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quinta-feira, março 30, 2006
ALMADA E AS CULPAS DO METRO NÃO ANDAR
MST - Há um enorme investimento público e privado feito, as composições que custaram muitos milhões prontas e a apodrecer...porque não há linha, por a Câmara de Almada não ceder o terreno para a sua construção...surreal... a Câmara quer o Metro, depois de tudo em andamento e enquanto faz propaganda com o projecto, cria entraves à sua concretização... óbviamente que alguém tem de ser responsabilizado, e óbviamente que esta forma de criar prejuizos publicos graves terá reprecurssões nos futuros projectos que essas Câmaras pretendem para a Região .
Segundo o Publico de hoje , secção LOCAL Lisboa em artigo de Francisco Neves -
"Câmara de Almada pode ser responsabilizada por atraso nas obras do metro" e mais,
"Consórcio Metro transportes do Sul acaba de pedir renegociação do contrato de concessão pelos prejuizos sofridos" e adianta ainda :
" A Câmara de Almada será certamente chamada a assumir responsablidades pelos danos causados por ter retido a cedência de terrenos municipais destinados à passagem do Metro Sul do Tejo (MST) no seu território e obrigado por isso à paragem da obra, disse ontem no parlamento um membro do governo"
Relembre-se que o Metro Sul do Tejo foi resultado da ultima grande acção de lobbying por parte das autarquias do Sul do Tejo, no sentido de garantirem para a região aquele investimento , investimento conseguindo foi o que se viu, o Metro já devia estar a circular... e já circulou algumas centenas de metros em vésperas de eleições autárquicas...
Na prática as obras estão paradas desde o Verão de 2004 , segundo o Publico, por a Câmara de Almada se ter recusado a entregar terrenos para a obra, exigindo para isso a construção de parques de estacionamento que compensassem a perda de lugares resultantes da construção no troço até Cacilhas.
A Secretária de Estado dos Transportes revelou que "houve entraves à concretização de uma obra pública" cujo projecto fora proposto pela própria Câmara e que o protocolo celebrado entre os municípios da Margem Sul e o governo criou "os mecanismos para o Estado se fazer ressarcir" dos prejuizos causados. No quadro contratual da empreitada do MST comentou a Secretária de Estado Ana Vitorino , os municipios tiveram, com base em competências próprias a possibilidade de inviabilizar o projecto , "o que sucedeu em Almada foi exatamente isso".
Isto traz à memória este fim de semana e a intensa campanha de lobying para a construção de um novo Hospital no Seixal por estas mesmas forças que bloqueiam a concretização do projecto do MST... se conseguissem o projecto, levá-lo-iam até ao fim ? Ou como no caso do metro se envolveriam em lítigios politicos e armas de arremesso para com o Governo de forma a se vitimizarem pela seu auto-bloqueio (relembro que estamos perante uma construção num terreno que não é da Autarquia, mas sim do Estado e situado num Sítio Rede Natura 2000, logo, protegido por legislação Comunitária) ... possivelmente criariam no decorrer do processo , novas exigências, novo folclore, exigindo a construção de uma qualquer outra construção publica de forma a manter o fait-divers constante em que estas Câmaras são exímias... porque não um novo aeroporto?
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2 comentários:
Uma pouca vergonha, como é que isto se admite, é uma obra urgente parada por politiquice eprotagonismo de uma dona qualquer, a gasolina sobe todos os dias e este investimento parado.Não se compreende.
O mais impressionante é passar por Almada e ver aqueles cartazes enormes a fazer propaganda ao metro como se a câmara estivesse muito empenhada.... alguma coisa se passa para a "dona" de Almada estar a levantar tantos entraves à construção da linha em Almada! Ora, se o projecto está definido há tanto tempo, só praticamente no final quando a obra deveria estar concluída é que se lembraram dos problemas???? Ou estarão à espera que a obra acabe no final do mandato para a usarem como propaganda como se fosse obra sua!?!? É que nisto eles são uns experts! É nestas coisas é que vemos como os nossos políticos, todos incluindo, não têm visão a longo prazo nem projectos que tenham em vista o bem-estar e a comodidade da população, que deveriam servir! Já viajei muito pela a Europa e sempre que chego a qualquer cidade verifico que as cidades são construídas tendo em conta boas politicas de planificação urbanística tendo em conta o bem estar das pessoas... há jardins, daqueles a sério e não com alguns metros quadrados, em cada bairro existem locais, afastados dos carros, para as crianças praticarem desportos e conviverem., cilcovias... enfim existe qualidade de vida! Em Portugal constrói-se em qq lugar de qq maneira e com qq altura... o q interessa é mesmo construir não importando como! Basta vir à margem sul, linha de Sintra/ Cascais, Algarve, enfim percorrer o nosso Portugal e ver os desastres...
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