Na imagem , o então Presidente da República condecora António Champallimaud pela construção da Siderurgia Nacional no Seixal no dia da sua inauguração em Paio Pires.
É curioso vermos Champalliaud e o Fascismo a negociar o mesmo saque ( legitimado por expropriação) em data anterior a Champallimaud, constituído por propriedades agricolas de familias do Seixal e agora disputado por Comunistas e Democratas (legitimado por "consulta publica" mas agora , não para a produção, mas para a construção...).
Sobre o Plano de Pormenor da Siderurgia há que não esquecer o que foi publicado no semanário Sol na passada sexta feira :
- PJ investiga antiga Siderugia Nacional, diz Sol A Polícia Judiciária (PJ) está a investigar uma denúncia de «desvio de dinheiros públicos» na Urbindústria, empresa nascida da antiga Siderugia Nacional, noticia este sábado o semanário Sol.
A denúncia partiu de um antigo verador do PS da Câmara do Seixal e foi feita há cerca de três anos. Em causa estava um cheque de 1,1 milhões de euros pago pela Urbindústria à autarquia por um alvará que, um ano após o pagamento ainda não tinha sido emitido.
Entretanto, acrescenta o jornal, um grupo de militantes do PS local solicitou a intervenção do Tribunal de Contas para que investigue a gestão da empresa, nomeadamente a aquisição de diversas empresas que apresentam sucessivos resultados negativos.
A Urbindústria integra a holding estatal Parpública e tem como principal missão a gestão dos terrenos da antiga Siderugia Nacional. Nos terrenos em causa, existe actualmente um parque industrial, mas a Urbindústria tem um projecto de construção de habitação para o local. Nesse sentido, o Plano Director Municipal (PDM) do Seixal está a ser revisto.
Por sua vez vejamos o que resultou da Assembleia Municipal realizada em Dezembro de 2006 em que este plano foi abordado
"O Estudo de Ordenamento Urbano e Paisagístico para a zona da antiga Siderurgia Nacional de Paio Pires, Seixal, foi aprovado com 28 votos a favor (21 do PCP, 4 do PS e 3 do BE) na última assembleia municipal, dia 29. Votos contra foram nove (6 do PSD e 3 do PS) tendo ainda havido uma abstenção do PS. Sobre a dispersão de votos do PS o vereador socialista José Assis referiu apenas que “cada um votou de acordo com a sua consciência".
Vítor Antunes (PS) foi um dos que votou contra por considerar que o estudo apresenta uma carga excessiva de fogos (1500) para um concelho com “mais de 2000 fogos devolutos por habitar e outros 17 000 à venda”, e que irão “limitar a expansão industrial”. Já para José Assis a habitação e a indústria “podem coexistir” e lembra que o estudo “está de acordo com o Plano Regional de Ordenamento do Território da Área Metropolitana de Lisboa e que o plano de pormenor é que determinará a carga habitacional”( ...)
Cerca de 1500 fogos de habitação, comércio, indústria ligeira e logística, indústria pesada, espaços verdes e acessibilidades poderão vir a conviver nos 500 hectares da antiga Siderurgia Nacional de Paio Pires, Seixal, pelo menos é o que prevê o Estudo de Ordenamento Urbano e Paisagístico mandado realizar pela autarquia. ... - in Setubal na Rede
16 comentários:
Ouvi dizer por aí que o Presidente do Seixal anda obcecado com o PDM... Construção, construção, construção, taxas, taxas, taxas, IMI, IMI, IMI,...
Lexotan, toma lexotan que isso passa.
Comunistas e democrtas, quem és tu...
Falar de fascismo desta forma.
Toma lexotan, que isso passa
Que grande caldeirada que para aí vai!
Na verdade, a gestão municipal dança ao som da música do neoliberalismo galopante que, no coreto da S.Bento, marca o compasso.
Na verdade, o país está a saque, entregue à lei do mercado, e as pessoas - seres humanos - e o meio ambiente, são detalhes. De Norte a Sul. De Este a Oeste. A nível planetário.
Entretanto, certos senhores, fingindo-se independentes e acima de quaisquer interesses políticos ou partidários, vão salivando argumentos e críticas, como se não estivessem, também eles, enfeudados aos mesmos criminosos, só que de cor diferente. No fundo, falam de ervas, sem conseguirem ver o prado. Falam de rebentos, sem conseguirem ver a floresta.
Assim, não vamos lá.
O que é preciso, meus amigos, é corrermos com a tropa fadanga que, a nível local, nacional e internacional, põe e dispõe - e que, de uma maneira ou de outra, lê toda pela mesma cartilha.
Depois, podemos conversar e resolver os nossos problemas.
Exmo Senhor Ponto Verde
Não quererá V. Excª voltar a postar sobre o corte de árvores na Flor da Mata? Saberá V. Excª que o mesmo foi autorizado pela Direcção Geral de Serviços Florestais, unica entidade com competência para aprovar o corte... Saberá V. Excª que a Câmara Municipal do Seixal só teve conhecimento do facto quando a fiscalização Municipal se dirigiu ao local para ordenar a imediata suspensão do corte e que foram surpreendidos com a autorização... Pois é, está o senhor aqui a fazer o jogo do PS e afinal é o próprio PS, através do Governo, quem autoriza o corte de árvores... Antes de falar, deverá o senhor saber do que fala... para não dar tiros nos pés de quem lhe paga...
"...para não dar tiros nos pés de quem lhe paga..."
Tem provas?
Este pasquim é a prova provada dos objectivos obscuros que movem o ponto verde... Pois para escrever tanta mentira é preciso ser muito bem pago!
São quase cinco horas e os aparelhistas já devem ter largado a sua tarefa de monitorização e desinformação de hoje, mas também é só para dizer que : - Sobre a Flor da Mata voltamos a a falar amanhã.
Sobre o Sr Nuno Cavaco que parece ter fácil acesso e alguma experiência quanto a calmantes , agradeço o conselho. Falar de Fascismo de que forma? Não percebi! Queria que falasse bem do "Corta fitas" ou do Sr. Champallimaud ? Ou que tivesse referências positivas à transformação da Siderurgia em mais um projecto imobiliário? Desculpe, mas não percebi, é melhor reduzir nos lexotans, ou então não fazer misturas...
Depois há os preocupados com os que funcionam civicamente mas fora dos partidos... e também os que simplesmente estão incomodados de existirmos...
Isso ou o serem incomodados por jornalistas encartados a quem não podem responder da forma que aqui respondem?
Passem bem, ah! e Flor da Mata é amanhã! Hoje o tema é Siderurgia!!!
Engana-se Ponto Verde eu aqui estou vigilante à espera das suas mentiras, e se alguém é aparelhista e mentiroso é o senhor!
Ah ! Esqueci - me de responder à Papoila, as minhas desculpas e agradecimentos pela opinião:
- A CM do Seixal como muito bem refere anda obcecada pela construção, aliás, aconselho todos os que se interessam por urbanismo a vir ao Seixal ver COMO NÃO SE DEVE FAZER?
Há um boom generalizado de construção quando é o concelho da AML com mais fogos em comercialização!Um contrasenso ou uma mãozinha a lavagens de capitais?
A razão, bem, deve ter visto os jornais de ontem e hoje, a Câmara do Seixal é uma das tais!!!
Nunca tomei um calmante nem um comprimido para dormir. Consciência tranquila, agora que p post é das coisas mais estúpidas que já li, é.
Se o ofende, reflicta e pense que também ofende os outros de uma forma gratuita (eu continuo a acreditar nisso).
Caro Nuno Cavaco, como não o vi comentar oportuna e negativamente os artigos do Setubal na Rede ou do Semanário Sol penso pois que o que acha estupido será a introdução:
"Na imagem , o então Presidente da República condecora António Champallimaud pela construção da Siderurgia Nacional no Seixal no dia da sua inauguração em Paio Pires.
É curioso vermos Champalliaud e o Fascismo a negociar o mesmo saque ( legitimado por expropriação) em data anterior a Champallimaud, constituído por propriedades agricolas de familias do Seixal e agora disputado por Comunistas e Democratas (legitimado por "consulta publica" mas agora , não para a produção, mas para a construção...)"...
Estúpido esta comentário? mas porquê?
No tempo da ditadura fascista, antes da Siderurgia havia no local (muito aprazivel e ambientalmente rico)quintas agricolas que foram expropriadas para fazer a vontade a Champallimaud!
Hoje, na democracia não há expropriação (já houve... mas para outros fins...)mas há mecanismos que a autarquia comunista e o estado utilizam da mesma forma, não para repor o território depois de explorado, mas parea fazer mais dinheiro... não haverá hoje Champallimauds (???) por detrás mas o país continua refém dos mesmos de sempre! Agora com o selo de uma autarquia (falida) dita "comunista".
Ó Ponto Verde, olha lá.
Há um médico muito bom - é um bocado carote, mas justifica-se o preço - que dá umas consultas de psiquiatria ali na clínica S. Marcos.
Pelo teu palrar, vê-se que estás a precisar de ajuda. As consultas são às Terças e Quintas, ao fim da tarde.
Um amigo meu andou lá e deu-se muito bem. Está quase curado.
Se não quiseres, vai à consulta externa do Miguel Bombarda.
Zeca da Borga
Porque razão os comunas estão tão interessados em construir em todo e qualquer lugar no Seixal, vão-se mudar todos para lá?
Como o tema é sobre a Siderurgia, tomo a liberdade de transcrever na íntegra (com a devida vénia ao autor) aquilo que foi escrito há dias por João Carlos Pereira.
E NINGUÉM FOI PRESO
A história que eu vou contar não é ficção. É uma história que se passou em Portugal, nos nossos dias. É a história de um grande crime, com vários crimes menores pelo meio. É, em suma, uma história de terror.
No dia 5 de Março de 1998, escrevia eu no jornal Outra Banda: «O fim da Siderurgia Nacional, como empresa estratégica ao serviço dos interesses nacionais, está praticamente consumado. O processo arrastou-se ao longo de vários anos, mas caminha agora para um fim inexorável e muito bem definido: colocar um instrumento necessário ao desenvolvimento nacional e ao bem-estar dos portugueses nas mãos de quem, a nível europeu, quer, pode e manda na indústria siderúrgica».
Mas para que se compreenda melhor todo o processo, é preciso dizer que Portugal nunca produziu mais do que 60% das suas necessidades em produtos siderúrgicos. Conscientes desse défice, que obrigava o país a importar os restantes 40%, o que o colocava numa perigosa e caríssima dependência do estrangeiro, nos finais da década de 70, início da década de 80, o Estado entendeu – e bem – executar um plano de desenvolvimento da Siderurgia Nacional. Investiram-se, então, já em meados da década de 80, 70 milhões de contos nesse plano, o que incluiu trabalhos de terraplanagens e compra de equipamentos, entre eles um novo alto-forno, que ficou acondicionado nos terrenos da empresa. Convém dizer que, na época, trabalhavam na Siderurgia Nacional, entre as instalações de Aldeia de Paio Pires e da Maia, cerca de 6.500 pessoas.
Porém, por essa altura, iniciaram-se as conversações para a adesão de Portugal à CEE, que impuseram, entre outras obrigações, a necessidade de reduzir a nossa produção de produtos siderúrgicos, pois a Comunidade era, como parece que ainda é, excedentária nessa matéria. Ora, se isso era verdade em relação à Comunidade, não o era em relação a Portugal, que precisava de produzir mais para satisfazer o seu consumo interno. Parece lógico que, a haver redução de quotas, deveriam ser os países que produziam acima das suas necessidades a fazê-lo, e nunca Portugal. Por incompetência, cobardia ou outra razão qualquer ainda mais censurável (e seria bom que, um dia, os dossiers fossem divulgados para conhecermos os nomes e as caras desses vendilhões da pátria), a verdade é que fomos forçados a sacrificar o interesse nacional para comprarmos os produtos siderúrgicos produzidos no estrangeiro.
Para além dos 70 milhões de contos assim deitados à rua – apenas o alto-forno, que entretanto apodrecia nos caixotes expostos ao tempo, permitiu algum retorno, pois foi vendido para um país asiático – também se comprometeram as hipóteses de garantir, no futuro, o nível de emprego e a estabilidade social de milhares de trabalhadores e suas famílias.
Se o que acabámos de relatar é mau, o que estava para vir não seria melhor.
Mentindo aos portugueses, o governo de Cavaco Silva acabou aquilo que a governação de Mário Soares havia começado. Estou a falar do desmembramento e venda da Siderurgia Nacional a empresas estrangeiras, o que, ao contrário do que afirmaram, em coro, PS e PSD, não foi uma imposição, nem uma consequência da integração na CEE. Aliás, depois desta venda, passámos a ser o único país da então CEE que não tinha uma indústria siderúrgica própria.
Mas se o desmantelamento e venda da SN foram um autêntico crime de lesa-pátria, as peripécias da venda atingiram as raias do autêntico escândalo, próprio de uma qualquer – e autêntica – república das bananas.
Depois de dividir a SN em três empresas (SN-Serviços, SN-Empresa de Produtos Longos e SN-Empresa de Produtos Planos), o Governo decidiu manter na pose do Estado apenas a SN-Serviços, abrindo à privatização as outras duas. Em 18 de Setembro de 1995, é decidida a privatização da SN-Empresa de Produtos Longos, de Aldeia de Paio Pires e da Maia, a qual é adquirida por 3,750 milhões de contos, pelo grupo constituído pela Metalúrgica Galaica, SA e a Herisider Holand, B.V., uma empresa do Grupo Riva, considerado como os patrões do aço a nível europeu. E os compradores terão feito, sem a menor dúvida, o maior e melhor negócio do século passado, digno de figurar no Guiness.
De facto, por apenas 3,750 milhões de contos, a nova empresa ficou proprietária de todas as instalações e equipamentos das fábricas da Maia e de Aldeia de Paio Pires, das respectivas linhas de produção, correspondendo tudo a uma área de 83 hectares. Mas, para além disso, ficou a deter, também, 5 milhões de contos em stocks (isto é, produtos já fabricados, que, só eles, valiam mais do que o preço pago por tudo) e, como cereja em cima do bolo, de 9 milhões de contos em créditos, ou seja, valores a receber por vendas feitas antes de terem comprado as fábricas. Contudo, o Estado português, que abriu mão dos seus créditos, assumiu, pelo contrário, todos os débitos existentes à altura da venda.
Resumindo: A RIVA comprou por menos de 4 milhões de contos aquilo que valia, no mínimo, 14 milhões de contos. Sendo assim, não espanta sabermos que, tempos depois, cedeu a sua posição aos seus parceiros espanhóis por um valor que rondou os 20 milhões de contos.
Foi de tal ordem o escândalo, que o Eng. Silva Carneiro, na altura deste mirabolante negócio presidente do conselho de administração da SN, foi despedido sem justa causa, mas o inquérito que Augusto Mateus, secretário de Estado de Guterres, em finais de 1995, na altura prometeu, perdeu-se nas inúmeras gavetas do poder político.
A partir daqui, sucederam-se os despedimentos de milhares de trabalhadores. E como nota final, também ela explicativa da subserviência do Estado português aos interesses económicos – e dos muitos negócios subterrâneos que se adivinham no meio desta trapalhada toda – enquanto o alto-forno funcionou, a SN-Serviços, a única que se manteve nas mãos do Estado português, fornecia à SN-Longos as matérias primas (bilhetes, produzidos a partir da gusa líquida, via alto-forno, e energia). Porém, com a substituição no alto-forno por um forno eléctrico, enganam-se os que pensam que o novo forno ficou nas mãos nacionais. Nada disso. Agora, toda a produção passou para as mãos privadas, que são, como sabemos, estrangeiras. Portugal perdeu totalmente o controlo sobre uma área estratégica fundamental para o seu desenvolvimento, que é a produção de produtos siderúrgicos.
E aqui vos deixei os traços principais de um crime – de vários crimes – em consequência dos quais o país saiu altamente lesado. Mas de onde, para além dos grandes interesses económicos estrangeiros, alguém deve ter ficado muito bem na vida.
Mas a verdade é que ninguém foi preso.
Das verdades constantes no comentário anterior não fala o ponto verde... Mas alguém que só sabe mentir, não pode falar de verdades...
PS: Espero que o ponto verde tenha aprendido quem é o João Carlos!
O senhor João Afonso já deve ter compreendido ao longo dos ultimos três anos em que aqui vem sistemáticamente, certamente para se autoflagelar que este não é o orgão central de nenhum partido, nem um site sindical.
É curioso é que também aqui o senhor não saiba ler português, se soubesse deveria estar a defender o mesmo que eu, estou contra a transformação de uma unidade produtiva em mais umprojecto imobiliário. O Senhor não?
Estou atónito que o PCP apesar da história do ultimo comentário que já foi por mim anteriormente linkada através do site original (imagine-se que do Avante) está de acordo com a transformação, que não foi o objecto da expropriação inicial note-se!!!
O PCP deveria estar empenhado em que aquele fosse um local de criação de mais valia, sobretudo ao nivel das novas tecnologias, da energia, poderia ali istalar um Parque éolico e fotovoltaico para produção de energia... mas o que a CDU Seixal quer é mesmo betão e hipermercados. Arrase-se com todo o que impede esse desenvolvimento .
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