Não compreendo como uma autarquia que se tem pautado contra a conservação da natureza como a do Seixal, uma autarquia que tem inclusivamente permitido a destruição de 1/3 do Sapal de Corroios - plena zona de nidificação - para a instalação de uma piscicultura, uma autarquia que tem urbanizado (e continua a urbanizar ) a esmo, inclusivamente em Rede Natura 2000 ou em zonas definidas como non-edificandit pelo PDM de 1993 , vem agora querer implementar percursos pedrestes para a observação de aves no estuário , ainda por cima defendendo que « "O projecto vai permitir medidas de conservação.É uma questão de sabermos preservar recursos naturais em meio urbano"»
É que nada disto tem a ver com a realidade no concelho do Seixal !!!
Bom, mas a noticia é de Helena Geraldes do PUBLICO e passo a citar :
« Durante quatro anos, o ornitólogo Hélder Costa observou 118 espécies de aves no sapal de Corroios, espaço que é uma espécie de oásis surpreendente de biodiversidade numa zona de crescimento urbano e industrial. A partir de Setembro, haverá três percursos pedestres para revelar este cantinho.
O caderno de campo de Hélder Costa, ornitólogo há mais de 20 anos, ficou cheio com as 118 espécies diferentes de aves que observou entre 2006 e 2009 na baía do Seixal. Esta enseada do rio Tejo funciona como abrigo e local de alimentação. Mas "não há muita informação sobre a zona", conta ao PÚBLICO.
O que mais o surpreendeu foi a "diversidade e quantidade de algumas aves". "Há espécies com exemplares muito interessantes, como a população invernante do maçarico-real e da gaivota-de-cabeça-preta", prossegue este antigo presidente da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, que mensalmente fazia "observação em sete pontos fixos". "O maior número de espécies ocorreu no período de migração pós-nupcial e no Inverno e o número máximo de aves atingiu as 8751, em Agosto de 2008", vinca. Apesar de estar inserido num "espaço muito urbanizado", Costa salienta que esta zona "ainda tem um potencial tremendo para a observação".
"Aqui é possível ver as aves de muito perto, [elas] estão já habituadas às pessoas", diz, lembrando o engarrafamento que, em 2007, parou a Marginal com as pessoas que vieram ver os flamingos na baía do Seixal.
Agora, a Câmara do Seixal conta ter prontos, até Setembro, três percursos pedestres, segundo revela Paula Magalhães, directora do Projecto de Valorização da Baía do Seixal. Os percursos Ponta dos Corvos (com 7,5 quilómetros), Do Talaminho à Quinta da Princesa (com 2,5 quilómetros) e Seixal-Amora (7,5 quilómetros de passeio ribeirinho) "terão pontos específicos que chamam a atenção para as aves que podem ser observadas", explica ao PÚBLICO.
Os percursos foram definidos com informação de um estudo de caracterização da baía, que começou em 2008 e terminará este ano, realizado pelo Centro de Oceanografia da Universidade de Lisboa e pela autarquia. "A recolha de dados permitiu contabilizar 64 espécies diferentes de aves e ainda não acabamos". »
10 comentários:
Ridicula a figura desta Paula Magalhães que a troco de um bom ordenado faz e diz o que o patrão alfredo Monteiro lhe manda dizer mesmo sendo mentira para enterter municipes e propagandear nos jornais. Esta Paula Magalhães é mais uma militante a comer da politica CDU. Não há decência nem verdade nem boa gestão do dinheiro dos impostos dos municipes.
Depois dos gastos de orçamento que houve para fazer obras à pressa em altura das eleições, quero ver onde vão arranjar dinheiro para fazer percursos pedestres...
É mais uma publicidade à CMSeixal...
Deve ser já a prepararem caminho para alcatroarem a estrada até à ponta dos corvos e começarem a especulação imobiliária naquela zona com a desculpa do turismo natureza com varandas dos alojamentos viradas para o Seixal...
Eu gosto é nas comemorações do dia da árvore, fazerem workshop sobre a baia, o que tem tudo a ver com a floresta e árvores...
http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1423992
Os "percursos pedestres" no Seixal são como as "vias cicláveis " em Almada já para não falar na "ciclovis hibrida" na Costa da Caparica, tudo uma terminologia para enganar papalvos.
epá, e isso ainda não foi capa nos dois boletins municipais mantidos pela cãmara?? que falha!!!
assim ainda são despedidos os meninos!!!
"As aves já estão habituadas às pessoas " grande descoberta, até há por aí uma ave pernalta que até já tem um blogue isso devia vir no jornal a ave rara da baía do Seixal que tem um blogue e tudo.
Ponto verde, Isto é uma noticia ou uma anedota ?
1.Só 23% da superfície de Portugal é considerada terra arável.
2.Atravessamos um período em que se torna necessário diminuir a despesa.
3.Portugal compra grande parte da comida que consumimos, fazendo dessa forma sair mais recursos de País.
Ainda assim, há quem aproveite as zonas de reserva agrícola nacional para edificar urbanizações e implantar redes viárias, como se a terra arável, produtora de alimentos para os Portugueses, não fosse já um bem escasso.
O termo empregue: "reserva agrícola" não deve estar a ser devidamente compreendido; a reserva não se prende com nenhuma ideia de amor à natureza neo-hippie, mas como um armazenamento estratégico de um bem (os alimentos) que são indispensáveis para a sobrevivência, são cada vez mais escassos, mais caros, e que temos cada vez menos capacidade de produzir.
Ainda assim, continua-se a construir, como se dos beirais dos telhados fossem brotar massarocas de milho e nos estacionamentos crescessem rebentos de arroz. Por este caminho, muitos de nós ainda havemos de ir partir os dentes nos tijolos que se têm, tão irresponsavelmente, por todo o lado semeado.
Só mais uma pequena obsevação, em relação ao texto citado pela responsavel da CM Seixal em relação aos percursos pedestres e outras medidas de educação e protcção ambiental da mesma casa:
"Terão", "irão", "vão", "farão", são termos muito recorrentes, que surgem sempre nas frases ditas por esta entidade, no que toca não só às questões do Ambiente, como também Protecção do Consumidor, Cidadania, Segurança e Urbanismo, entre outras.
Vive-se num stado permantente de premonição, nos discursos camarários. "vamos fazer, temos planeado, está projectado" são termos recorrentes de uma lenga-lenga que faz lembrar em muito a história da cenoura colocada à frente do burro. Trinta anos de promessas e de conversa do que há-de vir, quando o que se vê que se tem feito, é francamente de mau augúrio.
Em conclusão, meu caro e inefável ponto verde,
- O Seixal está bem e recomenda-se;
- O sapal está bem e é bem frequentado;
- As muitas aves que são frequentes e que podem ser observadas, são o melhor atestado que pode ser passado à Câmara Municipal quanto à qualidade ambiental do Sapal; e
são um voto negativo à mentira e ao veneno político, refiro político e não ambiental, que por aqui é costumeiro.
Parabéns Câmara Municipal do Seixal por mais esta iniciativa que é reveladora da sensibilidade e preocupação para as questões ambientais que também são apanágio da política municipal.
Este Manuel José deve ser parvo, as aves estão na Baía e no sapal porque as bestas da Câmara do Seixal ainda não construíram, lá e os pássaroa não têm mais para onde ír depois de terem derrubado todos os pinhais e posto prédios e mais prédios uns em cima dos outros . Relembro aqui também a justa luta do amigo Amélio pela Ponta dos Corvos e que os senhoras da Câmara tanto gozaram.
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