Aparentemente são oito páginas do PUBLICO, oito páginas das 52 do corpo pricipal do jornal (?) ...ou mais oito páginas do suplemento imobiliário que soma 48 (?)... olhando melhor, tal não é, o que será então ? Não sei ! mas talvez com os vossos comentários lá chegarei.
Alegadamente estamos na presença de oito páginas de jornal PIRATA no meio do PUBLICO, não se assume como encarte, não é parte de suplemento, não é jornal, não é nada disto sendo no entanto isto tudo, isto tudo e muito mais...
Fisicamente são páginas de jornal como todas as outras, mas formalmente não o são... são as únicas oito páginas não numeradas no meio de todas as outras 48+52=100...+8... No conteúdo diferem também de tudo o resto, a primeira página, parecendo o seguimento de uma qualquer anterior, é na realidade, a primeira página do que na prática é um encarte independente .
Nessa primeira página destaca-se , ao centro, a fotografia “de estado” de Alfredo Monteiro (o único presidente de Câmara retratado nas 108 páginas ) sob o título “ Seixal apresenta projectos de Turismo e Lazer no Salão Imobiliário de Lisboa.
A FIL realiza todos os anos um certame dedicado ao Turismo, e outro dedicado ao Lazer, respectivamente a BTL (Bolsa de Turismo de Lisboa) e a Nauticampo , certames onde faria sentido, mais que numa feira de Imobiliário, o Seixal estar representado para “dar a conhecer o Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo do Seixal (PEDTS).
Por outro lado o texto e as palavras de Alfredo Monteiro remetem-nos para o Ambiente e para as supostas orientações do Município neste sentido... mas não vimos na passada semana este projecto ser apresentado na AMBIURBE, nesse mesmo espaço de exposições... agora, a propósito do Imobiliário vemos o Seixal representado em 500m2...
Então porquê senhor Alfredo Monteiro, porquê aproveitar uma feira de projectos imobiliários para apresentar o (PEDTS) ? Óbviamente, basta abrir o referido suplemento pirata, para tirarmos as conclusões. Para além das institucionais primeira e ultima página descobrimos a verdadeira razão de tudo isto, é que numa Câmara falida que precisa de dinheiro, como de pão para a boca, parece que passou a valer tudo e temos um Presidente de Câmara eleito a "confundir-se" com um Presidente de Câmara S.A. (Sociedade Anónima) na "promoção de projectos"...não o será (?) mas confunde-se fácilmente!!!
A confusão vem para além dos equivocos fisicos do trabalho, já referidos , de nos levar também ao engano pelo texto cheio de subtilezas e mensagens "sub-liminares" . No seu capítulo de apresentação, passo acitar :
“ A Câmara Municipal do Seixal vai estar presente na próxima edição do Salão Imobiliário de Lisboa (SIL) (...) para dar a conhecer quatro projectos para a àrea da Baía do Seixal. O Municipio vai estar também respresentado pela Urbindústria, com o Estudo de Ordenamento Urbano e Paisagistico da Área da ex-Siderurgia Nacional, pela Empresa A.Silva & Silva, com a Urbanização Seixal Baía e pelo Grupo Libertas, com a Urbanização da Quinta da Trindade. Em conjunto constituem o Espaço Seixal, uma área de 500 m2 onde estarão presentes diversos planos para o concelho do Seixal “
Depois é dito num enorme acto de manuipulação de informação que “O Presidente fála-nos destes quatro projectos que vão estar no SIL (para quem acabou de ler os quatro projectos do parágrafo anterior, em bom português pensará que se tratam dos anteriores ... mas não ), Alfredo Monteiro, afinal, muito inocentemente (se algo de inocente houvesse em tudo isto... vai falar-nos dos “seguintes (4) espaços : Parque Ribeirinho da Amora , Estaleiro Naval da Quinta da Fidalga, Antigo Terminal do Seixal e Moinho Novo do Paulista “.
Este texto e todo o suplemento acabam por ser um dos melhores trabalhos do género que já vi, e desde já parabéns ao incógnito autor ou autores (aqui não tem importância para a CMS ou para a CDU/PCP o incógnito da publicação, a ausência de autor ) exímia a manipulação de informação , a utilização da imagem que com a colaboração ou não do Presidente Alfredo Monteiro - e era bom que este esclarecesse os Seixalenses sobre este ponto , bem como quanto custou á Câmara ...– na mistura de interesses públicos com negócios privados.
A julgar pelo Boletim Municipal publicado na sequência do ultimo SIL, em que é utilizado um meio pago pelos contribuintes para promover os mesmíssimos empreendimentos, é de crer que já tenhamos a resposta e que nada disto, para além de inocente, tenha sido feito por acaso...curioso o facto do Presidente ter chamado a si a presença no SIL, ao contrário do ano passado onde se fez representar pelo vereador do Urbanismo (clique) ...
Como é óbvio e voltando ao tal suplemento PIRATA e anónimo publicado no PUBLICO, o resto desse suplemento é dedicado a promover os grandes projectos imobiliários (porventura o seu único objectivo) já nossos bem conhecidos para o Seixal, promovendo os Grandes Grupos Económicos ligados aos projectos, numa promiscuídade inadmissivel com interesses públicos pondo a Câmara numa posição incomportável face a um mercado que deveria ser o fiel da balaça e da credibilidade nas instituições.
Ou estamos perante um novo e surpreendente tipo de autarca e autarquia (os S.A.) que aqui analisaremos amanhã?
3 comentários:
Bem, não vale a pena. Até um parque urbano tem interesses imobiliários por detrás. Os autarcas, S.A. que o ponto fala existem sim mas na América que ele tanto defende. Existem na cabeça do Al Gore que concorda que se comprem cérceas e outras pequenas coisitas. Não é sério e não vale mais a pena perder tempo com quem não é sério.
O senhor anterior é que não me parece ser sério, quantos fogos mais vêm nessas novas urbanizações, Quinta da Trindade+Quinta dos Franceses+Siderurgia+Quinta do Outeiro+ o que está construído e não se vende+ o que está devoluto na malha urbana e nos centros mais antigos?
Quem pagou o encarte antes das eleições?
O mercado está cheio de casas para venda e parece cada vez ser mais difícil vender um apartamento onde quer que ele esteja localizado, excluindo as casas a preços de luxo, segmento que continua a vender bem.
Mudei-me para uma casa nova há pouco mais de um ano e das minhas janelas consigo contar para cima de uma dezena de apartamentos em venda “desesperada”.
Ontem, ao abrir as páginas de um conhecido jornal encontrei este surpreendente anúncio:
Fiquei a saber que um apartamento igual ao meio está em saldo. O promotor (SGAL) baixou os preços em 6 %!
Pois bem, isto de sinalizar um apartamento a 50 % dois anos antes de ser escriturado parece não compensar nos tempos que correm, sobretudo porque os juros estão a subir e há cada vez menos pessoas com capacidade de se endividar até às orelhas! O mercado está a ditar as regras!
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