domingo, setembro 17, 2006

A NEGAÇÃO DE " UMA VERDADE INCONVENIENTE"












A divulgação da cruzada de Al Gore pelo ambiente, alertando através do documentário - "An inconvenient truth" , "Uma Verdade Inconveniente" - para as consequências para a Humanidade das alterações climáticas (reconhecidas pela comunidade cientifica, pelas Nações Unidas e pela União Europeia). Revelou na blogosfera uma faceta inesperada por parte de quem nela se assume como voz do Partido Comunista Português (PCP), esses "representantes" negam (certamente por uma orientação do "colectivo") acérrimamente os factos apresentados pelo ex. vice-presidente americano.

O que é curioso é que é essa também a posição da extrema direita nacionalista portuguesa e do Partido Republicano do Presidente Bush.

Esta posição não oficial do PCP é tão mais surpreendente quando esse partido se assume, na sua vertente "Os verdes" como representantes do movimento ecologista e na sua vertente Marxista, como representante dos mais frágeis, dos oprimidos e explorados, solidário com os povos do Terceiro Mundo e dos cidadãos do mundo económicamente mais fracos.

Por cá e para um rico com preocupações ecológicas, é-lhe indiferente que o estado português ou a autarquia onde reside tenha presentes essas preocupações , no extremo , se não gosta, muda de autarquia ou de país, ou então dentro da oferta escolhe o melhor condomínio para viver, e a sua bolsa permite, tal como no supermercado pode optar por produtos mais amigos do ambiente ou melhores para a saúde olhando mais para o seu rótulo e menos para o preço...e ambos contribuindo para uma melhor qualidade e esperança de vida!

Para um pobre, se não é a autarquia a ter por si essas preocupações ambientais, então está mal, se a autarquia betoniza a torto e a direito, se não trata os esgotos ou a qualidade da água de consumo, se permite que o cidadão esteja exposto a um ar de má qualidade, se não ordena e não dá boas soluções em termos de mobilidade com bons transportes publicos ou alternativos ao automóvel, se não mantém sustentávelmente os espaços verdes , as florestas, os rios ... se urbaniza terrenos agricolas que mesmo nas periferias das cidades permitia o cultivo de horticolas que fornecessem os frescos e os vegetais que o orçamento não permite comprar no supermercado, de forma a equilibrar uma dieta que só dessa forma poderia ser equilibrada, então está condenado à marginalização ambiental... a uma má qualidade de vida e à redução da sua esperança de longevidade.








O mesmo se passa em relação a determinados países e suas comunidades economicamente débeis, que se o
nível das àguas aumentar poucos centimetros que seja, como a previsão defendida por Al Gore, ou desaparecerão - caso de algumas ilhas do Pacífico - ou serão sériamente afectadas, tal como as zonas continentais costeiras e com elas centenas de milhões de seres humanos, sobretudo, não tanto nos Estados Unidos, mas na India, no Paquistão...

Havendo por sua vez uma relação directa entre pobreza e ambiente, saúde e ambiente, qualidade de vida e ambiente, economia e ambiente... e que qualquer catástrofe ou desiquilibrio ambiental afecta sempre mais e de forma mais pesada os mais fracos e desprotegidos (mesmo nos Estados Unidos - veja-se o que aconteceu com a passagem do furacão Katrina).

Não se compreende assim a posição dos "Pêcês" ao serem tão avessos a uma abordagem cautelosa e sustentável do ambiente de forma a prever uma catástrofe ambiental e humana sem precedentes no futuro feita por alguém que pode difundir universalmente essa mensagem de susten
tabilidade como é Al Gore e que alerta para os primeiros a sofrer!!!

Fiquem descansados no entanto que não estão sós nesta negação, têm convosco o Partido Nacionalista (clique) e o presidente Bush e o seu Partido Republicano, como já foi referido.
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4 comentários:

Anónimo disse...

Está visto que ao PC não lhes interessa o bem estar das populações, mas sim, a sua insatisfação,pobreza, mau ambiente, má habitação, má nutrição, maus cuidados de saúde... necessários para manter viva, a chama da revolta.

nunocavaco disse...

Lamentável. Sabe quantas súbidas do nível do mar já ocorreram? Muitas.

Todo o seu discurso caí só com isto, de tão fraquinho que é.

Caparicano disse...

Concordo em parte com certas teorias que minimizam os efeitos do "aquecimento global" e restantes alterações climáticas.

As teorias catastrofistas que muitas vezes se propagam pelos meios ambientalistas e não só têm por vezes reduzida base científica e muita retórica. Contudo, são bastante importantes porque permitem de alguma forma sensibilizar todos nós para as boas práticas ambientais.

Creio que é unânime a necessidade de minimizar as emissões de Co2, as descargas de efluentes para os cursos de água, a diminuição da factura energética, a preservação do solo arável e da água doce potável. Se não for pelo aquecimento global, que seja por outra razão qualquer.

Anónimo disse...

O que é uma "súbida"?
Uma subida súbita?

O que realmente é giro é como os imobilismos conservadores têm a mesma posição, da direita á esquerda.