domingo, janeiro 28, 2007

O PROTECCIONISMO MEDIÁTICO

















Ainda aqui muito recentemente na blogosfera local , a propósito do lançamento de um novo "jornal", foi levantada de novo a discussão recorrente , sobre a legitimidade do anonimato e simultâneamente, sobre a deontologia jornalistica. O que estava em questão foi que esse jornal elaborou um artigo sobre a blogosfera local, ignorando a floresta e escolhendo "certamente ao acaso" um blogue com outra opinião , logo, relacionado com o poder local e pró força politica no poder.

A discussão foi interessante , pelo que remeto para os blogues onde aconteceu ( alhosvedrosaopoder , Plano da Moita , Reason ) . Mas não é por aí que pretendo ir, pretendo mais uma vez denunciar a forma pouco isenta como no geral a imprensa, local e nacional, trata (ou não trata) casos que se passam nas autarquias geridas pela CDU (uma suposta e fraudulenta coligação) , e a forma como um partido residual na politica portuguesa como é o PCP é favorávelmente tratado na imprensa dita "séria e isenta".

Vem isto a propósito de dois artigos de Cláudia Veloso, um publicado no Região de Setúbal on line, outro no PUBLICO de ontem, mas que , ao contrário da novela de Lisboa, das escutas do apito dourado, agora a discussão é se são ou não válidas, a menina dos dois pais e outras noticias que tais, não teve qualquer reprecurssão em termos nacionais, e , no meu entender, trata de uma questão muito mais grave que o caso de alegada corrupção na Câmara de Lisboa.

A noticia a que me refiro trata de declarações do afastado vereador do urbanismo da Câmara de Setúbal (e por acréscimo do presidente de Câmara eleito e em exercício) , e é mais grave que o caso de Lisboa porquê, bom, no caso de Lisboa trata-se à partida, alegadamente, de um caso clássico de corrupção e tráfico de influência entre interesses imobiliários , decisores e especula-se se tem ou não relacionamento com financiamentos partidários.

E o caso de Setúbal é mais grave porquê? Porque , pelas declarações do vereador do urbanismo (eleito pelo voto popular) e afastado pelo Partido Comunista , porque, ao que alega, estava a cumprir , contrariando interesses e pressões imobiliárias ilegítimas, em favor do interesse publico e da Lei, afinal por exercer exactamente as funções para as quais foi eleito, mas o Partido assim não entendeu (sentir-se-ía o Partido também prejudicado pelo seu vereador, tal como os interesses imobiliários em jogo ? Seriam os interesses comuns ? ) , mudou o vereador e acabaram de ser aceites alterações urbanas que contrariam inclusivamente e segundo o ex-vereador, o PDM.

São estas algumas das questões que como cidadão gostaria de ver respondidas e levantadas pela a comunicação social, local ou nacional . Será que o senhor Luís Bonixe consegue chegar aos calcanhares de Cláudia Veloso ou será um tema que não lhe interessa ?

Mais um tema que não escapou ao PUBLICO e á blogosfera , mas ausente de outros meios que por não serem anónimos se julgam mais sérios. Da leitura do Publico de hoje se vê que há casos, haver noticias como as de hoje é quando a excepção confirma a triste regra aqui enunciada.

5 comentários:

Anónimo disse...

Meu caro amigo, a BOMBA rebentou na Moita graças ao Público.
É só viaitar o Alhos Vedros ao Poder e tem uma cobertura integral de como o baralho de cartas se desmorona.

Ponto Verde disse...

É assim, de certeza que é tudo gente inocente, incompreendida, mal interpertada.

Que não compreendem porquê, que sempre foi assim e que outros fazem pior.

Quando perdem o cotrolo é assim, preto no branco, de facto caro AV o baralho desmorona-se como esboroa a duna na Costa de Caparica , significa que por mais areia que lá ponham, por mais areia que nos atirem para os olhos, as muralhas assentes em areias movediças desmonorarão mais tarde ou mais cedo, é importante é manter as vagas da razão e da verdade, por mais que nos acusem daquilo que não somos...

Anónimo disse...

http://viridarium.blogspot.com/2007/01/entrevista-carlos-pimenta.html

Mário da Silva disse...

O artigo do público só está disponível para assinanates.

Anónimo disse...

O senhor Bonixe também é do Público e já escreveu muita coisa a favor e contra o tal poder de que falam. Deveriam ser mais rigorosos naquilo que dizem.