segunda-feira, maio 14, 2007

O POLVO DE NOVO






















Desde sempre temos criticado a forma como o poder local tem gerido o território, como se de uma propriedade dos eleitos se tratasse, valorizando discricionáriamente ali, desvalorizando aqui, construindo acolá.

Os Planos Directores Municipais foram pouco mais que um pró-forma, mais uma lei a alterar segundo os interesses e as compensações do momento.


"Habituámo-nos " a este estado de coisas, a ESTA MÁFIA que teceu uma teia bem urdida entre autarcas e investidores," honestos" e não "honestos" ,autarcas e xicos espertos sem cheta , mas com as ligações certas para rentabilizar o que tinham (e o que não tinham) dividindo o quinhão com quem desse o jeito lá na Câmara para valorizar a propriedadezita,autarcas e lavadores profissionais e amadores, de dinheiro sujo, menos sujo, fuga aos impostos, fuga a prestações sociais dos trabalhadores da exploração da classe operária, tornados investidores priveligiados do betão.
Ah! e o esquema (de "parcerias" ajustes directos e alterações de uso do solo) que existe entre autarcas e a "construção social"!!!


É óbvio que além desta MÁFIA "MIUDA" , provavelmente a que faz mais estragos no nosso ambiente, há a outra, a legal, dos fundos imobiliários, da banca, das grandes construtoras e conglomerados económicos, da distribuição e dos clubes-empresa de futebol... Exagero? Exemplos?

Veja-se o
modus operandit por exemplo de uma Braga-Parques, a forma ah-hoc como são aprovados vários projectos locais (chamam-se decisões politicas) e como funciona o esquema cinzento das permutas e parcerias, veja-se a dependência que há em determinados municipios do sector imobiliário (no Seixal veja-se a sub-serviência da CMS ao Grupo A.Silva & Silva) , os esquemas, perdão lobbyes por detrás da revisão do PDM da Moita, em Setubal , denunciados por um ex vereador e no Porto, denunciados também por um ex-vereador.

As vantagens que foram concedidas ao Benfica para urbanizar em Lisboa , aproveitando o Benfica, para urbanizar no Seixal , tal como a tantos outros clubes e outras Câmaras por esse país fora, como se o betão fosse o designio da bola e não o desporto em si.


Veja-se a "birra" do Sporting para com o projecto imobiliário ainda não aprovado, inadmissivel a pressão, mesmo assistindo-lhe a razão ao requerer estatuto de tratamento "igual"... Não deveria antes o Clube de Futebol estar mais orientado para a sua equipa e não para negócios imobiliários?

Basta olhar para este país para ver que as coisas não estão bem , que o Portugal elegível para as "Sete-Maravilhas" é o Portugal de antigamente, que a maioria do que é construído hoje , só envergonhará as gerações futuras que não se orgulharão certamente do Portugal do Pato Bravo que lhes caíu em herança.


Mas isto parece não bastar , parece não fazer mossa, é que ainda vieram os PIN e agora a reconversão das antigas zonas industriais da Margem Sul , a OTA...mas isso fica para o próximo post.

3 comentários:

Anónimo disse...

Já que falamos em máfia, vejam isto:
http://www.correiodamanha.pt/noticia.asp?id=242334&idselect=90&idCanal=90&p=200

Ponto Verde disse...

Vale a pena mostrar o que o antonio fala sobre a noticia do CM:

-"A atravessar a “crise financeira do século”, segundo palavras do presidente, Carlos Humberto de Carvalho (CDU), a Câmara do Barreiro gastou 153 040,80 euros em assessorias técnicas, o triplo do gasto em habitação social: 55 780,73 euros. Só em Janeiro de 2006 foram contratados quatro assessores recém-licenciados a auferir vencimentos que rondam os três mil euros."

em pormenor :

"De acordo com a concelhia do PS-Barreiro, liderada por Luís Ferreira, nesta contratação imperaram “as relações familiares e políticas com o executivo”. Os assessores em causa são: Márcia Calafate, assessora técnica na área funcional do gabinete da presidência (41 382,00 euros anuais); Ricardo Medeiros – companheiro da vereadora com o pelouro de Águas e Saneamento, Sofia Martins, eleita pela CDU – responsável pela organização técnica e apreciação de processos administrativos do gabinete da presidência (41 382,00 euros anuais); João Neves, apoio jurídico no gabinete da presidência (35 138,40 euros anuais) e Gonçalo Bofill, assessor técnico do pelouro do Ambiente e de Reabilitação Urbana (35 138,40 por ano) .

“São pessoas que, praticamente, acabaram de sair da universidade, não têm mais de trinta anos e cuja experiência profissional não é muito longa”, adianta Luís Ferreira (...)"

Comparativamente:

HABITAÇÃO SOCIAL

A Câmara do Barreiro atribuiu no ano passado 55 780 euros à rubrica Habitação Social, menos um terço do que a autarquia gastou em assessorias técnicas. Já para 2007, o Orçamento prevê 100 mil euros para a Habitação Social.

Anónimo disse...

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