terça-feira, outubro 31, 2006

UM POSTAL DA SUIÇA














Genébra , foto argone.over-blog.com

O leitor António , em estadia na Suiça teve a amabilidade de nos enviar esta descrição de Genéve , numa altura em que se critica de novo os maleficios do anonimato na Blogosfera é simpático alguém colaborar desta forma com um "perigoso blogue anónimo da margem Sul" e nós que nem nos conhecemos ...

Obrigado António!

Esta semana estou em Genebra, e quando ando de autocarro, que chega sempre a horas, para o meu local de trabalho tenho comparado a cidade com o Seixal.

A área da cidade é +/- igual ao Seixal (concelho) mas a compração acaba ai... aqui os prédios estão limitados em altura, entre eles existe sempre um espaço enorme ocupado por jardins e locais para os miudos praticarem desporto.


Nas estações mais concorridas existem locais para deixar as bikes, ciclo vias é o que mais há por aqui... espaços verdes (não jardins!) para contacto com a natureza e pratica de desporto existem pelos menos 5, pelo menos que eu conheça.. e tb existe metro de superficie que por acaso começou a ser construido na mesma altura que o nosso... só que está parcialmente já a funcionar com várias linhas e outras tantas em fase de acabamento! quando me lembro aonde vivo fico chocado, parece que vivo noutro planeta!

10/31/2006 11:10:26 AM

segunda-feira, outubro 30, 2006

MARGEM SUL, NOVA ORGIA DE BETÃO














Os PDM's , Planos Directores Municipais ainda em vigor, datam do ínicio dos anos noventa (do século passado) , nasceram porque tiveram de ser... senão fechavam-se muitas torneiras de subsidios e subvenções, não eram leis para levar a sério.

Se assim não fosse , não teriamos nas zonas mais atreitas à especulação imobiliária e nos municipios mais permeáveis ao tráfico de influências , desvios sistemáticos à letra da Lei, bem como paulatinas alterações de uso do solo e Planos de Pormenor... agora com o advento dos PDM de segunda geração, vieram também os PIN...

Tal como muitas outras leis de planeamento e ordenamento (Reserva Agricola Nacional, Reserva Ecológica Nacional) os PDM's nasceram para serem contornados ao sabor de negócios autárquicos, ou de autarcas, ou de amigos, ou de partidos...

Todos conseguirão lembrar-se de pelo menos um caso... uma violação grosseira do prometido na letra da lei, que se encaixará numa destas tipologias. Aqui são muitos os casos que aqui temos focado ao longo dos ultimos dois anos, basta uma viagem ao passado dos nossos ficheiros... até pode clicar ao acaso que o dificil será não acertar...

Cada tiro cada melro, diz o povo...

Agora, começam a nascer os pomposamente apelidados PDM's de segunda geração... segunda geração, ou segunda betonização? É que é exactamente a ideia que fica dos projectos de betonização da LISNAVE, da QUIMIPARQUE, da SIDERURGIA, uma verdadeira orgia de betão que arrasta inevitávelmente uma nova travessia sobre o Tejo...com a desculpa do TGV...mas também rodoviária...veremos!!!

Só pergunto, quem planeia? Quem fecunda? Quem se reproduz desta maneira? É que já tinhamos PDM's que previam habitação para trinta milhões de Portugueses... Para quantos mais vão construir casas??? Quem pretendem importar? Como pretendem que essas casas sejam pagas?

É que já hoje há um mercado de casas devolutas, sem comprador, ou casas habitadas, mas sem que os seus donos cumpram os seus compromissos hipotecários... só na Margem Sul... de largas dezenas de milhar...

Por favor, expliquem-me a sustentabilidade deste no-sense...como se fosse muito burro!

domingo, outubro 29, 2006

ALMADA E A PALAVRA













Os ultimos "outdoors" que nos recebem em Almada, dão destaque a um "municipio da discussão, da participação, do diálogo".




Se a inspiração veio dos (até agora) QUINZE Forums de discussão sobre o Metro Sul do Tejo , isto enquanto as linhas construídas e as estações se degradam e as composições que há já um ano apodrecem na Central de Recolhas de Corroios, poderei estar de acordo, só que é uma discussão monolitica, um diálogo (generalizado aos concelhos vizinhos) com um unico sentido (mais conhecido por monólogo) e mais grave, sem ouvir os cidadãos , nem tomar em conta os seus desejos e necessidades.

Interessante a leitura no Publico local de hoje, o excelente trabalho de Claudia Veloso (que aqui analisaremos amanhã - clique ) sobre a Margem Sul e sobre a transformação das grandes àreas de uso até agora Industrial , no Barreiro, em Cacilhas e no Seixal.

É aterrador o número de habitações que se pretendem vir a construir naqueles locais.

sábado, outubro 28, 2006

A ESCOLA DA CORRUPÇÃO
















No mesmo dia em que o Benfica via um ex.presidente, mentor do Centro de Estágios do Seixal - o negócio entre a Euroárea, o Benfica e a Câmara do Seixal , o grande golpe aqui descrito (clique) - ser condenado em mais um processo e em mais uma pena de prisão e indemnização no valor de vários milhões de Euros , era também reeleito o actual presidente.

Luis Filipe Vieira foi eleito numa lista unica e por noventa e tal por cento dos votos, coisa para deixar roidos de inveja os amigos que no Verão passado lhe estenderam a passadeira, também vermelha na Festa do Avante (amor com amor se paga -clique) .

O curioso foram as declarações que proferiu ao saber os resultados ... "Em matéria de corrupção, os Italianos têm muito a aprender connosco..." . Não posso estar mais de acordo e o local onde foram proferidas as declarações não poderia ter sido melhor escolhido, melhor mesmo só se tivesse sido nas instalações do Benfica...mas do Seixal!!!

sexta-feira, outubro 27, 2006

MASSA CRITICA OUTUBRO 2006


Hoje foi dia de mais uma concentração nas duas principais cidades por transportes alternativos e amigos do ambiente, veja aqui o video de Lisboa. Bicicletada é uma organização de Massa Critica.

quinta-feira, outubro 26, 2006

SEIXAL - A SIDERURGIA DO BETÃO 3












Durante os dois dias em que aqui discutimos este tema, para além das questões por nós colocadas, parece que para alguns , ou para algum partido, a construção de 1500 fogos nos terrenos da actual Siderurgia é um tema de vida ou de morte.

Tratar-se-á de engenharia eleitoral com os habitantes criteriosamente escolhidos por entre determinada fileira partidária ? Será porque as mais valias contemplarão, como recentes urbanizações na zona, alegadas entradas financeiras para os cofres de alguma força partidária envolvida ?

Uma coisa é certa, para alguns não é discussão urbanizar um terreno industrial, como ontem em Paços de Ferreira não é questão plantas três fábricas da IKEA em terrenos de reserva agricola, como não levanta qualquer preocupação desmantelar navios em Alhos Vedros... bom, teremos talvez o ambiente que merecemos...só lamento as futuras gerações que ainda nada contribuiram para este estado de coisas e vão levar com a pesada herança.

Mas para outros, há questões a responder , que foram aqui colocadas por alguns leitores e que passo a destacar:

- "Há mais ou menos um ano atrás já havia alertado aqui para esta negociata que estava a ser cozinhada com os terrenos norte da Siderurgia Nacional... e cá está! confirma-se o que já era sabido!
Gostava apenas de deixar aqui umas perguntas, muito embora não seja este o espaço público de intervenção que a CMS tanto apregoa - mas esse, a Assembleia Municipal, é uma vergonha e ninguém pode ter voz discordante!
- Qual é o interesse deste projecto? mais casas? mais população para o concelho?
- Não percebo qual é também o interesse da SNEGES na promoção imobiliária, uma vez que supostamente existem para fazer a promoção e gestão do parque industrial? será por o actual presidente ter anteriormente trabalhado na Teixeira Duarte? estamos a falar de um projecto de requalificação urbana ou de mais um projecto de especulação imobiliária?
- As industrias pesadas vão-se manter no mesmo sitio? segundo se diz, a Lusosider já informou que a construção de habitação ao lado da sua fábrica implica a sua saída do local. Mas alguém acredita que estas empresas se vão manter no local com habitação massificada ao lado? sujeitas a "ouvir" os protestos dos moradores???
- Por fim, quando estas empresas decidirem ir embora, porque, em primeiro lugar, as expectativas que presidiram à sua instalação se alteraram e, em segundo lugar por não quererem ter "problemas", quem vai ser o sindicalista designado para se por à porta das mesmas a queixar-se da deslocalização e da inacção do governo? será que vai dar direito a discurso na festa do Avante e a artigo no folhetim municipal?..." (Anónimo)

E mais:

(...) Que eu saiba para se construir é preciso autorização da câmara, então bastava a câmara impor um travão na dita construção e não tínhamos chegado a este ponto! E o mais ridículo é a câmara continuar a licenciar e a deixar construir num concelho que tem excesso de casas! Jardins, ciclo vias, parques verdes para a prática de desporto e contacto com a natureza nem vê-los!


Nós que vivemos no Seixal por vezes nem nos apercebemos da realidade ou chegamos a um ponto em que nos habituamos a ela. Há pouco tempo um amigo foi-me visitar e passamos pela zona de Pinhal de Frades.... ele ficou chocado com aquilo, desde não haver passeios, jardins, haver cabos por tudo quanto é lado, a famosa linha de alta tensão etc etc... lá tentei convence-lo de que o Seixal não era aquilo, mas a verdade é que aquilo tb é Seixal! Seixal que é governado pelos mesmos desde de 74! (António)

Ou ainda estas colocadas aqui (clique) há um ano atrás:

"...Já por diversas vezes aqui denunciei esta situação, nomeadamente a reconversão de terrenos industriais em terrenos urbanos,construindo uma mega-urbanização de 5000 fogos nos terrenos da Siderurgia (estamos a falar só!) de uma estimativa de 15.000 habitantes! só!).

Isto coloca-nos várias questões que era interessante ver respondidas por quem de responsabilidade:

1) Qual o interesse em reconverter aquela zona para habitação? Há falta de habitação no concelho? As perspectivas de aumento populacional justificam esta reconversão?

2) Quanto à coexistência entre Fábricas e habitação? As fábricas vão embora? Vão ser insonorizadas para não incomodar os habitantes? Vamos deixar fechar aquelas fábricas e promover a instalação de industrias menos poluentes? Que planos existem?

3) Durante trinta anos, funcionou ali uma siderurgia, com toda a poluição que isso acarretou, nomeadamante pela contaminação dos solos por poeiras de minério e outros poluentes. Essa situação está acautelada? Quem vai pagar a limpeza dos terrenos? São os promotores imobiliàrios? É a Urbindustria?, ou seja, o Estado? É a CMS? ou não se vai limpar nada e é só construir?

quarta-feira, outubro 25, 2006

SEIXAL - A SIDERURGIA DO BETÃO 2


















Este projecto de betonização da Siderurgia tem na sua génese uma contradição a uma decisão tomada este Verão pela Câmara do Seixal, falo do Hospital do Seixal.

Num país com poucos recursos, numa zona que já concentra um numero maioritário de habitantes no eixo Amora/Seixal/Casal-do-Marco /Quinta do Conde. Que vai ter (excluindo a Quinta do Outeiro, Quinta dos Franceses, Farinheiras, Paio Pires, antigas oficinas do Fogueteiro...) só , na urbanização da Quinta da Trindade na contrapartida dada no negócio com o Benfica e nesta betonização da Siderurgia mais perto de 3000 Fogos sim TRÊS MIL FOGOS com este negócio da Siderurgia e com a negociata do Benfica.

Se assim é, e vai haver uma ponte entre a Amora e Seixal, e uma ponte entre Seixal e Barreiro,e uma CRIPS IC 32, justifica-se mais, pela proximidade a que ficará, com esta nonva rede viária e densificação urbana naquela zona do Seixal, que se melhore e redimensione o já existente Hospital do Barreiro do que construir um hipotético hospital novo e de raiz (não se sabe quando ) numa zona de Rede Natura lá para os lados da Auto Estrada ?

A contradição continua com a original coexistência entre indústria pesada e habitação, realmente explique-se como pretendem conciliar isto, um cais (esta do cais é peregrina...) uma linha férrea... com habitação e espaços verde numa zona com solos altamente contaminados , talvez mesmo os solos mais contaminados do país?

Depois vem a contradição (e quiçá impedimento) legal, como se explica que uma zona de propriedades rurais, expropriadas por Salazar a favor do projecto siderúrgico do senhor Champallimaud, se veja agora transformada numa mega urbanização??? Ainda por cima com a descontaminação paga pelos nosso impostos e não por quem usou e abusou daquele espaço durante várias décadas nem por quem vai lucrar com a especulação?

E ainda!!! O parque habitacional do Seixal tem já uma oferta brutal em relação à procura, como é possívem estarem, em projecto, e no presente, mais de CINCO MIL FOGOS no Concelho do Seixal? Quando este é já, no presente, o concelho da Margem Sul com maior oferta de fogos para venda?

terça-feira, outubro 24, 2006

SEIXAL - A SIDERURGIA DO BETÃO - 1
















Na Europa Moderna, carregámos durante décadas, como povo , o estigma de um país atrazado, parado no tempo por uma ditadura fascista e obscurantista, com rasgos imperiais, tinhamos no entanto na Europa , um handicap que nos era vantajoso, apesar de sermos um país pequeno, com poucos recursos naturais, tinhamos uma arquitectura que nos distinguia dos demais povos , uma paisagem variada e , arrisco a dizê-lo, as melhores praias da Europa.

Caído o império, regressasdos a este quadrado agora de Liberdade, em vez de investirmos na sustentabilidade dessa vantagem competitiva, a ideia foi explorar até à exaustão esse filão, não conservando-o, mas delapidando-o rápida e esquizófrénicamente ao mesmo tempo que se exibem a correr os sinais exteriores de riqueza como em mais nenhum outro país da Europa. Eça de Queiróz hoje teria muito para se inspirar...

O Último desses projectos esquizófrénicos acaba de ser apresentado no Seixal (onde há muito todo e qualquer senso parece ter sido perdido) e sem mais demoras, com os agradecimentos a N.P. passo a citar a noticia publicada na imprensa regional e no DESTAK.

"Antiga Siderurgia no Seixal dá lugar a 1500 fogos
2006/10/20

A Câmara do Seixal aprovou o estudo que prevê a construção de 1.500 fogos de habitação, escritórios, comércio e equipamentos de lazer numa área industrial devoluta superior a 100 hectares da antiga siderurgia nacional de Paio Pires.

O Estudo de Ordenamento Urbano e Paisagístico foi aprovado quarta-feira com os votos favoráveis da maioria CDU e do PS e a abstenção do PSD, devendo ser apreciado em Novembro pela Assembleia Municipal.

Até ao fim do ano a autarquia compromete-se a aprovar o programa de encargos para a elaboração de um plano de pormenor, que irá "detalhar" o conjunto de intervenções previstas no estudo.

Depois de elaborado, o plano de pormenor terá de ser ainda aprovado pelo Governo, já que altera o uso de solo industrial definido no Plano Director Municipal, em revisão.
O estudo urbano e paisagístico da siderurgia, concluído um ano depois do prazo estimado, abrange numa área superior à prevista inicialmente, num total de 506 hectares.

Aos 372 hectares de terreno da antiga siderurgia nacional, propriedade do Estado, e do Parque Industrial do Seixal, gerido pela empresa pública Urbindústria, somam-se agora os recintos das duas empresas privadas siderúrgicas em actividade - a Lusosider e SN Seixal (Longos).

A globalidade dos investimentos públicos e privados apontados no documento, incluindo descontaminação de solos, ascende a 150 milhões de euros.

Numa faixa de 110 hectares fronteira ao rio Coina poderão vir a ser construídas 1.500 casas a custos controlados e a preços de mercado, em prédios de quatro a seis andares, zonas verdes, comércio, serviços e vários equipamentos de uso colectivo e de lazer, como centro náutico, recintos desportivos, escolas, centro de saúde e lar de idosos.
Fora do perímetro habitacional haverá uma vasta área reservada para indústria pesada e de ponta, logística, centro empresarial e de formação profissional.

O estudo propõe também a construção de novas acessibilidades rodoviárias e ferroviárias, incluindo uma ponte entre Seixal e Barreiro, a reactivação do porto fluvial de mercadorias de Paio Pires e a preservação do património histórico-natural, como o alto-forno da siderurgia, o moinho de maré e a casa antiga da Quinta da Palmeira e a lagoa com o mesmo nome. "

segunda-feira, outubro 23, 2006

BALANÇO














Os nossos autarcas tomaram posse hà cerca de um ano, na nossa opinião foi um ano a andar para trás, o descalabro, obras inacabadas, abandonadas, prometidas e não cumpridas...será a análise de hoje, aguardamos contributos para o mail pontoverdesul@hotmail.com e para os comentários no local habitual .

Obrigado pela contribuição.
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Começando pelos comentátios e por Luis Milheiro do blogue Casario do Ginjal, a opinião é também a nossa "Em relação a Almada, a indefinição parece ser a palavra apropriada para caracterizar um ano de "marcar passo", tanto no MST como no Polis da Costa. E só falo deste dois projectos...".

Sobre o Metro temos aqui sobejamente falado e estamos a fazer um trabalho mais profundo sobre o mesmo, não se entende que catorze forums de discussão depois, linhas construídas, composições recebidas, ele ainda não circule!

Quanto ao Polis...pois... a ideia peregrina de mudar os Parques de Campismo para o Pinhal do Inglês e afins, não convence...

Depois , continua a betonização do concelho, insistindo agora nos Capuchos, mesmo sobre a arriba e na Sobreda, realmente, enquanto não fizerem um contínuo de betão entre o Rio e o mar, não descansam.

Quanto ao outro comentador anónimo , sobre o Seixal... pois, também por cá consta... e não admirará o dia em que tal acontecer... a senda de Setúbal aí está para confirmar... nos entretantos há, básicamente, a betonização geral e total... e dezenas de obras prometidas para há um ano... e inacabadas, depois há diversas queixas em várias entidades sobre a actuação daCâmara , para além de assinaláveis divergências internas, um "interno" que vai ao âmago do próprio Partido, depois a forma atabalhoada (ou bem regada) como foram negociados certos dossiers que deu por exemplo no caso da Quinta da Princesa... a subserviência total aos grupos da distribuição, do betão e financeiros, com o Benfica a ser a cereja no cimo do bolo.

Quanto ao "Alhense" que no seu e-mail da Moita, fala do Pinhal do Forno recentemente aqui tratado, das maningâncias com o Plano Director Municipal e com a REN /RAN aplicada segundo este leitor, a sabor de interesses e não das verdadeiras caracteristicas ecológicas do solo e sua utilização agricola.

João Folque lembra que o Barreiro parou no tempo, que há um envelhecimento continuo e irreverssivel caso nada se faça, e neste ano consta que nada foi feito para revitalizar aquele antigo polo industrial e ferroviário.

Manuela André e João Margarido em Alcochete queixam-se de que o betão é rei e senhor, que há um crescimento de habitação em volta da antiga e pitoresca vila, que agora são blocos e blocos de apartamentos, uma queixa idêntia vem-nos do Montijo em e-mail assinado por "Bratwurst Nobre" , a mesma alusão ao betão, às más condições de vida e de habitabilidade em prédios que se amontoam e crescem onde se pensaria ser um jardim.

Agora a nossa opinião é de que, acreditando em informações de gente bem colocada, que dizem ser de prever , que ocorram grandes alterações...nos elencos autárquicos... e que isso poderá despoletar um efeito dominó sem paralelo, basta que este élan de movimentação e agitação contra o Governo estabilize...

O caso do Golpe-de-Câmara de Setubal do Verão passado , foi então inédito e deixou marcas bem profundas a nível da organização Distrital e de algumas concelhias ... falta agora esperar se para além de resultados práticos na ingovernabilidade de alguns concelhos da Margem Sul, se haverá a esperar mais algum mandato a terminar fora do tempo, pensa-se que sim ( a nível de vereação é quase garantido) ... e espera-se que sim ... é que foi mais um ano a andar para trás!!!

domingo, outubro 22, 2006

CIDADES VERDES - VANTAGENS COMPETITIVAS

















Imagem Paris

Continuando na apreciação de pequenos excertos do nº67 da revista National Geographic.

(...) Segundo artigos cientificos recentes, os espaços preenchidos por vegetação frondosa filtram a poluição e capturam partículas minúsculas de sujidade e fuligem: as árvores das ruas podem reduzir as partículas em suspensão libertadas pelos tubos de escape. As folhas das árvores também bloqueiam a luz solar, criando ilhas de arrefecimento na cidade. (...)

(...) os seres humanos tornam-se criaturas muito diferentes quando não têm acesso a relva e plantas . (...)

(...) Quanto mais verde o espaço circundante, mais baixa a taxa de crimes contra pessoas e bens...menos lixo e graffiti em paisagens naturais. (...)

(...) crianças com déficit de atenção registavam uma diminuição dos sintomas quando expostas a ambientes naturais(...).


(...) os espaços verdes têm um efeito restaurador sobre a nossa atenção reflexiva: o tipo de concentração intensa necessária para trabalhar ou estudar, para ignorar distracções e realizar tarefas. (...)

(...) No mundo contemporãneo, o contacto com a natureza em aspaços urbanos pode ser mais fundamental do que nunca. Uma metrópole com bstantes parques ajuda-nos a manter a saúde mental e a combater a obesidade e a diabetes(...).

(...) os seres humanos que vivem em zonas com fácil acesso a espaços verdes onde podem caminhar gozam de melhor saúde e a sua taxa de mortalidade é inferior à das pessoas sem esse acesso(...).

(...) alguns politicos afirmam que as suas cidades estão já construídas e não há espaço disponível para parques. No entanto... se uma cidade tem espaço para mais um edificio, também tem espaço para mais um parque (...).

(...) os parques urbanos representam um investimento público mínimo mas com um enorme retorno. «Os parques ajudam os seres humanos a tomar conta de si próprios.Talvez as cidades não tenham de gastar tanto em serviços sociais, médicos e de segurança para resolver os seus problemas» (...)
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Videos sobre os jardins de Paris aqui Luxenbourg , aqui Tuilleries, aqui Boullevard Saint Michel , aqui Cluny , aqui novas utilizações urbanas,

sábado, outubro 21, 2006

PARIS VERDE












Ontem "postámos" aqui , a propósito do tema do mês da National Gographic, sobre a aposta que a actual Mairie de Paris tem para a sua cidade, aproveitar todo o espaço possivel para construir parques urbanos, traduzidos em números temos que existem em Paris 450 parques, o que representa uma área verde de 3000 hectares o que em relação à àrea total da cidade representa 30%.

Continuando a citar o trabalho da National Geographic sobre a vontade dos parisienses:

"Defendem a ciação de jardins comunitários em vez de apartamentos ou centros de congressos.Renunciam a uma movimentada autoestrada ao longo do Sena para desfrutar de uma praia fluvial temporária. Em cada terreno baldio, vislumbram a hipótese de uma catedral verdejante.

Por que razão se mostram os cidadãos da Cidade das Luzes tão determinados em descobrir espaço para parques e jardins, para plantar àrvores nas ruas e crias pequenos trechos de paisagem natural? Aliás, que motivos levarão uma cidade a esforçar-se por cultivar espaços verdes no meio da pedra e do betão urbano, suportando as despesas inerentes a esse ajardinamento ?"

(veremos amanhã aqui a resposta)...

sexta-feira, outubro 20, 2006

PARQUES NATURAIS


















Este mês a National Geographic é dedicada ao tema Parques Naturais, incluindo uma reportagem sobre os jardins de Paris com excelentes exemplos de aproveitamento de espaços em que :

"A Cidade das Luzes é também uma cidade verde, com uma panóplia de parques e jardins onde os parisienses descansam e rejuvenescem", os números são também arrazadores, " ...cerca de 483 mil árvores de 120 espécies enfeitam de verde as praças, as ruas, os parques e os jardins públicos de Paris, fruto de esforços desenvolvidos ao longo do último século e que ainda persistem. A cidade planta anualmente 24000 árvores".

(...) Para os parisienses, qualquer local da cidade serve para fazer de parque ou de jardim: varandas minusculas, fábricas de automóveis abandonadas, garagens de estacionamento falidas, instalações ferroviárias abandonadas e, até, a gigantesca fachada curva de um novo museu.Sacrificam a largura das avenidas em beneficio da existência de trilhos para bicicletas, protegidos por árvores de copa frondosa..."

O artigo pode ser visto aqui, (clique) e vale a pena ler com atenção, a revista em português custa só €3,50.
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Video sobre Paris aqui!(clique)

quinta-feira, outubro 19, 2006

O CHOQUE DA DÍVIDA












Esta manhã foi esclarecedora, engarrafados... nos percursos para Lisboa, fosse ele a 25 de Abril, fosse ele a Vasco da Gama, no entanto a TSF trouxe duas esclarecedoras noticias, a primeira foi uma esclarecedora lição de "Democracia" ; Que o PCP , se tivesse maioria no Parlamento metia essa figura desnecessária, de consulta democrática e popular, do Referendo ... na gaveta... pois já desconfiávamos (o referendo e muitas outras figuras democráticas completamente "desnecessárias"), mas nada melhor que pôr as coisas claras, obrigado Bernardino Soares e aquela senhora ... ah! Já sei! Odete Santos.

A outra noticia esclarecedora é que ontem me deitei , cidadão exemplar, contas saldadas, impostos pagos ... e veja-se lá, acordei devedor de anos em que andei a "pagar menos" pela conta da electricidade , apesar de pagar exactamente o que a empresa prestadora do serviço me pedia!!! Mas estou descansado que vou passar a pagar mais 15% ou coisa que o valha no futuro, nos proximos cinco anos, e de novo, me tornarei cidadão exemplar e sem as dividas que de repente contraí com a EDP.

Mas será que em vez de pagar em cinco anos, não poderei saldar toda essa "divida" de imediato, poupando nos juros de serviço dessa divida??? Uma resposta já tenho e foi dada pelo assiduo leitor António que para poupar na conta da dita cuja electricidade sugere:

Como Poupar nas contas da luz e contribuir para um melhor ambiente: Desligar as luzes sempre que não se está numa divisão, assim como a televisão ou a aparelhagem se não se está a usufruir destes equipamentos.

Substituir as lâmpadas incandescentes por lâmpadas fluorescentes compactas. Instalar um contador bi-horário que permite poupar quando se concentram alguns dos maiores consumos (como as lavagens de roupa e louça, a passagem de roupa a ferro, entre outros) nos períodos mais económicos. Verificar se é possível reduzir o nível de potência contratada. Na maioria dos casos é possível!!!

Calafetar bem as portas e janelas para reduzir as trocas de ar com o exterior, o que reduz as necessidades de aquecimento ou arrefecimento. Baixar estores ou fechar portadas antes da chamada hora de calor impede que a casa aqueça muito. Em relação ao frio, a instalação de vidros duplos nas janelas e a aplicação de um isolante térmico nas paredes e telhado ajuda a manter a casa mais quente.


Optar por electrodomésticos mais eficientes (classe de eficiência A).
Ao cozinhar, deve-se tapar bem os recipientes para evitar as perdas de calor. No forno, pode-se desligar o lume antes de terminar o cozinhado, já que a temperatura mantém-se por algum tempo. Reduzir o número de vezes que se abre a porta dos frigoríficos, pois 20 do cento do consumo destes equipamentos é devido às aberturas das portas. Ao fazer a descongelação dos alimentos dentro do frigorífico, transfere-se frio para o seu interior, reduzindo o trabalho de refrigeração deste electrodoméstico. Quanto mais cheio estiver, melhor. Não colocar alimentos quentes.

Ajustar a carga da máquina de lavar roupa à capacidade útil indicada pelo fabricante. Os filtros devem ser limpos regularmente e, com o aumento da eficácia dos detergentes, podem-se usar programas com temperaturas mais baixas.
O mesmo se aplica às máquinas de lavar louça.

Passar a louça por água antes de pôr na máquina permite escolher programas mais eficientes.
Os televisores, vídeos, DVD, etc., estão quase sempre em stand-by. (indicado por uma luzinha que aparece no aparelho) para poderem ser ligados apenas com o comando. Isso consome energia.

A solução é desligar todos os equipamentos das tomadas, ou, então, ligar os aparelhos a uma tomada eléctrica com interruptor, que consome 1 a 3 W, mas que é preferível ao consumo dos aparelhos que se ligarem a estas tomadas, que pode atingir os 75 W. (Equivale a 20€ de poupança por ano!!)

E já agora, acrescento eu, escolher um novo fornecedor de electricidade, agora que já é possível, de preferência um que não venha daqui a uns anos a cobrar pelo valor que supostamente cobrou a "menos" no presente...

quarta-feira, outubro 18, 2006

A LUSITÂNEA PATETICE OU A MOITA-LÂNDIA ?


















Garantida a destruição de mais uma mancha florestal na Margem Sul


Parece que sempre vai avante o célebre Parque Temático da Lusitâniedade, foi hoje assinado o protocolo de cedência do espaço citando esta noticia do rostos- on-line "O Município da Moita e BADOCA- Actividades Turísticas, assinaram um protocolo tendo em vista a criação de um “Parque Temático”, sendo para tal cedido um terreno com aproximadamente 60 Há, no Pinhal do Forno, na Moita, o qual irá ser integrado no domínio privado em sequência da próxima revisão do Plano Director Municipal. A cedência do terreno, de acordo com o Protocolo será “um direito de superfície, pelo prazo de cinquenta anos”.

Os senhores autarcas continuam a gerir o território que é de todos ao sabor de obscuros interesses privados e de hipotéticos grandes negócios que se destinam a pôr a Margem-Sul numa mirabolante rota turistica, vai-se lá saber de quem, isto depois de em trinta anos terem arrazado com as caracteristicas paiusagisticas, naturais e patrimoniais que o permitiriam, agora o que se perfila é mais um elefante branco sob a propaganda de que :

"O Parque Temático desenvolver-se-á com apelo “aos valores culturais nacionais”, tendo uma preocupação de componente educativa a para da vertente lúdica, refira-se que o estúdio prévio de uma tematização foi feito com o apoio das autoras Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada.
Este projecto envolverá um investimento de 75 milhões de euros, incluirá uma área de restauração com capacidade para 4000 lugares sentados, a construção de um Hotel, com 200 quartos e um espaço multiusos, que poderá ser destinado a espectáculos, exposições e Congressos".

E com a promessa de :

"Um projecto “inovador e único” que proporcionará a atracão de cerca de 3 milhões visitantes por ano, cerca de 30 mil visitantes por dia, para além de criar cerca de 1200 postos de trabalho, essencialmente destinados a mão de obra local.".

Já aqui tivemos ocasião de desmontar esta farsa pelos números fornecidos, vale para quem não tiver pachorra para linkar (aqui), comparar estes números:

Mas a Empresa Badoca deve ser mesmo genial!!! Por onde passa (neste caso de concelho CDU para concelho CDU) gera riqueza!!! E as previsões de tal projecto para o "Parque da Lusitaniedade" . Vejamos :

-Investimento 75 milhões de euros.
-Àrea 60 hectares
-Postos de trabalho 1200
- Reconversão de "solo rural" e parte integrante de Reserva Ecológica Nacional. em solo urbano com usos lúdico- culturais e de lazer.
- Visitantes : 1ª Fase 10.000 visitantes /dia = 3.65 milhões /ano
2ª Fase 20.000 visitantes/dia = 7.3 milhões/ano
3ª Fase 30.000 visitantes/dia = 10.95 milhões/ano

Impressiona...óoooh! se impressiona se compararmos com o principal e mais concorrido Parque Temático Europeu, a Eurodisney de Paris, situado no primeiro país mundial receptor de turismo (França), na primeira cidade receptora de turistas (Paris) e que é só o principal Parque de diversões da Europa e um dos maiores do Mundo e que teve como visitantes :

- 1998 - 12,5 Milhões
-1999 - 12,5 Milhões
-2000- 12 Milhões
-2001 - 12,2 Miões
-2002 - 13,1 Milhões
-2003 - 12,4 Milhóes
-2004 - 12,4 Milhões

Pensem nisto; quando funcionar em pleno , a Moita terá quase tantos visitantes com destino ao seu parque temático como Paris!!! E mais, no projecto da Moita está contemplado um hotel com 200 quartos, na Eurodysney há 7 hotéis (isto para um número aproximado de visitantes...)

terça-feira, outubro 17, 2006

CORREDORES VERDES NA SELVA DE BETÃO











Cientistas defendem a importância em criar e manter , corredores verdes entre habitats, para a qualidade ambiental dos espaços (imagem a Selva continua de betão no Seixal - Miratejo ao fundo)

A ideia conservacionista , defendida em Portugal há décadas pelo arquitecto Ribeiro Telles, e que mais não é que geograficamente criar caminhos para animais e plantas, isolados no meio de zonas humanizadas (estradas, cidades, estruturas) de forma a ligar habitats entre si.

Foi agora apresentado na revista Science um estudo sobre estes corredores, defendidos há muito pelos ecologistas, num estudo de cinco autores , dos quais se destaca a bióloga norte americana Ellen Damshem. As conclusões desse estudo vão no sentido de reforçar a importância da existência de uma tal rede ecológica, quer para espécies animais , quer para plantas.







Gonçalo Ribeiro Telles defende há mais de quarenta anos a aplicação destas teorias em Portugal.

O lado mais surpreendente do estudo refere-se à importância exercida precisamente na flora (o estudo envolveu 300 espécies) , tendo concluído que " as plantas podem sofrer alterações muito rápidamente através das suas interacções com a paisagem e com os animais que nela vivem".

Estes corredores , segundo o estudo, permitem a dispersão de sementes e a polinização, concluíu-se também que os habitats ligados por meio de corredores verdes, têm mais quantidade e variedade de aves, pequenos roedores e insectos, que também funcionam como polinizadores e dispersores de sementes.

Este estudo reflectiu também sobre a adaptação das espécies ás alterações climáticas, tendo os cientistas concluido que a existência destes caminhos permitem às espécies, mais fácilmente escapar dos efeitos do aumento da temperatura ajudando os habitats a melhor se adaptarem e responderem às alterações climáticas.

Numa Margem Sul que se betoniza em mancha de óleo, numa forma completamente anárquica torna-se fundamental na salvaguarda dos habitats que cada vez estão mais fragmentados e destruídos, que se projecte uma rede de corredores verdes devidamente protegidos da voragem e dos interesses associados ao betão.

segunda-feira, outubro 16, 2006

SEIXAL, A BETONIZAÇÃO A SUL



Temos escrito e denunciado a politica de betão traçada pelos autarcas da CDU para a margem Sul, nomeadamente para o Seixal, o concelho da região com maior número de fogos em comercialização e que passou de um concelho rural e piscatório, escassamente povoado, para um enorme suburbio de cerca de 170 mil habitantes (13% imigrantes).

A última década tem sido arrazadora para as zonas verdes e para o território, sobretudo desde 1998 altura em que foi inaugurado a linha de ferro da Ponte 25 de Abril - FERTAGUS, desde aí tem-se decalcado o modelo de Sintrização aplicado aos suburbios esgotados da Margem Norte, Amadora, Damaia, Brandoa... servindo o comboio, não como alternativa ao automóvel, mas motivo para se construirem mega urbanizações em redor das novas estações e desvirtuando a ideia base daquele projecto...e ao contrário do que se faz por essa Europa!

Os autarcas têm-se insurgido contra essas denuncias agora passadas a filme e onde se demonstra que a negação que insistem, a essas criticas cai por terra.

domingo, outubro 15, 2006

SOCIEDADE CIVIL - GAIA











Hoje, no dia em que em Almada se reuniu o Forum Social, destacamos este artigo (clique) publicado hoje no PUBLICO sobre um movimento civico formado por jovens e que se tornou numa organização não governamental de ambiente (ONGA) e que tem sede na Faculdade de Ciências e Tecnologias da Costa de Caparica, destacamos para além do link para o artigo na íntegra , o site do grupo é : http://gaia.org.pt e destacamos do artigo este pequeno excerto:

Propostas para o desenvolvimento sustentável

Um consumo mais regrado permitirá construir um mundo mais equilibrado

Aliar as questões ambientais aos temas sociais é o principal objectivo do GAIA, Grupo de Acção e Intervenção Ambiental. "O GAIA trabalha em vertentes diferentes e pretende mostrar às pessoas que as questões ambientais estão relacionadas com os problemas económicos e sociais." A frase é de André Vizinho, activista do GAIA.
Fundado em 1996, como um núcleo de estudantes universitários dedicado a questões ambientais, em pouco tempo, o Gaia tornou-se numa organização não-governamental de ambiente (ONGA). "Começámos por ser um núcleo de estudantes, uma associação juvenil, mas depois, devido ao nosso trabalho, candidatámo-nos para ser uma ONGA e fomos aprovados pelo Instituto do Ambiente",

sábado, outubro 14, 2006

CEMITÉRIO DE ALMADA - FEIJÓ , COMO NUM CENÁRIO DE GUERRA 2














Mais uma vez recebemos criticas contundentes por temos mostrado a situação inqualificável e insustentável em que funciona o cemitério de Almada, tal como as soluções "arquitectónicas" encontradas .

Estas criticas ao mensageiro por denunciar uma situação inqualificável e não à autarquia que a promove, mostra bem o tipo de mentalidade e a formação humana (ou falta dela) de quem está à frente destas autarquias a Sul do Tejo .

Denunciámos aqui ontem mais uma vez os monticulos que a Câmara de Almada decidiu serem suficientes para sepultar os seus municipes falecidos, denunciámos também a forma ilegal com que discricionáriamente esses monticulos são mantidos , ou não, ou seja quem paga... é mantido... quem não paga fica à mercê das intempéries e o que pensar de um monticulo de saibro perante uma chuvada ou quando abate o caixão que o suporta?

No entanto gostaria de referir também as condições infra humanas em que esses coveiros trabalham quando das operações de levantamento dos corpos passado o tempo estabelecido, são caixões que se empilham , podres e com restos mortais , alguns ainda com tecidos humanos sobre as ossadas que se pretendem resgatar para nova morada, um cenário tétrico para quem tem que assistir à exumação dos familiares, mas um problema, mais um, de saúde pública e de higiene e segurança no trabalho que a autarquia descura.

Uma palavra final para o estado em que se encontram os muros do cemitério como a imagem demonstra...inqualificável toda este acumulado de circunstâncias.

sexta-feira, outubro 13, 2006

CEMITÉRIO DE ALMADA - FEIJÓ , COMO NUM CENÁRIO DE GUERRA



Já abordámos (clique) há algum tempo este assunto, voltamos a ele por ser muito sério e por acharmos que a Câmara de Almada ostensivamente pretende impôr uma cultura única que não é definitivamente a nossa.

Todos se lembrarão a forma delicada como foi gerida a questão da transladação de todo um cemitério, na Aldeia da Luz , quando os campos onde se localizava iam ser inundados pela albufeira de Alqueva, foram cuidados que têm a ver com aspectos culturais e sentimentais que nos definem como Povo, como Gente.

Mas não somos únicos, todos so Povos, todas as culturas têm o seu ritual da morte que vem desde os primórdios da humanidade, por causa desta questão tenho-me dado ao trabalho de investigar como são os cemitérios em várias partes do mundo, de Macau à América do Norte, do Extremo Oriente ao Brasil, da Venezuela ao Canadá, toda a Europa, em Àfrica , e , não encontrei nada de parecido com o cemitério de Almada-Feijó , uma peça única de desrespeito pelos mortos e de dolorosa convivência para os vivos.

Nasceu no pressuposto de ser um cemitério jardim, arrelvado, no entanto só cerca de 5% assim o é, e logo, os talhões junto à entrada, o resto é o que o filme mostra, monticulos de terra que se esboroam a cada chuvada, constantemente arranjados por coveiros que ali têm um peculio acrescido ao parco salário, mas uma forma intolerável de manter... ou não, as sepulturas.

É como é óbvio, pelas infiltrações e movimentos de terras, também um caso de saúde pública, é chocante, degradante e indigno de uma cultura como a nossa, é uma imposição da autarquia, incompreensível, prepotente e insensivel, é intolerável!

Veja o filme e por favor proteste!

quinta-feira, outubro 12, 2006

O ABATE DE SOBREIROS E AZINHEIRAS A SUL














Preocupamo-nos e bem , com a forma como a floresta é dizimada na Amazónia e noutras latitudes Tropicais e Equatoriais, no entanto a preocupação com o que se passa com o arrazar da floresta nacional não tem paralelo apesar de ser em termos percentuais bem mais grave e acelerado o seu ritmo de desvastação, e não se trata como causa, sómente dos endémicos fogos florestais.

A Sul, em duas herdades do Alentejo, concelhos de Santiago do Cacém e Aljustrel, foram na última semana abatidas seis centenas de àrvores protegidas (sobreiros e azinheiras) , estando ainda pendentes mais quatro projectos para arranque de montado em mais quatro herdades do concelho de Aljustrel.

Mais a "Norte" , na Margem Sul (clique), espera-se que o caso dado como exemplar de punir o corte de 1200 sobreiros no Seixal não tenha caído no esquecimento , mas enquanto este caso não avança juridicamente, muitas outras dezenas de sobreiros têm sido dizimados neste mesmo concelho conforme aqui já denunciámos (Alto do Moinho, Quinta Fonte da Prata, Centro Estágios do Benfica, Casal do Marco...) . Ou em projecto como na Flor da Mata.

Outros casos de abate de sobreiros para dar origem a urbanizações ocorreram também em Almada, Alcochete, Moita, Palmela , Setúbal, e Montijo com a instalação do - bem visivel a partir do IC 32 - Parque Logistico.

Por este andar, mesmo aqueles que negam as alteraçõesa climáticas e o aquecimento global, compreenderão que este não é o caminho, mesmo que seja mais fácil chorar lágrimas de crocodilo pela distante Amazónia.
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Em Espanha a politica é outra e bem promovida na nossa televisão.

quarta-feira, outubro 11, 2006

É URGENTE PROTEGER O QUE RESTA !

A Betonização do Seixal continua galopante e sem critério inteligivel, para além dos interesses associados à proliferação de construção à custa da delapidação do património natural . Parece que o betão vai acabar amanhã e que é preciso gastá-lo todo hoje antes que se estrague, e de preferência todo na Margem Sul , nesta projecção que convidamos a ver está uma das zonas protegidas mais em perigo do Seixal, a Flor-da-Mata / Pinhal dos Frades.

terça-feira, outubro 10, 2006

COMERCIO , DISTRIBUIÇÃO , PRODUÇÃO E CONSTRUÇÃO NA MARGEM SUL , DO COOPERATIVISMO AOS GRANDES GRUPOS ECONÓMICOS 3











Aqui está uma foto de mais uma "Democracia (Dinastia) avançada no limiar do século XXI". O Senhor deputado Bernardino Soares lá sabe...

Vivemos na Margem Sul numa "Democracia avançada no limiar do seculo XXI" , não sabia que o desordenamento, a poluição, o crescimento urbano desenfreado, a explosão de grandes superfícies, o controlo das autarquias pelas empresas do betão e do crédito fácil tinha uma estratégia, uma politica, um programa e um nome, vou repeti-lo de novo chama-se a isto , que eu pensava ser "A Bandalheira", afinal é "Democracia avançada no limiar do século XXI" (clique para saber de onde vem e quais os seus fundamentos) .

Depois de questões aqui postas ontem resolvemos investigar esse enquadramento programático, tentando ao mesmo tempo encontrar a razão do abandono de uma bandeira de sempre do PCP na Margem Sul, o cooperativismo, e a razão da sua complacência perante os grandes grupos económicos cuja instalação tem facilitado nos concelhos por si dominados, e até de uma forma aparentemente descontrolada face à capacidade de consumo e endividamento das famílias.

O Mesmo acontece com as cooperativas de construção, onde tem sido dado protagonismo aos grandes grupos económicos cujo capital passou a ser transnacional (as autarquias PCP a abrirem-se à Globalização...) , para não falar na falência técnica da muitas das cooperativas , cuja personalidade juridica tem sido ao longo do tempo alterada.

Nessa busca do abandono do Cooperativismo encontrámos um interessante texto da autoria de Charles Reeve (clique) , mergulhei depois num marcante texto de Àlvaro Cunhal (clique) , que mostra o quanto a actual estrutura Distrital do PCP se tem afastado desta referência histórica, neste texto de 2001 Cunhal descrevia assim a Revolução Soviética e a importância do movimento cooperativo nesse enquadramento " No plano económico , a partir do controle operário, as terras, as fábricas, as minas, os transportes ferroviários, os bancos, passaram a pertencer ao Estado de todo o povo, determinando um fulgurante desenvolvimento.

A par das empresas do Estado, realizou-se uma profunda transformação da agricultura, com a colectivização agrícola, na qual sovkozes (unidades do Estado) e o movimento colkoziano de massas (cooperativas) desempenharam papel determinante".


Pouca evolução notamos deste texto já do século XXI, para um outro de Bento Gonçalves de 1935 em que é notório as cooperativas serem um mero meio para atigir um determinado fim :

" A nossa luta pela frente popular deve ser lançada no sentido de deslocar todas as organizações, grupos e elementos antifascistas do país para o trabalho com vista à utilização das possibilidades legais em toda uma série de organizações existentes no país envolvendo as largas camadas populares, pequeno-burguesas, etc.

Trata-se em primeiro lugar da utilização das Casas do Povo (que envolvem camponeses e trabalhadores agrícolas) e dos sindicatos agrícolas que incluem muitos camponeses médios; das organizações mutualistas que agrupam mais de 500 000 membros e das cooperativas, das associações comerciais e de retalhistas, das associações de locatários, etc"
.
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"Entrega aos assalariados rurais e aos cam-
poneses pobres (proprietários, rendeiros e
parceiros) das terras expropriadas. Divisão

e distribuição, nuns casos da terra para
ser explorada individualmente ou em coo-
perativas e estabelecimentos noutros casos (...)
tendo em conta a vontade das massas
camponesas." PCP 1974 a Reforma Agrária

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Afinal ao cooperativas eram só um meio para atingir outros fins...tal como o ambiente (certamente pensando na criação, "Os Verdes") a quem Àlvaro Cunhal se referia na sua luta pelo socialismo como "contra poder" : "Movimentos em defesa do meio ambiente, contra o poder e as decisões dos países mais ricos e directamente contra a “globalização”.

O curioso é que quando são as autarquias a ter o "poder" cerciam os movimentos ambientalistas de cidadãos (possivelmente porque são primeiro considerados erradamente "contra poder" e só depois "ambientalistas") , mesmo a sua forma mais básisa de expressão e manifestação, ridicularizando as suas propostas, ignorando as suas queixas e tomando partido afinal por quem supostamente deveriam normalizar em prole do bem comum...e da tal sociedade "sem classes"...

Afinal não é só o cooperativismo que esta gente põe na gaveta, é a honestidade e a coerência, se é isto uma "Democracia Avançada no limiar do século XXI" o que é que será um regime corrupto e oligárquico?



segunda-feira, outubro 09, 2006

COMERCIO , DISTRIBUIÇÃO , PRODUÇÃO E CONSTRUÇÃO NA MARGEM SUL , DO COOPERATIVISMO AOS GRANDES GRUPOS ECONÓMICOS 2


















Dos exemplos acima, Almada, Montijo, Alcochete e Seixal destaca-se como paradigmática e para entender as verbas envolvidas, a ultima imagem do LIDL Miratejo, ali foi demolido um recente , bem construido e bem mantido Mercado para em seu lugar se instalar mais um LIDL...


Recuperando um comentário ao ultimo post:

" NASCEM COMO COGUMELOS... já se ouve há algum tempo numa era em que vamos construindo centros comerciais em todo o lado... numa altura em que tivemos o maior da Europa, está para nascer o maior do mundo na Amadora! Esquecidos ou não estão os comerciantes de rua que encontram concorrencia feroz numa altura em que "as compras" são feitas contando todos os euros na carteira" - Comentário de 100 Smog.

E não é nenhum eufemismo ou um exagero, nascem, mesmo "como cogumelos" por toda a parte, nem interessa a apetência dos terrenos, mas essa questão de ordenamento ou falta dele é outra questão... O lado que gostaria de aqui trazer hoje é o exagero a que se chegou e as desculpas que os autarcas dão, defendia há algum tempo o alcaide do Seixal, que quantos mais, maior concorrência, mais baixos preços ... blá...blá...blá... vai daí num par de anos ter autorizado mais de meia dúzia destas formas de fazer comércio numa densidade nacional que não tem paralelo em nenhum outro país Europeu! Uma aberração!!!

Então se tomarmos em consideração o nivel de vida, o dinheiro disponivel ao fim do mês e a capacidade produtiva (PIB) do bom povo português , vêmos que só pode dar no que está a dar, na falência crescente das economias familiares , começando pelo crédito à habitação, outra vertente fomentada pelas autarquias no seu espirito betonizante.

Mas não querendo afastar-me do tema vêmos que a tal "concorrência" é afinal ditada pelas contrapartidas recebidas pelas autarquias, arruamentos, viadutos acessos , passeios ribeirinhos e outros adereços pré eleitorais, nem sempre os mais úteis e necessários, mas os mais vistosos e óbviamente , facilitadores do acesso a esses grandes templos do consumo...a sua grande virtude está na sua circulação interna - como vimos ontem - onde determinados veículos só nesses espaços assépticos podem circular, como cadeiras de rodas, carrinhos de bébés... uma vez que os centros urbanos na periferia dos quais os HIPER´S se instalam estão cada vez mais abandonados por quem de direiro, cada vez mais inóspitos e de mobilidade cada vez mais dificultada.

A consequência disto? A morte desses centros urbanos, por duas vias, pela concorrência comercial (desiquilibrada) que mata o pequeno comércio e pelos espaços pouco convidativos aos cidadãos que impede o acesso a esse mesmo pequeno comércio, fonte de vida dos centros urbanos ...

Na Margem Sul uma coisa questionamos, é que sendo uma região dominada há mais de trinta anos por uma força politica que apregoa outra interpertação do mercado, porquê então , tão fácilmente estas autarquias alinham dão despudoradamente com o sistema Bancário , Distribuição e da Construção , cujos lucros sistemáticamente criticam , bem como a precaridade do emprego por si criado ?

Ainda compreendo do ponto de vista "filosófico" o querer acabar com uma classe pequeno "burguesa" , trocando-a por lojas "Chinezas"... mas agora ter secado tudo o que era a esfera das Sociedades Cooperativas de Consumo e Distribuição , tão comuns nesta Margem ... transcende o entendimento coerente dos conteúdos programáticos do PCP para o século XXI...
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Aqui clique uma contribuição eco-visual nossa no www.pinhalfrades.blogspot.com

domingo, outubro 08, 2006

COMERCIO , DISTRIBUIÇÃO , PRODUÇÃO E CONSTRUÇÃO NA MARGEM SUL , DO COOPERATIVISMO AOS GRANDES GRUPOS ECONÓMICOS 1















SEGWAY - Centro Comercial Rio Sul Seixal


Numa semana em que vamos analisar a evolução do comércio na Margem Sul, começamos com um elogio às grandes superfícies, pela introdução de um veículo não poluente , facilitador da mobilidade e uma verdadeira alternativa para pequenas deslocações (aqui é usado na vertente de vigilância).

Falo obviamente do "SEGWAY", as imagens foram recolhidas no Seixal , não se tratam de ficção cientifica ou de um veículo inatingivel, ele está aí e a sua vulgarização depende por um lado de economias de escala que façam o seu preço baixar e por outro, da criação de uma rede viária que permita o seu uso.

Mas para já os parabéns pela vulgarização de um tal veículo num local visitado diariamente por milhares de pessoas e numa zona carente de alternativas viárias ao automóvel.
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Alguns videos sobre este veículo aqui (clique)...aqui(clique)...aqui(clique) e aqui(clique).

sábado, outubro 07, 2006

O DESPUDOR GERAL









Desde as sempre polémicas e frontais declarações da Drª Maria José Morgado que não se falava tanto em corrupção, de repente, com a divulgação e investigação (nunca antes acontecida) de um esquema de favorecimento na Armada, parece que se ganhou um elan de perda de impunidade que determinados sectores são fiéis depositários.


Se a PJ entrou no sacro-santo universo das Forças Armadas... e não para prender um praça investido nas funções de Cabo-de-Rancho , mas para tocar em oficiais superiores oriundos do restrito e elitista universo da Escola Naval onde o espirito de corpo conduz à protecção de grupo e ao voto de silêncio corporativo. Então, transpareceu para a sociedade, que afinal ninguém está seguro no seu palácio.

O elan que se vive no combate à corrupção faz tanto mais sentido quanto há toda uma economia paralela (não contributiva) que floresce em opulência paralelamente a um PIB para o qual não entra, e tal é visivel, pois numa análise aos indicadores económicos que nos põem na cauda da Europa algo de errado acontece quando nos deparamos com multiplos e generalizados sinais exteriores de riqueza nada coincidentes com essa avaliação do PIB .

Nunca é demais relembrar que uma das principais vitimas desta bandalheira é o ambiente, dos espaços verdes à qualidade dos espaços construidos , envolventes dos cidadãos, o jardim prometido mas não construido, a urbanização que não estava prevista para aquele local,a construção em reserva ecológica e agricola, os atropelos aos PDM's, os Planos de Pormenor, a Habitação com fins "sociais", a volumetria em violação aos Planos de Urbanização, às UNOP'S...

Como enuncia hoje Vasco Pulido Valente na sua crónica do PUBLICO:

"Suponho que tudo isto, de uma maneira ou de outra, sempre aconteceu.Acontece com certeza nas democracias da "Europa" (...). Só que em Portugal esta espécie de corrupção chegou a um grau inaceitável...
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Sobre a zona protegida no PDM do Seixal, como Mata e Maciço Arbóreo, da Flor da Mata em Pinhal dos Frades, um pulmão do concelho onde se pretende agora fazer passar uma via rápida de quatro vias, um nó de ligação e construir um Bairro de Realojamento, veja aqui o filme actual dessa zona verde excepcional, a preservar- pelas palavras do Plano Director Municipal.


sexta-feira, outubro 06, 2006

O DESPUDOR LOCAL














"Sem mentir, os politicos não ganham eleições, por regra. As excepções confirmam a regra. Sem serem voluntariamente enganados, os eleitores não votam em ninguém." José - Pinóquio?- Pacheco Pereira 4/10/06 SÁBADO
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Há , e não é de agora, uma desconfiança em relação aos politicos- sobretudo os que deveriam estar mais proximos do cidadão (os ditos autarcas) - por parte da sociedade.

Os casos de sistemáticos atropelos à lei, ou de um chico-espertismo reinante em relação à sua interpertação, são muitos e em nada abonam em favor do bom nome do poder local e da admiração e agradecimento que se poderia fazer aos seus actores.

Aqui na Margem Sul multiplicam-se estes nevoeiros, estas brumas que impedem de ver nitidamente, casos concretos depois de mais um ano de mandato ? Pois aqui vão eles:


- Em Almada mais um ano com a hipocrisia da "mobilidade", o que mudou desde o ano passado ? O Metro (clique) , nem um centimetro, apodrecem as estruturas construídas com o dinheiro dos contribuintes (portugueses e europeus) e sobre o sacrificio dos que suportaram obras atrás de obras. Apodrecem também as composições em Corroios, sim , que as composições estão paradas há um ano porquê, as birras da senhora dona presidente talvez expliquem grande parte...


- No Seixal, na ânsia de imitar Almada , empenha-se as futuras gerações (Futuros Paços do Concelho e já construido Parque Técnico - em "arrendamento a longo prazo" ao grupo A.Silva & Silva ...), retira-se protecção ambiental a lugares protegidos no PDM para dar de bandeja lucros a sociedades off-shore, utiliza-se emotivamente a construção de um Hospital , mas com o custo da destruição de mais uma zona natural, urbaniza-se a esmo... não houve o minimo de decoro na história da vinda do Benfica para o Seixal (clique) , continua a haver esgotos (clique) não só a serem despejados no Tejo, mas a correr a céu aberto espalhando maus cheiros e doenças, permite-se a instalação de grandes grupos económicos ligados à distribuição e à construção civil que florescem à custa do sobre-endividamento das familias...e depois lá temos o PCP a esgrimir contra os lucros dos bancos quando são as suas autarquias a favorecê-los...


- Na Moita segue-se a linha do que de mal se tem feito na Margem Sul (clique), e trocam-se zonas verdes por "Parques Temáticos " que farão frente até à Eurodisney... isto só nas suas cabeças, onde há também autarcas que contestam as alterações climáticas e o aquecimento global, alegando que a acontecer , a Finlândia e a Sibéria florescerão (clique) em termos de produção agricola...



- No Barreiro reina a decadência (clique) e o abandono das zonas do casco antigo e o ocupado pela primeira vaga de imigração dos campos do Alentejo para a Petroquimica...mas o senhor Xavier de Lima mostra que ainda não baixou os braços na sua longa labuta pela betonização da Margem Sul.



- O Montijo produz em série urbanizações quase todas iguais (clique) que crescem sobre campos agricolas, sobre olivais, sobre hortas, nascem hipermercados onde antes se produzia (à semelhança do Seixal - o grupo até é o mesmo ) as rotundas multiplicam-se decalcando todo o modelo errado que Almada e Seixal utilizaram com a Ponte 25 de Abril, agora aplicado à Vasco da Gama.



- Alcochete embora mais recatada e cuidada envereda pelo mesmo modelo de betonizar campos de cebolas (clique) e olivais até junto à bendita Reserva Natural do Estuário do Tejo...

E são estes os ambientes (cada vez mais degradados) de mais um ano de poder local na Margem Sul, um ano desde as ultimas eleições... mais um ano para alguns que completam mais de três décadas da mesma força politica no poder, mais um ano de degradação ambiental, de massificação urbana e daquilo que o senhor Presidente ontem tão bem alertou!!!
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Ode à Corrupção (clique)

quinta-feira, outubro 05, 2006

5 DE OUTUBRO









O Presidente da República apelou hoje a todos os portugueses para que se empenhem na luta contra a corrupção e na moralização da vida pública, sublinhando que esta é uma tarefa que cabe "em primeira linha" aos políticos.






"No combate por uma democracia de melhor qualidade devem ser convocados todos os portugueses, mas esta é uma tarefa que compete, em primeira linha, aos titulares de cargos públicos", defendeu Cavaco Silva durante a sua intervenção na cerimónia das comemorações dos 96 anos da proclamação da República.

Sublinhando que a corrupção "tem um potencial corrosivo para a qualidade da democracia, que não pode ser menosprezado", Cavaco Silva dirigiu uma "interpelação" a todos os níveis do Estado, desde o poder central às autarquias locais .

"A transparência da vida pública deve começar precisamente onde o poder do Estado se encontra mais próximo dos cidadãos", afirmou o presidente, chamando a atenção para "as especiais responsabilidades" dos autarcas nesta batalha. (in SIC online)
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Bem, o que dirão amanhã os politicos e autarcas , comparadas com as criticas que aqui são feitas no a-sul, e tão veementemente negadas... as declarações do primeiro magistrado da nação são bem mais contundentes, e , mostram afinal que o nosso registo está longe de ser desenquadrado da realidade!!!

Aqui o esclarecedor video do dia e também aqui

quarta-feira, outubro 04, 2006

A ILUSÃO DO PODER



















CITAÇÕES:

" Há quem considere que tomar o poder é chegar a uma sala, tirar o casaco, colocá-lo num cabide e esperar que as benesses lhe sejam servidas numa bandeja. É isso que faz com que muitos politicos sejam presa fácil de todos os interesses" (Fernando Sobral, Jornal de Negócios
03/10/06)


"Um país que coloca, num prato da balança , o bom desempenho da economia e a redistribuição da riqueza e no outro os métodos pouco ortodoxos de fazer politica e prefere manter a aposta, é um país desesperado e que já não acredita nas receitas tradicionais". ( João Morgado Fernandes , Diário de Noticias 03/10/06)

"Os contribuintes não aguentam mais fraudes alimentadas pela vaidade de autarcas-pavões e governos sem norte. O limite dos cofres públicos foi atingido. As contas bateram no fundo" (André Macedo, Diário Económico , 03-10-06)
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AQUI (Clique) O Poderoso do video do dia...

terça-feira, outubro 03, 2006

CORRUPÇÃO E TRÁFICO DE INFLUÊNCIAS 2











Ontem deixámos aqui a ideia da normalidade pantanosa em que se tornou o nosso dia a dia, uma "normalidade" em que os mecanismos corruptivos se tornaram tão comuns que integraram naturalmente o estado nos seus vários patamares , tão bem, que com ele se confundem, uma normalidade "Democrática" em que "todos são iguais" mas há se
mpre alguns mais iguais que outros...à custa de todos...

Ainda por cima confundem o bem comum com o seu bem pessoal, o território de todos como a sua coutada própria , a sustentabilidade ambiental a longo prazo, com os seus interesses no imediato, é um país em que determinados cargos, para além de determinada função corresponde uma determinada "benesse" ... noblesse oblige...como agora se viu na Armada, porquê? Porque "sempre foi assim" porque é preciso não destapar o passado,não fazer ondas e mais que tudo, não mudar. Atinge-se então a perfeição , "tudo" se eterniza e nada se altera, ou mudam tão só as moscas... ou os seus filhos, nascem assim as dinastias, no Futebol, na politica...

No Centralão Democrático em que vamos oscilando , a coisa vai-se alternando mais ou menos ao sabor do desgaste de uma ou outra parte, na Ditadura Comunista da Margem Sul, o determinismo de trinta e tal anos de ditadura, de manutenção de interesses, permitiu a instalação de um território à parte, muito com culpas para outras forças politicas que se demitiram do seu papel de oposição durante décadas , por força de um mecanismo estalinista bem instalado ou por falta de figuras de proa que fizessem balançar esse poder fora do tempo e do contexto.

Tudo isso levou ao instalar de teias de poder, de clientelismos vários e com ela às dependências que hoje reconhecemos, e que nos conduziu a um endividamento autárquico monstruoso, a um delapidar brutal e acelerado recursos e de território, a par de um imobilismo só quebrado em ano de eleições, chegando-se ao cúmulo de obras estarem paradas quatro anos à espera de nova época eleitoral, e só então se acaba com pompa e circunstância (e ausência total de vergonha) o que quatro anos antes começou, ou então tiram-se os cartazes das promessas não cumpridas para pôr noutra freguesia...













Temo que por exemplo o Metro Sul do Tejo seja um exemplo maior de um tal dispôr impunemente de fundos publicos e comunitários em função de um exercício de continuidade no poder, tal como muitas outras obras, muitos outros projectos que só servem para traficar influências e pagar favores, alimentando uma máquina jurássica (clique) mas bem afinada jogando num outro campeonato da "democracia"... ou numa outra "democracia"...

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Não generalizamos... (clique).