terça-feira, junho 19, 2007

DESERTIFICAÇÕES













Foi este fim-de-semana assinalado o dia mundial da desertificação. Na Europa , Portugal é o terceiro caso mais preocupante em termos deste cenário, e dentro de Portugal, o que está a Sul do Tejo é motivo de preocupação maior.


Se dúvidas houver, pegue-se e olhe-se para qualquer imagem de satélite e ela dirá por análise directa isso mesmo. Pode-se dizer, que lá no fundo, o mi
nistro até tinha razão, há realmente um deserto que começa a despontar na margem sul.














Outro tipo de desertificação, a humana, ocorre fora do litoral e dos grandes centros urbanos, tal se deve às politicas (ou ausência delas) de planeamento, de urbanismo, de oferta de imobiliário, de especulação imobiliária, de emprego..
.

Um terceiro tipo de desertificação acontece no centro da capital. Lisboa despovoou-se, envelheceu (muito) degradou-se e fugiu para a periferia norte e margem sul , depois das sete da noite, a baixa de Lisboa, contrariando outras capitais europeias é uma cidade deserta de gentes e de oferta cultural (veja-se os cinemas que têm fechado).

Onde estão as pessoas afinal? Bom elas têm que estar nalgum lado... e muitas têm vindo para a Margem Sul, o que não tem melhorado as coisas... saem de Lisboa e de casas velhas, caras e degradadas (porque não se investe na reabilitação urbana ao contrário da Europa) para mais assoalhadas, mais baratas por exemplo por esta banda, para as Quintas da Prata, para a Sobreda, para Santa Marta do Pinhal... e depois engrossa-se as filas matinais para... ir trabalhar para Lisboa...e ao mesmo tempo, desertifica-se esta banda ao destru
ir coberto vegetal e floresta para plantar betão.











Lisboa fica deserta de gente, a Margem Sul e periferia norte deserta de vegetação (com impactos na água, na qualidade do ar , no espaço e na paisagem) e sem gente fica também o interior que se desertifica de gentes, que deixam de tratar do campo, que fica á mercê dos fogos, que desertificam ainda mais a paisagem...


Este é um ciclo que urge interromper! É necessário que se invista não em construção nova em zonas virgens, mas que se entre em programas de requalificação urbana das zonas mais antigas, não só de Lisboa, mas de Almada, do Seixal, do Barreiro, da Moita, de Alcochete, do Montijo!!! Isso só será viável quando deixar de haver nas autarquias gente mais interessada nas mais valias geradas pelas novas urbanizações com alteração de uso do solo que no interesse nacional e bem comum.

E é óbvio, têm que ser criadas nas cidades do interior, condições de atractividade que não têm a ver com o fecho de industrias ou de escolas...

Mas é urgente que se actue, que se pare esta "evolução" em mancha de óleo pelo que ainda resta de verde (sobretudo a sul) contra os grandes interesses instalados e sobretudo que os autarcas da margem sul, que supostamente teriam as suas politicas (comunistas, ou melhor "comunistas") assentes noutros pressupostos... deixem de estar manietados e manipulados por aquilo que dizem combater, o "poder e o lucro dos Bancos e dos interesses capitalistas do imobiliário" , hoje em dia são meros porta voz servis destes interesses e traidores do interesse nacional , do desenvolvimento do país e do futuro que está reservado às próximas gerações.

8 comentários:

Anónimo disse...

A esquerda actual “deixou de ser esquerda” e tornou-se “estúpida”.

Anónimo disse...

O deserto de neurónios já há muito se instalou na cabeça do ponto verde.

Anónimo disse...

ASSIM SE VÊ A FORÇA DO PC
Nas eleições intercalares para a Freguesia de Vendas Novas, a CDU obteve uma grande vitória ganhando com maioria absoluta a Freguesia, aumenta a percentagem (mais 14,19% ) recebendo 58,93% dos votos expressos e mais dois eleitos do que tinha obtido nas eleições de 2005. O Partido Socialista sofre uma humilhante derrota, perde 22,13% do seu eleitorado, perdendo 4 eleitos (passando de 5 eleitos para 1) na Assembleia de Freguesia. O PSD sobe 8,01% e elege 4 membros para a Assembleia de Freguesia.

Monte Cristo disse...

Ponto Verde ao poder! Já!

Não.
Ponto Poder ao Verde! Já!

Não.
Poder Verde ao Ponto. Já

Ainda não está bem.
Verde Poder ao Ponto! Já!

Já não sei mais. Que se lixe!

Anónimo disse...

ASSIM SE VÊ A FORÇA DO PC em Beringel

Anónimo disse...

Ó eternos lacaios dos partidos,
ó quixotes apenas rocinantes,
calai os vossos urros e grunhidos
e sede não mandados, mas mandantes.

E tu, que sentes raiva por não ser
mais um do aparelho partidário,
não passas de um ponto a apodrecer
no teu discurso sujo e ordinário.

Julgas-te enorme, bom, inteligente,
indispensável pensador ambiental.
Fazes-me rir. E ri-se toda a gente
do ser vulgar que és, vil e boçal.

Anónimo disse...

A desertificação que vai surgindo na margem sul é bastante evidente. Os estilos de vida dos cidadãos da margem sul passa por acordar de manhã ir para o trabalho (que normalmente se situa em Lisboa) e voltar ao final do dia pelas 19h para casa. A margem sul tornou-se uma espécie de "dormitório" e durante o fim-de-semana muito dificilmente se encontram espaços de lazer, convívio e cultura. Vivemos para a sobrevivência e não para usufruir das cidades e dos seus bens. Tem realmente que ser repensado o modelo urbano das cidades desta margem tendo em conta novas políticas de emprego, de turismo e de oferta cultural adaptado as suas populações.

Papoila disse...

As políticas deste governo, só tendem a acentuar as assimetrias existentes entre litoral e interior, com o fecho sucessivo de maternidades, escolas, serviços. Se a ideia é fechar porque não há pessoas que justifiquem que estejam abertos, toda a gente sai do interior para o litoral, em busca de uma qualidade de vida que se supõe melhor. E assim um ciclo vicioso começa, e no interior ficam os mais velhos, e de aqui a algum tempo, quem sabe camelos...