quarta-feira, dezembro 03, 2008

SEIXAL - PROMESSAS NÃO CUMPRIDAS 3



Uma das promessas não cumpridas do regime é o tal investimento em novas acessibilidades, as únicas acessibilidades que vão sendo construídas são as acessibilidades a novas urbanizações cuja única virtude é a de engordar o tráfego nas vias principais existentes, quase todas elas construídas ainda antes da Revolução de 1974.


O Grande monumento a toda esta farsa da acessibilidade rumo á imobilidade está no viaduto inacabado de Corroios. A história é conhecida de todos e serve de exemplo aos autarcas que se julgam acima da lei , a das medidas de protecção ambiental , da propaganda e de uma mentira que não tem fim.

Neste caso a mentira teve perna curta e se serviu para promover os candidatos a Presidente de Câmara e a Presidente de Assembleia Municipal , cedo se descobriu que o investimento afinal não era bem municipal, mas uma contrapartida para instalar mais um hipermercado...


Julgue por si próprio !

VOTE CONTRA A MENTIRA EM 2009 !


NÃO ALINHE MAIS NA FARSA !

24 comentários:

Anónimo disse...

Que tal um congresso para avaliar os desvios à filosofia e aos ensinamentos de Marx e Engels.

Anónimo disse...

Fico com o apelo, VOTO CDU!

Anónimo disse...

É na faculdade de mentir, que caracteriza a maior parte dos homens actuais, que se baseia a civilização moderna. Ela firma-se, como tão claramente demonstrou Nordau, na mentira religiosa, na mentira política, na mentira económica, na mentira matrimonial, etc... A mentira formou este ser, único em todo o Universo: o homem antipático.
Actualmente, a mentira chama-se utilitarismo, ordem social, senso prático; disfarçou-se nestes nomes, julgando assim passar incógnita. A máscara deu-lhe prestígio, tornando-a misteriosa, e portanto, respeitada. De forma que a mentira, como ordem social, pode praticar impunemente, todos os assassinatos; como utilitarismo, todos os roubos; como senso prático, todas as tolices e loucuras.

A mentira reina sobre o mundo! Quase todos os homens são súbditos desta omnipotente Majestade. Derrubá-la do trono; arrancar-lhe das mãos o ceptro ensaguentado, é a obra bendita que o Povo, virgem de corpo e alma, vai realizando dia a dia, sob a direcção dos grandes mestres de obras, que se chamam Jesus, Buda, Pascal, Spartacus, Voltaire, Rousseau, Hugo, Zola, Tolstoi, Reclus, Bakounine, etc. etc. ...
E os operários que têm trabalhado na obra da Justiça e do Bem, foram os párias da Índia, os escravos de Roma, os miseráveis do bairro de Santo António, os Gavroches, e os moujiks da Rússia nos tempos de hoje. Porque é que só a gente sincera, inculta e bárbara sabe realizar a obra que o génio anuncia? Que intimidade existirá entre Jesus e os rudes pescadores da Galileia? Entre S. Paulo e os escravos de Roma? Entre Danton e os famintos do bairro de Santo António? Entre os párias e Buda? Entre Tolstoi e os selvagens moujiks? A enxada será irmã da pena? A fome de pão paracer-se-à com a fome de luz?...

Teixeira de Pascoaes, in "A Saudade e o Saudosismo"

Anónimo disse...

A mentira é tão frequentemente utilizada que o seu sentido ultimamente parece tender a ser banalizado. Segundo as estatísticas (citadas por Roque Theophilo), mentimos cerca de 200 vezes por dia e em média uma vez por cada 5 minutos.

Começando pelos falsos elogios - p.ex, essa saia fica-te mesmo bem -, passando pelas desculpas "esfarrapadas" - p.ex., não pude fazer os trabalhos de casa porque faltou a luz - ou pelas mentiras descaradas, chegam mesmo existir casos em que os pais, que parecem tão preocupados quando os filhos mentem, os incitam a mentir - p.ex. quando lhes pedem para dizer que eles não estão em casa.

A mentira pode surgir por várias razões: receio das consequências (quando tememos que a verdade traga consequência negativas), insegurança ou baixa de auto-estima (quando pretendemos fazer passar uma imagem de nós próprios melhor do que a que verdadeiramente acreditamos), por razões externas (quando o exterior nos pressiona ou por motivos de autoridade superior ou por co-acção), por ganhos e regalias (de acordo com a tragédia dos comuns, se mentir trás ganhos vale a pena mentir já que ficamos em vantagem em relação aos que dizem a verdade) ou por razões patológicas.

Na infância mentimos para nos isentarmos das culpas. Muitas vezes os adolescentes descobrem que a mentira pode ser aceite em certas ocasiões e até ilibá-los de responsabilidade e ajudar a sua aceitação pelos colegas.

Algumas crianças e adolescentes que geralmente agem de forma responsável, podem cair no vício de mentir repetidamente ao descobrir que as suas mentiras saciam a curiosidade dos pais.

Para alguns investigadores, as crianças aprendem a necessidade de mentir (p.ex. não demonstrar descontentamento com as prendas recebidas sob pena de não receberem mais) tão cedo quão mais inteligentes forem.

Face à sua frequência, existe uma certa tendência para banalizar ou até catalogar a mentira como positiva - a "mentira branca" é considerada como uma forma de facilitar a integração na sociedade, e muitas vezes os que não a utilizam são catalogados como ingénuos -, mas há que não esquecer que durante toda a história da humanidade a mentira causou muitos sofrimentos e fez derramar muitas lágrimas sobretudo quando projectada sob a forma de calúnia

Quando as crianças ou adolescentes mentem, os pais devem conseguir distinguir entre a realidade e a mentira e falar abertamente com eles sobre os aspectos pejorativo da mentira, e as vantagens que a verdade lhes trará. Em casa a criança deverá encontrar exemplos de verdade e honestidade que fomentem a sua atitude de sinceridade.

Durante os primeiros anos as crianças não distinguem a realidade da fantasia, mas cedo começam a utilizar a mentira por proveito próprio. Sensivelmente por volta dos 7 anos as crianças já têm capacidade para distinguir claramente o verdadeiro do falso, e os adolescentes passam a conseguir discernir com relativa facilidade quem está a mentir ou a ser sincero.

A mentira existe ao longo de toda a escala patológica. A saúde mental só é compatível com a verdade. De nada serve querer acreditar que o nosso familiar não faleceu quando na realidade isso não é a verdade, de nada serve acreditarmos que somos capazes voar se na realidade não temos asas.

Nos estados neuróticos, a mentira pode surgir com base numa incapacidade da consciência aceder a factos recalcados e que se encontram no nosso inconsciente, ou por problemas de auto-estima e auto-imagem que despoletam a necessidade de fazer passar uma auto-imagem melhor do que a que acreditamos ter.

Nos estados limite, a mentira aparece frequentemente devido à falta de barreiras externas que balizem o comportamento. Esta situação surge frequentemente em filhos de pais muito repressivos ou demasiadamente permissivos.

Nas psicoses, a mentira surge na forma de delírio, uma descrição que as próprias pessoas admitem como verdadeira, apesar do seu aspecto frequentemente bizarro, devido a uma quebra de contacto com a realidade

A mentira pode ainda surgir como uma dependência, quando dita de uma forma compulsiva. Os dependentes da mentira sabem que estão a mentir mas não se conseguem controlar, num processo que surge de uma forma muito semelhante ao do vício do jogo ou à dependência de álcool ou de drogas.

Esta incapacidade em controlar os impulsos é causadora de um sofrimento nítido razão pela qual deve ser alvo de tratamento. Nos dependentes da mentira, o primeiro passo a dar consiste em assumir que existe um problema e de seguida procurar ajuda para esse mesmo problema. A nível da abordagem terapêutica o tratamento passa geralmente pela realização de uma terapia psicológica.

Ao nível das provas psicológicas a mentira pode obviamente influenciar a validade dos resultados ou pela tendência do sujeito em simular um desempenho superior (faking good) ou inferior (faking bad) ao da realidade.

Por estas razões grande parte das provas psicológicas apresentam formas de controlar a veracidade das respostas quer a partir da própria atitude do sujeito a analisar quer mesmo através de índices de consistência interna, teste-reteste ou confrontação com familiares e amigos próximos. Entre estas formas de dissimulação revela-se frequentemente também averiguar até que ponto as simulações surge de forma consciente ou inconsciente relativamente ao sujeito.

Anónimo disse...

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Anónimo disse...

Mito da Caverna

Trata-se de um diálogo metafórico onde as falas na primeira pessoa são de Sócrates, e seus interlocutores, Glauco e Adimato, são os irmãos mais novos de Platão. No diálogo, é dada ênfase ao processo de conhecimento, mostrando a visão de mundo do ignorante, que vive de senso comum, e do filósofo, na sua eterna busca da verdade.

Sócrates – Agora imagina a maneira como segue o estado da nossa natureza relativamente à instrução e à ignorância. Imagina homens numa morada subterrânea, em forma de caverna, com uma entrada aberta à luz; esses homens estão aí desde a infância, de pernas e pescoços acorrentados, de modo que não podem mexer-se nem ver senão o que está diante deles, pois as correntes os impedem de voltar a cabeça; a luz chega-lhes de uma fogueira acesa numa colina que se ergue por detrás deles; entre o fogo e os prisioneiros passa uma estrada ascendente. Imagina que ao longo dessa estrada está construído um pequeno muro, semelhante às divisórias que os apresentadores de títeres armam diante de si e por cima das quais exibem as suas maravilhas.

Glauco – Estou vendo.

Sócrates – Imagina agora, ao longo desse pequeno muro, homens que transportam objetos de toda espécie, que os transpõem: estatuetas de homens e animais, de pedra, madeira e toda espécie de matéria; naturalmente, entre esses transportadores, uns falam e outros seguem em silêncio.

Glauco - Um quadro estranho e estranhos prisioneiros.

Sócrates - Assemelham-se a nós. E, para começar, achas que, numa tal condição, eles tenham alguma vez visto, de si mesmos e de seus companheiros, mais do que as sombras projetadas pelo fogo na parede da caverna que lhes fica defronte?

Glauco - Como, se são obrigados a ficar de cabeça imóvel durante toda a vida?

Sócrates - E com as coisas que desfilam? Não se passa o mesmo?

Glauco - Sem dúvida.

Sócrates - Portanto, se pudessem se comunicar uns com os outros, não achas que tomariam por objetos reais as sombras que veriam?

Glauco - É bem possível.

Sócrates - E se a parede do fundo da prisão provocasse eco sempre que um dos transportadores falasse, não julgariam ouvir a sombra que passasse diante deles?

Glauco - Sim, por Zeus!

Sócrates - Dessa forma, tais homens não atribuirão realidade senão às sombras dos objetos fabricados?

Glauco - Assim terá de ser.

Sócrates - Considera agora o que lhes acontecerá, naturalmente, se forem libertados das suas cadeias e curados da sua ignorância. Que se liberte um desses prisioneiros, que seja ele obrigado a endireitar-se imediatamente, a voltar o pescoço, a caminhar, a erguer os olhos para a luz: ao fazer todos estes movimentos sofrerá, e o deslumbramento impedi-lo-á de distinguir os objetos de que antes via as sombras. Que achas que responderá se alguém lhe vier dizer que não viu até então senão fantasmas, mas que agora, mais perto da realidade e voltado para objetos mais reais, vê com mais justeza? Se, enfim, mostrando-lhe cada uma das coisas que passam, o obrigar, à força de perguntas, a dizer o que é? Não achas que ficará embaraçado e que as sombras que via outrora lhe parecerão mais verdadeiras do que os objetos que lhe mostram agora?

Glauco - Muito mais verdadeiras.

Sócrates - E se o forçarem a fixar a luz, os seus olhos não ficarão magoados? Não desviará ele a vista para voltar às coisas que pode fitar e não acreditará que estas são realmente mais distintas do que as que se lhe mostram?

Glauco - Com toda a certeza.

Sócrates - E se o arrancarem à força da sua caverna, o obrigarem a subir a encosta rude e escarpada e não o largarem antes de o terem arrastado até a luz do Sol, não sofrerá vivamente e não se queixará de tais violências? E, quando tiver chegado à luz, poderá, com os olhos ofuscados pelo seu brilho, distinguir uma só das coisas que ora denominamos verdadeiras?

Glauco - Não o conseguirá, pelo menos de início.

Sócrates - Terá, creio eu, necessidade de se habituar a ver os objetos da região superior. Começará por distinguir mais facilmente as sombras; em seguida, as imagens dos homens e dos outros objetos que se refletem nas águas; por último, os próprios objetos. Depois disso, poderá, enfrentando a claridade dos astros e da Lua, contemplar mais facilmente, durante a noite, os corpos celestes e o próprio céu do que, durante o dia, o Sol e sua luz.

Glauco - Sem dúvida.

Sócrates - Por fim, suponho eu, será o sol, e não as suas imagens refletidas nas águas ou em qualquer outra coisa, mas o próprio Sol, no seu verdadeiro lugar, que poderá ver e contemplar tal qual é.

Glauco - Necessariamente.

Sócrates - Depois disso, poderá concluir, a respeito do Sol, que é ele que faz as estações e os anos, que governa tudo no mundo visível e que, de certa maneira, é a causa de tudo o que ele via com os seus companheiros, na caverna.

Glauco - É evidente que chegará a essa conclusão.

Sócrates - Ora, lembrando-se de sua primeira morada, da sabedoria que aí se professa e daqueles que foram seus companheiros de cativeiro, não achas que se alegrará com a mudança e lamentará os que lá ficaram?

Glauco - Sim, com certeza, Sócrates.

Sócrates - E se então distribuíssem honras e louvores, se tivessem recompensas para aquele que se apercebesse, com o olhar mais vivo, da passagem das sombras, que melhor se recordasse das que costumavam chegar em primeiro ou em último lugar, ou virem juntas, e que por isso era o mais hábil em adivinhar a sua aparição, e que provocasse a inveja daqueles que, entre os prisioneiros, são venerados e poderosos? Ou então, como o herói de Homero, não preferirá mil vezes ser um simples lavrador, e sofrer tudo no mundo, a voltar às antigas ilusões e viver como vivia?

Glauco - Sou de tua opinião. Preferirá sofrer tudo a ter de viver dessa maneira.

Sócrates - Imagina ainda que esse homem volta à caverna e vai sentar-se no seu antigo lugar: Não ficará com os olhos cegos pelas trevas ao se afastar bruscamente da luz do Sol?

Glauco - Por certo que sim.

Sócrates - E se tiver de entrar de novo em competição com os prisioneiros que não se libertaram de suas correntes, para julgar essas sombras, estando ainda sua vista confusa e antes que seus olhos se tenham recomposto, pois habituar-se à escuridão exigirá um tempo bastante longo, não fará que os outros se riam à sua custa e digam que, tendo ido lá acima, voltou com a vista estragada, pelo que não vale a pena tentar subir até lá? E se alguém tentar libertar e conduzir para o alto, esse alguém não o mataria, se pudesse fazê-lo?

Glauco - Sem nenhuma dúvida.

Sócrates - Agora, meu caro Glauco, é preciso aplicar, ponto por ponto, esta imagem ao que dissemos atrás e comparar o mundo que nos cerca com a vida da prisão na caverna, e a luz do fogo que a ilumina com a força do Sol. Quanto à subida à região superior e à contemplação dos seus objetos, se a considerares como a ascensão da alma para a mansão inteligível, não te enganarás quanto à minha idéia, visto que também tu desejas conhecê-la. Só Deus sabe se ela é verdadeira. Quanto a mim, a minha opinião é esta: no mundo inteligível, a idéia do bem é a última a ser apreendida, e com dificuldade, mas não se pode apreendê-la sem concluir que ela é a causa de tudo o que de reto e belo existe em todas as coisas; no mundo visível, ela engendrou a luz; no mundo inteligível, é ela que é soberana e dispensa a verdade e a inteligência; e é preciso vê-la para se comportar com sabedoria na vida particular e na vida pública.

Glauco - Concordo com a tua opinião, até onde posso compreendê-la.

(Platão, A República, v. II, p. 105 a 109)

Ana disse...

Parabéns pelo seu trabalho. Este deveria ser um trabalho da oposição, no sentido de se preparar os tempos que estão para chegar. Precisamos de ser mais exigentes com quem governa com o dinheiro de todos nós, pois tal deve merecer para além do máximo de rigor, que este seja investido na qualidade de vida de todos os munícipes.
Não sei quais as obras deste concelho que são suportadas pela autarquia e gostaria de saber até porque tenho esse direito enquanto munícipe e contribuinte. Verifico que afinal as que servem de “show off”, são da responsabilidade da autarquia quando correm bem, e, do governo quando se dá o inverso. Veja-se o caso de Metro, o percurso é contestado, anda vazio, a derrapagem nos custos é uma vergonha, a do tempo idem idem aspas aspas, mas está tudo “caladinho” porquê? Porque o Governo pagou e a CDU/PCP vai usá-lo descaradamente nas próximas eleições como uma grande obra dos comunistas ao serviço da população
Quanto me é dado observar no Seixal umas obras são suportadas pelo "grande capital" dos hipermercados e as outras pelo Governo, algumas estão por realizar simplesmente porque o "PCP propõe e o PS veta" (Frase slogan do PCP), assim é muito ser governo sem governar ou governar a expensas de outrem, é quase como eu governar a minha casa com o ordenado do Exmo. Senhor Belmiro de Azevedo. Afinal qual a responsabilidade da autarquia?
É pois um urgente um trabalho como este que reponha a verdade. Oposições de que estão à espera?

Anónimo disse...

Sobre mais esta mentira do ponto verde, deixo um excelente post de Paulo Silva, no blog de referência do concelho do Seixal
http://www.seixalsim.blogspot.com/
Infelizmente já me habituei que se quero saber as verdades sobre o Seixal vou ao Seixal Sim e quando quero saber mentiras venho ao A-Sul
"No concelho do Seixal face ao desenvolvimento populacional, há muitos anos que a Estrada Nacional 10 se encontra com a capacidade de escoamento de transito esgotada.
Por esse motivo, a maioria comunista que governa este concelho na elaboração do PDM, em 1993, definiu um espaço canal para a construção de uma estrada alternativa à EN 10 com 4 faixas de rodagem. A necessidade de tal estrada foi assumida pelo poder central quando, em 1998, colocou a construção da mesma no Plano Rodoviário Nacional.
É sabido que a construção das vias de circulação previstas no Plano Rodoviário Nacional é competência da Administração Central. Apesar disso, os vários Governos do PS e do PSD nada fizeram para a construção da Estrada Alternativa à Nacional 10.
Perante a falta de iniciativa do Governo decidiu a Câmara Municipal do Seixal avançar em 2005 com a 2.ª fase desta obra, construindo o troço Corroios – Quinta da Princesa. A obra iniciou-se, tendo sido construído o viaduto de Corroios, mas teve de ser suspensa em virtude do Governo do Partido Socialista ter imposto à Câmara Municipal do Seixal que o abate de alguns sobreiros para a construção da Estrada só podia ser efectuado após autorização governamental, a qual tinha de ser precedida de declaração de interesse público.
Face a esta inesperada exigência a Câmara Municipal do Seixal, em 31 de Janeiro de 2007, remeteu à Direcção Geral de Recursos Florestais os elementos necessários à instrução do processo de abate dos sobreiros.
Em 29 de Novembro de 2007, dez meses depois do início do processo e após múltiplos contactos por parte da Câmara, houve informação que o processo aguardaria um parecer jurídico.
Em 9 de Abril de 2008, quinze meses volvidos após o início do processo e após múltiplos contactos por parte da Câmara, houve informação que tinha sido emitido parecer jurídico favorável, estando o processo apenas a aguardar o despacho do Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural, despacho esse que seis meses volvidos ainda não foi assinado.
Verifica-se assim que o atraso na construção da Estrada Alternativa à Nacional 10 é unicamente da responsabilidade do Governo do Partido Socialista, o qual por motivos obscuros ou talvez não... está a boicotar o trabalho da Câmara Municipal do Seixal e a prejudicar a população deste concelho.
Apesar de saber dos factos supra expostos, o Partido Socialista e o Partido Social Democrata no Seixal acusam a Câmara de não concluir a Estrada Alternativa à Nacional 10.
O mínimo que se pode dizer é que os responsáveis concelhios do Partido Socialista e do PSD não têm vergonha e deturpam escandalosamente a realidade dos factos... imputando responsabilidades a quem não tem qualquer responsabilidade, excepto a de querer fazer uma obra que era da responsabilidade da administração central!!!
Acresce que o tempo decorrido - quase 2 anos, sem que o despacho seja assinado – demonstra que existe uma manobra concertada do Partido Socialista de boicote ao trabalho da Câmara Municipal do Seixal… E que o governo do Partido Socialista mais do que resolver os problemas da população do Seixal se preocupa em boicotar o trabalho autárquico que está a ser realizado pelo PCP.
Esta triste realidade demonstra ainda que os dirigentes locais do PS e do PSD não olham a meios para atingirem fins, e que não hesitam em prejudicar a população do concelho do Seixal em prol das suas manobras politicas.
Mas a população do Seixal saberá distinguir o "trigo do joio" e na hora de escolher saberá ver que a única força politica que defende de forma intransigente os seus interesses e os seus anseios é o PCP."

Anónimo disse...

Onde existe democracia ninguém consegue estar trinta anos seguidos no poder. Isto aplica-se ao Seixal á Madeira a Braga, e a todas as instituições políticas, desportivas, recreativas, sociais,etc. onde por lei existem uns estatutos que obrigam a eleições. Como ninguém é perfeito, algo está errado quando isso acontece.

Anónimo disse...

A Câmara municipal do Seixaç é a Cãmara no país com menor número de km construidospor sua iniciativa e expensas!!

Anónimo disse...

Dr. Paulo Silva , ficam-lhe mal os auto-elogios por interposto cognome. mas concordo com a sua recomendação se quizermos dar umas boas gargalhadas do paraíso SIM , recomendo tb. uma visita ao blogue dos yes-man cá do sítio, o seixal-yes-man, tb conhecido por seixalsim. Vão-se rir bués, é garantido.

Anónimo disse...

“…A OBRA INICIOU-SE, TENDO SIDO CONSTRUÍDO O VIADUTO DE CORROIOS, MAS TEVE DE SER SUSPENSA EM VIRTUDE DO GOVERNO DO PARTIDO SOCIALISTA TER IMPOSTO À CÂMARA MUNICIPAL DO SEIXAL QUE O ABATE DE ALGUNS SOBREIROS PARA A CONSTRUÇÃO DA ESTRADA SÓ PODIA SER EFECTUADO APÓS AUTORIZAÇÃO GOVERNAMENTAL, A QUAL TINHA DE SER PRECEDIDA DE DECLARAÇÃO DE INTERESSE PÚBLICO.

(autoritarismo!)

FACE A ESTA INESPERADA EXIGÊNCIA A CÂMARA MUNICIPAL DO SEIXAL, EM 31 DE JANEIRO DE 2007, REMETEU À DIRECÇÃO GERAL DE RECURSOS FLORESTAIS OS ELEMENTOS NECESSÁRIOS À INSTRUÇÃO DO PROCESSO DE ABATE DOS SOBREIROS.

(arrogância!)

EM 29 DE NOVEMBRO DE 2007, DEZ MESES DEPOIS DO INÍCIO DO PROCESSO E APÓS MÚLTIPLOS CONTACTOS POR PARTE DA CÂMARA, HOUVE INFORMAÇÃO QUE O PROCESSO AGUARDARIA UM PARECER JURÍDICO.
EM 9 DE ABRIL DE 2008, QUINZE MESES VOLVIDOS APÓS O INÍCIO DO PROCESSO E APÓS MÚLTIPLOS CONTACTOS POR PARTE DA CÂMARA, HOUVE INFORMAÇÃO QUE TINHA SIDO EMITIDO PARECER JURÍDICO FAVORÁVEL, ESTANDO O PROCESSO APENAS A AGUARDAR O DESPACHO DO SECRETÁRIO DE ESTADO DO DESENVOLVIMENTO RURAL, DESPACHO ESSE QUE SEIS MESES VOLVIDOS AINDA NÃO FOI ASSINADO…”

(preguiça...?)

Mostre lá esses papéis, Sr. Silva!

Anónimo disse...

Em 2009 para votarmos contra a mantira temos de votar CDU!

Anónimo disse...

Conheci hoje este blog e desde já recomendo-o , excelente , devia haver muitos mais deste género, objectivo , bem construído e com excelemte documentação gráfica e fotográfica.
Há por aqui comentários a afirmas que é tudo mentira, o que me deixa confuso e peço por favor que me esclareçam, como é possivel alguém inventar tudo isto?
Vivo nas Paivas junto ao Centro Comercial, estive lá e não encontrei o Parque subterrâneo que a Câmara parece ter construído, mas deve ter sido falha minha, depois fui ä Torre pela Ponte da Fraternidade e não ví nada de novo nem alargamento, nem ciclovia , mas será erro meu certamente, tenho que ir ao oculista .
Fui depois a Corroios , e aí, garanto que o viaduto está como a imagem documenta. mas onde está a estrada ? É que acusam o autor de mentir.
Obrigado , vou recomendar este blog lá no trabalho.

Anónimo disse...

Mentiroso é Paulo Silva que sabe muito bem, até porque é advogado, que o sobreiro é uma arvore protegida e que qualquer abate de sobreiros precisa de autorização do poder central. O que aconteceu foi que a Câmara do Seixal não cumprindo leis negociou com o carrefour as contrapartidas da autorização para deixar fazer o supermercado na Cruz de Pau e também fazer no terreno junto mais uma urbanização de 500 fogos como se não houvesse lei nem sequer havia plano aprovado que permitisse construir nem o carrefour nem o loteamento nem a prévia autorização para cortar os sobreiros existentes que eram muitos 1200 e já os senhores do carrefour faziam as obras do tunel da Cruz de Pau e o viaduto em Corroios como se isto fosse uma república das bananas. Qualquer cidadão para fazer uma casa tem de ter projecto aprovado estes senhores alfredo e jorge Silva e afins acham que a lei são eles, não precisam de aprovação nenhuma. E este senhor Paulo Silva vem agora dizer que a culpa do viaduto não se fazer é do governo. O abate ilegal de sobreiros obriga a que durante 25 anos não haja autorização para construir no local isto para evitar que os especuladores destruam tudo o que é vegetação. Se o governo até vai autorizar a continuação da ocupação do solo onde foram cortados os sobreiros até está a ajudar a Câmara do Seixal e a CDU e não o contrário senhor Paulo Silva Mentiroso.

Anónimo disse...

Para libertar o Seixal da mentira e da farsa que é a CDU é preciso votar Não à CDU.

Anónimo disse...

O que o Sr. Paulo Silva não disse foi que as obras do Viaduto de Corroios e da Cruz de Pau foram iniciadas à pressa sem as devidas licenças porque estavamos em ano de eleições e a CDU não tinha nenhuma obra para mostrar nem dinheiro para a fazer porque tinha gasto tudo em boletins municipais e recibos verdes dos assessores. Por isso encontrou o carrefour para negociar não olhou a meios para atingir os fins. Podemos questionar em que condições terão sido feitos os negócios. O Sr. Paulo Silva deve saber. Quem ganhava e quem perdia... Se não tivesse dado para o torto.

Anónimo disse...

Era bom que o sr. paulo silva mostrasse o protocolo que foi feito entre a camara do seixal e o carrefour, para se ver quem tem razão!!!!! iam perceber que a camara é culpada porque teve que avançar com o abate de sobreiros sem licença!!!! as eleições falaram mais alto!!!! além disso quem pagou as obras foi o carrefour, não foi a camara!!!!

Anónimo disse...

Outra explicação a dar é o que é que vai acontecer AGORA que o Carrefour foi comprado pela SONAE/Continente.
É que o argumento da CDU era a de que a autorização de mais uma grande superficíe seria favorável para o povo porque ía aumentar a concorrência e isso justificava até , a morte do comércio tradicional , insustentável com tanto hipermercado.
Agora que o cenário é mais um Continente , ou seja um monopólio Continente , não há justificação para mais uma grande superficie controlada pelo grande capital do Belmiro de Azevedo.
Vamos repensar isto tudo, reflorestar o que foi destruído, a menos que a CDU seja refém do Grande Capital.

Unknown disse...

Cara Rosalinda,

Na realidade este hiper-mercado nunca vai ser construído isto porque a autoridade da concorrência, para autorizar o negócio de compra do Carrefour pelo Continente, cancelou esta autorização.
Atentamente,

Anónimo disse...

O senhor vereador Samuel Cruz gosta de vir aqui comentar, mas no seu blog não publica os comentários que não lhe são favoráveis... assim se ve a democracia deste PS!!

Anónimo disse...

Senhores, o viaduto para o proximo ano já deve estar concluido, a CMS tem que mostrar obra... não é por acaso que as obras no Sapal de Corroios recomeçaram.. já se qustionaram de quem são os terrenos por onde o viaduto passa? serão da pessoa que quer a pisciculura no sapal e que para isso está novamente a remexer a ocupar e destruir 17hectares de um bem de todos?

Se não fosse uma obra camarária e sim governamental o porquê da publicidade a informar que a obra é do municipio... ou esta CMS é tão hipocrita que quando as coisas resultam é obra da camara e se der para o torto a culpa é do governo!!!!

Anónimo disse...

Dono da obra era o Carrefour seu ignorante

Anónimo disse...

Comunicado do Conselho de Ministros de 4 de Dezembro de 2008

2008-12-04


Conferência de Imprensa


O Conselho de Ministros, reunido hoje na Presidência do Conselho de Ministros, aprovou os seguintes diplomas:

...

2. Decreto-Lei que procede à sexta alteração ao Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, que estabelece o regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial

Com este Decreto-Lei visa-se prosseguir no caminho da simplificação dos procedimentos relativos aos instrumentos de gestão territorial. Assim, elimina-se agora o procedimento de ratificação pelo Conselho de Ministros nos casos de suspensão de planos municipais de ordenamento do território, bem como no caso de mero estabelecimento de medidas preventivas nas situações excepcionais em que tal ratificação era ainda exigida.

Este Decreto-Lei vem, assim, promover uma alteração ao regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial, de forma a conferir mais autonomia e responsabilidade aos municípios em matéria de ordenamento do território e de urbanismo.

No entanto, não se negligenciam as tarefas constitucionalmente cometidas ao Estado em matéria de ordenamento do território. Nessa medida, reforça-se a participação das comissões de coordenação e desenvolvimento regional (CCDR) nos procedimentos de suspensão dos planos municipais de ordenamento do território e de estabelecimento de medidas preventivas, nomeadamente por via da emissão de pareceres específicos.

3. Decreto-Lei que, no uso da autorização legislativa concedida pela Lei n.º42/2008, de 27 de Agosto, estabelece o regime jurídico de instalação e de modificação dos estabelecimentos de comércio a retalho e dos conjuntos comerciais

Este Decreto-Lei visa simplificar o regime de autorização administrativa da instalação e modificação de estabelecimentos de comércio a retalho e dos conjuntos comerciais.

Com as alterações introduzidas, opera-se a supressão do sistema de fases, a implementação de mecanismos de comunicação electrónica e a redução de entidades envolvidas no processo de autorização. Por outro lado, encurtam-se prazos de decisão, por via de um processo de decisão mensal.

Acresce que o regime aprovado reduz em cerca de 40% o universo dos estabelecimentos de comércio, isolados ou em grupo, sujeitos ao regime de autorização.

Paralelamente, alteram-se, em conformidade com o direito comunitário, as regras de apreciação dos pedidos de autorização, nomeadamente em matéria de concorrência e de liberdade de estabelecimento, bem como em matéria de ambiente, urbanismo e ordenamento do território.