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segunda-feira, julho 04, 2005
TROIA O FIM DO PARAISO
Na peninsula de Troia vive uma das maiores comunidades de Cegonhas do País, uma das espécies em perigo pelos novos planos de densificação urbana previstos para a Costa Alentejana. (Endagered environmental area at Troia Peninsula, a critical and beautifull area under turistic pressure)
Os projectos entretanto tornados publicos a pôr em prática na zona costeira do concelho de Grândola são assustadores do ponto de vista quer humano quer ambiental. Os politicos mais uma vez querem fazer crer que a saída para o caminho errado que temos seguido é mais uma vez a fuga em frente...até ao abismo... continuar a construir, a densificar, a destruir, sendo a solução final a implosão , neste caso o tiro de partida é dada com a implosão do "sonho" que era a Torralta...
A peninsula de Tróia é uma sensivel e equilibrada estrutura dunar e de sapal, a ocupação humana tem sido ao longo dos séculos de muito baixa ocupação (a que o ecossistema permite) , com uma agricultura que tem como base o arroz e com uma silvicultura que tem como base na zona mais litoral o pinheiro , tomando o sobreiro progressivamente terreno à medida que se avança para o interior.
Esta zona compreende uma das mais vastas, belas e virgens praias da Europa, são 45 kilómetros de Troia até Melides, um ecossistema riquissimo para onde estão agora mais uma vez apontada a cobiça dos investidores, mas ao mesmo tempo traduzem uma àrea pertencente aos concelhos de Alcácer do Sal e Grândola que têm das maiores àreas classificadas como Reserva Ecológica Nacional e Rede Natura 2000.
Pretende-se supostamente desenvolver uma "zona deprimida" do Alentejo, criar riqueza...postos de trabalho (para quem?)...travar a desertificação humana (como se a menos de hora e meia da capital se pudesse falar de desertificação)... com o quê? com mais 30000 novas camas a somar às 2000 existentes em Troia. Mais um Eldorado Alentejano...ainda se lembram de Sines? Do Alqueva? Da Troia dos anos setenta do século passado ?...tudo elefantes brancos...
Depois temos outro ponto de desconfiança, a forma como a autarquia da Vila Morena defende estes projectos e as "garantias" que Carlos Beato dá, "o que aí vem não é massificação" (Publico 3/7/05).... "Não vale a pena inventar, criar artificios, obstáculos" (ibidem)... uma desconfiança que aumenta quando a autarquia como entidade e face à lei das finanças locais tem todo o interesses em abrir portas ao betão (contribuição autarquica, licenciamentos...) associados até à vaidade de gerir um concelho com maior numero de habitantes, a saloice do costume...
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2 comentários:
Transformem o Alentejo agora no Algarve do século XXI , só falta! Espiritos Santo e Companhia mais SONAE e os interesses autarquicos...mas que grande sopa de cegonha!
Tenho curiosidade em perceber, agora passados 3 anos sobre o POST, se tem alguma evolução sobre esta situação,
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