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quinta-feira, outubro 26, 2006
SEIXAL - A SIDERURGIA DO BETÃO 3
Durante os dois dias em que aqui discutimos este tema, para além das questões por nós colocadas, parece que para alguns , ou para algum partido, a construção de 1500 fogos nos terrenos da actual Siderurgia é um tema de vida ou de morte.
Tratar-se-á de engenharia eleitoral com os habitantes criteriosamente escolhidos por entre determinada fileira partidária ? Será porque as mais valias contemplarão, como recentes urbanizações na zona, alegadas entradas financeiras para os cofres de alguma força partidária envolvida ?
Uma coisa é certa, para alguns não é discussão urbanizar um terreno industrial, como ontem em Paços de Ferreira não é questão plantas três fábricas da IKEA em terrenos de reserva agricola, como não levanta qualquer preocupação desmantelar navios em Alhos Vedros... bom, teremos talvez o ambiente que merecemos...só lamento as futuras gerações que ainda nada contribuiram para este estado de coisas e vão levar com a pesada herança.
Mas para outros, há questões a responder , que foram aqui colocadas por alguns leitores e que passo a destacar:
- "Há mais ou menos um ano atrás já havia alertado aqui para esta negociata que estava a ser cozinhada com os terrenos norte da Siderurgia Nacional... e cá está! confirma-se o que já era sabido!
Gostava apenas de deixar aqui umas perguntas, muito embora não seja este o espaço público de intervenção que a CMS tanto apregoa - mas esse, a Assembleia Municipal, é uma vergonha e ninguém pode ter voz discordante!
- Qual é o interesse deste projecto? mais casas? mais população para o concelho?
- Não percebo qual é também o interesse da SNEGES na promoção imobiliária, uma vez que supostamente existem para fazer a promoção e gestão do parque industrial? será por o actual presidente ter anteriormente trabalhado na Teixeira Duarte? estamos a falar de um projecto de requalificação urbana ou de mais um projecto de especulação imobiliária?
- As industrias pesadas vão-se manter no mesmo sitio? segundo se diz, a Lusosider já informou que a construção de habitação ao lado da sua fábrica implica a sua saída do local. Mas alguém acredita que estas empresas se vão manter no local com habitação massificada ao lado? sujeitas a "ouvir" os protestos dos moradores???
- Por fim, quando estas empresas decidirem ir embora, porque, em primeiro lugar, as expectativas que presidiram à sua instalação se alteraram e, em segundo lugar por não quererem ter "problemas", quem vai ser o sindicalista designado para se por à porta das mesmas a queixar-se da deslocalização e da inacção do governo? será que vai dar direito a discurso na festa do Avante e a artigo no folhetim municipal?..." (Anónimo)
E mais:
(...) Que eu saiba para se construir é preciso autorização da câmara, então bastava a câmara impor um travão na dita construção e não tínhamos chegado a este ponto! E o mais ridículo é a câmara continuar a licenciar e a deixar construir num concelho que tem excesso de casas! Jardins, ciclo vias, parques verdes para a prática de desporto e contacto com a natureza nem vê-los!
Nós que vivemos no Seixal por vezes nem nos apercebemos da realidade ou chegamos a um ponto em que nos habituamos a ela. Há pouco tempo um amigo foi-me visitar e passamos pela zona de Pinhal de Frades.... ele ficou chocado com aquilo, desde não haver passeios, jardins, haver cabos por tudo quanto é lado, a famosa linha de alta tensão etc etc... lá tentei convence-lo de que o Seixal não era aquilo, mas a verdade é que aquilo tb é Seixal! Seixal que é governado pelos mesmos desde de 74! (António)
Ou ainda estas colocadas aqui (clique) há um ano atrás:
"...Já por diversas vezes aqui denunciei esta situação, nomeadamente a reconversão de terrenos industriais em terrenos urbanos,construindo uma mega-urbanização de 5000 fogos nos terrenos da Siderurgia (estamos a falar só!) de uma estimativa de 15.000 habitantes! só!).
Isto coloca-nos várias questões que era interessante ver respondidas por quem de responsabilidade:
1) Qual o interesse em reconverter aquela zona para habitação? Há falta de habitação no concelho? As perspectivas de aumento populacional justificam esta reconversão?
2) Quanto à coexistência entre Fábricas e habitação? As fábricas vão embora? Vão ser insonorizadas para não incomodar os habitantes? Vamos deixar fechar aquelas fábricas e promover a instalação de industrias menos poluentes? Que planos existem?
3) Durante trinta anos, funcionou ali uma siderurgia, com toda a poluição que isso acarretou, nomeadamante pela contaminação dos solos por poeiras de minério e outros poluentes. Essa situação está acautelada? Quem vai pagar a limpeza dos terrenos? São os promotores imobiliàrios? É a Urbindustria?, ou seja, o Estado? É a CMS? ou não se vai limpar nada e é só construir?
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15 comentários:
Este post só demonstra as mentiras do ponto verde, pois há um ano atrás falou em 5.000 fogos, e quinze mil pessoas. O plano aprovado limita os fogos habitacionais a 1.500, ou seja 30% daquilo que o ponto verde dizia, e mesmo assim este senhor tem a ousadia de vir falar em escândalo, o que ele devia era dar os parabéns à Câmara Municipal do Seixal!
Caro Senhor Afonso, dignissimo defensor da betonização do seixal e da margem Sul, os 5ooo fogos de há um ano foram os então divulgados como tão bem sabe... o que não quer dizer que não se venha a verificar, é que nesta fase só foram anunciados ainda e só os fogos "a custos controlados"...
As mentiras que refere são questões legitimas dos cidadãos. Onde, no programa eleitoral dos VERDES / PCP estava a betonização da Siderurgia, da quinta da Trindade, da Quinta dos Franceses, da Quinta do Outeiro, da Flor da Mata ????????
É mentira senhor ponto verde quem mandou esse número para o ar, foi o senhor!
O que na altura foi dito foi que o plano a elaborar tentaria ser autosustentado, ou seja que pagaria as despesas com a descontaminação dos solos da Siderurgia e a recuperação dessa vasta área, bem como que a zona habitacional prevista não seria superior a 20% da área de intervenção.
Assim se vê as mentiras do Ponto Verde!
E o que acha o senhor doutor Paulo Silva deste texto do Ponto Verde?
Nos anos setenta vastas parcelas de terreno no concelho de Santiago do Cacém foram expropriadas por uma ideia, a do Gabinete da àrea de Sines. A maioria dos terrenos não foi utilizado, outro não foi utilizado para o seu fim original e mais grave muitos outros foram entregues a terceiros com outras acividades que não as relacionadas com o GAS (Gabinete da Área de Sines).
Nos terrenos do Seixal. o mesmo se passou, a maioria dos terrenos não foi utilizado para uma hipoética expansão da Siderurgia, tendo a própria Siderurgia mudado as suas finalidades e objectivos. Foi em parte desses terrenos (expropriados e destinados à Siderurgia) criado um parque para instalação de outras empresas, e da própria Câmara Municipal... um fim que não o que levou à expropriação da Quinta da Palmeira entre outras, agora fala a Câmara do Seixal num mega projectro imobiliàrio, relembra-se, em terrenos expropriados para a instalação da Siderurgia do Seixal, um designio nacional.
Nos terrenos de Sines, veio agora o Supremo Tribunal Administrativo dar razão aos anteriores proprietários , obrigando o Estado a devolver-hes os terrenos , por não terem sido utilizados no objectivo que justificou a expropriação. Este acordão poderá abrir um precedente de "consequências imprevisíveis" como se publicava ontem no PUBLICO, até para o Seixal , é que há muito que a situação juridica do Parque Industrial do Seixal e os anteriores proprietários expropriados para a construção de uma Siderurgia, está por esclarecer.
Se o Senhor João Afonso fosse sério, ou soubesse ler , veria que o texto acima publicado se trata do comentário do leitor (lb) aqui publicado, baseando-se em números dados pelo site da Empresa envolvida, já agora era instrutivo um comentário ao comentário anterior que sita , esse sim um texto por mim assinado há cerca de um ano.
Continuo a achar que a Familia Almeida Lima, expoliada pelo Estado e António Champallimaud, tem direitos sobre os terrenos que foram expropriados com outra finalidade (Siderurgia) baseando-se no interesse Nacional do projecto, o que não acontece com o projecto imobiliário em questão, nem , diga-se de passagem , com o Parque Industrial do Seixal...
Agora para o heterónimo Paulo Silva, sabe que em 300 hectares - TREZENTOS HECTARES - se pode encontrar sítio patra localizar um hospital...só que não dá nas vistas como à beira da A2 como sabe também esse negócio do hospital no Sitio Rede Natura 2000 onde pretendem localizar o ex-futuro hospital do Seixal, é indissociável do projecto que inclui campos de golfe para a Flor da Mata.
Com os actuais cortes orçamentais e fecho de urgências, maternidades, e com a nova ponte entre Seixal e Barreiro, não há razão para construir o novo hospital do Seixal, mas sim , mais lógico, requalificar o já existente Hospital do Barreiro.
Até parece que foi a Câmara Municipal do Seixal e o PCP que expropriaram os terrenos à familia Almeida Lima...
Tenho seguido à distância esta polémica que fará correr ainda muita tinta.
Sobre o anterior comentador que vindo de quem vem leva sempre os temas para o lado desconversador;
-Não, não foi o PCP de então, digno, recto , sofrido, lutador, resistente e na clandestinidade que expropriaram aquelas propriedades agricolas das quais fazia parte a Quinta da Palmeira.Esse PCP e esses membros sempre tiveram o respeito, no Seixal, de toda a gente.
Tenho a dizer que os proprietários no que não foi expropriado dos terrenos da Palmeira, permitiram que as hordas de imigrantes do Alentejo se instalassem nos seus terrenos.
A questão aqui é que o PCP (empresa) de agora, que nada tem a ver com o PCP de antes do 25 de Abril, e a corja de oportunistas que alberga no Seixal ,bem como a Câmara do Seixal se preparam para aproveitar o saque!!!
O Terreno foi expropriado para um fim Nacional!!! O que agora não é manifestamente o caso.
lamanto, como seguidora e participante habitual neste forum, que os membros habituais do PCP não tenham conseguido responder a uma única das questões postas.
"Até parece que foi a Câmara Municipal do Seixal e o PCP que expropriaram os terrenos à familia Almeida Lima... " mas é o PCP através da camâra que está a betonizar o concelho assim como toda a margem sul!
"lamanto, como seguidora e participante habitual neste forum, que os membros habituais do PCP não tenham conseguido responder a uma única das questões postas."
Infelizmente acontece muito por aqui.
Quando não se consegue responder desconversa-se, foge-se ao tema, trocam-se acusações...mas as questões principais permanecem.
Realmente a construção de 1500 fogos têm muito pouco de "interesse Nacional"...
Este André Santos intitula-se como "seguidora"... Das duas, uma ou é gay, ou então é um nome inventado...
D.ª Joana,
Tiro-lhe o meu chapéu!
Quantas verdades com tão pouca tinta...
É bom que os farsantes se autodenunciem, o tal João Afonso sobre a especulação imobiliária na Siderurgia diz "parabéns à Câmara Municipal do Seixal!"
Anônimo disse...
"Este André Santos intitula-se como "seguidora"... Das duas, uma ou é gay, ou então é um nome inventado..."
Você, seja lá quem for, percebe realmente muito pouco do que quer que seja.
Das 2 hipoteses errou as duas e nem me conseguiu ofender com categoria.
E depois, ainda o tenta fazer num espaço que em nada tem a ver com o assunto.
"Seguidora" era parte da citação da user joana lima.
Se não percebeu...não me admiro.
Vá, acorde lá para a vida e faça algo de util.
Cumprimentos.
Estes cromos para além de broncos e não acertarem nos alvos que pretendem idenfificar, para isolar e atigir, são do mais conservador que por aí anda, e além disso homófóbicos de primeiro grau.
Já se sabia que eram racistas por porem sempre os bairros sociais , arrumados por étnias , segregados e longe das outras pessoas. Está-se sempre a aprender com estes "democratas" do poder local.
Agora a última é, se não és Comunista és maricas, isto nem na escola primária!!!
ja agora gostaria de saber se a siderurgia ainda continua a funcionar
obrigado
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