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terça-feira, abril 17, 2007
AINDA NA BAÍA DO SEIXAL
Os cidadãos que disfrutam do espaço relvado entre o Forum e o Tejo, nem imaginam que aquele espaço ficará reduzido a uma alameda com prédios de ambos os lados.
Foi pedagógico ter ido assistir ao ajuntamento "pelo novo hospital" do passado domingo no Seixal , primeiro para in-loco apreciar a distância da realidade para a opinião publicada nalguma imprensa, no local não chegaria às quinhentas pessoas, mas na SIC a reportagem falava de cico mil ...
A pedagogia desta ida ao Seixal teve a ver também com a observação do que aqui já falámos, de que havendo espaços minimamente apraziveis, as pessoas tiram partido deles, existindo esses espaços junto à zona onde residem, as pessoas aproveitam-os e prescidem dos Centros Comerciais e dos engarrafamentos nos habituais caminhos de fuga.
O Betão que foi permitido ao Grupo A.Silva e Silva Construír junto à Baía cresce a bom ritmo. em breve, mais uma muralha de prédios.
No entanto, no Seixal e na Margem Sul em geral, a tendência não é a de criar espaços verdes amplos , agradáveis e o mais naturais possíveis, muito menos manter os espaços existentes, muitas das vezes contrariando o definido nos Planos Directores Municipais. A tendência é sim, "entregar o ouro ao bandido" , autorizando e prevendo construção em todas essas áreas.
OPasseio ribeirinho é um exemplo da promiscuidade que existe entre empresa e autarquias, é curioso o Grande Capital e uma Câmara Comunista aproveitarem uma mesma obra para sua autopromoção.
Exemplos disso , no concelho do Seixal e região Sul do Tejo, proliferam, um simples percurso pela Baía do Seixal dá-nos alguns exemplos, maus exemplos, como as imagens demonstram...e nem foi preciso chegar à Quinta da Trindade ...
Citando Paulo Morais:
Os escândalos que recorrentemente surgem ao nível do ordenamento, do planeamento, do urbanismo,(...) mais não são que a ponta deste iceberg, que é a manipulação urbanística que abalroa qualquer esperança de desenvolvimento e leva Portugal irremediávelmente, para o fundo."
(...) o planeamento submete-se, a maioria das vezes, a interesses privados. Os planos (PDM's) mais não são hoje do que bolsas de terrenos, ainda por cima bolsas pouco sérias, já que o valor não é intrínseco a cada terreno, mas depende de quem é o proprietário.(...)
(...) quando por uma qualquer razão o licenciamento de determinado empreendimento favorece determinado grupo económico, permite-se que o licenciamento contrarie o planeamento (...)
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4 comentários:
Curioso este artigo, quem ali passa a caminho do barco nem imagina o que espera aquela zona
Com os PDM´s em vigor qualquer promotor pode aprovar qualquer construção, desde que esteja de acordo com o regulamento e em espaço urbano; os novos permitem que as Câmaras Municipais possam indeferir estas pretensões desde que argumentem de forma razoável e talvez seja por isso que não são aprovados :)
Cá o NC entende que vocês não conseguem nem por uma única vez discutir um post sem recorrer ao vosso ódio de estimação. São anti-comunistas primários e isso afecta a vossa já pequena capacidade de raciocínio.
Boa tarde e coloquem um boné, que isto está quente e o aquecimento global anda aí.
Quanto ao ponto verde espero que vá comer caracóis para Paio-Pires, dizem que é bom.
Nuno Cavaco
Boa tentativa para comentar o sr autarca Cavaco, mas não vale mesmo a pena a visão que têm da realidade é de outra dimensão.
Vale sempre a pena falar nisto, só que é chover no molhado, estes ditos Comunistas têm os mesmos defeitos e vicios de todos os outros politicos.
Armam-se é em virgens puras quando são lobo em pele de cordeiro. A promiscuidade nos negócios entre Silva e Silva e a Câmara são exemplo de que a Câmara está manietada pelo grande capital dos bancos e do betão.
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