sábado, setembro 02, 2006

ARRÁBIDA - O NATURAL FUNDEADOURO















A Arrábida neste ano de 2006 "teve duas perdas consideráveis".

Por um lado perdeu o charme natural de antigamente porque a conservação da natureza e a simples limpeza das bermas das estradas de acesso ao Portinho e à Praia deixou de ser visivel e porque é cada vez mais notória a falta de civismo "TUGA" .

Tudo se encontra nas bermas ou dependurado nas falésias, de fraldas descartáveis a garrafas de água vazias , plásticos e embalagens várias... parece que deixou de haver limpeza por parte de quem a deveria fazer. Já na praia o areal está sujo e sem qualquer cuidado.

Na Parte da nitida responsabilidade do PNA - Parque Natural da Arrábida, mais parece que não se trata de um Parque Natural, mas de uma propriedade privada abandonada, as placas indicadoras de reserva integral na Mata do Solitário estão num perfeito estado de degradação, denunciando um extremo desleixo. Acto positivo é o terem sido instaladas pela serra várias "bocas de incêndio" brasileiristicamente e incompreensivelmente baptizadas de "HIDRANTE"...

Quanto à segunda perda trata-se da feira estival de vaidades instituída com o advento novo rico do cavaquismo e dos Fundos de Bruxelas , com o anual renovar da frota de embarcações que ali assentava arraiais nos meses de Verão, onde se destacava a sempre maior e mais vistosa , ultima aquisição da Familia "A.Silva & Silva ", mas outros se debatiam na exibição do ultimo grito da Nauticampo desse ano... que depois entendiam, não fossem passar despercebidos, utilizar como lanchas de desembarque em Omaha Beach no Dia D, para levar as Cátias Vanessas , Lilianas Verónicas e Tatianas Priscillas do parque de estacionamento até ao Creiro... vulgo Monte de Areia...














A "perda" deu-se com a entrada em vigor do Plano de Ordenamento da Arrábida com o seu expoente de contestação máximo no último sábado (clique).

Durante a última semana a imprensa acabou por dedicar algum espaço ao caso, embora não analizando a contra-natura associação de interesses entre o Partido Comunista, O Sindicato dos Pescadores e os "Có-cós" do Clube Naval de Sesimbra e Setúbal , e outros avulsos embarcadiços de água doce.

Ainda na passada quarta feira publicava o Publico na "Tribuna do leitor" um artigo de João Belfort Cerqueira que se auto congratulava por tais manobras radicais no Parque da Arrábida, não para manter a Serra protegida de incêndios e de outros atentados , não em denunciar a falta de limpeza das bermas ou pugnar por uma educação ambiental , não em denunciar a construção na Serra , não em fazer com que as entidades responsáveis limpem ou façam limpar as areias da praia... mas da tal "manifestação de trezentos barcos" e no seu achado direito de usar aquelas águas e aquela baía a seu bel-prazer dentro da anarquia reinante, sobretudo na última década... o senhor Belfort Cerqueira esqueceu-se foi de mencionar o ramo de negócio em que fez fortuna... a Importação, comercialização , recolha e manutenção de embarcações de recreio...

1 comentário:

Anónimo disse...

Bem descrito e assinalados os pontos chave. Parabéns

Tatiana Priscilla