Blogue Ambientalista da Margem Sul / Portuguese Environmental Blog "Pense Global , Aja Local" Save the Portuguese Forest / Salve a Floresta Portuguesa
segunda-feira, abril 30, 2007
METRO SUL DO TEJO - DIA VIP
O Metro Sul do Tejo lá foi finalmente inaugurado , com pompa e circunstância e com a presença do Primeiro Ministro José Sócrates. Estes dias valem, por serem as poucas circunstâncias em que governantes, de ministros a autarcas, partilham os transportes publicos com os demais cidadãos, nos demais dias já sabemos como é.
De salientar, para além do que a imprensa vai escrever ou a televisão vai mostrar, o facto de nenhum politico ter pedido desculpas aos utentes e contribuintes, pelo atraso de perto de dois anos em que o Metro devia ter entrado em funcionamento, e o facto de o que seria suposto ter sido inaugurado em Dezembro de 1995 era uma distância bem maior que a que entrará em funcionamento amanhã.
Este troço servirá apenas para a estrutura e as composições paradas na garagem há dois anos , não se degradarem mais, pois que este percurso agora inaugurado não será , nem rentável, mem apelativo para a maioria das pessoas uma vez que liga sómente Corroios à Cova da Piedade sem qualquer lógica, e funcionalidade e é redundante , pois é servido por autocarros (em maior extensão) e pelo Comboio Fertagus. Bom, mas sempre é um principio!
De assinalar o fiasco da manifestação convocada pela autarquia ("Comissão de Utentes") do Seixal para protestar contra os erros encontrados no escasso percurso no seu concelho, é que ainda há dias "Alfredo Monteiro assegura que “a Câmara não é responsável” e apela à mobilização da população, cuja participação considera imprescindível, no próximo dia 30 de Abril, aquando da inauguração do primeiro troço do MST que irá fazer a ligação entre Corroios e a Cova da Piedade.
... Assim se vê... o Bluff que é o PÊCÊ!!!
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Os agradecimentos à mão amiga que nos fez chegar o vídeo do acontecimento.
domingo, abril 29, 2007
sábado, abril 28, 2007
DE ESPANHA... UM BOM ALERTA
Em Portugal, sobretudo nas duas últimas décadas , construíu-se demais, em qualquer sítio , de qualquer maneira e com pouca qualidade na maioria dos casos.
Os Planos Directores Municipais , também eles inflacionados em relação à população (real) existente e expectante nada ordenaram,mais , ainda criaram brechas permitindo a construção em zonas definidas como de não construção (caso aqui visto ontem), resultado: O país desordenado e feio que hoje temos!
Tão grave quanto isso, os Portugueses endividaram-se para lá dos limites (permitindo lucros brutais à Banca) estando muitas familias para lá da banca rota, mas somos dos países da Europa com mais proprietários imobiliários, na maioria dos casos de apartamentos sem qualidade, sem sol, húmidos, quentes no Verão, autênticos frigorificos no Inverno , mas continuou-se a construír e a comprar e vender muitas das vezes sómente com fins especulativos, muitos têm alertado para a irrealidade e gravidade desta situação , há casas a mais para a população e a Margem Sul é um mostruário disso mesmo.
As Câmaras Comunistas, se por um lado contestam os lucros bancários, por outro são subservientes da construção e dos construtores , dando à banca os lucros que depois consideram pornográficos. Hoje o cenário é assustador, para além de um desordenamento brutal, muitos arriscam agora, muito ou tudo perder, veja-se o exemplo que vem de Espanha:
Do Publico de 25 de Abril de 2007:
"Começou a acontecer o que muitos analistas temiam: a aterragem forçada do sector imobiliário ou o rebentamento da bolha especulativa em Espanha. A derrocada começou com a imobiliária Astroc, que anteontem perdeu mais de 37 por cento e ontem mais de 20 por cento.
O efeito de arrastamento foi imediato, contagiando todas as outras empresas imobiliárias, de construção e alguns bancos. A espelhar o ambiente de pânico de muitos investidores, o principal índice da bolsa de Madrid, o IBEX 35, perdeu 2,73 por cento, quebrando a barreira dos 14.700 pontos.
A desvalorização dos últimos dias envolveu de imediato os restantes sectores, incluindo a banca, duplamente exposta à actividade imobiliária, uma vez que muitos empréstimos têm sido garantidos com acções das próprias empresas."
e Do Editorial do PUBLICO (Paulo Ferreira)
(...) A febre do imobiliário fez com que dois em cada três espanhóis sejam, hoje, proprietários de casas , quase o dobro da percentagem média europeia. Apesar disso, muitas casas continuam vazias, porque já não se vendem ou porque muitas compras foram motivadas pela tentativa de fazer dinheiro rápido.
O risco que agora existe, potenciado pela subida das taxas de juro, é o de assistirmos a uma forte queda de preços e de arrefecimento da procura que deixará muitas famílias, empresas e bancos com elevadas perdas reais ou potenciais.
O cenário é sombrio mas real. Como real será a sombra que isso fará à economia portuguesa.
sexta-feira, abril 27, 2007
MAIS UM ESCÂNDALO LUSITANO
Há temas importantes para a comunidade em geral, e até para a credibilidade das instituições democráticas, mas onde a sociedade civil parece estar à frente da agenda politica e do legislador, o exemplo é de tal forma que na Moita é um grupo de cidadãos que está a organizar uma conferência nacional sobre um destes temas...desconfortáveis (?) no caso um dos temas aí abordados, serão as mais valias imobiliárias.
As mais-valias têm sido ao longo dos anos tema de café, casos há tão escandalosos por inclusivamente porem em causa o ambiente e o bem comum que têm provocado pequenas revoluções locais, estou-me a lembrar do caso da Flor da Mata no Seixal .O caso que despoletou esta conferência é outro caso exemplar e incontornável , a revisão do PDM da Moita, um PDM de segunda geração que vai trazer ainda mais construção.
Os últimos anos têm sido de um "fartar vilanagem" imoral, um El-Dorado para o chico espertismo socialmente consentido, óbvio que não é qualquer um que tira partido deste esquema "legal" (ou é beneficiado ao acaso), normalmente não são os proprietários tradicionais dos terrenos que enriquecem , mas sim gente com ligação à construção civil, às autarquias e até, diz-se, aos partidos politicos (daí o statusquo).
Esta semana, vem publicado na revista VISÃO um excelente artigo sobre o tema que recomendo desde já a sua leitura na íntegra, o artigo é de Tiago Fernandes e cito um pequeno excerto:
" (...) Jogar no Euromilhões é uma das formas de ganhar fortuna, sem grande esforço. Outra, com probabilidades mais risonhas, é ser-se dono de um pouco valioso terreno agricola e, numa revisão do Plano Director Municipal (PDM), ver este solo reclassificado como urbanístico ou industrial, vendê-lo com uma valorização de 5, 10 ou 15 mil por cento e ficar milionário.
(...) a autarquia trata da papelada e com um simples acto administrativo produz riquezas colossais. Helena Roseta, bastonária da Ordem dos Arquitectos (OA), fez as contas : entre 1985 e 2000, cerca de 55 mil hectares foram urbanizados com construção, comércio e industria.
A uma média de 2 milhões de euros por hectare, «estes terrenos tiveram uma valorização de mais de 110 mil milhões de euros» quase 5% do PIB, em cada ano, tomando como referência os 155 mil milhões da riqueza criada em Portugal , em 2006 (...)
(...) «Ainda que os proprietários não façam nada com o seu terreno reclassificado, ficam com o valor do seu activo altamente inflaccionado o que lhes traz muitas vantagens, por exemplo na obtenção de crédito. Ou seja, sem terem feito nada, ganharam. Para mim, é enriquecimento ilícito » (...)
(...) Para Joanaz de Melo do GEOTA ... «em Portugal, está montado um esquema de especulação fundiária, com a conivência de autarcas, técnicos e promotores imobiliários» Joanaz de Melo indica outro dado : toda a área dada como urbanizável pelos PDM daria para 40 milhões de habitantes.« Setenta mil desses hectares jamais verão qualquer construção. São terrenos reclassificados apenas para fazer subir o seu valor». (...)
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Governo anuncia medida onde arrisca consequências perigosas para o ordenamento territorial pois deixa a duvida , de que dando mais autonomia às autarquias, tal venha a melhorar o planeamento e situações como as que o post denuncia. Leia aqui a noticia (clique).
quinta-feira, abril 26, 2007
INTIFADA AUTÁRQUICA ACABA NO TRIBUNAL
“Arranjem lá um grupo e corram-nos à pedrada”
O presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas (PSD), que também preside à Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), é alvo de uma acusação do Ministério Público devido a ter dito na assembleia municipal da cidade que os fiscais do Ministério do Ambiente deviam ser corridos à pedrada.
O que motivou a polémica frase foram as frequentes queixas dos presidentes de junta sobre a actuação dos funcionários do Ministério do Ambiente, designados por vigilantes da natureza.
As suas declarações foram vistas pelo secretário de Estado do Ambiente como uma instigação pública a um crime de prática de actos violentos, para a qual o Código Penal (artigo 297) prevê pena de prisão até três anos ou multa.
Após uma primeira análise, a Procuradoria-Geral da República encaminhou o caso para o Ministério Público de Viseu. A noticia que pode aqui ler na íntegra é do PUBLICO, pela nossa parte escrevemos na altura isto sobre o caso (clique)
quarta-feira, abril 25, 2007
BLOGOSFERA "DE ABRIL"
Hoje 25 de Abril de 2007, a cidadania que no post de ontem aqui se apelidava de "activista", tem novos meios de divulgação, novas formas de comunicação, ou não tivessem visto estes ultimos anos uma evolução impar nos meios e nas formas de comunicar.
Há trinta e três anos foi preciso ocupar uma rádio para transmitir uma senha e emitir comunicados, hoje, bem hoje seria impensável a ditadura que então vivíamos, mas se tal acontecesse, era provável que tudo tivesse sido despoletado por um fervilhar de opiniões num blogue clandestino e anónimo, tivesse depois tomado corpo em e-mails de circulação mais ou menos restrita e depois tudo tivesse arrancado para a rua como uma rave, através de um SMS.
Os tempos são outros, embora haja mentalidades e ideologias cristalizadas como antes , essas conhecemo-las bem por estas bandas e são a prova que a principal Revolução não passou (ainda) por aqui, ouvir Cunhal em 1975 a falar que há " regiões , e vastas regiões do país onde não se pode considerar que existem liberdades democráticas ... onde há bandos...milicias de caceteiros que perseguem os democratas que ousam ler tal ou tal jornal" hoje tais declarações serviriam ainda...33 anos depois... que nem uma luva para uma região que conhecemos bem... e para gente que só melhorava a frase substituindo o "democratas que ousam ler tal ou tal jornal" por "democratas que ousam ler ou escrever em tal ou tal blogue"... assim se vê a fossilização do ...
Os ataques a esta forma de expressão (após 33 anos de Liberdade e Democracia) são diários e vêm desde o Primeiro Ministro... a outras altas figuras do Estado (como o Procurador da Republica) , hoje veio mais uma de um jornalista (Luis Bonixe) , embora nesta semana " de Abril" tenham sido também escritos sobre o tema dois excelentes artigos, um de Helena Vieira no PUBLICO , já aqui citado, outro no Expresso da autoria de Daniel Oliveira ( daniel@netcabo.pt) que passo a citar:
"(...) Quem fala da blogosfera não está a falar de nada. Há blogues literários, politicos, de fãs de cantores pimba, de empresas, de adolescentes, de escritores frustrados e não frustrados, de culinária, de mulheres nuas, de medicina... Há blogues de anónimos que assinam o que escrevem, de anónimos que não assinam e de figuras públicas. Há até blogues de colegas do procurador e do Primeiro Ministro.
Basta ter acesso à internet para fazer um blogue. E basta entrar na rede de blogues para ser citado e espalhar noticias falsas ou verdadeiras. O boato e a mentira não nasceram com a blogosfera. Nasceram quando o homem inventou a palavra.
E para os blogues aplicam-se as mesmas leis que para qualquer outro meio. Só que os blogues são uma concorrência poderosa à centralização do maior de todos os poderes: o da informação.
Um pobre diabo sem estatuto a dar opiniões e a espalhar noticias, aí está o maximo descaramento da democracia.
Por isso, não precisaremos de esperar muito para que se multipliquem os candidatos a entregar-se à urgente tarefa de disciplinar esta "vergonha".
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Enquanto escrevi estas palavras ardiam lá fora 15 minutos de fogo de artificio, quanto terão custado? Quem terá pago? O que poderia ter sido feito para a melhoria real e perene das populações com uma tal quantia, poderiam ter dado uma casa decente a uma familia carenciada por exemplo, pão a alguém com fome, medicamentos a quem deles precisa , ou livros a estudantes que os não podem comprar seria uma forma verdadeira de comemorar Abril (a paz...o pão...saúde...educação...habitação) , assim foi só mais propaganda!!! E já vai quase nos vinte minutos...vinte e cinco minutos!!!
Não foi para isto que fizeram Abri!
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O 25 de Abril está hoje mais perto de ser o que sempre deveria ter sido, não propriedade dos partidos, mas dos cidadãos, dos Movimentos Civicos, da cidadania activa !
terça-feira, abril 24, 2007
PORTUGAL AINDA O ATRASO , 33 ANOS E MUITOS FOGUETES DEPOIS
Combino Ulm
Combino Basileia
A Promessa : "Com a disposição de uma estrela de três pontas (Univ. Monte Caparica, Cacilhas e Corroios) a primeira das três fases do metro de superfície deverá ficar concluída em 2005 e terá 19 quilómetros de extensão."
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Este caso ultimamente aqui focado (MST) , um dos maiores escândalos do país de momento , apesar do "alheamento" dos media , mostra a forma como determinados poderes, ditos locais, o têm exercido ao longo destas décadas de democracia.
A forma como é tratado o bem publico e manipulada a informação são duas faces de uma moeda onde a margem sul e o país têm ficado a perder.
Basta saír para a rua em Almada ou no Seixal e olhar para quilómetros de via de metro ... sem uma composição que ali tivesse passado com passageiros nos últimos dois anos para perceber o quanto nos separa ainda da Europa e das imagens aqui publicadas de projectos iguais aplicados a outras cidades...
Helena Matos escreve ainda hoje no Publico, a proposito de França e das eleições francesas, um texto muito inteligente, onde os comunistas (em maioria há trinta anos na margem sul) quase que desapareceram , quanto à analista, por uma falta de resposta a questões novas como aquelas trazidas pela imigração ou/e pela globalização, passo a citar:
"(...) O declínio dos comunistas pode ser explicado pela falta de respostas para questões como estas. Também pelo desaparecimento da URSS. Pela falência do modelo marxista... Mas esse declinio, que levou a que os militantes comunistas sejam olhados hoje quase como uma reliquia, propiciou o aparecimento duma outra figura, o chamado activista (...)
(...) Os activistas e o activismo deram-se bem com o caldo de culturas resultantes da queda do Muro de Berlim. Mas não só. Ser activista é sem dúvida muito mais moderno do que ser militante. Por outro lado, o activista é um ser desembaraçado do passado. Não há Gulags que o embaracem, nem odes a Estaline que os comprometam. Não há países amigos. Apenas experiências alternativas e o retrato do Che.
O activismo é uma espécie de militância versão light. Sem sabor, mas não isento de efeitos secundários,. Como bem se vê em França (...)"
O PCP sabe disto, ou não tentasse o partido, fazer passar por activistas na blogosfera alguns dos seus destacados militantes, ou pôr esses seus peões, enquanto militantes a fazer uma guerra a quem como nós provoca humildemente e dentro das nossas posses cidadãs um certo activismo de cidadania ambiental.
É mais um sintoma de desajuste do PCP aos novos tempos, tal como é a guerra surda feita à entrada em funcionamento, o mais breve possível do Metro... protelando esse inicio para o mais próximo das eleições, pouca mossa lhe fazendo ser um gasto brutal para o erário publico, ou um descomunal incómodo para os cidadãos ou mesmo um crime ambientalmente falando.
É mais uma prova da decalage que nos separa da Europa , fácil é identificar na margem sul, o pensamento de quem contribui para esse distanciamento civilizacional, compreensivelmente para retardar a sua extinção mas facilitando a quem está fora do poder e dos circuitos do tráfico de influências a demonstração do como são socialmente parasitários e dispensáveis enquanto meros gestores do seu oportunismo.. em que na realidade se transformaram nas últimas décadas, perdido que foi o romantismo , a clandestinidade e o mito do paternal líder.
segunda-feira, abril 23, 2007
COMBINO A CIRCULAR NO MUNDO - (NO SEIXAL, HÁ 2 ANOS NA GARAGEM) 3
Combino Horoshima - Japão
Combino Kaoshiang (Coreia do Sul)
Combino Melbourne (Austrália)
Combino Nordhausen (Alemanha)
Combino Posdan (Alemanha)
Sabemos que os exercicios comparativos não são bem aceites pelos nossos autarcas, tem sido assim com as ciclovias, a criação de espaços verdes, a defesa de espaços naturais... não cai bem aos autarcas da margem sul terem pontos de referência de qualidade , aliás, sempre que podem voam para destinos mais tropicais, optando pelos calores do Brasil ou de CaboVerde, onde os exemplos são outros...
Quanto à comparação trazida nos ultimos dias espera-se que tenham aprendido alguma coisa ao visualizar o enquadramento urbano e verde das linhas, que se tenham envergonhado da qualidade dos espaços criados na margem sul em comparação com as imagens dessa Europa fora onde têm o mesmo tipo de composições Combino , que nós por cá nos damos ao luxo de não utilizar.
Os autarcas/tecnicos do Seixal encontraram muitos "defeitos" no projecto ... esses "defeitos" certamente que já poderiam ter tido alertas ao longo destes dois anos de atrasos...mas certamente que estes não impedem ou põem em segurança a circulação das composições que volta e meia vemos em testes... até circularam bastante nos dias antes das eleições autárquicas ... tudo se trata de pura agitação e numa forma desonesta de fazer politica, mas isso não nos admira.
Por aqui se desmonta , não ter sentido e não ser este projecto uma "porcaria" dada pelo Poder Central como tiveram o desplante de afirmar há dias autarcas do Seixal , e que por essa razão, por ser "uma porcaria" cheio de "defeitos" iriam protestar quando a primeira linha fosse finalmente inaugurada no dia 30. O projecto e as composições parecem ter uma garantia de qualidade, a sua gestão pelas autarquias de Almada e Seixal é que foi uma vergonha.
Admiramo-nos é que um projecto como este tenha os atrasos que tem tido e nos possamos dar ao luxo de que as mais de duas dezenas de composições se degradem sem uso na garagem o que também acontece com as vias, as estações...
Mas as autarquias sabem o que estão a atrasar, por exemplo o descritivo publicado pela Câmara do Seixal - "O projecto Metropolitano Ligeiro da Margem Sul do Tejo contempla ainda o reordenamento e requalificação do espaço urbano, através da criação de novos espaços pedonais, ciclovias, espaços verdes, parques de estacionamento, modernização das redes de infra-estruturas não viárias (água, saneamento, gás, electricidade, telefones, semáforos, televisão por cabo), o que implica uma melhoria da qualidade ambiental e da segurança de circulação, e constituindo um meio para a valorização do espaço público, do ambiente urbano e da qualidade de vida das populações."
Seria um estudo interessante verificar como nos exemplos dados, se executou o projecto, quantos quilómetros, quantas linhas, quantas estações, quantas composições ... e em quanto tempo estava a funcionar e já agora qual o custo!!! Seria um exercicio curioso.
domingo, abril 22, 2007
COMBINO A CIRCULAR NO MUNDO - (NO SEIXAL, HÁ 2 ANOS NA GARAGEM) 2
Combino Budapeste
Combino Dusseldorf
Combino Erfurt
Combino Freiburg
Continuamos a mostrar veículos iguais aos do Metro Sul do Tejo que circulam pelo mundo, sobretudo na Europa em cidades com enormes exigências ambientais e de qualidade do espaço publico.
Foi aqui deixado ontem pelo comentador "residente" uma importante achega nas diferenças em que este projecto foi assumido nessas cidades e está a ser feito na Margem Sul. O Projecto é na sua génese a evolução do sistema de eléctricos por exemplo de Lisboa.
Em Lisboa esses veículos sempre fizeram parte da cidade, e estrutura de cabos electrificados que lhes conduz energia é sóbria e "leve", para a margem Sul a opção foi mais "pesada" com postes na via, mesmo onde tal poderia ser evitado, pelo que o comentário aqui deixado faz todo o sentido :
"Conhecemos algumas cidades da Europa com este meio de transporte e a única coisa que podemos dizer é: bom ! Porquê ? Porque está devidamente enquadrado nessas cidades. Não as desqualifica, não as agride, não divide as cidades,não circula em espaço canal, salvo alguma zona onde tal não implica com o dia a dia dos cidadãos, não destrói o seu centro. Em resumo : dignifica as cidades e serve os cidadãos.
Duas outra questões: não se constitui como único meio de transporte, mas sim como transporte alternativo e não tem postes inestéticos no eixo das vias."
sábado, abril 21, 2007
COMBINO A CIRCULAR NO MUNDO - (NO SEIXAL, HÁ 2 ANOS NA GARAGEM) 1
Combino Amsterdão
Combino Ausburg
Combino Basileia
Combino Berna
Começamos por agradecer a gentileza de todos aqueles que , a propósito do nosso aniversário, nos enviaram, quer para os comentários quer para o e-mail, mensagens de carinho e de incentivo que agradeço e retribuo.
Aproveito para continuar para aquele que é o mais escandaloso tema da actualidade na margem sul e no país, apesar de não merecer por parte da imprensa grande destaque, entretida como está com outras questões e outras engenharias...
O tema que continuamos a analisar este fim de semana será pois , como já puderam contatar pelo titulo e pelas imagens, o Metro Sul do Tejo. Um projecto que contou com a escolha de uma tecnologia que não é nova, e está testada pelo mundo, trata-se quanto a material circulante do testado modelo Combino-Siemens. Quanto à infraestrutura em si, ela está igualmente testada e visivel nos cenários urbanos mais exigentes.
Só na Margem Sul, depois de mais de dois anos em que toda a infraestrutura se degradou, por razões puramente politicas, tal como as composições que embora tenham chegado dentro dos prazos , se encontram paradas desde então, só na margem sul, repito, se põem defeitos a uma estrutura de mobilidade de enorme importância para as populações e de enorme qualidade e em serviço en Toda a Europa, Austrália e Coreia.
Este projecto é o primeiro grande projecto do século XXI, que os autarcas em vez de estarem interessados em vê-lo a funcionar, estão mais interessados em vê-lo a apodrecer... não seja caso de agradar ás populações, tal como acontece por esses mundo fora.
Repare-se na imagem para a qualidade dos espaços envolventes e para a leveza das estruturas.
sexta-feira, abril 20, 2007
A-SUL 3 ANOS
Faz hoje três anos que nos registámos no Blogger e como "a-sul" nasceu este espaço , mesmo que o primeiro post onde apresentámos o nosso universo de intervenção "Blog dedicado a questões ambientais na Margem Sul do Tejo" tenha a data de amanhã... é que se conhecíamos o fenómeno da folha em branco, de todo desconheciamos o post por fazer...
Foram três anos de postagens quase diárias (quem diria ?).
Quem diria que chegariamos a um tal estado em que haveria de facto tema para todos os dias, isto para uma região onde nos faziam crer que nada acontecia, onde reinava a paz e a harmonia e onde tinhamos quem zelasse por nós! Onde nos orientávam para não nos incomodarmos em critiar , onde "nada havia a criticar".
Tem havido não só tema para todos os dias, como tivemmos que fazer uma triagem desses temas, porque de facto a realidade da margem sul ultrapassa qualquer ficção. Muito tem ficado para focar, Megas, Gigas... temos e-mails e imagens que nos têm enviado e que têm ficado para publicar, por uma questão de oportunidade.
A avalanche de denúncias, de queixas, o descontentamento tem sido tal que daria a possibilidade de vários posts por dia, mas para já continuamos fiéis à nossa filosofia inicial. Agradecemos a colaboração de todos, todos os links, todas as fotografias, todos os casos...aqueles que não vêm no Boletim Municipal da respectiva câmara , as queixas que não têm espaço nessa imprensa autárquica "côr de rosa".
Basta ver o post de ontem para ver que não agradamos a todos, aliás , não estamos aqui para agradar seja a quem fôr. Nascemos , não na primeira hora, mas nos primeiros tempos da democratização da blogosfera, podemos dizer que nascemos no ano um do boom que traduziu essa democratização que alguns poderes continuam a tentar descredibilizar e a desacreditar.
Agradecemos todos os comentários, continuaremos a ser um espaço aberto para publicar muitos desses comentários como post , tal como nos disponibilizamos a fazer com os textos mais relevantes enviados por e-mail, agradecemos também a todos os blogues, todos os sites que nos têm como referência e nos dão a credibilidade que nos basta e que os outros (sempre os mesmos dois ou três ) tentam denegrir.
A Blogosfera evoluíu, muito sobre ela se escreveu nos últimos anos, o "fenómeno" passou a moda e finalmente, atingida esta primeira maturidade, atigiu o estatuto de "meio de comunicação" , um meio que em muitos casos tem suplantado os clássicos e institucionais. Mesmo hoje no Publico a história de uma incómoda avó que como blogger foi incluída como correspondente de guerra no Iraque.
Ou , como escrevia há dois dias Helena Matos , também no Público sobre a tentativa de alguns de diabolizarem este meio em comparação à imprensa tradicional perguntava a articulista :
"(...) cabe perguntar : tudo aconteceria de outra forma caso não existisse blogosfera? Não necessáriamente. O que temos simplesmente é uma mudança de suporte, de dimensão de velocidade (comparativamente ao suporte escrito sobre papel, do jornal, ao folheto, ao panfleto)
Digamos que temos sim uma questão de democratização dessas redes: fazer um post é muito mais rápido e muito mais acessível que editar um folheto (...) e de repente há muitos mais olhos para chamar a atenção (...) .
A outra das acusações feita à blogosfera prende-se com o teor daquilo que aí é escrito. E inevitávelmente os mecanismos reguladores são legitimados como uma forma de defesa contra a pornografia e a mentira.
Ora, nem a pornografia, nem a mentira, nasceram com a blogosfera e é óbvio que quando a blogosfera estiver no museu, a mentira e a pornografia continuarão por cá. E felizmente que tal acontece. A pornografia porque é uma questão de gosto. Quanto à verdade, porque de modo algum se prova impedindo a publicação da mentira "
Agora acrescento, para todos aqueles que por tudo e por nada apelidam de mentira os factos aqui divulgados, melhor seria fazer o que nunca fizeram (porque será?) demonstrar que há na realidade outra verdade , é que só ainda não nos acusaram de fazer fotomontagens !!!
Vamos por cá continuar, habituem-se! e ... OBRIGADO!
quinta-feira, abril 19, 2007
ESTES AUTARCAS NÃO SÃO DIGNOS DESTE PAÍS
Na imagem o traçado geral da primeira fase que devia estar a funcionar há dois anos e no rectângulo o percurso que irá ser inaugurado este mês.
As autarquias CDU, dizem-se as verdadeiras representantes do povo, da esquerda e dos ideais de Abril e...ecologistas (por estarem em coligação com "Os Verdes").
O Metro Sul do Tejo é uma estrutura que as autarquias CDU fizeram pressão para que fosse construída com a finalidade de servir a população e ser uma alternativa não poluente ao transporte de passageiros na Margem Sul. Essa estrutura pretende-se que chegue também ao Barreiro e à Moita formando uma rede integrada de transporte.
Com todas estas premissas as autarquias da Margem Sul tudo deveriam ter feito para terem sido respeitados prazos de construção , facilitando tudo o que respeitaria às obras deveriam também pugnar para que o material circulante fosse fabricado a tempo de , construídas as vias, iniciarem a sua circulação. Seria o esperado de autarquias de esquerda (logo com grande pensamento e responsabilidade social) e ecologistas (logo com grande sensibilidade ambiental) e logo , que na maior brevidade essa estrutura chegasse aos concelhos vizinhos.
Nada mais enganoso. As autarquias tudo têm feito para boicotar o avanço das obras, a de Almada foi o que foi, agora , não sendo possível convencer mais os cidadãos, o boicote parte agora da Câmara do Seixal, demonstrando que há uma concertação do PCP para protelar o funcionamento deste processo, vindo depois criar junto da população um golpe de teatro em que as autarquias se põem na posição de vitimas da situação que elas próprias criaram.
Relembre-se , projecto MST tem como objectivos as seguintes valências e o traçado acima na imagem:
Distancias
Linha 1 (vermelha) 7.017m 13 Parag- 19 min
Linha 2 (verde) 5.634m 9 Parag - 15 min
Linha 3 (azul) 6.534m 12 Parag- 19 min
Veículo do MST
Capacidade total de passageiros 225 (4 pessoas/m2); 299 (6 pessoas/m2)
Lugares sentados 74
Velocidade máxima 70 km/h
Depois de tudo isto estar atrazado mais de dois anos, sendo a Câmara de Almada considerada a responsável por este estado de coisas, o que vemos agora ? ..."O presidente da Câmara do Seixal, Alfredo Monteiro, apelou à mobilização da população para contestar as «anomalias» do Metro Sul do Tejo (MST) no próximo dia 30 de Abril, data em que elementos do Governo deverão marcar presença em Corroios para inaugurar o primeiro troço do equipamento, até à Cova da Piedade."
Mas será que estes autarcas não têm nenhum sentido das responsabilidades, não têm sentido nenhum da decência, não têm sequer noção do enorme investimento feito pela Comunidade Europeia (Impostos dos cidadãos europeus) ,pelo Estado (contribuintes portugueses) e até pelas autarquias (contribuintes portugueses mais uma vez) e também pelo consórcio que vai explorar a linha?
Os Números : Lembre-se que está em causa um investimento (inicial) do Estado, de 275 MILHÕES DE EUROS e por parte do consórcio vencedor, de 75 MILHÕES DE EUROS e fundos comunitários da ordem dos 74.8 MILHÕES DE EUROS .
Só interessa agitação, politica do mais baixo nível , a manipulação da população e o uso dos cidadãos como arma de arremesso politico?
Isto é o nível mais baixo da politica, é a delapidação gratuita e CRIMINOSA dos recursos nacionais , é o estar-se completamente a borrifar para a qualidade de vida e para o ambiente das populações!
Agora são até razões de protesto, imagine-se ... "dos riscos de atravessamento e das paragens de autocarro junto à linha, do ruído que as composições fazem e da escassez de lugares de estacionamento" ... um marciano que aqui caia até pensa que estamos a falar da construção de um TGV, quando este tipo de composições é vulgar nas cidades europeias, e muito semelhante aos eléctricos mais recentes em circulação em Lisboa, tudo isto é uma mentira ardilosa para atrasar , ainda mais o projecto (de uma forma completamente CRIMINOSA e IRRESPONSÁVEL) e certamente já a pensar nas próximas eleições autárquicas.
Em Geneve, Um projecto do mesmo tipo, que arrancou na mesma altura já está em funcionamento pleno há dois anos! Mas o "Metro" de Geneve não teve certamente a boicotá-lo um Alfredo Monteiro ou uma Maria Emilia, ou toda a campanha de desinformação associada e casos como os da Ramalha ainda por cima têm agora a disfarçatez de atribuir os custos dos atrazos a terceiros - a obra vai custar mais 72 milhões de euros que o previsto !!!
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O Outro cerne da questão, e talvez a verdadeira razão deste boicote, é a solução encontrada pelo autarca do Seixal "Joaquim Santos, de que a melhor solução para o sucesso do MST teria sido a «constituição de uma empresa multimunicipal para estar à frente da obra»" ou seja, com uma empresa multimunicipal (CM Almada + CM Seixal +...) com tachos para distribuir (Como no Metro do Porto?) ... as coisas tinham andado de outra maneira... parece que esta frase diz afinal Tudo!
Fonte Região de Setubal on line
quarta-feira, abril 18, 2007
AUTARQUIAS CDU ATRASAM METRO
Tudo parece indicar que as autarquias CDU de Almada e Seixal estão apostadas em dificultar o mais possível a entrada em funcionamento do Metro Sul do Tejo cuja circulação se deveria ter iniciado há dois anos, de referir que há também mais de dois anos que as 24 ( VINTE E QUATRO) composições entretanto adquiridas e a linha entretanto construída se degradam sem que as populações sejam servidas e sem que o dinheiro investido por particulares, pelo Estado e pela Comunidade Europeia tenham aplicação prática.
Primeiro foi a longa novela , protagonizada pela Câmara de Almada e por nós aqui seguida que face à não cedência de espaços para a construção da via provocou que o atraso fosse incontornável nos últimos dois anos.
Quando a Câmara de Almada cedeu no braço de ferro com que resolveu prejudicar este projecto, é agora a vez da Câmara do Seixal vir a levantar problemas sobre diversos pontos do projecto, mais de dois anos depois de determinadas estruturas estarem construídas ( e muitas delas entretanto degradadas pelos atrazos criados pela Câmara de Almada) .
Esta postura inédita, por parte da Câmara do Seixal acontece em vésperas de ter sido anunciado que o metro iria saír finalmente para a rua , mesmo que numa forma minimalista face ao projecto prometido para estar já em funcionamento.
Depois de multiplos foruns de discussão protagonizados pela autarquia Almadense parece que chegou a vez da Câmara do Seixal decalcar o mesmo processo pasteloso e numenklatural com um forum realizado ontem em Corroios.
Segundo o jornal Publico (Claudia Veloso) :
"Depois dos problemas com que o Metro Sul do Tejo (MST) se deparou em Almada, que fizeram com que o início da exploração já leve um atraso superior a um ano, é a vez de a Câmara do Seixal contestar a obra, apontando um conjunto de 264 anomalias nos três quilómetros da linha construídos no concelho."
A acusação vai directa da autarquia para o Governo Central :
"A responsabilidade é imputada ao Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, para onde seguiu, no mês passado, um relatório e um pedido de reunião. "Até à data não temos resposta, o que denota alguma falta de respeito institucional", acusa Joaquim Santos, sublinhando a "perplexidade" da autarquia perante a entrada em funcionamento do MST "sem que os problemas estejam resolvidos".
Mas parece que afinal podemos (?) ficar descansados (?) pois:
"Joaquim Santos, vereador das acessibilidades, garante ao PÚBLICO que não é intenção da autarquia impedir a inauguração do primeiro troço, entre Corroios e a Cova da Piedade, na data prevista (30 de Abril)... "
Veremos... é que segundo a mesma noticia a novela de Almada continua, agora pela mão do P.S.
"Em Almada, a polémica em torno do metro também está longe de ser ultrapassada. Apesar de a câmara já ter promovido perto de duas dezenas de fóruns com os munícipes, as críticas permanecem. Hoje é a vez de a comissão política concelhia do PS acusar a autarquia de ser "responsável pela falta de estacionamento" junto à linha do MST"
terça-feira, abril 17, 2007
AINDA NA BAÍA DO SEIXAL
Os cidadãos que disfrutam do espaço relvado entre o Forum e o Tejo, nem imaginam que aquele espaço ficará reduzido a uma alameda com prédios de ambos os lados.
Foi pedagógico ter ido assistir ao ajuntamento "pelo novo hospital" do passado domingo no Seixal , primeiro para in-loco apreciar a distância da realidade para a opinião publicada nalguma imprensa, no local não chegaria às quinhentas pessoas, mas na SIC a reportagem falava de cico mil ...
A pedagogia desta ida ao Seixal teve a ver também com a observação do que aqui já falámos, de que havendo espaços minimamente apraziveis, as pessoas tiram partido deles, existindo esses espaços junto à zona onde residem, as pessoas aproveitam-os e prescidem dos Centros Comerciais e dos engarrafamentos nos habituais caminhos de fuga.
O Betão que foi permitido ao Grupo A.Silva e Silva Construír junto à Baía cresce a bom ritmo. em breve, mais uma muralha de prédios.
No entanto, no Seixal e na Margem Sul em geral, a tendência não é a de criar espaços verdes amplos , agradáveis e o mais naturais possíveis, muito menos manter os espaços existentes, muitas das vezes contrariando o definido nos Planos Directores Municipais. A tendência é sim, "entregar o ouro ao bandido" , autorizando e prevendo construção em todas essas áreas.
OPasseio ribeirinho é um exemplo da promiscuidade que existe entre empresa e autarquias, é curioso o Grande Capital e uma Câmara Comunista aproveitarem uma mesma obra para sua autopromoção.
Exemplos disso , no concelho do Seixal e região Sul do Tejo, proliferam, um simples percurso pela Baía do Seixal dá-nos alguns exemplos, maus exemplos, como as imagens demonstram...e nem foi preciso chegar à Quinta da Trindade ...
Citando Paulo Morais:
Os escândalos que recorrentemente surgem ao nível do ordenamento, do planeamento, do urbanismo,(...) mais não são que a ponta deste iceberg, que é a manipulação urbanística que abalroa qualquer esperança de desenvolvimento e leva Portugal irremediávelmente, para o fundo."
(...) o planeamento submete-se, a maioria das vezes, a interesses privados. Os planos (PDM's) mais não são hoje do que bolsas de terrenos, ainda por cima bolsas pouco sérias, já que o valor não é intrínseco a cada terreno, mas depende de quem é o proprietário.(...)
(...) quando por uma qualquer razão o licenciamento de determinado empreendimento favorece determinado grupo económico, permite-se que o licenciamento contrarie o planeamento (...)
segunda-feira, abril 16, 2007
SEIXAL - DESPERDIÇAR ABRIL, MAIO...JUNHO...
Junto à Baía do Seixal foi construído em período pré eleitoral pela empresa A.Silva e Silva que pretendia promover uma urbanização no local, uma amostra de ciclovia .
Este trecho foi amplamente aproveitado para efeitos propagandisticos pelos candidatos CDU à Câmara (que ganharam a maioria) e pelo Grupo A.Silva & Silva, o seu construtor, para promover o seu empreendimento de luxo "Quinta do Outeiro" .
No outro lado da Baía em Amora, fizeram, também a recuperação de uma zona limitada junto á Baía construído (por e) em contrapartida da instalação de uma grande superfície.
Desde então nem um metro de ciclovia foi construído no Seixal pela Câmara municipal , muito menos com o intuito de prolongar ou dar sentido aqueles dois troços desgarrados, é notório sobretudo aos fins de semana que o Povo, existindo espaços aprazíveis , tira o melhor partido deles, e tira realmente o melhor partido destes espaços, que é pena não terem ligação com mais nada...chegando a ser perigoso para ciclistas e peões ultrapassar os obstáculos para lá chegarem.
Pelo que se dá o caricato da Imagem, dentro de um aglomerado urbano, se as pessoas pretendem usufruír daquele espaço e andar de bicicleta, então têm que pôr o veículo de duas rodas no tejadilho do de quatro .... surreal!!!
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Este é um poder local que vive da farsa, das bandeiras, da festa, da propaganda e da mentira, a última foi dizer que estiveram cinco mil pessoas na diversão agit-prop de ontem!!! Engenheiros!!! Perdão, Doutores...da ex URSS!!!
domingo, abril 15, 2007
MARGEM SUL - QUANTAS PRIMAVERAS DE ABRIL DESPERDIÇADAS ?
Como ontem aqui começámos a analisar, a margem sul não integra uma rede e uma estrutura que permita a utilização racional e generalizada dos transportes públicos , mais uma vez sublinhamos também , a irracionalidade de numa região pràticamente plana e privilegiada pelo clima, não existirem também ciclovias numa rede que permita a utilização em massa da bicicleta como meio individual de transporte ou de primeiro troço de ligação ao transporte público.
Exemplo gritante é o de , com a construção da linha Fertagus (linha de comboio da Ponte 25 de Abril) não terem sido ciclovias de ligação que permitam aos residentes da zona das estações de Almada, Corroios, Foros de Amora, Fogueteiro , Coina....Setubal ! Fazerem o percurso de ligação casa comboio de bicicleta.
Como a imagem mostra em Copenhaga ou qualquer estação de comboios na Dinamarca.
A existência de ciclovias de ligação e estruturas para parquear as bicicletas permitiriam a muitos dispensar do automóvel para os levarem até à estação, uma vez que o que foi "pensado" foi uma ligação por autocarro que está longe de servir satisfatóriamente em termos de percursos e horários os cidadãos.
Já foi aqui analisada que a formula aplicada à linha Fertagus não foi a de servir as populações residentes, mas de a reboque das estações fazer novas urbanizações, isto parece ser indiscutível, mas em Câmaras geridas pela CDU, não se deveria pensar no Povo ? Parece que não, no betonizar é que está o ganho!
Com pouco mais do que um traço na via se faz uma ciclovia como mostra a imagem em Amsterdão onde o uso da bicicleta é generalizado, apesar do clima...
Já aqui alertámos também que a construção de uma ciclovia quase que não implica custos , na maioria dos casos trata-se de definir uma faixa para bicicletas (que pode também ser BUS) desenhada nas estradas existentes , ou utilizando passeios mais largos, mas nem isso fazem!!!
Nem se vislumbra que venham a fazer tão cedo, porquê ? Bom, um exemplo:
A zona de Pinhal dos Frades tem muitos jovens que estudam e trabalham em Lisboa, a zona é plana, bem como todo o percurso até à estação do Fogueteiro , no entanto é muito perigoso fazê-lo de bicicleta pois o percurso não permite separação do restante trânsito e os passeios são estreitos ou inexistentes. Recentemente um troço significativo entre o Pinhal dos Frades e Casal do Marco foi remodelado, com a construção de um novo viaduto, mas sem que tivesse sido contemplado uma ciclovia como mostra a imagem maior que ilustra este post.
O baixo custo de construir uma ciclovia é demonstrável pela imagem ao lado , em Bruxelas.
Teria mais custos ? Claro que não, até porque as obras em Pinhal dos Frades estiveram a cargo da BRISA .Traria mais qualidade de vida às populações e melhor ambiente e menos gastos de combustivel com menos poluição, claro que sim, seria fácil de executar, já o demonstrámos, até que parte daquela artéria tem sentido único, logo espaço de sobra para tal, serviria também os jovens do "Toca a Rufar" , mas esta autarquia tem unicamente a ambição do betão, faltando-lhe visão para tudo o resto, sobretudo para as coisas simples mas que acrescentam qualidade aos espaços e às populações.
Já viu a diferença de uma cidade como Amsterdão , Copenhaga ou Bruxelas... e as nossas cidades? Assim desperdiçamos as Primaveras....
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Domingo de AGIT-PROP no Seixal
E os autarcas de Sesimbra, Seixal e Almada lá vão poder passar o resto do Domingo em paz pois lá protagonizaram mais uma acção em prol do Partido com mais uma sessão de agitação pelo agora denominado "Hospital no Fogueteiro" .
A opção da designação "Hospital no Fogueteiro" (clique) é uma poderosa mensagem subliminar para quem pretende construir um hospital em terrenos da Rede Natura, não equacionando qualquer outra localização, é assim como o Governo e o "Aeroporto na Ota" .
No caso do Hospital há outras alternativas como aqui já desenvolvemos, com novas valências e ampliação do Hospital do Barreiro ou optando pela construção no Seixal de de um novo "Hospital" ( de segunda linha - que nunca será um Hospital com todas as valências) no Seixal, deveria estar a ser equacionando, por exemplo :
- Os terrenos recuperados da antiga Siderurgia (que se pretendem para urbanizar) ou por exemplo:
- Os terrenos das oficinas da Câmara no Fogueteiro, junto às superfícies comerciais, ou:
- Ainda junto à Baía á entrada do Seixal...
- Ou porque não, na Quinta da Atalaia, onde seria servido pelo Metro Sul do Tejo???
Porque razão não há discussão sobre a localização ? Porque razão tem que ser construído o hospital em terrenos Rede Natura 2000? Qual é a posição da oposição nesta discussão?
sábado, abril 14, 2007
MARGEM SUL - A PRIMAVERA DE ABRIL DESPERDIÇADA
Olhar a cidade pela janela, num dia como o de hoje e ver as ruas , as estradas e registar sómente de tempos a tempos um temerário ciclista que progride radicalmente por entre filas compactas de automóveis, ao mesmo tempo que nos passeios jazem dia e noite automóveis que nos não deixam como cidadãos e como peões disfrutar do espaço, revela o non-sense que é Portugal que desperdiça o clima e as condições naturais.
Não seremos menos capazes que outros povos, já o demonstrámos na história cheia de actos heróicos colectivos e como colectivamente ultrapassámos determinadas tragédias como o terramoto de 1755.
No entanto vamos esquecendo como se faz bem , continuando salazarentemente "orgulhosamente sós" num país que hoje não tem fronteiras e onde há por todo o lado janelas para o mundo, na televisão, na rádio, na imprensa , na internet... isto é a percepção do cidadão, que a de quem nos governa é de um provincianismo atroz desejoso de que não sejam postos em causa pelas qualificações que não têm, impondo posições prepotentemente da fundamentação , prática ou cientifica que não possuem.
Então a nível local é deplorável, e na margem-sul são atávica e dogmáticamente castradores, só com paralelo no interior (ainda) analfabeto e controlado pelos dogmas mais tacanhos da igreja católica e de párocos ("líderes") que como os nossos ("líderes") autarcas têm de cultura e visão do mundo o desejo simples de não serem confrontados com as suas lacunas e inseguranças.
É confrangedor que numa região que faz parte de uma área metropolitana se continue a olhar para a Capital como uma miragem agora mais facilitada pelos meios de transporte entretanto (mal) democratizados... mas esse será talvez , o tema de amanhã .
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Paralelismo dogmático "interior esquecido e ostracizado" e margem Sul , exemplos :
- 13 de Maio - Fátima versus Festa do Avante - Setembro ;
- Procissões versus Manifestações ;
- Andores e flores versus cravos e bandeiras ;
- Missa diária ou semanal versus reunião da célula ou da DORS
- Confessionário versus reunião do colectivo;
Amanhã há no Seixal mais um exemplo desta expiação colectiva com mais uma bem instrumentalizada "manifestação pró- Hospital" .
Para concluír estes paralelismos só falta referir o que está a acontecer na Moita , com o apropriar de rituais e romarias- não dando condições para que a forma tradicional se realize - de cariz religioso (católico) por parte da estrutura politica local da autarquia , leia-se PCP, e depois não venham dizer que os "extremos" não se tocam...(ver aqui o exemplo no blog alhosvedrosaopoder.
sexta-feira, abril 13, 2007
RIO FRIO , A URBANIZAÇÃO QUE SE SEGUE
Mais uma noticia chocante para a Margem Sul que vê o seu riquissimo montado de sobro transforma-se em Montado de betão, os custos serão elevados a médio prazo com esta opção a contribuir para o aquecimento global e para a desertificação, quando as medidas que deveriam estar a ser postas em prática deveriam ser exactamente as inversas, a noticia vem publicada no Portugal Diário , que pela sua importância transcrevêmo-la abaixo:
"A Herdade de Rio Frio, concelho de Palmela, deverá receber um dos maiores projectos turísticos de luxo a nível nacional, nos próximos anos. Recorde-se que o Rio Frio foi a localidade que, lado a lado com a Ota, se bateu para receber o Novo Aeroporto de Lisboa. Mas devido à questão «ambiental» acabou preterida para receber a infraestrutura. Recorde-se a pergunta deixada no PortugalDiário por Reis Borges, conselheiro de Obras Públicas e Transportes jubilado: «Será que tudo isto é para urbanizar Rio Frio?».
Segundo informação recolhida pelo PortugalDiário, o empreendimento irá ocupar cerca de 1500 hectares e quer aproveitar a barragem da Venda Velha para desportos náuticos. De acordo com algumas notícias publicadas em 2004, o número de moradias, com jardim, a construir ainda não estava definido. Todavia, Emídio Catum, um dos rostos do projecto, terá garantido que «as manchas de montado de sobro, eucaliptal e pinhal» se iriam manter.
Em declarações ao PortugalDiário, um membro da Quercus afirmou que a associação ambientalista já tinha conhecimento do empreendimento e pretendia acompanhar todo o processo. Até porque, disse a mesma fonte, «se tinham sido contra a construção do aeroporto em Rio Frio para protegerem o leito do Tejo e montado de sobro, não tinha lógica deixarem construir um projecto daquela natureza».
Mas o nome de Emídio Catum não é totalmente desconhecido da Quercus e das gentes de Setúbal. Ele é administrador da Pluripar, a holding ligada à «Nova Setúbal», que se envolveu na polémica de abates de sobreiros, devido a uma mega-urbanização de sete mil fogos. Projecto que teria sido aprovado por um executivo socialista.
Desta forma, a dúvida levantada por Reis Borges, especialista em planeamento aeroportuário, tem resposta positiva. Há, de facto, planos para urbanizar a Herdade de Rio Frio. Um negócio de milhões."
quinta-feira, abril 12, 2007
ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS CALAMITOSAS PARA PORTUGAL
Para não virem os "guardiães da verdade" do costume, bramir pessoalmente sobre os inúmeros alertas já aqui feitos sobre as previsões e consequências que as alterações climáticas trarão para o nosso país, limitamo-nos a citar o Publico que publica uma análise ao dossier do Painel das Nações Unidas publicado esta semana:
As previsões para Portugal em 2070 não são benévolas. Como todos os países da Europa do Sul, Portugal terá menos chuvas, haverá uma considerável redução da área de florestas, as vagas de calor serão mais habituais, e ainda mais comuns os incêndios. Estas são algumas das conclusões do último relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), cujo capítulo sobre os impactos do aquecimento global na Europa foi ontem divulgado em Madrid.
"A Primavera e o Verão avançam 2,5 dias, as actividades agrícolas também mudam, como se constata com o aumento de dois por cento do grau alcoólico dos vinhos da Alsácia", referiu ontem José Manuel Moreno, professor da Universidade de Toledo e um dos coordenadores do estudo do IPCC sobre a Europa, que teve a sua redacção concluída no passado fim-de-semana em Bruxelas.
Não são antevisões, mas a confirmação de efeitos do aquecimento global. Uma das principais conclusões do estudo é a de que, pela primeira vez, uma ampla série de impactos das alterações climáticas na Europa está documentada em estudos científicos.
O continente europeu é, de longe, o que tem mais séries de observações das alterações nos sistemas físicos e biológicos. E a esmagadora maioria das modificações condiz com o que seria expectável com a subida da temperatura. "Em 28 mil séries de observações, 80 por cento confirmaram a evolução prevista", disse José Moreno.
Os cenários do IPCC para a Europa do Sul são arrepiantes: até 2020, a redução dos caudais dos rios pode chegar a 23 por cento. Meio século depois, as grandes secas, que até então ocorreriam de 100 em 100 anos, passam a ter 50 anos ou menos de periodicidade. O fluxo de água de alguns rios durante o Verão poderá cair até 80 por cento - um dado que já tinha sido apresentado pelo projecto português SIAM, que avaliou os impactos do aquecimento global no país.
Haverá menos precipitação anual, mas ainda assim aumentarão os episódios de chuvas torrenciais. As chamadas "cheias dos 100 anos" poderão ser mais frequentes em Portugal em 2070.
A subida do nível do mar, na Europa em geral, poderá ser até 50 por cento mais acentuada do que a média global. Com isto, nos cenários mais pessimistas, cerca de 20 por cento das zonas húmidas correm o risco de desaparecer até 2080.
Os ecossistemas mediterrânicos, incluindo os de Portugal, estão entre os mais vulneráveis a uma subida de temperatura de dois a cinco graus Celsius. As cores da terra, como as conhecemos, desaparecem pela diminuição da mancha verde, sob o efeito combinado da seca e dos fogos florestais.
No Sul da Europa, o potencial hidroeléctrico diminuirá entre 20 a 50 por cento até 2070 - um dado problemático para Portugal, que está agora a ensaiar uma aposta em novas barragens.
Poderá haver migrações humanas determinadas pelos problemas de abastecimento de água. Entre 16 e 44 milhões de europeus - especialmente no Sul da Europa, mas também no Centro e no Leste - viverão, em 2070, em áreas sujeitas a "stress hídrico".
A isto somam-se mudanças drásticas na distribuição das espécies animais. Os anfíbios na Península Ibérica serão especialmente afectados. Os golfinhos do Mediterrâneo estarão sujeitos a doenças em grande escala.
Para as plantas, o relatório cita um estudo que conclui que, de um universo de 10 por cento das espécies da Europa, cerca de um quinto (22 por cento) estará, em 2080, seriamente ameaçado e pelo menos dois por cento estarão no caminho certo da extinção. Com Ricardo Garcia
Com a subida das temperaturas a Sul, ir ao Algarve durante
os meses de Verão será um pesadelo. Em 2070, estima Miguel Araújo, as férias no Sul europeu terão de decorrer na Primavera e no Outono. Um novo tempo de descanso implica uma revolução nos estilos de vida, no que é imperceptível mas sempre determinante para a organização da vida social, como os horários e o calendário. Também a actividade turística que faz da neve a sua estrela poderá estar condenada.
Agricultura Xeque-mate ao sistema de regadio
O regadio será, em seis décadas, coisa do passado. A escassez de precipitações e o aumento médio da temperatura também condenarão as políticas hídricas baseadas no armazenamento de água: sejam grandes barragens, mini-hídricas ou meras represas. Como os caudais dos rios poderão, no Verão, diminuir em 80 por cento, produzir hortaliças verdes, laranjas ou limões será errado. A aposta, diz Aráujo, deve ser em opções mediterrânicas associadas ao montado, como a do porco preto.
Pescas Os cardumes fogem para o Sul
Estarão as sardinhas condenadas a desaparecer? Miguel Araújo não tem resposta. Mas o facto de a temperatura aumentar implica que os cardumes de muitas espécies que são base da alimentação dos povos do Sul da Europa rumem para o Norte. Se não acabarem, a sua captura poderá ser, pelo menos, mais onerosa, porque de pesca longínqua. Em causa estarão também as espécies de água doce e a aquacultura.
Espécies O sapo em via de extinção?
As previsões são negras para as espécies animais ou vegetais que dependem das zonas húmidas, cujo delicado equilíbrio será um dos primeiros sacrificados. As plantas sofrerão de stress hídrico, na prática falta de água. E, entre os animais, os répteis e os anfíbios poderão estar condenados a viver em áreas cada vez mais limitadas. É assim que, nesta triste fábula, o simpático sapo, que tem nos charcos e pântanos o seu lar reprodutivo, poderá estar em risco de extinção.
Florestas O deserto, em vez de troncos
De todos os cenáriosavançados por Miguel Araújo, o das florestas é o que mais se aproxima da realidade já hoje conhecida. Os últimos estios de consecutivos incêndios florestais já tornaram normal a substituição do verde pelo cinzento.
O futuro, com mais incêndios e menos chuva, agravará esta tendência. Com implicações no sector industrial das madeiras e das celuloses, por exemplo.
Será o deserto, em vezdos troncos.
As costas
Continua a agonia das praias
Não vai ser só obrigatório fazer férias fora do Verão. Os locais de descanso terão de ser outros. A subida da água do mar, superior à média global, põe em causa a costa. As praias. Se não houver arribas ou construção, a praia retrocede. Caso contrário, o areal será engolido pela água. É pensar como está localizada a praia da sua vida e começar, ou não, a despedida com tempo. Araújo admite problemas no Algarve e nas zonas ribeirinhas de Lisboa.
Nuno Ribeiro, em Madrid