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segunda-feira, setembro 18, 2006
...O PORTUGAL DAS INCONSTITUCIONALIDADES , DO VAZIO LEGAL E DOS DIREITOS ADQUIRIDOS...
Somos , "constitucionalmente" falando, o país em que vale tudo, pois que se descobre que o fazer valer as leis que se supunham existir, não é legítimo, mas sim, inconstitucional, porque afinal o que existe é um suposto vazio legal que certamente quem dele se utilizou sabia certamente em que caminhos se movia e como tudo iria mais tarde ou mais cedo por acabar, com uma mão cheia de nada e outra cheia de coisa nenhuma.
Entretanto os escândalos no desporto (clique) não param de suceder, e as guerras de David's contra Golias a servirem só de ruído de fundo para o que afinal não acontece... em Felgueiras gozam connosco, em Marco de Canavezes dão-se uns pontapés num àrbitro que dá uso ao apito, em Gondomar tem-se bom ar e Boa-vista... telefonam-se, por aqui e por ali , aos amigos para combinar estratégias de arbitragem e resultados.
Outros clubes (clique) tiveram, presidentes na prisão (isso também teria sido parte do cenário?), constroem depois à custa dos negócios (clique) do que foi para a cadeia, Centros de Estágio onde não era suposto , mais urbanizações que não deviam existir, prédios e mais prédios que transformam o tal Centro de Estágios num quase logradouro de urbanização de luxo que depois se promove com pompa e muita circunstância de forma verdadeira mente capitalista e neo-liberal, lançando a protecção ao ambiente às "ortigas" ...para pagar o investimento e repartir lucros...
Tudo isto é o Portugal de hoje (clique) , que enoja e que permite que uma meia dúzia lucre, sobretudo à custa de um ambiente que é de todos, onde os autarcas (clique) que deveriam ser os garantes do interesse publico (clique), são os que promovem as ditas urbanizações, os elogiados projectos em que todos lucrarão, menos o ambiente... menos o povo... menos a sustentabilidade ambiental que deveriamos passar às próximas gerações.
Vasco Pulido Valente acertou na mouche no passado sábado ao escrever no Público;
"(...) De quando em quando, por uma razão qualquer, não forçosamente racional, o país resolve ficar indignado com a corrupção. A mim a coisa não me espanta. Na história do apito dourado, por exemplo, o ponto mais tipico e revelador no fundo, o ponto mais português, não é o descaramento ou o cinismo, é o tom de intimidade, às vezes de verdadeira estima nas conversas. "Ó pá, ó fulano, ó amigo" repetem os vários vigaristas com um inconfundível calor de familia. E, num certo sentido, são mesmo pessoas de família que durante anos se ajudaram, se aldrabaram ou zangaram para maior glória do futebol. (...) Em Lisboa inteira e suponho que em Portugal inteiro, os donos da economia, do sector público e do sector privado jantam, e almoçam em público, com inteiro sossego, para trocar "informação interna" ou traficar influência (clique) . Sabem que estão a cometer um crime? Admito que sim (...) .
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4 comentários:
Sempre quero ler o que o Ponto Verde vai escrever sobre esta iniciativa da Câmara Municipal do Seixal?
Alunos reutilizam manuais
Os munícipes do Seixal já podem consultar na internet a lista de manuais escolares disponíveis para reutilização. A Biblioteca Municipal decidiu ajudar as famílias no regresso às aulas e lançou o projecto 'Dar de Volta'. O objectivo é reaproveitar os livros, apoiando a comunidade e o meio ambiente.
Quem já não precisa dos manuais pode entregá-los nas bibliotecas do Seixal, Amora e Corroios, nas Lojas do Munícipe e nos 15 estabelecimentos de ensino que aderiram ao projecto. Vera Silva, chefe de Divisão da Biblioteca, revela que já foram entregues mais de mil manuais, 300 dos quais actualizados. «Cerca de 200 livros já foram levantados por leitores para reutilização», aponta.
Depois de catalogados e organizados, são inseridos numa base de dados, disponível no catálogo da Biblioteca Municipal, acessível a partir do site oficial da autarquia. Basta, por exemplo, pesquisar a palavra 'português' para obter 16 resultados, ou seja, 16 títulos de manuais, do 5º ao 12º ano em condições de serem utilizados pelos estudantes gratuitamente. Para cada livro há informação sobre o número de exemplares disponíveis e entregues. A reserva pode ser feita por telefone.
«É uma prática de cooperação que não temos. As pessoas não estão familiarizadas com estas iniciativas. Trata-se de aproveitar um recurso, sem ter praticamente custos associados», afirma a responsável. A biblioteca facilita o acesso aos manuais, evita às famílias despesas desnecessárias e «sensibiliza as crianças, numa perspectiva ecológica».
Vera Silva garante que a adesão tem sido positiva. «Há sempre muitas pessoas interessadas nos manuais, mesmo nos que não estão actualizados. Na semana passada, por exemplo, duas explicadoras levaram manuais antigos para aproveitar», diz. A Biblioteca Municipal não obriga à devolução dos manuais, até porque o objectivo «não era ter um processo burocrático». «Apenas agradecemos que os devolvam», conclui. Ana Rute Silva
A troca de manuais escolares é uma iniciatica extendida ao país e não exclusiva do Seixal, o que interessa ao senhor anterior é mudar o tema da conversa, hoje fala-se aqui e muito oportunamente , de corrupção, o artigo de VPV diz tudo!
Carla Ferraz
O Sr Paulo Silva está a assobiar pró lado, não quer ver o que realmente se passa! Por ex.Viaduto em Corroios, corte de Sobreiros, construção de um centro comercial (Rio sul) numa zona em nunca se deveria ter construído o quer que seja, a construtora que todas as obras do município faz, o acordo desastroso para as oficinas da câmara, as urbanizações a crescer como cogumelos em qualquer parte sem o mínimo de critério do ponto de vista urbanístico e ambiental. Vá continue a assobiar e a mudar de assunto!
Pessoas como Sr. fazem lembrar aqueles que sempre que alguém critica E BEM o antigo regime dizem "mas ele construiu uma ponte que até resiste aos terramotos"! A reutilização de manuais é de louvar, mas o assunto aqui é a corrupção que é muita em Portugal, da esquerda à direita, e no nosso caso em particular no Seixal!
Já agora só um pormenor: já viram aquele prédio na Cruz de Pau junto da rotunda? É impressionante como deixam construir aquilo junto de uma urbanização que nada tem a ver com aquele prédio do ponto de vista arquitectónico. Não é que o prédio seja feio, até pelo contrário, mas é completamente diferente dos restantes e de uma cor diferente e o mais engraçado é que até há pouco tempo aquilo era um jardim... a troco de quê é que a alguém da câmara autorizou aquilo????
Vergonhoso, entregam o Seixal ao interesse do capital e o que recebemos em troca? Pataco, poluição e crime.
E o campo do Seixal, o campo da grande glória que foi Albano?
Esta gente não é de cá, foi cá posta porque nos enganaram mas chega.
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