sábado, setembro 10, 2005

COMBINO - COMBINADISSIMO?













MST avança a passo de caracol, estando longe de cumprir as promessas de iniciar actividade em Dezembro, dizem, por existirem estrangulamentos ainda não ultrapassados, mas a um mês das eleições, e, para eleitor ver já há composições em "testes".

A obra do regime desta "legislatura" para a Margem Sul é o MST - Metro Sul do Tejo , um pomposamente baptizado de Metro Ligeiro de Superficie, a versão actual do Carro Eléctrico que em Lisboa e Porto foi perdendo lamentávelmente terreno para o automóvel.

Em boa hora as autarquias da Margem Sul em parceria com privados e Estado, decidiram avançar com este projecto de elevado alcance para a mobilidade dentro do caótico e altamente densificado eixo Almada-Seixal e futuramente Barreiro. Se tal meio de transporte não poluente é bemvindo pelo conforto, segurança e por ser um meio de transporte amigo do ambiente, o que vem a contento de todos, o que não virá tão assim a contento serão os trajectos escolhidos e muito menos o penoso que foi, até em vidas humanas, o avançar de obras que nunca mais acabavam apesar das composições "Combino" da Siemens já aí estarem.

Quanto a vidas humanas, no troço em construção Cova da Piedade-Corroios houve durante os ultimos anos varios casos de atropelamentos mortais, motivados pelas intermináveis obras, e não se tratou só de longas e inexplicáveis paragens técnicas - uma das mais curiosas deveu-se em Corroios) ao facto de a linha a dado passo encontrar no seu percurso , não um fácilmente transponivel obstáculo natural (uma montanha, um canyon ou um rio) mas sim um acampamento com ocupação ilegal do terreno por uma minoria étnica, que provocou um assinalável atrazo a transpor.

Depois houve dezenas de casos de faz- desfaz e volta a fazer em termos de via ou de espaço por si atravessável, curiosamente todas estas situações criaram mais atrazos que as demolições efectuadas (o ocorrido no Laranjeiro é exemplar disso mesmo) .

O caderno de encargos estabelecia o dia 12 de Dezembro de 2005 como a data de arranque para exploração deste meio de transporte, eis que a um mês das eleições autárquicas ele saíu finalmente , à rua, ainda não em exploração comercial, mas em testes, até apetece dizer, que oportunos atrazos trouxeram o despertar da máquina para a boca das urnas.

O povo estará contente e esquecer-se-á das agruras das obras, mas será que questionará que os atrazos poderiam ter sido evitados, foram, oportunos decerto, mas inflaccionadores no preço da obra e nos custos para os utentes que já poderiam estar a ser servidos por este meio, esqueçamos também a data prevista, pois segundo os responsásveis da Siemens, "o metro avançará em serviço comercial, até onde puder chegar..." - para já não é ainda o "metro", um "decimetro" talvez... o que quererá dizer que a sua aparição nos troços mais visiveis antes do dia 9 de Outubro será só para eleitor ver, e é pena!

1 comentário:

Anónimo disse...

Propaganda minha gente.