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segunda-feira, outubro 20, 2008
SEIXAL A FARSA DA POLITICA OU A BICLA IMAGINÁRIA
Na página 4 do último numero (490) do Boletim Municipal do Seixal datado de 10 de Outubro há em título um tema que me despertou a atenção e confesso a emoção, "Câmara Municipal investe em rede de vias pedonais e cicláveis" , imaginei logo um post a elogiar a autarquia e disponibilizar os links de posts aqui publicados com sugestões, fotografias e exemplos de práticas por esse mundo fora.
Finalmente o Seixal acertava passo com a modernidade, entrava numa politica de mobilidade conducente ao abandono do automóvel, optando por meios não poluentes e saudáveis e devolvendo a cidade aos peões e aos meios de transporte mais amigos do ambiente , das pessoas e da cidade.
A emoção durou pouco, depois de vencer a descrição do habitual rol de moções apresentadas na Assembleia Municipal, o primeiro parágrafo referente de facto à mobilidade começa assim "Foram rejeitadas por maioria duas moções apresentadas pelo PSD sobre ciclovias o o uso da bicicleta como transporte publico" a mim que não sou politico, choca-me esta forma de estar na politica que rejeita liminarmente tudo aquilo que , certamente com conteúdo, não tem a paternidade das maiorias, o que é lamentável .
Mas logo a explicação pela recusa da proposta do PSD, é que afinal a CDU informou que tem a trabalhar no assunto "um grupo de trabalho" ... "que tem vindo a desenvolver um estudo sobre a rede ciclável no concelho, fruto de um trabalho prolongado ..." bom, uma coisa estamos todos de acordo , é que tem sido de facto "um trabalho prolongado" como é hábito , prolongado e com poucos frutos, estando alguns desse escassos frutos a precisar já de receber obras, refiro-me ao piso (foto do artigo) do passeio ribeirinho / "ciclovia" frente ao Parque dos Franceses .
Já descobriram que chegado a este ponto já o entusiasmo do leitor se tinha desvanecido , é que quando se fala em "grupos de trabalho" , "estudos" , "planos" , é sinal que no imediato não se quer, nem se vai fazer seja o que fôr, na melhor das hipóteses teremos antes das eleições mais dois ou três quilómetros de ciclovia , lembro que há três anos que prometem circundar toda a Baía em via ciclável e claro que há muito mais tempo prometeram alargar a Ponte da Fraternidade que incluía também uma via para bicicletas.
De resto a promessa de um "plano vasto que contempla percursos de ligação em todo o concelho" só me faz lembrar os duzentos e tal quilómetros de vias cicláveis prometidas para Almada há três anos , o que quando leio a promessa do projecto "Biclas" desculpe lá Senhor Presidente, mas... só vendo !
Agora há aqui uma grande inverdade que é afirmar, e escrever que "Algumas opções existentes no estudo estão já concretizadas, de que é exemplo a rede ciclável junto ao MST e os troços existentes ao longo da Baía " , é que as ciclovias construídas pelo MST , não pela autarquia , não têm qualquer continuídade dada pela Câmara, com ligação seja com o que fôr (com a Cruz de Pau por exemplo) , como acontece em Corroios e no Talaminho , quanto aos troços da Baía :
Já chega de propaganda enganosa não ?
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12 comentários:
Caro ponto verde,
é isso mesmo....só vendo!!!
Continue com o excelente trabalho!
Cumprimentos,
Zé
Não existe qualquer semelhança com idos tempos? onde então se dizia mais ou menos isto " quando não se quer fazer nada nomeia-se uma comissão para tratar do assunto", a única diferença que vejo é que agora é um grupo de trabalho, o resultado, que é o que verdadeiramente importa, não sei qual é.
Uma coisa que me impressiona é vias pedonais e cicláveis, tipo 2 em uma, onde fica a segurança?
O que aqui o poder local propôe é uma brincadeirinha, é um brincar de triciclo, o projecto tem de ser muito mais sério, isto no meu entender.
O que se pretende efectivamente? uma ciclovia para ocupar tempos livres em actividades ou uma alternativa séria a ser utilizada com transporte público? ou porque não as duas situações. Aqui há que ser muito mais abrangente, tem de se pensar em parques de estacionamento, em segurança e em muitas coisas mais que eu acho que deve ser necessário, mas que deixo aos "experts" na matéria.
Cumprimentos
Dica de leitura...Textos ácidos e sarcásticos, pra quem quer ficar por dentro dos assuntos políticos de forma leve.
www.mosaicodelama.blogspot.com
Boa leitura!
Cada vez se mostram mais descartáveis estes politicos , e desnecessário este Boletim pago a paso de oiro.
Fazer ciclovia não é só propaganda não , sou de Blumenau, uma c idade do Brasiol influenciada pela colonização alemã, a cidade de Blumenau traz consigo a tradição do uso da bicicleta. Segundo dados do Arquivo Histórico da cidade, em 1929 havia 748 bicicletas, utilizadas pelos blumenauenses, sendo que o numero de usuários crescia rapidamente, em função dos custos e das próprias condições de transportes na época. Na década de 50, Blumenau tinha perto de 17.000 bicicletas.
Entretanto, como ocorreu na maioria das cidades brasileiras, a expansão da indústria automobilística foi, aos poucos, absorvendo os usuários da bicicleta, que gradativamente foram se transferindo para o veiculo automotor.
Com a crise no petróleo e o conseqüente aumento dos custos para deslocamento feitos por automóvel e ônibus, o uso da bicicleta foi reativado, tornando-se necessária a tomada de medidas que visem aumentar a segurança dos ciclistas, pois os mesmos partilham com os veículos automotores e pedestres os espaços viários. Hoje estima-se um número aproximado de 40.000 bicicletas na cidade.
Este tipo de transporte é uma alternativa barata, eficiente e saudável de locomoção, além de ser uma opção a mais para o Transporte Urbano principalmente sendo integrado ao sistema de transporte coletivo da cidade.
O custo de implantação de uma ciclovia e a faixa de domínio necessária é menor que uma via normal, porém com a mesma capacidade de escoamento, ou seja, entre 1500-2000 bicicletas/hora.
Com estes dados e seguindo o exemplo de cidades européias, a Prefeitura de Blumenau iniciou estudos para implantar ciclovias na cidade. Os primeiros estudos indicavam a utilização das margens do rio Itajaí-Açú e ribeirões, permitindo maior integração e fiscalização ao meio-Ambiente e ainda oferecendo a opção do lazer, esporte e turismo.
Estes estudos foram evoluindo até tornar-se um complexo Sistema Cicloviário, cujo primordial objetivo é tornar-se uma alternativa para o deslocamento diário das pessoas, e assim reduzir o número de automóveis em circulação e diminuir o barulho, a poluição e os riscos de acidentes, contribuindo significativamente para o aumento da qualidade de vida do povo blumenauense.
Faço votos para que Seixal avance também no progresso, mas não tá sendo tarde não, porquê essas vias não aproveitadas. Excelente trabalho a-sul.
Estou também surpreso de haver comunistas a governar aí na Europa , parece meio retrógrado né?
Que lindo teu blog Adar com um texto maravilhoso. muito boas, mo' gostou muito, da mesma maneira que o blog, obrigado muito.
Tudo uma ganda tanga, temos que correr com estes tipos, querem criar ciclovias, porque esperam?
NÃO TE ABSTENHAS EM 2009 VOTA!
Bicla ? Está mal escrito de certeza. Bicla ? Não será Bica (não as de Cascais) mas sim Bica e um cheirinho e depois uma sestinha? É que a tarde é pouco produtiva.
João Franco gostei muito do que escreveu. E tem toda a razão comunistas a governar aqui na Europa é mesmo coisa do passado, mas nós portugueses do Seixal vamos votar em 2009 para que se acabe com a ditadura comunista aqui no Seixal.
Um abraço.
A ciclovia que aparece na fotografia do boletim está muito degradada, o piso está a desfazer-se em certos pontos, criando perigo a quem a utiliza, que pode derrapar ou escorregar e caír ao rio
Eu acho que a ideia é de louvar, e o Dr. Paulo Silva bem que precisa de uma bicicleta, de uma BUMs ou de uma Bicla, tanto faz.
O Dr. Paulo Silva é um mentiroso. Na notícia que escreveu no jornal do seixal desta semana vem dizer que a culpa da alternativa à EN10 ter parado é do governo. Que mentira, a camara do seixal negociou com o carrefour deixava-os construir o hipermercado na Qta da Princesa e o carrefour fazia o tunel da cruz de pau e a alternativa à EN 10 mas só até ao carrefour, a camara não tinha nenhuma obra para mostrar nas eleições e estavamos em epoca de votos esta era a sua única oportunidade de inaugurar qualquer coisa. Não havia ainda a licença para fazer o carrefour era apenas acordo de cavalheiros e as obras lá iam indo tudo teria sido facil para a camara e para os negócios duvidosos não fosse o limpador de terrenos ter cortado os sobreiros no terreno onde pretendiam construir o carrefour antes de haver licença para construir e licença para cortar os sobreiros. Cortar sobreiros sem licença é proibido e os terrenos ficam interditos à construção durante vinte e cinco anos motivo pelo qual o carrefour desistiu de construir no seixal embora já tivesse gasto dinheiro nas obras do tunel e do viaduto. Mas não ficou a perder porque o Partido comunista já negociou outro sitio numa camara comunista e de certeza com mais vantagens para compensar. Neste momento está pendente o processo de utilidade pública para poderem continuar a estrada mas o que devia acontecer era ser levantado processo de inquérito para apurar a responsabilidade pelos negócios escuros entre o carrefour e a camara.
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