domingo, setembro 02, 2007

BICICLETA MOBILIDADE E O FUTURO



Temos dado algum espaço à promoção da bicicleta como veículo do futuro, no entanto, é básico que para que tal aconteça, são necessárias as condições base para que os ciclistas se desloquem em segurança, o que implica à priori a criação de espaços devidamente demarcados para que se separe o trânsito de velocípedes do tráfego automóvel.

Esta condição não implica grandes gastos ou investimentos, ou obras por parte das autarquias, na maioria dos casos pouco mais necessário é que na via já dedicada ao tráfego normal, desde que esta tenha a largura suficiente, seja desenhada uma linha à semelhança das que já existem , para delinear uma via de tráfego para bicicletas, acompanhada de alguma sinalização horizontal e vertical.

Nas vias onde a largura não o permite, mas onde há passeios com alguma largura, o espaço para bicicletas pode pacificamente juntar-se ao espaço para peões, só nos casos restantes poderemos ter casos em que tenha de ser pensado de raíz a construção de um canal para ciclistas.


Isto é o que se faz em toda a Europa civilizada, para não ir mais longe. Há bons exemplos em Portugal de autarquias Cycle-friedly , e dinamizadoras deste tráfego em substituição do tráfego automóvel , por exemplo, a Marinha Grande, Cascais ou Aveiro, em Évora temos um antigo ramal ferroviário transformado em passeio ecológico com ciclovia e um projecto para atravessar o Algarve em ciclovia...

Em Lisboa tem havido a falsa desculpa de que é uma cidade de colinas e portanto não ciclável, excepto no Parque das Nações e no eixo ribeirinho até Belém.
Quanto à margem sul apesar de plana, não tem ainda expressão a criação de ciclovias, excepto pequenos troços construídos sobretudo em peródo pré- eleitoral e unicamente com a finalidade de mostrar as falsas preocupações ambientais e de mobilidade dos autarcas em exercício...e depois temos os mais de duzentos quilómetros (virtuais ) de Almada...

O Seixal tem uma ciclovia mista com passeio pedonal de menos de dois quilómetros junto á Baía do Seixal construído em complemento de uma urbanização do Grupo A.Silva & Silva . No lado oposto, na Amora, financiados pela instalação de um hipermercado Leclerc foram construídos antes das ultimas autárquicas cerca de mil metros. No Barreiro , a ciclovia tem cerca de setecentos metros, e da Moita temos o melhor exemplo com ciclovia entre a Fonte da Prata e o Rosário.

Todos estes percursos foram construídos numa filosofia não utilitária, mas de diversão, postura errada e um desperdicio numa filosofia abrangente, de opção e de futuro, o que está em oposição às adesões destas autarquias às "semanas da mobilidade" e do "dia sem carros" e que não têm tido nenhuns reflexos ou consequências para além daquelas datas, tão folcloricas, como desnecessárias.


O maior percurso em ciclovia ( ainda incompleto e por isso impraticável nalguns troços) criado nos ultimos anos foi o construído pelo Metro Sul do Tejo, em acompanhamento da sua linha mas não entrosado com a maioria das zonas urbanas por onde passa ou com as ciclovias municipais já mencionadas (no caso de Almada e Seixal).
Há muito por fazer nesta área e a anos luz do que se está a fazer na Europa neste momento e que aqui veremos amanhã.

1 comentário:

Anónimo disse...

http://www.negocios.pt/default.asp?Session=&SqlPage=Content_Mercados&CpContentId=301802