos, pesadissimos custos , a fazer fé num post do Vereador Samuel Cruz no seu blogue Rumo a Bombordo eles são os seguintes :

«Reportando-me exclusivamente ao BM, pretendo aqui referir alguns dados que o comum cidadão não saberá. Por exemplo que, só nas Grandes Opções do Plano de 2009 - GOP's - estão previstos gastos de 487.103,00€ (quatrocentos e oitenta e sete mil, cento e três euros) - só para impressão e distribuição - do BM.

Isto sem contarmos com os valores destinados aos Recursos Humanos e/ou à aquisição de equipamentos que, só para 2009, estão previstos - para aquisição de equipamento fotográfico digital - uma verba de 13.000 euros...


Outro ponto curioso, será saber-se que trabalham 13 pessoas, ao todo, no BM, sendo que seis são responsáveis pela redacção, mais um administrativo para cuidar da agenda, cinco na parte fotográfica, e um na distribuição.

Como vêem, este BM pode não trazer a informação toda, mas leva muito dinheiro a conceber.»


Coisa cara, muito cara mesmo ... sobre o equipamento digital e para que tenha uma ideia , devem ter comprado algum Rolls Royce dos equipamentos fotográficos e mesmo assim banhado a ouro ...

quinta-feira, dezembro 11, 2008

A NOSSA INFELICIDADE



































Há uns dias foi publicado o resultado de um estudo sobre a satisfação e felicidade de vários povos europeus. Neste estudo comparativo , os portugueses surgiram mais uma vez como dos mais tristes , senão o povo mais triste entre os europeus .

Os amantes do materialismo dialético ou de dogmas similares centrados na eterna luta de classes têm a sua explicação exclusiva, boçal e básica que tudo justifica ... mas será assim tão simples ? Creio que não.

Há factores que se prendem com a felicidade e o bem estar das pessoas (estou a falar de Portugal, não da Etiópia ou da Somália ) que tem simplesmente a ver com pequenos "nadas" do seu quotidiano que sistemáticamente , são (diria que propositada e ostensivamente) ignorados , por iluminados e inquestionáveis autarcas ou pelos mais altos governantes.

Escrevia há dias no Público , Rui Tavares , depois de salientar questões de Liberdade , de precaridade laboral , o medo ... argumentava o historiador para outras questões que mexem connosco:

«Que importância se dá em Portugal ao bem-estar , à qualidade de vida, a uma coisa tão simples como o conforto? Posso responder : todos os dias passa aqui na rua a minha vizinha aposentada, solitária, que se desloca com a ajuda de duas muletas, penosamente evitando os carros - muitas vezes o meu - estacionados em cima dos passeios do bairro. Poderia ser a outra vizinha com o carrinho de bébé, ou um deficiente. Como querem que não sejamos infelizes se somos um país desconfortável, mal planeado, pouco cuidado?»

Para depois concluír :

« Em Portugal , dizem-nos , não há dinheiro para os grandes projectos. Então e os pequenos projectos -arranjar as calçadas , cuidar dos jardins, melhorar o transporte urbano, pintar prédios, cuidar de aldeias, criar bibliotecas, manter museus abertos, fazer desporto amador , pôr creches no local de trabalho? »

Não posso estar mais de acordo com Rui Tavares, sobretudo quando autarquias empenham o seu futuro de isenção e os bolsos dos seus munícipes em obras sumptuárias, desnecessárias, megalómanas em função de esquizofrénicos ciclos eleitorais, deixando as pequenas obras que no fundo são as que nos dão a sensação de bem estar , há décadas por fazer.

As imagens demonstram um pequeno exemplo do que me quero referir , deixando o exemplo de como no Seixal são tratados os utentes de transportes públicos , sem mais palavras, julgue por si ! De certo todos estarão de acordo que estas são situações em que pequenas intervenções melhorariam substancialmente a vida dos cidadãos e sobretudo a sua segurança.

As condições em que existem hoje aqueles "paragens" são não só incómodas, são não só desmotivadoras do uso de transportes públicos, são sobretudo perigosas , verdadeiramente assassinas !

Nota: Não se tratam de paragens no meio do nada , mas sim de paragens situadas em meio urbano, em vias principais, algumas com o pomposo nome de Avenida.

quarta-feira, dezembro 10, 2008

METRO SUL DO TEJO - PONTAS SOLTAS 2


Outro ponto negro decorrente das obras do MST , é o cruzamento / rotunda / bifurcação ... ou lá o que aquilo é , entre o Laranjeiro e a Cova da Piedade , paragem Metro António Gedeão.

Trata-se de um ponto de complexa resolução ao que parece , para depois de tanto tempo estar tudo na mesma de quando ali decorriam as obras do MST.

Trata-se também de um ponto perigoso da EN 10 !

A linha do Metro veio acrescentar ainda maior confusão e perigosidade.

A situação, sem fim à vista , é a que as imagens documentam.

Quanta incompetência !

terça-feira, dezembro 09, 2008

METRO SUL DO TEJO - PONTAS SOLTAS 1


O Metro Sul do Tejo foi dado como inaugurado , a obra como concluída, mas cotinuam a haver , passados todos estes anos, pontas soltas ao longo da via que têm servido únicamente para provocar vários acidentes, alguns com consequências fatais , bem como para tornar ainda mais perigoso , moroso e caótico o trânsito ao longo da EN 10, uma das vias com maior tráfego da região e com maior número de pontos negros.

Um destes pontos situa-se junto ao terminal de recolha da antiga Rodoviária Nacional, entre o Laranjeiro e Corroios , práticamente na fronteira entre os municípios de Almada e Seixal e que continua , depois destas sucessivas inaugurações , e como a imagem documenta, a ser um perigoso labirinto de depósitos separadores de plástico .


É notório que tudo se prepara no sentido de urbanizar aquela mancha verde (ainda não há muito formada por eucaliptal, pinhal e hotas) ainda resisual entre Corroios e o Laranjeiro à boleia do Metro .

Estarão à espera que seja o promotor a arcar com a obra da via ? Ou aguardam por mais acidentes ?

Não são casos como este mais urgentes que as obras de fachada ao melhor estilo fascista , como as anunciadas para o centro do Laranjeiro?

segunda-feira, dezembro 08, 2008

ALAMEDA EMILIANA (2)

Recebemos do leitor ozé , residente no local, o seguinte comentário sobre a "Nova Praça da Portela" anunciada pela CM de Almada , para o Laranjeiro (acima o local tal como é hoje) que passamos a citar:



Eu gostava de dizer que:

1) moro na Praça da Portela desde 2002;

2) Em 2002, na Praça da Portela, havia um parque alcatroado, e duas casas antigas, dos tempos em que o Laranjeiro era um conjunto de quintas. Até havia umas árvores raquíticas e tudo nos respectivos quintais;

3) de 2002 a 2004, certamente em nome do pUgrésso, o alcatroamento foi reirado, e demolidas as casas;

3) Por volta de 2005 o alcatrão foi reposto. Até foram marcados os lugares de parqueamento no mesmo. Julguei que era de facto sinal de pUgrésso;

4) Julgo que ainda em 2005 ou inícios de 2006 o alcatrão foi novamente retirado e dispostas umas camadas de betonilha que há muito desapareceu;

5) entretanto naquela zona são regularmente abertas valas para colocação de tubagens ou reparações, que nunca são devidamente repavimentadas;

6) Mau grado o estado lastimoso, degradado e degradante daquela área, a zona encontra-se sempre sobrelotada de viaturas;

7) apenas num dos lados da Praça da Portela existem mais de 90 fogos de habitação, fora os negócios instalados na zona, onde trabalham dezenas de pessoas. Naturalmente, a esse 90 fogos corresponderão, pelo menos, a 60 viaturas (podem ir ao google maps ver a fotografia aérea da Praça da Portela, e por passatempo contar os carros estacionados, num dia particularmente pouco lotado, as coordenadas são: 38°39'24.34"N 9° 9'14.44"W);


Posto isto, após ver, durante seis anos, a zona adjacente à habitação que adquirí ser alvo de intervenções que degradaram e desvalorizam o meu espaço habitacional, sou informado que esta zona será transformada numa plataforma calcetada, com 26, (vinte-e-seis!!!) lugares de estacionamento, que servem o objectivo de servir de "importante papel dissuasor relativamente à utilização do automóvel privado". 26 lugares, 2800 metros quadrados de calçada que se forem tão bem mantidos como os passeios de calçada da Praça da Portela, vão ser um mimo. Ah, e um repuxo.

Relativamente a tudo isto, gostaria de expressar os meus sinceros e profundamente sentidos desejos de que os urbanistas (se os houve), arquitetos paisagistas (se os houve), engenheiros de tráfego urbano (se os houve), sociólogos (se os houve), economistas e gestores (se os houve) e sobretudo, os labregos gananciosos a pensar nos lucros do estacionamento concessionado (que os houve de certeza) parideiros desta ideia, contraiam todos uma doença de pele dolorosa, estigmatizante, crónica e que faça crostas purulentas por baixo das unhas dos pés. Assim, tipo lepra. É do fundo do coração, sinceramente.

Ah, e feliz Natal!