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2008 foi mais um ano em que a crise ambiental se acentuou e que vieram ao de cima a fragilidade de uma sociedade assente nos combustíveis fósseis , que experienciou a maior valorização do preço do crude de que há memória e consequente subida do preço de matérias primas e alimentos essenciais.
A Amazónia voltou a ter uma deflorestação record e o Ártico derrreteu , a um ritmo mais, muito mais acelerado do que era previsto, mesmo pelos mais pessimistas e só já bem perto do final do ano a União Europeia tomou iniciativas para reduzir a emissão de gases com efeito de estufa para a atmosfera.
É óbvio que a crise financeira e económica dominaram cega e perigosamente tudo o resto, pelo que deixo um sublinhado para a Crónica de José Gil na Visão , 18 Dez 2008
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(... ) A crise «financeira» que nos assola aumenta a insegurança ecológica por um efeito de contágio. Porque a impotência em controlar essa crise transmite-se à necessidade de controlar os efeitos da destruição do planeta : gera crises sociais, políticas, de governação, de geopolitica - o que torna mais difícil ainda agir sobre a ecologia mundial. E quanto mais esta se desiquilibrar, mais a crise do contrato social se agudizará.
De mâitres et possesseurs da natureza passamos a joguetes dominados pela revolta da Terra e pelo Sistema ( da globalização capitalista) . O efeito de avalanche pode provocar o pior se, de repente e de maneira evidente, as consequências da crise geral da sociedade se conectarem com as consequências da crise ecológica.
Ou, pelo contrário, será que é preciso tocar no fundo para voltar à superfície ? Para verificar se as duas crises têm afinal a mesma origem - o sistema global do capitalismo - e agir em conformidade?
1 comentário:
O Último que feche a porta e apague a luz, é esta a postura dos politicos de hoje.
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