Praias Fluviais do Seixal : Zona de Banhos ? Não Zona de Lazer!
Do dicionário :
BALNEAR (do latim balneare) , relativo a banhos; em que se tomam banhos.
LAZER (do latim licere) , ócio, vagar, passatempo, descanso.
Serve esta pequena explicação introdutório para decifrar as declarações do Veredor do Ambiente da Câmara do Seixal sobre a zona da Ponta dos Corvos (Ponta do Mato, Praia dos Tesos) e por acréscimo às restantes zonas de areal junto ao rio do concelho do Seixal, pois todas têm caracteristicas fisicas comuns e são de igual modo tratadas pela autarquia, ou seja, abandonadas.
Porquê a introdução, bom, porque o autarca justifica aquela situação porque embora reconhecendo que "havia uma placa antiga a identificá-la como zona balnear que foi mandada retirar do local" Carlos Mateus esclarece que " não se trata de uma zona balnear, mas de uma zona de lazer onde existe um bar e um balneário com casa de banho..."
Bem que loucura senhor vereador, um bar, ainda por cima com casa de banho, sempre estamos no século XXI e Portugal e o Seixal em particular estão, como agora se diz "muito à frente..." , como fui injusto para a Câmara com um post anterior, é que a Câmara até limpa o areal uma vez por ano (que extravagância!!!) e depois, isto é que eu não percebi, há jornadas de limpeza mas feitas pelos escuteiros e pelo grupo Flamingo... (???)
Então e os funcionários da Câmara, ah é verdade, têm um protocolo de apoio à Festa do Avante...mas concerteza!!!
Recomenda-se a leitura do Jornal Noticias do Seixal onde vem publicado este excelente trabalho sobre a Ponta dos Corvos e no qual , para além das declarações anteriores do responsável do ambiente da câmara do Seixal ficamos a saber que , após trinta anos no poder, a CDU está finalmente a pensar no futuro " elaborar um estudo de requalificação para aquele espaço com estacionamento, arborização, colocação de mesas e optimização como espaço de lazer e parque de merendas"
E já agora acrescento, ponha lá no seu estudo também uns duches, para evitar que o Povo vá ao banho , ou que se fôr, tem menos hipóteses de apanhar uma hepatite...
E o que se conclui de tudo isto, bom já sabiamos que o senhor vereador do ambiente, de cultura de ambiente nada tem, e de autarca, vou ali já venho, é que o senhor foi eleito autarca porque se propôs a tal, e assim sendo, tendo sido eleito, a sua função é servir a população, e não limitar-se a pôr placas a proíbir!!!
Proibindo, pondo placas e lavando daí as mãos, é fácil governar. Mas isso será tudo para o senhor vereador, mas não é servir a população!
É notório que escasseiam em número, no Seixal zonas verdes e espaços verdes, o que sobra em número são os habitantes, as urbanizações e os automóveis...
Desperdiçar um bem precioso como as praias fluviais é um crime, e isso é o que faz a autarquia virando-lhes as costas, proibindo e lavando daí as suas mãos...o povo se calhar leu o dicionário e faz uso do que a natureza lhes deu, mas que os autarcas não souberam preservar (a imagem mais uma vez é elucidativa).
Senhores autarcas desçam ao mundo real !!!
TRINTA ANOS E SÓ UMA CASA DE BANHO E UM "BAR" ??? (O bar se a ASAE lá fosse era encerrado na hora)
- INCOMPETÊNCIA!!! Veja o que se faz nas autarquias vizinhas (do mesmo partido) com as mesmas caracteristicas, de Alcochete ao Barreiro...
5 comentários:
Caro PV
Frei Tomáz volta a atacar...
E sobre certa malta que por aí vegeta
Até mais.
Para eles zonas balneares são em Cuba ou Cabo Verde. Querem lá saber do Povo.Li o Jornal e espero que o PS não continue com a ideia peregrina de construir um resort.
Sobre esta matéria aqui deixo estrato da acta n.º 14, referente à intervenção por mim realizada, na Reunião Ordinária da CMS, de 20 de Junho de 2006:
"O Senhor Vereador Samuel Cruz, referiu-se à nova Lei das Finanças Locais, designadamente ao facto de registar três inovações: 1. o facto de não fazer depender de uma forma tão directa e tão forte o financiamento das autarquias locais da construção; 2. as novas competências previstas; 3. e, o carácter de competitividade entre os municípios, pela introdução da questão do IRS, que pode variar 3%.
Continuou, referindo que teria sido publicado no jornal “Publico”, onde esta referido que o concelho do Seixal é o concelho com mais à venda (de imóveis) do distrito de Setúbal, o que se revela alarmante e preocupante pela pressão demográfica e urbanística que se esta a fazer sentir no concelho.
Referiu ainda que existem, de acordo com os dados fornecidos pela Associação Portuguesa de Empresas Imobiliárias, no conjunto de todos os concelhos da Península de Setúbal (Almada, Moita, Montijo, Palmela, Alcochete, Setúbal e Sesimbra) existem 1945 fogos à venda e existem no Seixal neste momento 1765 fogos à venda, isto é, dos 8 concelhos que compõe a Península de Setúbal, em 7 só estão à venda mais 170 fogos que no Concelho do Seixal.
Uma outra questão está relacionada com a sua ida à Ponta do(s)( Mato (Corvos), onde se deparou com um acampamento que na sua opinião é intolerável, quer pela falta de condições, quer pela falta de segurança. Considerou que a câmara terá que desocupar aquele espaço uma vez que é propriedade camarária, alem disso existe um despacho da Direcção Geral do Turismo o qual proíbe o acampamento naquele local, onde contou 90 tendas. Mais referiu que um jornal local alertou para o facto de tudo aquilo ser deplorável.
Concluindo, em relação à Flor da Mata, já se teria chegado à conclusão de que não era PER, antes um Contrato de Desenvolvimento para a Habitação e a questão é pertinente, porque tratando-se de habitação para população carenciada, nos contratos PER o terreno tem que ser da câmara e é exactamente isso que no processo da Flor da Mata que se invoca. Este assunto, esclareceu, foi objecto de intervenção do Senhor Vereador Jorge Silva, o qual referiu que a câmara não tem terrenos disponíveis para urbanizar ao abrigo do PER, pelo que era necessário classificar aquele terreno em concreto, da Flor da Mata, para de localizar este plano, que tem relação com o PER. Ora, no caso do CDH é completamente diferente, nos contratos para o desenvolvimento da habitação os terrenos devem ser privados e é o próprio privado que concorre à realização deste tipo de fogos e assim se faz toda a diferença. Assim, questionou se fará algum sentido falar-se de um plano de pormenor para uma área para desclassificar aquilo que é terreno agrícola se se estiver perante a necessidade absoluta da câmara disponibilizar terrenos para habitação social - promovendo esse interesse publico -, se o PDM – Plano Director Municipal -, está em revisão e sendo uma coisa que mais cedo ou mais tarde irá acontecer?"
Caro "a-sul" e demais comentadores em geral,
Dizer que preferiria estár a responder a pessoas com rosto e identidade mas, enfim,lá terá que ser assim.
1- Começo por lamentar que tenha optado por fazer a sua crítica na base de insinuações e inverdades, fugindo às questões concretas, recorrendo à tentativa de me atingir em termos pessoais, coisa que me parece desaconselhável quando se quer debater questões políticas e técnicas de uma forma honesta e frontal.
2- Se pretendia, com a sua alusão lodosa (já percebi o porquê das suas preferências cinematográficas)às fases A/C e D/C, atacar-me em alguma vertente, bem poderá, como diz a malta, tirar o cavalinho da chuva. É que antes de ter desempenhado as funções presidente da câmara municipal, o que aconteceu durante dez anos, eu era técnico superior da EDP, e, depois de saír da actividade autárquica regressei exactamente à mesma empresa para trabalhar e ter a minha remuneração. Não tinha antes, e continuei a não ter depois de ser presidente, quaisquer activos imobiliários, financeiros, jóias ou bens artisticos valiosos. Sempre vivi do meu trabalho.Presentemente tenho actividade univerrsitária e sou consultor. A casa que é minha residência comprei-a à quatro anos, isto é, comecei a pagá-la à CGD porque, como a generalidade dos portugueses, tive que recorrer a um empréstimo. O mesmo para a minha viatura, adquirida em segunda mão.Devo dizer-lhe, aliás, que não me desagradaria o facto de já ser dono pleno destes e de outros bens, mas, infelizmente, não tenho posses para isso.
Conheço de gingeira um certo tipo de caluniodsas insinuações, porque já tive que lidar com gente pouco escrupulosa, a quem tive que levantar os processos judiciais adequados, tendo vencido todos.Quem não consegue ganhar no plano das ideias e da luta política leal, normalmente recorre ao truque e ao golpe baixo. Espero que não seja o vosso caso.
3- Não exerço quaisquer funções técnicas ou políticas em Setúbal desde Maio deste ano. Fui eu que me demiti tanto Polis como da CMS.Expliquei, na altura, as razões porque quiz saír, ou, pelo menos, parte delas. Sei que houve gente (i)rresponsável que, de uma forma deselegante e desonesta, contribuiu para o criar um certo equívoco.Portanto, o meu caro "a-sul" está completamente "a-leste" da verdade, ou porque foi levado ao erro, ou porque quiz mentir.
4- Se tivesse tido o cuidado de estudar melhor a situação, verificaria que eu me demarquei do tal abaixo-assinado que você refere como sendo destinado a lançar-me para novas funções autárquicas, sendo, portanto, completa ficção uma hipotética recandidatura. Porque razões andará tanta gente preocupada com o meu eventual regresso às lides políticas activas, e não me deixam apenas exercer o meu direito e dever de cidadania, emitindo opiniões e polemizando?
5- Quanto às questões relacionadas com os biocombustíveis sugiro que lei-a um artigo meu publicado em www.resistir.info.pt, com o título Bioconfusão. Depois terei muito gosto em discutir a matéria consigo e com quem mais quizer, desafiando-os a contraporem teses alternativas à minha.
6- Eu não escrevi, nem penso assim, que "Setúbal,a Região, o País e o Mundo não avançam por causa desses ecologistas". As palavras são suas,e a salada russa que tenta servir aos seus leitores, confundindo-os e distraindo-os com a questão dos Verdes e do PCP, é completamente lateral aquilo que eu defendi, que, sublinho, foi e é(0u pretendeu ser) uma análise política sobre o essencial do papel de uma parte do movimento ecologista, e não qualquer execício de gincanismo politiqueiro de cariz partidário, ou, ainda menos,um ataque pessoal aos actores envolvidos.
O esquerdismo político, as suas origens, e o papel que desempenhou no passado e que desempenha hoje em dia, estão razoávelmente bem caracterizados. Parece-me que algum do "ecologismo militante" constitui uma forma de esquerdismo pós-moderno. Claro, isto é discutível, e eu gostaria de o discutir. Mas só de uma forma séria, sff.
Deixo-lhe, contudo, um derradeiro desafio:- Tal como acontece actualmente com muitos ex-MRPP's e UDP's,ou, ainda, com ex-frequentadores de raves psicadélicas, ondas ecológicas bacanas, e outras cenas fixes herdadas do movimento dos make lovers, e que hoje em dia são inefáveis dirigentes do PSD e PS, ou dirigentes de bancos e das grandes transnacionais, não acha altamente provável que os impetuosos "Eufémios" que investiram contra as maçarocas transgénicas lá p'rás bandas de Aljezur, venham a constituir-se, também eles, daqui a uns anos, quando se despirem das actuais "rebeldias juvenis", em "conscientes e responsáveis" gestores do SISTEMA?
Demétrio Alves
8/27/2007 12:42:00 AM
Agradeço as participações do senhor vereador Samuel Cruz e dos seus esclarecimentos, bem como do senhor Engº Demétrio Alves, darei todo o destaque às participações de ambos nos próximos posts,mas não sem antes informar antecipadamente o senhor engenheiro Demétrio Alves que no post em que referenciava as suas opiniões , só me referi a posições assumidas publicamente (ou publicadas com os respectivos "links").
Quanto ao tema do seu artigo e as posições que assume perente os "ecologistas de bolso" por demasiado simplistas e perigosas,continuo a discordar como por exemplo, passo a citar :
"a maior parte (...) até são cultos e cientificamente credenciados. Mas, de facto, eles não pretendem questionar as verdadeiras razões políticas e económicas que estão na base dos graves problemas que asfixiam os povos, porque, no essencial, estes ecologistas fazem parte do sistema.
É por isso que os governos os utilizam como e quando querem, tirando-os do bolso sempre que necessário."
Quanto ao resto, o senhor engenheiro ao tornar publica uma opinião, em democracia está sujeito ao contraditório, contraditório esse que neste blogue , não tem a expressão dos orgãos de comunicação a que o senhor engenheiro tem acesso e onde publicou o seu artigo (apesar de na região o a-sul ser uma voz incómoda sobre o PCP e o poder instalado) , mesmo assim, humildemente lhe refiro em nenhum ponto do comentário ao seu artigo foi posta em causa , o bom nome do cidadão Demétrio Alves, ou seria essa a minha intenção.
Sobre o resto o A/C , o D/C e o C/C (cargo depois do cargo) quem não deve não teme, e até há mecanismos institucionais que servem para fazer essa aferição e comparação, além do mais, essa introdução não pretendia inferir qualquer suspeição em relação aos cargos desempenhados pelo Engenheiro Demétrio Alves, reconheço e registo até a sua frontalidade (motivado possivelmente por algum posterior comentário) ao mencionar o que nunca duvidei nem puz em causa.
Quanto aos Eufémicos protagonistas deste Verão a quem não dei a minima importância, aceito o seu desafio de meditar sobre o tema e de publicar a minha humilde opinião sobre o assunto pelo prisma que me sugere.
Cordialmente
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