domingo, maio 03, 2009

SEM PALAVRAS


« Depois dos plátanos injectados com ácido no Montijo, agora é em Alcochete que estas árvores centenárias estão a ser alvo de tentativa de destruição através de envenenamento.

Este é um exemplo de falta de civismo e de desprezo pela natureza. As árvores da Av. D. Manuel I , em Alcochete, sofreram um ataque e continuarão a sofrer enquanto não forem apanhados os autores. Segundo uma denúncia anónima ao Jornal de Alcochete (JA), foram feitos furos com cerca de 12 centímetros de profundidade no sopé das árvores centenárias e está a ser injectado ácido ou outra substância venenosa para as tentar matar. Depois de injectar o interior dos plátanos, os buracos em volta do tronco são cuidadosamente tapados com rolhas de cortiça provavelmente para não se fecharem com pó ou terra. Será por medo que as árvores causem alergias, será porque as folhas destes plátanos quando caem no chão incomodam alguém ou será puro vandalismo?

Questionado pelo JA sobre a situação, na passada quinta-feira, o vereador Luís Rodrigues, responsável pela Divisão de Ambiente e Espaços Verdes da Câmara Municipal de Alcochete, afirmou não estar ocorrente do assunto mas que iria averiguar o sucedido.

O ataque aos plátanos já foi sentido no Montijo há cerca de dois meses. Em todas as árvores junto às piscinas municipais foi feito um furo junto à raiz e introduzido ácido no seu interior para danificar a árvore ou até levá-la à morte. “A câmara participou o caso a PSP e enviou os serviços técnicos ao local para avaliar a perfuração”, contou o vereador Nuno Canta. Segundo o responsável pelo Departamento de Obras e Meio Ambiente da Câmara Municipal do Montijo, “apesar do ataque sofrido, os plátanos estão a reagir bem e os técnicos municipais acreditam que conseguirão sobreviver”. As árvores “hoje estão em condições, mas não quer dizer que não lhe tenham tirado alguns anos de vida”, sublinha.

Os plátanos são folhosas de grande porte geralmente apreciadas pela sombra que proporcionam na Primavera e no Verão. “Ao contrário do que as pessoas pensam, estas árvores limpam o ar de poeiras, atenuam a circulação de pólen e mais, amenizam a temperatura do ar”, explica o vereador Nuno Canta. “Para termos uma cidade mais saudável, as árvores são elementos fundamentais para um ambiente urbano com maior qualidade de vida, e atentar contra isso é atentar contra a nossa própria vida”, acrescenta

Susana Lage (Jornal de Alcochete)

3 comentários:

Anónimo disse...

País de grunhos.

Anónimo disse...

Este país que mata àrvores de rua é o mesmo que Eduardo Prado Coelho assim descreve:

"A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres. Agora dizemos que Sócrates não serve. O que vier depois de Sócrates também não servirá para nada. Por isso, começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates.
O problema está em nós. Nós como povo. Nós como matéria-prima de um país. Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais.
Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.
Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos... e para eles mesmos.
Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.
Pertenço a um país:
- Onde a falta de pontualidade é um hábito;
- Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.
- Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e, depois, reclamam do governo por não limpar os esgotos.
- Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.
- Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é "muito chato ter que ler") e não há consciência nem memória política, histórica nem económica.
- Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar alguns.
Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser "compradas", sem se fazer qualquer exame.
- Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não lhe dar o lugar.
- Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão.
- Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.
- Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado.
- Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.
Não. Não. Não. Já basta. Como 'matéria prima' de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa. Esses defeitos, essa 'CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA' congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós,ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte... Fico triste.
Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje, o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada... Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá. Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, nem serve Sócrates e nem servirá o que vier. Qual é a alternativa?
Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror? Aqui faz falta outra coisa.
E enquanto essa 'outra coisa' não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados....igualmente abusados!
É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda... Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um messias. Nós temos que mudar! Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer. Está muito claro... Somos nós que temos que mudar. Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos: desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e, francamente, tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da estupidez.
Agora, depois desta mensagem, francamente, decidi procurar o responsável, não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir) que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido.
Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO DE QUE O ENCONTRAREI
QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO. AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO LADO.
E você, o que pensa?.... MEDITE!"

Anónimo disse...

No Seixal o bicho do Pinheiro é o Alfredo Monteiro. Não há pinheiro que resista!