segunda-feira, setembro 17, 2007

SEMANA DA MOBILIDADE - MOBILIDADE E NÃO SÓ

Estrada Seixal-Sesimbra, uma via turistica muito procurada pelos utilizadores da bicicleta (muitos estrangeiros) , mas para estes, uma via muito perigosa.

É conhecida a nossa posição sobre o uso da bicicleta em meio urbano para pequenos percursos. Temos aqui divulgado que esse é o futuro imediato nas cidadees europeias.

Cidades com elevado nivel de vida , poder de compra e qualidade de vida e ambiental , como Paris, Amsterdão, Lyon,Copenhaga, Barcelona, Bruxelas, Londres... implementaram o uso generalizado individual da bicicleta, algumas destas cidades puzeram a funcionar sistemas de aluguer ou partilha de bicicletas, fazendo parte de um sistema de transporte público individual em complemento ao automóvel ou aos transportes publicos.

Vemos que em Portugal , embora muito lentamente, se vai pelo mesmo caminho, embora ainda no primeiro passo que é o lazer, cidades como Aveiro ou Cascais têm já em funcionamento os seus sistemas de ciclovias e aluguer/partilha de bicicletas.

Em Lisboa ouvindo ontem o discurso do seu presidente de câmara, irá avisadamente pelo mesmo rumo, com a construção de um eixo em ciclovia (plano) junto ao Rio, de Belém ao Parque das Nações, com eixos que partindo da cidade se lhes vão juntar, bem como percursos dentro da cidade.

Para além de uma exigência de modernidade e cidadania, é uma exigência turistica enorme , Lisboa como capital receptora de turismo via maritima, pelas centenas de navios de cruuzeiro que ali aportam anualmente tem que construir com urgência uma estrutura destas porque estes navios, verdadeiras cidades dispõem de frotas de bicicletas que põem à disposição dos seus passageiros, e é desta forma que conhecem as cidades onde aportam. Se Lisboa quer ser competiticva neste segmento tem que olhar a sério para ele.

Relembro da necessidade imperiosa que é a construção de ciclovias (que pode ser até, simplesmente por marcações horizontais em tinta nas vias existentes), e do ordenamento do tráfego, muito simples de executar na maioria dos casos... e na maioria dos casos dependente unicamente de vontade politica.

Havendo por parte da Câmara de Lisboa esta vontade de criar tais percursos, na tal lógica de uma "zona Metropolitana centrada no Rio" defendida pelos autarcas da Margem Sul, não fará sentido desde já começarem a construir eixos em ciclovia que conduzam das zonas onde as pessoas habitam aos terminais ferroviáriois, aos terminais fluviais ?

Isso terá que começar pela marcação das vias, pela integração dos percursos já construídos e começa a ser criminoso o desperdicio de recursos que foi a construção da ciclovia a par da linha do Metro Sul do Tejo .

Mesmo estando de costas para o bem estar da população, pergunto se a construção destas vias não pode ser também uma forma de os turistas que chegam nos navios de cruzeiro chegarem e conhecerem a Margem Sul , uma Margem Sul que se pretende aberta e virada para o Turismo, não é ?

2 comentários:

Anónimo disse...

É altura de reconhecer o erro e compensar aquela familia dando-lhes finalmente paz e um pedido de desculpas.

Anónimo disse...

É, sim senhor! Tenha calma que qualquer dia tudo se vai resolver num estrelar de dedos...Tipo abre-te césamo. Parece que quer correr mais que a democracia que se aprende nas escolas actuais. Londres, Amesterdão ou mesmo Bruxelas tem séculos daquela coisa que em Portugal só há bem pouco mais de trinta anos - um desenvolvimento a sustentar, e, já agora uma democracia equilibrada. Mesmo assim, cá pelas nossas terras é coisa ainda em estudo. O país tem
308 Concelhos, e que saiba, só se lembra da margem sul. Acredito na sua boa fé...mas vá mais devagar...desculpe qualquer coisinha!