terça-feira, junho 12, 2007

NOVO AEROPORTO DE LISBOA - HIPOTESE MARGEM ESQUERDA










Continua a discussão em torno do novo aeroporto de Lisboa com o
Expresso e demais Comunicação social a considerar mesmo um recuo por parte do governo na disponibilidade revelada por Mário Lino no estudo da nova proposta apresentada para o Campo de Tiro de Alcochete.

No colóquio que decorreu ontem de manhã na Assembleia da Republica o que ficou expresso pelo ministro foi a inevitabilidade da saída do Aeroporto da Portela, situação que aqui não advogamos , ora a "inevitabilidade da construção de um novo aeroporto, uma questão não menos polémica, já que durante o colóquio algumas intervenções defenderam a manutenção do aeroporto da Portela, designadamente um dos candidatos à autarquia lisboeta (Sá Fernandes). O deputado socialista João Soares, foi mesmo mais longe defendendo o alargamento do actual aeroporto como a solução melhor para Lisboa." (segundo o Expresso)

A mesma fonte cita também: "...Segundo Mário Lino, agora que Alcochete passou a fazer parte da solução, "o Governo decidiu mandatar o LNEC para fazer um relatório que proceda a uma análise comparativa entre a OTA e o Campo de Tiro de Alcochete", relatório esse cuja conclusão demorará, nos prazos dados pelo ministro, seis meses. Recorde-se que este estudo, conduzido por técnicos de um laboratório tutelado pelo ministério de Mário Lino, terá de fazer, em primeira instância, "uma avaliação preliminar da efectiva viabilidade da solução Alcochete", para, só depois, partir para o estudo comparativo. Ora, saudado o "recuo" do governo, designadamente por Marques Mendes, a verdade é que o ministro deixou claro que "obtido o relatório do LNEC, compete ao Governo decidir".

Por sua vez o Setúbal na Rede analisa também as decisões saídas do colóquio e relembra que "Na passada semana, também Augusto Mateus, coordenador do estudo sobre o ordenamento do futuro aeroporto de Lisboa, defendeu que Alcochete constitui uma solução mais flexível para a construção da infra-estrutura, podendo entrar em funcionamento mais rapidamente, já que nesse local “eventualmente poderá ser possível oferecer, antes de 2017, uma primeira alternativa”. O ex-ministro de António Guterres afirmou que a Ota apresenta “um conjunto de limitações dimensionais”, ao contrário do que sucede em Alcochete e outras localizações na Margem Sul" .

Pelo seu lado o Presidende da Associação Industrial Portuguesa , ao mesmo tempo que decorria o colóquio na A.R. apresentava ao Presidente da Republica um estudo em que sublinha as vantagens comparativas da margem sul, segundo o Publico "

«O presidente da Confederação da Indústria Portuguesa, Francisco Van Zeller, disse hoje que a localização do aeroporto na margem sul, em Alcochete, permite projectar uma infra-estrutura com "grande ambição" e "capacidade ilimitada de desenvolvimento".

"É a primeira contribuição para a criação de um consenso nacional sobre o novo aeroporto internacional de Lisboa e a sua localização fica num território parcialmente ou totalmente situado dentro dos limites do Campo de Tiro de Alcochete e na zona das Faias", disse Van Zeller, no final de um encontro em que entregou o estudo preliminar ao Presidente da República, Cavaco Silva, no Palácio de Belém, em Lisboa.

O relatório, que tem um carácter intercalar, baseou-se na avaliação das alternativas de localização e teve em conta "aspectos ambientais, económicos e técnicos", realçou Van Zeller.

A localização ideal encontra-se numa zona morta ambiental, onde serão abatidos fundamentalmente eucaliptos e em menor número sobreiros mortos. Não é uma zona de montado, como Rio Frio, mas uma zona de bombardeamentos pesados", disse.

Van Zeller, que se fazia acompanhar pelo economista e ex-ministro das Finanças Ernâni Lopes e pelo ex-ministro do Ambiente Carlos Borrego, explicou que nesta zona o aeroporto pode ser construído mais cedo, o território é plano e haverá ganhos em termos de acessibilidades.

Os terrenos, da propriedade do Estado, totalizam 7500 hectares para projectos futuros e de ampliação, estando, por isso, "livres de especulação", sublinhou."»

3 comentários:

Papoila disse...

Penso que este recuo do governo se deveu a várias pressões e assim toda a gente ficou satisfeita.
O Sr. presidente da república porque disse para a decisão ser bem pensada, fez-se a vontade aos autarcas da margem sul depois das palavras do ministro Mário Lino, e depois encomenda-se um estudo ao LNEC, um organismo dependente do Estado, que irá apresentar um resultado à medida do que o governo quer.

Não significa que eu concorde com o aeroporto deste lado, só penso que este estudo servirá para que o estado legitime uma opção que à partida estava já tomada e agora quer mandar areia para os olhos da população.

Ponto Verde disse...

Uma hipótese bem plausivel::: então tratando-se da margem esquerda!!!

Anónimo disse...

Se a opção já foi tomada... de pouco servirá este estudo, para mal de todos os autarcas da margem sul que ficariam com tacho garantido vários mandatos com a ajuda dos patos bravos da praxe. O interesse do pais pede um esclarecimento cabal das opções tomadas, e isso só tem de ir contra os lobbys: De um lado a OTA/autarcas da zona e do outro: Cavaco/Autarcas da margem sul. Tudo bons rapazes... como se vê...