terça-feira, março 28, 2006

CLIENTELAS














Escrevia Miguel Sousa Tavares no Expresso do último sábado:

" O modo de vida assente no governo das corporações faliu clamorosamente e é directamente responsável pelo atraso com que o país vem pagando a manutenção dos seus privilégios"

Isto na prática traduz-se por um país cada vez mais atrazado e com pior ambiente e qualidade de vida e traduz-se em números, e realidade, no atrazo que vamos cavando no fosso que cada vez mais nos separa dos países mais ricos e desenvolvidos. A nossa queda para 18ºs entre os 25, atrás da República Checa não dá grande margem de argumentação a quem quer fazer crer o contrário.

Mas Dirigentes politicos há, ao mais alto nível que pretendem ser "Dirigentes Politicos ao Mais alto Nível" não do país que somos, mas do país rico que existe na sua estreiteza intelectual, daí os gastos milionários em campanhas eleitorais (que comparadas com as dos quatro ou cinco países mais ricos, naquela tabemla em que somos 18º, parece que estamos a ver a tabela do PIB invertida).

A oposição funciona como oposição de país do topo da tabela, e recusa a todo o custo assumir a realidade, por isso vá de pedir o irreal (clique) , exigir o impossivel e querer o inatingivel, ao mesmo tempo que as mesmas forças politicas vão servindo as suas clientelas a nível local, clientelas cada vez mais insaciáveis sobretudo as que se movimenta nos terrenos da construção cívil e obras públicas, basta ver a pressão que (ainda) recai sobre o Algarve ou sobre a Margem Sul(clique) apesar das milhares de casas para vender. . Ainda mais absurdo quando, no que se refere às obras públicas, que elas são pagas pelo erário publico...ou seja, o tal que alimenta o défice que é poreciso conter e eliminar...

Ambientalmente o desastre é directamente proporcional aos desejos desta clientela, permite-se construir onde é impensável, na base de falésias que brevemente precisarão de sustentabilidade, em zonas protegidas (desprotegidas seria melhor termo) pois são baratas pelo facto de interditarem a construção e serão de betonização fácil pelo interesse publico associado aos projectos, e claro libertarão os terrenos que se continuarão a construir para actividade mais nobre e rentável como seja luxuosos condomínios privados junto a Centros de Estágio de equipas de Topo, também elas falidas, mas com tique de país rico... aquele onde não há como por cá, 10 Estádios novos para brincarem ou Centros de Estágio dignos de um país das Arábias, pois que de um país Nórdico não serão concerteza.

Mas o que menos consigo contornar é a hipocrisia de forças politicas que criticam a forma obscena como os Bancos apresentam lucros, quando as autarquias por si dominadas são as principais a alimentar esses lucros, realmente pornográficos , através da urbanização desenfreada (crédito à habitação) e do seu próprio endividamento autárquico, ao que se acresce o endividamento das familias fomentado pelo consumo em mega centros comerciais (clique) (crédito ao consumo) e do qual lucram esses mesmos bancos, essas mesmas autarquias e alimenta essas mesmas forças politicas que fazem parte do sistema mas pretendem fazer crer hipócritamente que não.

3 comentários:

Anónimo disse...

Bem visto. Sugere que há obras publicas que se destinam só a servir clientelismos?

Anónimo disse...

DEPOIS DIGAM QUE A CULPA É DOS COMUNISTAS:
A desburocratização do País pode abrir a porta à construção na Reserva Ecológica Nacional (REN), classificação destinada a preservar zonas sensíveis. A maioria das alterações no território REN deixará de exigir uma decisão política e passará a ter apenas um parecer administrativo. Uma flexibilidade do programa Simplex que agrada ao ministro do Ambiente mas preocupa os ambientalistas, que temem a perversão deste argumento.

Actualmente, dentro dos terrenos da REN, são proibidas acções de loteamento, urbanização, construção de edifícios, obras hidráulicas, vias de comunicação, aterros, escavações e destruição do coberto vegetal. Uma excepção implica a desafectação da REN, decisão validada por uma declaração de interesse público e um despacho ministerial.

O Governo considera a regra excessiva e quer abrir excepções. Nunes Correia disse ontem em Évora numa reunião da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) que "até agora a REN tem sido estritamente non edificandi. Isso é excessivo".

Segundo apurou o DN, com a revisão da REN, mais de metade dos pedidos de desafectação passam a ser validados apenas por decisão da CCDR. Como por exemplo: acções de beneficiação de vias rodoviárias, ferroviárias e estradas municipais, produção de energia em parques eólicos, ampliação de estabelecimentos comerciais, construção de pequenas pontes e obras hidráulicas, obras de saneamento básico e construção de habitação permanente para agricultores.

O processo será mais célere mas a dita "flexibilidade" preocupa os ambientalistas que lembram que muitos projectos, como grandes empreendimentos turísticos previstos para zonas sensíveis, têm sido travados pela REN e pelas suas restrições.

Anónimo disse...

Face ao comentário supra EXIGE-SE uma tomada de posição OFICIAL, no mesmo sentido, da direcção do Partido!