REN: Petição contra municipalização reuniu mil assinaturas
Um grupo de personalidades ligadas a questões ambientais e ecológicas apresentou dia 25 de Março, em Lisboa, uma petição dirigida a Cavaco Silva onde solicita a intervenção do Presidente da República para a «salvaguarda da paisagem natural do país»
O vereador da câmara de Lisboa, Sá Fernandes, um dos signatários da petição, disse que «espera que o novo decreto de lei não seja publicado», por considerar que a «Reserva Ecológica Nacional não pode ser administrada ao nível concelhio», uma vez que não devem ser as autarquias «a definir o que é de interesse nacional».
O arquitecto Ribeiro Telles, outro dos signatários, defende que a «sustentabilidade do território é uma causa nacional», já que «a degradação do território começa pelas câmaras», dando como exemplo a permissão das autarquias quando deparadas com «a venda de pedra para a vizinha Espanha».O dirigente da organização ambientalista Quercus, Francisco Ferreira, defende, por seu lado, que «existe um desleixo pelas autarquias em relação à Reserva Ecológica Nacional», e que diariamente «pequenas fatias são retiradas para outros fins».
Já a professora universitária, Manuela Magalhães, argumenta que «a lei deve ser feita para corrigir erros», e garante que com a passagem da responsabilidade da reserva para as autarquias «a REN não será bem gerida».
Este movimento de cidadãos pretende «travar a municipalização da REN», apontando como um mau exemplo de gestão da reserva ecológica as recentes inundações na área da Grande Lisboa, que originaram «perdas humanas e enormes prejuízos materiais».
Os signatários da petição disponibilizaram a petição no endereço de Internet http://www.PetitionOnline.com/ren2008/petition.html.
fonte : Diário Digital / Lusa
1 comentário:
De acordo!
Mas a meu ver falta o necessário complemneto na petição: a de que o território deixe de ser gerido como um aglomerado de ilhas em que umas são "protegidas" para reserva lúdica de quem vive nas outras, que não "protege".
Não é só o facto de por estes processos se transformar em "reservas de indios" os espaços "protegidos" ( por DL e não por adesão da população, nomeadamente da que neles reside ), como também isso ser tido como "suficiente" para compensar as cavaladas ambientais praticadas no resto do território.
TODO o território é PATRIMÓNIO essencial, e como tal deve ser gerido. O ambiente não tem espaços estanques que possam ser vividos sem influência das actividades que se desenvolvem ao lado. Corremos o risco de andar tão ocupados com as "reservas" e de nos darmos por tão felizes pelo que para elas se obtém, que não reparamos que dependem de uma gestão muito mais vasta e abrangente...
;)
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