Portugal foi o país europeu com concentração de ozono mais elevada em 2005 |
Portugal foi o país da União Europeia em que a poluição por ozono atingiu valores mais elevados em 2005, tendo excedido várias vezes o limiar de informação ao público, segundo um relatório da Agência Europeia de Ambiente. |
Estes valores estão estabelecidos numa directiva comunitária que fixa o limiar de alerta para a população em geral nos 240 microgramas/metro cúbico e o limiar de informação, dirigido aos grupos mais sensíveis, nos 180 microgramas por metro cúbico.
Além do elevado valor português, registado na estação de Lamas de Olo, foram atingidos valores de concentração horária entre os 300 e os 360 microgramas/metro cúbico, noutros países do Sul da Europa, como a Grécia, Itália, França, Roménia e Espanha.
As concentrações superiores ao limiar de alerta foram reportadas em 127 ocasiões em nove estados-membros (Portugal, Áustria, Bélgica, França, Alemanha, Grécia, Itália e Espanha).
A Agência Europeia de Ambiente, que contabilizou as emissões dos 25 estados-membros, realça, no entanto, que a frequência destas ultrapassagens é comparável à dos anos anteriores e inferior às de 2003, ano em que se bateram todos os recordes.
A ultrapassagem do valor definido como limite para proteger a saúde humana (mais de 25 ocorrências de concentrações diárias de ozono superiores a 120 microgramas/metro cúbico) aconteceu em 16 estados-membros e em mais dois países (Bulgária e Suíça).
O ozono troposférico é um dos poluentes atmosféricos que causam mais preocupação na Europa.
Os níveis de ozono atingem valores particularmente altos nos dias de maior luminosidade, de maiores temperaturas e de grande estabilidade atmosférica junto à superfície, que favorecem a acumulação destes poluentes associados ao tráfego automóvel e à indústria.
Em Portugal, compete às Direcções Regionais do Ambiente (DRA) fazer a medição e avaliar as concentrações de ozono.
Durante os episódios de poluição, as pessoas mais sensíveis (crianças, idosos, asmáticos e indivíduos com problemas respiratórios) devem evitar inalar uma grande quantidade de ar poluído, especialmente no período mais quente, e reduzir a actividade física ao mínimo.
Agência LUSA
2 comentários:
Pudera, com mentalidades destes autarcas do betão e do cifrão, que qualidade do ar é que estamos à espera?
Deviam ter vergonha na cara quando querem destruir matas para massificar o betão, como os casos da Caparica, Sesimbra e FlôrdaMata
Portugal de rastos
Há uma relação directa entre a área betonizada e o aumento dos niveis de ozono. Um País que aumentou a área urbanizada de mais 42%, não admira.
Nem na Amazónia o grau de desvastação da floresta em termos relativos é tão grande.
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