sábado, julho 19, 2008

O COCKTAIL!


Todos os condimentos que se reuniram em Loures e desembocaram nos acontecimentos a que temos assistido , existem no Seixal e noutras zonas da Margem-Sul.


São várias as questões que conduzem e este ponto, das politicas erradas de realojamento e integração, a bairros mal projectados, mal construídos, fora de meio urbano , desenquadrados,isolados, estigmatizados e estigmatizantes à partida.

Tal como em Loures, basta um elemento disruptivo, por vezes insignificante para servir de detonador no ambiente potencialmente explosivo em que as populações descartadas para guetos periféricos , fora de toda a outra malha urbana , humana e social vivem.

Situações semelhantes de agressão entre grupos, embora menos graves, já aconteceram no Seixal em determinadas zonas problemáticas, conhecidas de todos e devidamente referenciadas , tanto pela autarquia que tem os bairros a seu cargo quase ao abandono , aumentando o potencial de explosão social, como pelas autoridades policiais .

O Bairro mais recente do Seixal , a Quinta da Cucena é o exemplo do que não deve ser feito , mas é um erro que só não foi na mesma altura clonado e replicado na Flor da Mata por oposição da população residente, o tempo tem dado razão a todos os que se opuseram a mais este grave erro, note-se que nem uma nem outra localização eram sequer definidas no PDM como zonas urbanizáveis e muito menos com caracteristicas urbanas.

Aliás esta construção da Cucena ,pode-se considerar mesmo ilegal , na medida em que nem aguardou que o processo de alteração de uso do solo por Plano de Pormenor fosse concluída e aprovada , para que se iniciasse...


Esta questão levanta também questões da legitimidade no negócio imobiliário imoral ( e pouco social) em que a construção de Bairros PER ou CDH se tornaram.

Paralelamente há que considerar as alterações de uso do solo associados a estes locais onde não se deveria construír, muito menos para realojamento (veja-se a toponimia destas inumeros Bairros - "Quintas" ) e que per-si quase que financiam as urbanizações , para já não falar nas garantias protocoladas pelas autarquias e pelos subsidios cegos cedidos pelo Governo.

Na ultima fase do PER é a Drª Leonor Coutinho , na qualidade de presidente do INH , talvez a pessoa , ou uma das pessoas com maior responsabilidade politica nestes processos , não a vi no entanto ser questionada por nenhum meio de comunicação social a propósito das questões levantadas pelos acontecimentos recentes.

13 comentários:

Anónimo disse...

A indignação é tanta pelas barbaridades feitas pela CDU que só me ocorre dizer livre Deus da CDU.
Não sou crente e como tal apelo também à população do concelho do Seixal que não vote na CDU e que não se abstenha. A fotografia é ilustração dum atentado à dignidade humana. Porque aquelas pessoas foram empurradas para aquele fim de mundo pela autarquia CDU e esta mesma autarquia que não se digna nem ao menos limpar o lixo. Ao PS e ao PSD faço um apelo para que se juntem em benefício do povo do seixal.

Anónimo disse...

Esta situação de Loures e não só é de uma enorme injudtiça para quem cumpre com os seus deveres de cidadão.Os que vivem em Portugal apenas para roubar que se desloquem para os respectivos países e aí sim que o estado pague a viagem. Que vergonha

Anónimo disse...

E agora? para arranjar as casas vandalizadas, será que a Câmara de Loures vai criar mais uma taxa para ós restantes moradores?????? Quem é que vai pagar esses arranjos das casas de alguém que recebe rendimento minimo, não paga renda, mas tem dinheiro para comprar armas?

Anónimo disse...

Os portugueses que trabalham e pagam impostos nunca têm direito a receber casas de realojamento social. Preferem dar casas a pessoas que não respeitam a lei e não sabem viver em sociedade.

Daniel Geraldes disse...

Quando o cocktail arrebentar, vai ser tão mais facil culpar a admnistração central.

Anónimo disse...

Gostava de saber se eu tiver um desentendimento com os meus vizinhos também terei direito a uma casa nova. As famílias ciganas não trabalham, não descontam, vivem do dinheiro que todos nós descontamos e ainda recebem casas novas.Em São João da Talha já foram realojados centenas de ciganos.

Anónimo disse...

Cerca de 90% da população activa residente na Quinta da Fonte beneficia do Rendimento Social de Inserção, de acordo com dados da Câmara Municipal de Loures. E muitos, apesar de pagarem rendas de 4,26 euros por mês, devem neste momento à autarquia quantias que chegam aos oito mil euros.

No entanto, basta passar pelo bairro – que voltou a ser notícia depois dos tiroteios da semana passada – para ver automóveis e carrinhas novos cujo valor ultrapassa, em vários casos, os 30 mil euros.

O presidente da Junta de Freguesia da Apelação admitiu ontem ao CM que durante a recolha de dados para os Census 2001, em que ajudou os técnicos a fazer o levantamento dos dados na Quinta da Fonte, viu "casas muito bem apetrechadas. Mais equipadas do que as de muitos habitantes, que tiveram de pagar para viver naquele bairro", diz José Alves. Ainda esta semana, um elemento da comunidade cigana que usufrui do Rendimento Social de Inserção queixava-se à imprensa de ter visto a sua casa assaltada. "Até o [televisor de] plasma levaram" lamentava.

Na Quinta da Fonte, onde residem 2500 pessoas – vive também uma minoria que pagou para ter casa. São cerca de 350 pessoas que em 1995 se inscreveram na cooperativa de habitação que fez nascer o bairro.

Na altura pagaram 600 contos (3000 euros) e continuaram a pagar rendas que chegam hoje aos 220 euros. No total, essas casas custaram entre 45 mil e 60 mil euros, dependendo da dimensão. Hoje, de acordo com o Imposto Municipal sobre Imóveis, valem 35 mil euros

O CM ouviu relatos de desânimo: "Quando se soube que o bairro ia servir para alojamento social, houve quem se apressasse a vender as casas." Quem não o fez –"porque acreditou nas promessas da Câmara" – nunca mais conseguiu vender. Eagora, "nem a família convidamos para vir cá".

Só mesmo neste pseudo país, rendas de 4.26 euros e mesmo assim não pagam... claro porque é que haviam de pagar ?!... agora ainda vão para casas novinhas (quase de certeza).

Por muito que custe a muita gente, faz cá falta alguém de coragem, que não se acanhe, que chame os verdadeiros nomes ás coisas (autenticos penduras são estas pessoas e as outras com quem andaram em guerra)

Anónimo disse...

1º É certo que a opção de por estas comunidades todas juntas num bairro, não é a melhor...

2ª Mas também é certo o impacto negativo que trazem alguns indivíduos destas etnias, quando inseridos num tecido social implementado em virtude da ausência de alguns pressupostos básicos para a sã convivência social (o respeito pela diferença, e a adaptação de comportamentos). E é ainda claro, a questão económica, pois a chegada de uma família cigana (por exemplo) a um prédio, corresponde sempre à perca de pelo menos 15 % do seu valor comercial.

3º Outra questão prende-se com a ausência de qualquer mecanismo sancionatório aquando da entrega de uma qualquer casa num bairro social, por exemplo: ao não pagamento do aluguer, à violação continuada das regras de convivência e de legalidade os assistentes sociais respondem sempre com mais compreensão e tolerância ( que normalmente é sinal de laxismo, e daquela filosofia do "deixa andar").

4º a ausência de resposta proporcional ( no caso de Loures a ausência de violência )por parte das autoridades, que permite a alguns indivíduos de uma qualquer sociedade ficarem com a impressão do "cada um por si, e Deus por todos..." e do sentimento de impunidade que grassa entre os Portugueses.

5º A Quinta da Cucena é mais um exemplo da arquitectura de armazenamento que tem sido adoptada quando o objectivo é afastar armazenar os problemas todos juntos...

6º A crise que ai vem agudizará sobremaneira os atritos sociais latentes, e nisso qualquer modelo de integração (bairros sociais ou outros) não melhorará a situação...

7ºDe uma coisa não tenham dúvidas... com a aproximação das eleições haverá sempre votos a ganhar nas minorias, e nisso a CDU não diferente dos restantes...

Anónimo disse...

Quem semeia ventos recolhe tempestades e cada um deita-se na cama como a faz, esta "minoria etnica" no tempo de Salazar andava direitinha e tinha um certo respeito, agora que se abandalharam que não se queixem, pela boca morre o peixe e queriam que o zé povinho lhes pagasse a hospedagem?

Anónimo disse...

Eu também sou racista em relação a TODOS os que não respeitam a lei. De acordo com o Expresso de hoje aquele "senhor" que andava aos tiros estava com termo de identidade e residência sob acusação de homicídio, tráfico e outras (nem percebo como não estava preso). Querem ter todos os direitos mas não querem nenhuma obrigação nem respeitam as mais elementares regras de civismo. Estes comentários supostamente racistas apenas traduzem um cansaço de quem é honesto e vê os seus impostos a serem utilizados para alimentar inuteis que vivem à margem da lei.

Anónimo disse...

O Ponto Verde como os amiguinhos clandestinos da Flor da Mata não passam de oportunistas politicos . É fácil analisar e mandar sound bites depois das coisas acontecerem e atirarem sempre as criticas para cima das autarquias. Não passam é de uns racistas e de uns oportunistas .

Anónimo disse...

O j.a. tá metido no negócio da flor da mata, quer que se destrua o pinhal que é de todos para fazerem + bairros sociais e casas de má qualidade....investiguem, investiguem, só não vê quem não quer ...TUDO PRESO!!!! Os comunistas deram cabo deste Concelho em 30 Anos!!!!

Anónimo disse...

Tudo preso Joana tudo preso não se deve fazer por menos. Destruiram o concelho e os anseios de uma geração que passados 30 anos estão no fim da sua vida a assistir à destruição da sua terra. Cabe àqueles que têm força para lutar a defesa desta terra que não é propriedade do PCP.