terça-feira, julho 01, 2008

SOLUÇÕES BIOENERGÉTICAS (4) - LOCOMOÇÃO ALTERNATIVA



Um único lado positivo do disparar dos preços do petróleo, o repensar e racionalizar a forma como o gastamos , o retirar de automóveis das estradas e com essa retirada, o facto de ficar mais espaço para a entrada de meios alternativos de transporte.


Já falámos aqui multiplas vezes da bicicleta, mas não só a bicicleta é alternativa imediata , há inúmeros veículos que garantindo locomoção com um certo grau de conforto , têm gastos infinitamente inferiores aos veículos comuns com bons desempenhos ao nível da autonomia, conforto e segurança.

Falo como é óbvio dos micro carros , não só dos denominados "papa reformas" ,mas a uma série de veículos recentemente lançados pelas construtoras tendo como objectivo as reduções de consumo e igualmente a libertação para a atmosfera de CO2.

Temos também já disponíveis no mercado, embora financeiramente pouco acessíveis , veículos hibridos (electricidade e gasolina) , com valores de consumo à volta de um terço de um veículo com prestações semelhantes a gasolina.

Há também os veículos mais futuristas como os "SEGWAY" , mas estes, para além de caros , têm uma autonomia limitada e os nossos espaços urbanos não estão preparados para os receber.

E chegamos exactamente ao ponto nevrálgico de tudo isto, o espaço urbano, face a este novo paradigma, diriamos que os autarcas estariam já a dar uma resposta, contendo as áreas urbanas , e criando condições para novas possibilidades de locomoção, até com atitudes simples como criar a delimitação de vias nas já existentes, mas nada , parece que esta crise nada tem a ver com a governação autárquica e planeamento urbano local , quando tem fundamentalmente a ver com isso e com os factores de locomoção que o desenho e o modelo urbano incutem.

A bicicleta será em tudo isto o grande paradigma, a sua utilização é imediata, custa tanto como um depósito de combustível , resolve a maioria das questões de locomoção em pequenas distâncias urbanas, mas tal como os restantes meios alternativos , precisa que sejam criadas condições de circulação em segurança , de parqueamento , de utilização em transportes públicos , mas como disse é hora de os nossos autarcas e urbanistas darem o seu contributo !


JÁ!!!
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Nota

Dossier sobre uso da bicicleta em ambiente urbano , ontem no DN com a notícia de que em 2009 Lisboa vai adoptar um sistema semelhante ao de Paris.

2 comentários:

Filipe de Arede Nunes disse...

Confesso que acho que muito mais importante do que a construção de ciclo vias será o ordenamento do espaço urbano, de forma a criar condições para a existência de transportes públicos rentáveis.

Infelizmente, com o abandono dos centros e subsequente ocupação das periferias o que se passa é o contrário!

Enfim, chegará o dia em que não haverá mais petróleo - ou ele será tão caro que o efeito seja o mesmo - e nessa altura iremo-nos lamentar dos erros do presente e de incapacidade de vislumbrar o futuro.

Cumprimentos,
Filipe de Arede Nunes

Anónimo disse...

Lamentavelmente a população está dependente das pessoas mais incompetentes da politica. Não têm conhecimentos não têm instrução não têm ideias não sabem aprender. Um dia um vereador do seixal CDU foi a Paris com a família de férias e viu lá um passeio com 7 metros de largura veio deslumbrado e queria um passeio igual para ele aqui no seixal. E quando o seixal teve um passeio à beira rio plantado qual é a largura que tem? 2 metros 2 metros e meio? Que mediocridade. Ciclovias sim, mas como? Se não foi guardado espaço para as construir. Não há, não houve qualquer planeamento urbanístico é o salve-se quem puder neste concelho do seixal. E já agora é bom não esquecer a responsabilidade dos técnicos da Câmara na sua maioria afectos ao poder vigente que têm a sua grande responsabilidade neste planeamento deficiente nas construções ilegais nas construções que violam o PDM. Falta 1 ano para as eleições temo que não reste nem um bocadinho do território por destruir. Queremos ciclovias exigimos qualidade de vida que é um direito de todos nós. Apelamos ao voto nos partidos da oposição em 2009 para o bem comum dos seixalenses.