Blogue Ambientalista da Margem Sul / Portuguese Environmental Blog "Pense Global , Aja Local" Save the Portuguese Forest / Salve a Floresta Portuguesa
sexta-feira, março 31, 2006
O MODELO - APLICADO À MOITA
Temos acompanhado a ultima vaga de expansão urbana agarrada às contrapartidas em termos de acessibilidades e outras... dadas pelos grandes grupos da distribuição na Margem Sul, o grande revéz , lembre-se aconteceu com o bloqueio do Governo ao Carrefour da Quinta da Princesa / Cruz de Pau porque esse negócio teve como causa o abate de mais de mil sobreiros protegidos. O dito modelo não é exclusivo do Seixal, veja-se o que o blogue Alhosvedros ao poder nos tráz lá para as bandas da Moita:
No Jornal da Moita anunciam-se maravilhas mil em matéria de melhoramentos. Ele é equipamentos na Quinta da Fonte da Prata, ele é acessos alargados entre a Baixa da Banheira e o Parque das Salinas em Alhos Vedros com 3-rotundas-3. Só que, se lermos bem a origem de tais melhoramentos, percebemos que são sempre contrapartidas por parte das empresas particulares que ganharam ddireitos para instalarem os seus empreendimentos em territórios do concelho, neste caso da freguesia de Alhos vedros. Dirão os defensores desta lógica: são empreendimentos importantes que, para além de trazerem desenvolvimento, ainda são obrigados a fazer tais melhoramentos. Pois, está bem, responderei eu, mas tudo isso é feito à custa de direitos da ocupação do solo público que é finito e mais do que finito é de todos nós e eu ainda me lembro daquela que a terra deve ser de quem a trabalha e não me parece que... adiante. E depois quandpo não houver mais nada para bender, empenhar ou permutar ? Será o ar ? A minha objecção de fundo, é que estes empreendimentos são sempre ou de carácter imobiliário ou de carácter comercial e nunca produtivo. Lá temos mais duas superfícies comerciais a ajudar a esganar o comércio local e a saturar de trânsito zonas já de si um pouco complicadas. Assim como os equipamentos surgem sempre depois dos empreendimentos já lá estarem há anos, em vez de serem erguidos como infraestrura inicial e mais-valia para quem se quer fixar na zona. (...)
quinta-feira, março 30, 2006
ALMADA E AS CULPAS DO METRO NÃO ANDAR
MST - Há um enorme investimento público e privado feito, as composições que custaram muitos milhões prontas e a apodrecer...porque não há linha, por a Câmara de Almada não ceder o terreno para a sua construção...surreal... a Câmara quer o Metro, depois de tudo em andamento e enquanto faz propaganda com o projecto, cria entraves à sua concretização... óbviamente que alguém tem de ser responsabilizado, e óbviamente que esta forma de criar prejuizos publicos graves terá reprecurssões nos futuros projectos que essas Câmaras pretendem para a Região .
Segundo o Publico de hoje , secção LOCAL Lisboa em artigo de Francisco Neves -
"Câmara de Almada pode ser responsabilizada por atraso nas obras do metro" e mais,
"Consórcio Metro transportes do Sul acaba de pedir renegociação do contrato de concessão pelos prejuizos sofridos" e adianta ainda :
" A Câmara de Almada será certamente chamada a assumir responsablidades pelos danos causados por ter retido a cedência de terrenos municipais destinados à passagem do Metro Sul do Tejo (MST) no seu território e obrigado por isso à paragem da obra, disse ontem no parlamento um membro do governo"
Relembre-se que o Metro Sul do Tejo foi resultado da ultima grande acção de lobbying por parte das autarquias do Sul do Tejo, no sentido de garantirem para a região aquele investimento , investimento conseguindo foi o que se viu, o Metro já devia estar a circular... e já circulou algumas centenas de metros em vésperas de eleições autárquicas...
Na prática as obras estão paradas desde o Verão de 2004 , segundo o Publico, por a Câmara de Almada se ter recusado a entregar terrenos para a obra, exigindo para isso a construção de parques de estacionamento que compensassem a perda de lugares resultantes da construção no troço até Cacilhas.
A Secretária de Estado dos Transportes revelou que "houve entraves à concretização de uma obra pública" cujo projecto fora proposto pela própria Câmara e que o protocolo celebrado entre os municípios da Margem Sul e o governo criou "os mecanismos para o Estado se fazer ressarcir" dos prejuizos causados. No quadro contratual da empreitada do MST comentou a Secretária de Estado Ana Vitorino , os municipios tiveram, com base em competências próprias a possibilidade de inviabilizar o projecto , "o que sucedeu em Almada foi exatamente isso".
Isto traz à memória este fim de semana e a intensa campanha de lobying para a construção de um novo Hospital no Seixal por estas mesmas forças que bloqueiam a concretização do projecto do MST... se conseguissem o projecto, levá-lo-iam até ao fim ? Ou como no caso do metro se envolveriam em lítigios politicos e armas de arremesso para com o Governo de forma a se vitimizarem pela seu auto-bloqueio (relembro que estamos perante uma construção num terreno que não é da Autarquia, mas sim do Estado e situado num Sítio Rede Natura 2000, logo, protegido por legislação Comunitária) ... possivelmente criariam no decorrer do processo , novas exigências, novo folclore, exigindo a construção de uma qualquer outra construção publica de forma a manter o fait-divers constante em que estas Câmaras são exímias... porque não um novo aeroporto?
quarta-feira, março 29, 2006
PRAIAS DE S.JOÃO EM RISCO
Erosão Dunar preocupa S.João da Caparica
Apesar deste ter sido um Inverno relativamente ameno, a situação de erosão costeira junto a S.João da Caparica tem-se agravado substancialmente e a preocupação sobretudo entre os concessionários e frequentadores daquela área é crescente, bem como a Junta de Freguesia, por seu lado o INAG garante estarem prestes a avançar as obras de protecção e manutenção daquela faixa costeira de forma a evitar a ruptura daquele cordão dunar.
Entretanto as condições de mar das ultimas semanas têm agravado o problema , referindo os mais preocupados que é com cepticismo que encaram as promessas do INAG , uma vez que os técnicos que se esperavam para estudar e acompanhar o problema de forma a iniciar as obras para a sua prometida solução "ainda não apareceram".
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Numa altura em que em Portugal poderosissimos lobies reequacionam a energia nuclear, veja qui (Clique) a que ponto se chegou na alternativa eólica cujos custos de produção baixam a cada dia que passa.
terça-feira, março 28, 2006
CLIENTELAS
Escrevia Miguel Sousa Tavares no Expresso do último sábado:
" O modo de vida assente no governo das corporações faliu clamorosamente e é directamente responsável pelo atraso com que o país vem pagando a manutenção dos seus privilégios"
Isto na prática traduz-se por um país cada vez mais atrazado e com pior ambiente e qualidade de vida e traduz-se em números, e realidade, no atrazo que vamos cavando no fosso que cada vez mais nos separa dos países mais ricos e desenvolvidos. A nossa queda para 18ºs entre os 25, atrás da República Checa não dá grande margem de argumentação a quem quer fazer crer o contrário.
Mas Dirigentes politicos há, ao mais alto nível que pretendem ser "Dirigentes Politicos ao Mais alto Nível" não do país que somos, mas do país rico que existe na sua estreiteza intelectual, daí os gastos milionários em campanhas eleitorais (que comparadas com as dos quatro ou cinco países mais ricos, naquela tabemla em que somos 18º, parece que estamos a ver a tabela do PIB invertida).
A oposição funciona como oposição de país do topo da tabela, e recusa a todo o custo assumir a realidade, por isso vá de pedir o irreal (clique) , exigir o impossivel e querer o inatingivel, ao mesmo tempo que as mesmas forças politicas vão servindo as suas clientelas a nível local, clientelas cada vez mais insaciáveis sobretudo as que se movimenta nos terrenos da construção cívil e obras públicas, basta ver a pressão que (ainda) recai sobre o Algarve ou sobre a Margem Sul(clique) apesar das milhares de casas para vender. . Ainda mais absurdo quando, no que se refere às obras públicas, que elas são pagas pelo erário publico...ou seja, o tal que alimenta o défice que é poreciso conter e eliminar...
Ambientalmente o desastre é directamente proporcional aos desejos desta clientela, permite-se construir onde é impensável, na base de falésias que brevemente precisarão de sustentabilidade, em zonas protegidas (desprotegidas seria melhor termo) pois são baratas pelo facto de interditarem a construção e serão de betonização fácil pelo interesse publico associado aos projectos, e claro libertarão os terrenos que se continuarão a construir para actividade mais nobre e rentável como seja luxuosos condomínios privados junto a Centros de Estágio de equipas de Topo, também elas falidas, mas com tique de país rico... aquele onde não há como por cá, 10 Estádios novos para brincarem ou Centros de Estágio dignos de um país das Arábias, pois que de um país Nórdico não serão concerteza.
Mas o que menos consigo contornar é a hipocrisia de forças politicas que criticam a forma obscena como os Bancos apresentam lucros, quando as autarquias por si dominadas são as principais a alimentar esses lucros, realmente pornográficos , através da urbanização desenfreada (crédito à habitação) e do seu próprio endividamento autárquico, ao que se acresce o endividamento das familias fomentado pelo consumo em mega centros comerciais (clique) (crédito ao consumo) e do qual lucram esses mesmos bancos, essas mesmas autarquias e alimenta essas mesmas forças politicas que fazem parte do sistema mas pretendem fazer crer hipócritamente que não.
segunda-feira, março 27, 2006
A NATURA DE JUDAS
Joaquim Judas grande impulsionador da construção do Hospital do Seixal
O local escolhido para a construção do Hospital do Seixal , luta encabeçada por Joaquim Judas no Seixal (clik) , é em pleno Sítio Rede Natura 2000 de Fernão Ferro/ Lagoa de Albufeira (clik), uma perfeita aberração em termos de protecção natural , que permitirá que o betão se expanda noutras direcções do concelho, sendo o "interesse publico", mais uma vez, a justificação para a destruição de uma importante mancha verde, a estratégia é conhecida e não é a primeira vez que se levanta a protecção ambiental a favor de projectos de "interesse publico", um excelente negócio, como o foi em tempos o ajuste directo na construção de bairros sociais ao abrigo do PER - Plano Especial de Realojamento (clik).
A construção de hospitais (clique) não está isenta de interesses imobiliàrios ou de expansão urbana relembre-se o que aconteceu com o Hospital de Cascais envolvendo José Luis Judas , sobre o caso escrevia-se há uns meses no Congeminações (clik) :
"O porquê da apetência dos governos em construir Hospitais
Temos todos consciência de que os hospitais, concelhios, distritais e regionais, a maioria deles encontram-se desajustados da realidade em termos de respostas às populações às quais os mesmos servem.
Falta-lhes quase tudo. Uns até são de construção relativamente recente, outros há que, são quase da idade da pré-historia.
Mas todos eles se debatem com um problema comum, o da falta de clínicos gerais, mas sobretudo médicos de especialidade, para não referir outras classes profissionais que são constantemente citadas pelas suas associações representativas de classe.
Justifica-se em certas localidades que, efectivamente se construam novos hospitais, porque os actualmente existentes estão já há alguns anos a arrebentar pelas costuras, como se costuma dizer.
Estou-me a lembrar por exemplo do Hospital de Cascais, que representaum verdadeiro suplício para os doentes que a ele tenham de recorrer.
A construção de um novo hospital que chegou a estar na gestão autárquica do José Luis Judas, marcada para um terreno circundante ao aeródromo de Tires, foi posteriormente alterado e depois deixou-se de saber concretamente onde seria edificado.
O actual hospital em termos de descongestionamento dos doentes e emrelação a determinadas especialidades articula com o Hospital da Misericórdia, Sant'Ana, na Parede, com o António José d'Almeida em Carcavelos e S. Francisco Xavier no Restelo, contribuindo para congestionar este último.
O anterior governo através do titular da pasta da Saúde, havia manifestado a intenção de construir 10 novos hospitais no país o que representaria um colossal esforço financeiro que, o OGE não comportaria.
O actual ministro da Saúde anúnciou que apenas irão ser construídos 5 hospitais nas localidades em que mais se justificam.
Não me parecendo que, esta opção, seja uma má medida, embora a mesma tenha já motivado da parte dos autarcas que, vêm goradas as suas expectativas de serem construídos hospitais onde pelo anterior governo haviam sido prometidos, um veemente protesto, julgo que esta atitude é incompreensível se tivermos em conta o seguinte:
Estando os hospitais civis deste País, a viver uma manifesta carência de pessoal médico, de enfermagem e de outras categorias profissionais, que interessará às populações a construção de novos hospitais, se depois estes não conseguem funcionar convenientemente por falta de pessoal especializado.
- Haja bom senso."
José Luis Judas, grande impulsionador do Hospital de Cascais
Todos se lembrarão ainda de um José Luis Judas(clik) que prometia um novo Hospital para Cascais e que teve um final de mandato conturbado antes de saír de cena.
Em Cascais , a vontade de construir um hospital, era afinal a ponta de um iceberg, manobra de diversão talvez, escondida estava a realidade de um mau planeamento , Cascais via na verdade crescer o betão, tendo sido preciso pôr um travão pela nova vereação, escrevia-se assim em Novembro de 2004 no Correio da manhã.
"Vou segunda-feira à Câmara propor que sejam prolongadas por mais um ano as medidas preventivas, cujo prazo termina a 12 de Fevereiro [após um período de vigência de dois anos], enquanto não temos o PDM aprovado", disse hoje à Lusa António Capucho.
O autarca lembrou no entanto que "as medidas preventivas não podem prejudicar os direitos adquiridos", ou seja, impedir a construção de urbanizações "descomunais" viabilizadas durante a liderança socialista de José Luís Judas, como as da Avenida 25 de Abril, na zona das oficinas da Câmara, do Campo do Pavilhão Dramático e as da Amoreira, perto do Campo Estoril Praia."
Não deixa de ser curiosa a apetência dos irmãos Judas pela vida autárquica e pela construção Hospitalar, curioso também é o facto das localizações escolhidas não estarem isentas de polémica, José Luis Judas pretendia para Cascais um Hospital Junto a um Aeródromo e Joaquim Judas na Margem Sul pretende um Hospital dentro de uma zona florestal protegida por Directivas Comunitárias Rede Natura 2000.
domingo, março 26, 2006
A MORDOMIA DA INCOMPETÊNCIA
Imagem do paraíso turistico que é a Costa Azul, pormenor da Fonte da Telha, plena Zona Protegida da Arriba Fóssil. Carlos Pimenta há uns anos mandou demolir, hoje reconstrói-se impunemente
Miguel Sousa Tavares escrevia esta semana no Expresso na sua coluna "Ultima chamada" mais uma brilhante crónica, de onde sublinho o seguinte excerto :
"...Outro caso é o eterno Algarve .Trinta anos de uma eufemisticamente chamada politica de turismo, determinada exclusivamente por autarcas e promotores imobiliários e turisticos, e sustentada apenas na construção desenfreada e sem planeamento, conduziram a este resultado lapidar : descontada a inflacção e a revalorização do dólar, o turismo algarvio recebe hoje, com cinco vezes mais turistas, praticamente o mesmo que recebia há trinta anos, o Algarve foi abastardado a um ponto que revolta e atingiu o nível de saturação no que se refere a infraestruturas tão essenciais como o saneamento básico, fornecimento de água, estradas entupidas, praias em processo de erosão, arribas a desabarem devido ao excesso de construção na costa, esgotos a correrem para a praia à luz do dia. E o que querem os autarcas e promotores algarvios?Mais do mesmo (...) O que talvez os portugueses não se dêm conta é que graças a esta politica que eles pretendem continuar livremente, o país tem de gastar anualmente uma fortuna a promover o turismo Algarvio no estrangeiro- não, obviamente com fotografias da fabulosa obra erguida pelos autarcas, mas com fotografias raras, tiradas no Inverno da praias semidesertas e falésias despidas, para ver se os trazemos cá ao engano."
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O mesmo decalque , a mesma mentira institucional (ampliada) para a Margem Sul e o seu apêndice de oportunismo oficial chamado "Região de Turismo da Costa Azul" presidida no presente por um ex. autarca sem formação nem queda para a àrea, mas que mantém cargo e privilégios...
Continua-se a promover turisticamente (sem avaliação de custo/efeito) uma Região abastardada por trinta anos de construção desenfreada, tentando que os habitantes acreditem que os autarcas que lhes caíram em desgraça não podiam ser melhores , ou que "agora é que vai ser" , com o Belmiro , o Pestana e os Espirito Santo em Tróia, a quem foi dado PIN (Projecto de interesse nacional) ou carta branca , ou o "milagre" que vai agora acontecer com a "Cidade Ecológica" de Sesimbra...
Pelos vistos pretendem também que ordas de turistas venham "ao engano", (certamente que só uma vez - pois não voltarão certamente) mergulhar no Terceiro Mundismo da Costa de Caparica ou da Fonte da Telha, na betonização de Sesimbra onde acabaram por ser assaltados no Castelo pelo gangue do costume, na poluição do Sado onde só lhes era prometido a aparição de golfinhos, na betonização da Arrábida onde esperavam encontrar um "Parque Natural", numa Baía do Seixal a tresandar de esgoto, pinhais a perder de vista reduzidos à sua expressão mais simples , em montados que afinal viraram urbanizações e Parques logisticos ... e tudo o mais que por cá se conhece , não falando na barbaridade que é o Futuro Parque Temático da Moita, a maior prova de que os politicos tratam os eleitores como asnos e o território como sua coutada pessoal - neste caso querendo convencer que se esperam quase tantos visitantes como para a Eurodisney Paris...
Mas de pedra e cal lá continuam na presidencia da Região de Turismo respectiva desse país afora , os mesmos ex. autarcas , os mesmos inúteis de provas dadas , quem há muito atigiu o "Principio de Peter" e se arrasta agora em mordomias e recepção de croquete na inauguração de cada novo hotel, apart-hotel ou aldeamento... num derradeiro serviço aos Partidos e Empreendedores Imobiliàrios a quem tudo devem, reciclados do dever cumprido quando como Presidentes de Cãmara, na prática, tudo o que fizeram , contribuiu para o inverso de um desenvolvimento turistico de qualidade e com sustentabilidade.
Vêm muitos agora. Só agora !!! Reivindicar as estruturas que escasseiam, para os habitantes que sobejam, no espaço que afinal, não comporta tanta gente, só agora reivindicam tratamento de esgotos, hospitais (em ridiculos "cordões humanos" para supostas dezenas de milhares de subscritores...) , ou vias de comunicação... esquecendo-se que a sua hipotética carência é unico e exclusivo reflexo , resultado e prova da sua incompetência como gestores do território, e ordenadores do espaço publico...
Vamos continuar a levá-los a sério? Agora que o Governo lhes pretende aliviar o peso do Código Penal que, onde até gora dava pena de prisão por crimes praticados enquanto titulares de cargos publicos...passará a resultar sómente em demissão...
- Isto é ou não é um verdadeiro Paraíso Politico, perdão... Turistico queria eu dizer...???
. É realmente bem vinda a medida de extinguir as "Regiões de Turismo"!
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Como medir um "cordão" ?
Sobre os numeros "oficiais" do cordão humano pelo Hospital no Seixal expliquem-me como se eu fosse muito burro:
a) Um cordão humano faz-se com as pessoas de mão dada não é? Ora a distância entre cada pessoa variará em média entre 6o cm mãos junto ao corpo ou 1,5 m braços esticados. o que daria uma extenção de 6 quilómetros no primeiro caso ou 15 quilómetros no segundo. como os numeros oficiais revelam " quatro quilómetros" e "dez mil pessoas", pergunto: Como foi feita a medida, estavam muito juntinhos??? ou os números foram só inventados??? E afinal estava muito menos gente...? Digam lá quantos autocarros alugou o PCP...? É que as imagem do Setubal na Rede são pouco esclarecedoras e o cordão parece de elástico... (clique)
b) O José Luis Judas fez um grande lobbying e conseguiu, novo Hospital para Cascais, como se sabe envolto em muita polémica a primeira localização atirava-o para junto a um aeródromo...Agora é o outro irmão Judas a dar a cara por este lobying que pretende um Hospital no Seixal, a localização pretendida neste caso é uma floresta , Sítio Rede Natura 2000. Trata-se de uma familia com queda para os Hospitais ? E em sitios polémicos ainda por cima...?
sábado, março 25, 2006
A "OPA" SOBRE OS AUTARCAS
Numa semana onde só se fala de OPA's (Ofertas Públicas de Aquisição) vem a jeito relembrar um artigo publicado na revista Visão de 2 de Março, assinado por Filipe Luís na sua coluna "sexto sentido" do qual gostaria de sublinhar - e falando o articulista sobre a tentativa de corrupção por parte de um construtor civil ao vereador José Sá Fernandes, o artigo intitulava-se "OPA sobre os autarcas" - o seguinte excerto:
" O Poder autárquico em Portugal, tido como uma das grandes conquistas do 25 de Abril, teve o mérito de resolver problemas concretos das populações. Há exemplos de obra relevante e de ímpar abnegação à coisa publica. E deve haver, como Sá Fernandes, inúmeros casos (mais discretos...) de provada incorruptibilidade. Não obstante , por causa da impreparação, do mau gosto e, sobretudo da permanente OPA (oferta "privada" de aquisição) sobre muitos autarcas, as câmaras são as principais responsáveis pela desfiguração urbanistica do litoral português. verdadeiros crimes foram cometidos, na orla costeira, nas grandes cidades e nas suas periferias. O iceberg cuja ponta foi agora descoberta é susceptivel de abrir rombos, em vários Titanics politicos, a começar pelos principais partidos. O que já ninguém nos tira são todos estes anos de financiamento partidário ilegal, enriquecimento pessoal ilícito e destruição sistemática da paisagem e da qualidade de vida"
Um "cordão humano" nacional contra a baixa politica, o baixo nível dos nossos politicos e por um desenvolvimento sustentado e ambientalmente correcto tendo em vista as reais necessidades da população, não seria de descartar numa época em que os "cordões humanos" por tudo e por nada se vulgarizaram como elemento de folclore politico e desportivo.
sexta-feira, março 24, 2006
MONTIJO, DE MONTADO A PARQUE LOGISTICO
O Ritmo e a àrea ocupada são preocupantes bem como a forma como o espaço foi construido e o que ainda falta por construir, oportunamente denunciàmos aqui a situação (clique), parece que os Verdes pretenderam ter feito um protesto, mas assim se vê a sua força ou interesse...se nas próximas eleições ganharem a Câmara, já lá temos um Parque Logistico...deixemo-nos mas é estar caladinhos que temos outros para assumir a culpa do disparate...
Linhas de água, sobreiros... pois não sabem ou não respeitam o que são, mais uma vergonha para a margem Sul ali mesmo à beirinha do IC32 e do que foi um pacato cemitério de "aldeia". Bem podem pagar milhões ao José Mourinho para fazer publicidade às rolhas de cortiça.
Na Margem Sul, dentro do género só resta a "lei da rolha" e mesmo essa já não é, nem nunca foi de cortiça!!!
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E da Moita o Alhos Vedros Ao Poder (clique) noticia o fim de mais uma corticeira para dar lugar a mais um hipermercado, trata-se da antiga Corticeira Ibérica e a noticia tem o seguinte teor que demonstra a forma como grandes grupos económicos como a SONAE se movimentam nestas autarquias da Margem Sul e plantam Hipers e Shoppings a seu bel prazer .
"A Corticeira Ibérica, que nas décadas de 1960 e 1970 foi a grande inovadora em matéria de aglomerados de cortiça, mas que devido a espionagem industrial, deixou escapar esses secredos para o norte e tornou a Corticeira Amorim no império que é hoje, entregou a alma ao criador, para no seu espaço ser construído um outro Modelo, ou será que é Continente ? " e já com o seguinte comentário de um seu leitor : " Então é assim: trata-se da construção de um hipermercado Modelo (1998 m2) + uma loja Modalfa (500 m2) e uma loja Worten" - a fotografia está aqui (clique)
quinta-feira, março 23, 2006
HOSPITAL DO SEIXAL O GRANDE EMBUSTE
Um Hospital como arma de arremesso ou manobra de diversão é baixa politica, é manipular os sentimentos e receios mais básicos de uma população, manipulando-a com fins politicos e escondendo as deficiências de uma organização autárquica esgotada.
Há cada vez mais Bancos por aí, vários em cada rua, arrisco a dizer que há mais Bancos que cafés e não falo desses bancos onde nos sentamos, falo dos outros, sim desses!!! Apesar de haver cada vez mais Bancos, na minha rua, não estou menos pobre do que só quando havia uma instituição chamada a Caderneta da Caixa!!!
Há cada vez mais shoppings por aí, ontem mesmo abriu mais um, ali, quase ao fundo da rua vê-se da minha janela agora com mais néons, mas não tenho a minha casa mais recheada, nem ando melhor vestido e também não era menos feliz quando tinha menos por onde consumir.
Há cada vez mais prédios, com mais mordomias, condominios fechados, aspiração central, ar condicionado, mas isso não significa que todos tenham habitação ou que habite hoje melhor que há dez anos.
Há cada vez mais gente o que não quer dizer que esteja melhor acompanhado, tenha mais amigos ou me sinta mais seguro, ou muito menos que os vizinhos de hoje sejam melhores que os de ontem , "bom dia, boa tarde" , devem pensar que sou anormal quando me cruzo com eles na rua e lhes desejo um Bom Dia!!! também há mais carros e por onde escolher, mas continuamos a conduzir pelas mesmas estradas, cada vez com menos saída.
Dizem por aí que deviamos ter mais hospitais (clique), embora não haja nem mais médicos , nem dinheiro para equipar mais e melhor esses, mais hospitais, e por tudo o que anteriormente escrevi, não me parece que isso me traga mais saúde, melhores tratamentos ou melhor longevidade.
Dizem também que o Seixal deveria ter um hospital (clique), para ocupar o lugar dos Centros de Saúde? que lhe faltam ou são de má qualidade (esses sim necessários) , que um hospital faria as vezes de um sistema que pudesse cuidar de mim em casa quando precisasse , ou depois de uma operação, ou simplesmente quando caír acamado...é que para um hospital eu não quereria/teria ou seria necessário ir, caso tivesse outras alternativas que podem ser postas em prática , e com menos dinheiro.
Não vejo por aí a necessidade de fazer novos hospitais, para mim era bem melhor que melhorassem os existentes onde se chega em alguns minutos, mas exigiria sim ter cuidados continuados , médico de familia que nunca tive, consultas a horas e valências e meios de diagnóstico que não fossem só para ter um sítio num corredor com equipamento a apodrecer porque por exemplo não há técnicos que o possam usar.
Por isso , para mim , essa história do Hospital do Seixal, pode ser uma bela arma de arremesso contra alguém, mas não é de certeza uma solução para mais e melhor saúde, mais e melhores cuidados , mais e melhor longevidade, isso tem mais a ver com melhor ambiente, melhor qualidade de vida se calhar com menos bancos, menos shoppings, menos gente, menos carros, menos poluição e mais vizinhos que me retribuissem um bom dia, ar mais limpo, àgua menos poluída e cuidados e investimento na saúde preventiva, na educação civica e numa melhor alimentação.
Tudo o resto, "cordão humano" incluido, é a mais pura das demagogias!
E Já agora quem está a suportar a gigantesca campanha de propaganda pró-hospital? Quem paga a factura dos cartazes e das campanhas de mobilização itenerantes com postos móveis de internet inclusivé? Quem Paga? A Empresa que
o vai construir????
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Nota 1
A Câmara pretende construir este hipotético Hospital no meio de uma floresta classificada, Sítio Rede Natura 2000!
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Nota 2
Ontem fomos informados que não era possivel aceder ao a-sul, isso aconteceu durante algumas horas, agora informam-nos que o sistema de triagem não aceita comentários...
Pois... era de esperar, não interessam vozes incomodas ou um site dissonante muito menos com consultas online a decorrer...não acreditamos em bruxas , mas....
quarta-feira, março 22, 2006
DIA MUNDIAL DA ÁGUA, MARGEM SUL É MELHOR IGNORAR
O que aqui foi dito ontem sobre o Dia da Àrvore, aplica-se ainda mais hoje, Dia Mundial da Àgua.
O grande acontecimento na Região é hoje a inauguração de mais uma catedral do consumo, o "Shopping Rio Sul", curiosamente junto ao mesmo passa o esgoto que acima nos referimos e que é na realidade a imagem de marca do estado ambiental quer do concelho do Seixal quer da região, pois é recorrente em todos os concelhos e a perspectiva não é de alteração desta forma de gerir o solo virgem impermeabilizando-o com construção e por outro lado, obstruir, encanar e muitas das vezes poluír as linhas de água existentes.
O caso do esgoto acima referenciado é caricato pelo facto de ser despejado num ribeiro de àguas limpidas "Rio Judeu" que a cerca de trezentos metros a montante são inclusivamente tratadas numa ETAR , mas parece que trezentos metros é muito, sendo logo a seguir despejado este esgoto sem qualquer tratamento que vai depois correr junto da principal àrea comercial do Seixal...fará parte do projecto de "tipicalização" do Rio Sul? Afinal este é um esgoto very typical...
Imagem de um dos muitos areeiros abandonados no Seixal onde se depositam resíduos liquidos de muita proveniência.
Claro que o problema não são só os esgotos, é também a concentração humana que tem acontecido na Margem Sul, é o caso dos areeiros abandonados no Seixal ou as potenciais infiltrações no principal lençol freático devido à laboração da Fábrica (SPEL) de explosivos de Corroios, e também os terrenos poluidos da Siderurgia, da Quimiparque, as instalações da Eurominas junto ao Sado, a da Setenave e da ex Lisnave que acabou com a produção de ostras no Tejo...é o desmantelamento sem controlo de navios na Moita... e como é obvio toda a poluição do Estuàrio do Tejo seja por dejectos humanos, seja pela industria...Mas hoje é Dia de Rio Sul!!! O Rio das compras da Margem Sul, não podia ter inaugurado em melhor dia pela ironia que encerra , denunciando as prioridades do presente.
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Imagens do Rio que nasceu no dia da Água, limpo, cheio de peixe (secção da peixaria), sem entulho nas suas margens nem maus cheiros no interior... ah! e também não tem grafittis... Mas afinal Rio Sul é "só" mais um shopping e o rio de esgoto continua a passar ali em baixo com o mesmo cheiro de sempre.
terça-feira, março 21, 2006
MARGEM SUL IGNORA DIA DA ÀRVORE EXCEPTO O CONCELHO QUE MAIS AS ABATE
Talvez seja melhor assim, longe da hipocrisia, nada melhor que uma realpolitik e deixar a data passar despercebida, afinal é só mais uma em que nada se muda, como o Dia mundial do Ambiente ou os Dias sem Carros, para já não falar no Dia da Água...
Corridos totos os sites das autarquias da Margem Sul, diria que a àrvore e a floresta tal como o inicio da Primavera, passaram quase completamente despercebidas , a Câmara do Seixal, pródiga em demagogia, não faz menção ao dia , mas sim ao "Mês da Àrvore no Seixal" , assim é que é, qual dia... é logo um mês!!! já que nos custa o mesmo...e assim é que mostramos que somos verdadeiros ecologistas!!! Quanto ao programa, vem anunciado da seguinte forma:
- " Comemorações do mês da árvore"
É assim, se quizer consulte o programa completo, que se mistura até com outras iniciativas de rua e de carácter partidário que já aqui comentámos (clique) :
Agora, deixamos ao leitor a escolha de que àrvore, no Seixal, será este mês, é que elas são já tão raras e com os sobreiros protegidos a desaparecerem da manhã para a noite em todo o concelho, este é um concelho que caminha a passos largos para a desertificação, esperemos que não seja um mês da àrvore porque lá vão cortar mais um milhar de sobreiros para um novo hipermercado ou urbanização, as imagens actuais mostram bem o que foi o ultimo "Ano da Àrvore" no Seixal e digam lá se não é de temer o pior?
segunda-feira, março 20, 2006
GRAFITTI E ARQUITECTURA TRADICIONAL
Pelas imagens acima (clique sobre as imagens para aumentar) . Já dá certamente para entender o que pretendemos alertar, trata-se de um atentado visual e ambiental com reflexos directos na qualidade de vida da população que se confronta com este vandalismo gratuito.
Trata-se também de um atentado cultural que abastarda a nossa arquitectura tradicional, viola a propriedade de gente muitas das vezes tão humilde ou impotente que nem possibilidade tem para pintar de novo a sua fachada.
Trata-se também de um atentado económico com reprecursões directas no Turismo numa região e num País que se diz querer receptor de um turismo de qualidade, ora isto repele esse mesmo turismo, é rasca e degradante!
É uma violação grosseira da nossa cultura e arte , feita por meia dúzia de vândalos urbanos com dinheiro para se deslocarem e poder de compra para adquirir as tintas em spray, não se trata aqui de dar expressão artistica a quem tem potencial criativo, mas não tem dinheiro para entrar no mercado da arte, pela simples razão de não poder comprar os materiais ou os suportes para se exprimirem.
É exactamente o oposto. Pense nisto! Não podemos continuar a tolerar isto, sob pena de em breve não haver nesga de paisagem urbana ou rural que não tenha a marca de alguém, o território de algum gangue ou a assinatura de um qualquer indigente que de tão pobre de espirito só assim encontra forma de se afirmar.
domingo, março 19, 2006
sábado, março 18, 2006
GRAFITTI E ESPAÇOS VERDES 2
De forma imposta, vandalizadora do construído e da paisagem que é de todos, e do direito à paisagem que a todos assiste , é uma "cultura" do rasca, de um terceiro mundismo e de um ajoelhar da sociedade perante algo que esta deveria punir e pôr cobro pelo que constitui de desafio perante as instituições, o Estado e a natureza.
sexta-feira, março 17, 2006
GRAFITTI E ESPAÇOS VERDES
Se o grafitti em espaço urbano é para muitos , uma forma abusiva de poluição visual , evitável e atentatória da qualidade de vida dos cidadãos, em espaço rural esse atentado visual torna-se mais evidente e a agressividade subjacente verdadeiramente intimidatória.
Ela assume sob esta forma um perfil redobrado de uma delinquência urbana, à qual ao que parece nenhuma autoridade pretende pôr côbro, ordenar ou punir, entretanto, além das ruas das nossas cidades, são também as nossas paisagens naturais a sofrer esta verdadeira praga...e queremos nós ser um destino turistico de qualidade?
quinta-feira, março 16, 2006
SEIXAL - CORDÃO HUMANO PELA JUSTIÇA QUE A CÂMARA NÃO ASSUME
No Seixal um recurso da Câmara vai obrigar à repetição no próximo mês de parte do julgamento (por meras questões de pormenor juridico) que condenou a autarquia pela morte de uma criança de quatro anos no Seixal, depois desta ter caído (1999) numa caixa de esgoto não tapada, tendo o tribunal concluido que a morte se deu por afogamento no esgoto e responsabilizou totalmente o município, o caso deu-se junto à Ponte da Fraternidade - na imagem - nome irónico tal a ausência de Fraternidade por parte dos autarcas!!!
Isto faz-me lembrar o caso do Aquaparque cujo desfecho já ninguém recorda para além de terem morrido duas crianças, parece que muitos anos depois os pais, arrazados lá conseguiram, à beira da prescrição, uma indemnização.
Faz-me lembrar também o caso daquela criança que morreu ao carregar no botão de um semáforo em Lisboa para atravessar a rua, novo Calvário de recursos...
Não é único o caso do Seixal , se bem que este seja o caso mais revoltante, e seja do senso comum a culpa, se a criança caíu acidentalmente (e não se trata aqui sequer de provar o contrário) num colector de esgoto (equipamento da Câmara) então há uma culpa que o senso comum atribui a quem não tinha o equipamento em condições, o mesmo para o caso do Aquaparque, ou no do semáforo...
Só um sistema de justiça arcaico poderá não defender o cidadão dando às empresas ou instituições, que muitas das vezes à custa do erário publico apresentam recurso atrás de recurso com o unico objectivo de atrazar o assumir de responsabilidades ou de fugirem dessa mesma responsabilidade jogando na morosidade da justiça e na prescrição dos casos.
Absolutamente vergonhoso, os cidadãos que se pretendem para o cordão humano pelo Hospital deviam envergar uma T-Shirt exigindo justiça pela morte daquela criança junto aquela mesma Baía. A criança de quatro anos chamava-se Rogério!
quarta-feira, março 15, 2006
REVOLTANTE, CASSETES MAL GRAVADAS E O VALOR DE UMA VIDA OU UMA VIDA POR SEIS TOYOTAS
Na imagem a Ponte da Fraternidade no Seixal, em 1999 uma criança de quatro anos perdeu aqui a vida ao caír numa caixa de esgoto destapada, apareceu no dia seguinte, morto, na estação elevatória de esgoto a centenas de metros dalí, em Julho de 2005 o caso foi finalmente julgado, tendo o Tribunal condenado a autarquia a pagar uma indeminização de 250 mil euros (50 mil contos) aos pais da criança, tendo recorrido , repetido-se o julgamento em Abril próximo - esta semana a autarquia adquiriu seis veículos para uso dos seus vereadores por uma quantia idêntica...
Do Publico de hoje
"O julgamento do caso do rapaz de quatro anos que foi encontrado morto numa estação de esgotos na Arrentela em 1999, em que a Câmara do Seixal foi condenada a pagar uma indemnização de 250 mil euros, vai ser parcialmente repetido no início de Abril.", na decisão está o recurso apresentado pela advogada da Câmara Municipal, condenada no processo como a noticia faz notar.
A data é curiosa, um novo julgamento em Abril , mês por cá invocado por tudo e por nada, mas que pelos lados do Seixal não tem como simbolo a humanidade, a solidariedade ou muito menos da assumpção de culpas decidida em Tribunal.
Este caso e com ele o sofrimento dos pais arrasta-se assim, desde 1999, já não bastava o congénito atrazo da justiça, agora a alegação da Câmara Condenada para a repetição do julgamento é de que "algumas das cassetes que conteriam o registo dos depoimentos prestados em audiência de julgamento não se encontram audíveis" o que "constitui uma irregularidade que cumpre reparar".
Pois, pena é que a vida de uma criança não possa ser assim, também regravável tudo seria bem mais simples... para todos os pais e cidadãos - excluindo óbviamente os Autarcas e sua advogada- é no mínimo revoltante uma atitude destas de quem foi já em tribunal considerado CULPADO , e a razão é no minimo surreal...umas cassetes mal gravadas... pelo lado humanitário do caso e por a prova e sentença não ter sido feita em base de "cassetes mal gravadas" mas daquilo que a técnica ou os homens não conseguiram ou não quizeram registar, a realidade dos factos e os testemunhos ouvidos de viva voz!
E como é fácil uma cassete ficar desgravada ou irremediávelmente danificado o seu conteudo...inadvertidanmente é claro!Uma tecnologia obsoleta na era do MP3 e do Compact Disc... aliás uma boa imagem da "justiça", um velho gravador de cassetes... vá lá que já se evoluiu alguma coisa depois da grafonola...
Por outro lado revolta que olhando para os ultimos posts, a Câmara se recuse a assumir uma culpa ressarcida em 50.000 contos, mas arranje todas as justificações para comprar carros novos para os vereadores (6) gastando alegremente o mesmo valor sem pestanejar, sem recurso nem apelo!
Temos então que a autarquia do Seixal considera que a compensação pela perda da vida de uma criança falecida pela sua incúria provada em tribunal valerá menos que 6 Toyota Prius, enquanto ao mesmo tempo compra alegremente meia duzia, para desfrute de alguns dos seus vereadores!
terça-feira, março 14, 2006
DEMAGOGIA AMBIENTAL NO SEIXAL PARTE 2
O Seixal já é conhecido como a Brandoa do século XXI com os grupos económicos locais do betão, a investir na construção, tais Jotas Pimentas ou Xavieres de Lima de segunda geração, com uma autarquia que fomenta tal base de "desenvolvimento" e que paralelamente aplica uma politica de terra queimada nas suas zonas florestais e agricolas com algumas a serem destinadas a aniquilação no próximo PDM - as imagens acima são três exemplos aos quais poderiamos acrescenter mais algumas dezenas de atentados ambientais- relembro o sucedido com a instalação do Grupo Carrefour na Quinta da Princesa por exemplo, só aí, houve o abate ilegal de mil e duzentos sobreiros protegidos. Vem agora demagógicamente fazer as seguintes propostas aqui publicada
como "comentário" :
Ou seja, a hipocrisia politica levada ao seu extremo, por um lado destroem o coberto vegetal e natural, permitem um crescimento urbano explosivo, autorizam a construção de verdadeiras cidades e empreendimentos em zonas de Reserva Agricola e Ecológica (Centro de Estágios do benfica) e até pretendem construír um hospital num Sítio Rede Natura 2000, mas nas àrvores sobreviventes "colocam placas identificadoras" realmente oportuno, tal a raridade de ter uma àrvore no Seixal...
Em vias de extinção, venha tirar uma foto para mostrar aos netos
"Mostra de Fotografia
Árvore nas suas funções estéticas, biológicas e utilitárias
Destina-se a todos os clubes das Escolas do 2º e 3º ciclos e Secundárias
A entrega de prémios e inauguração terá lugar no dia 25 de Março pelas 16.30 horas, na Biblioteca Municipal do Seixal.
A exposição decorre entre os dias 25 de Março e 15 de Abril, na Biblioteca Municipal do Seixal e no Pólos de Amora e Corroios.
Consulte o Regulamento"
Outra, primeiro arrazam milhares de hectares, depois fazem um concurso de fotografia de raridades, pergunto se as fotografias que diàriamente aqui publicamos seriam aceites em tal concurso??? Mas lá estarei para ver a mostra e as imagens politicamente correctas que lá vão estar expostas.
"População em Geral
CicloFotopaper
A iniciativa decorre no dia 25 de Março (Sábado), entre as 9.30 horas e as 12 horas e terá como ponto de partida e de chegada o Jardim Quinta dos Franceses, incidindo sobre locais de interesse ao nível do património natural e construído do Concelho.
As inscrições podem ser feitas já, através de formulário disponível na secção Inscrições Marcações.
Normas de Participação:
- O Ciclofotopaper destina-se a maiores de 16 anos;
- Estarão disponíveis cerca de 20 bicicletas, para os participantes que não a possuírem, podendo ser utilizadas mediante caução a pagar no acto do levantamento da bicicleta. Esta caução é devolvida após a devolução da bicicleta;
- A inscrição pode ser realizada entre os dias 1 e 23 de Março de 2006, através da Internet, Divisão de Ambiente, Gabinete de Turismo e AME-Seixal (contactos disponibilizados no final);
- Os participantes deverão possuir máquina fotográfica
digital e cabo USB, para descarregar num computador da organização, no final do percurso;
- Os participantes deverão escolher apenas uma fotografia por cada local de passagem.
- Estas fotografias serão expostas nas Biblioteca Municipal e respectivos Pólos, integrando a exposição de fotografias escolares."
Um concelho que como ciclovia tem pouco mais que o passeio em frente à Quinta dos Franceses é algo radical propor aos cidadãos deste concelho um ciclofotopaper, sugiro assim que para não se exporem muito os concorrentes fotografem a dita Quinta dos Franceses e a Quinta do Outeiro logo ao lado pois em breve aqueles espaços verdes junto à baía serão uma memória , tais os
projectos de betonização que a autarquia tem para o local.
Embeleze a sua casa com uma flor depois de terem destruído todo o verde à sua volta
Feira das Plantas
18, 21 e 25 de Março 9 horas – 17 horas Os munícipes levantam plantas no Viveiro Municipal do Seixal, em Miratejo, mediante a entrega de um donativo, indicado para cada lote, a uma Instituição Particular de Solidariedade Social do concelho. Concelho em Flor Iniciativa que marca simbolicamente o início da Primavera e decorre dia 25 de Março, nos seguintes locais: Esta iniciativa consiste na distribuição duma pequena planta de flor a cada pessoa inscrita,com o objectivo de contribuir para o embelezamento dos núcleos históricos, incentivar a valorização dos espaços verdes privados, promover a imagem dos estabelecimentos comerciais e sensibilizar para práticas de jardinagem sustentável, através da decoração com flores e plantas dos espaços privados, varandas, janelas, entradas de porta, fachadas, ruas.
Uma iniciativa simpática se o enquadramento urbano permitisse o lado bucólico que a iniciativa pretende sugerir, é que o Seixal de hoje não é certamente o que se pretende inferir desta iniciativa. Quem ler sobre estas iniciativas, mais os Toyota Prius até vai pensar que isto é tudo a sério, é como aquela do "Seixal Saudável"...Pois é!!! O pior é o mundo real, ou melhor dizendo, o Seixal Real!
Mais Informações
Câmara Municipal do Seixal , div.ambiente@cm-seixal.pt, div.espacos.verdes@cm-seixal.pt
segunda-feira, março 13, 2006
DEMAGOGIA DURA....DURA....
A Câmara do Seixal resolveu mudar os carros dos seus vereadores, para ficar bem na fotografia e autodenominarem-se "amigos do ambiente" resolveram após apuradas e prolongadas perquisas e estudos por entre os dois ou três modelos do género existentes no mercado escolher o veículo fabricado pela Toyota.
Só num país como o nosso , tal facto, ter virado notícia, e noticia que se auto reproduz sem controlo, vamos chegar ao Natal a ver publicadas noticias sobre o tema, do género "Viatura amiga do ambiente do Vereador x, teve furo nos acessoas ao Rio Sul Shopping" ou "Viatura ambientalista de Alfredo Monteiro teve avaria no pisca direito por falta de uso"...
E ainda não vi o ultimo "Boletim Municipal" mas nos próximos certamente vamos ver Alfredo Monteiro a inaugurar o Centro de Estágios do Benfica no seu Prius, tal como a inaugurar o Continente/Rio Sul...esses dois grandes projectos "ecológicos" do concelho... ou a visitar o Ecológico Bairro Social da Cucena construido em terreno Industrial, junto a um hipermercado de bricolage que para os residentes serve de lugar de convivio e centro cultural, o seu lado desportivo completa-se com os lagos de hidrocarbonetos da Siderurgia ali ao lado...
Agora é o Setubal na Rede a escrever : "Câmara do Seixal adquiriu seis carros amigos do ambiente que vão ser colocados ao serviço do presidente e dos vereadores da autarquia. A medida está incluída no plano para utilização de energias alternativas, delineado pela Agência Municipal de Energia, e tem como objectivo «incentivar a utilização de energias não poluentes no concelho», revela o presidente Alfredo Monteiro.
Os seis híbridos Toyota Prius, apresentados ontem, assentam num motor de combustão e num motor eléctrico que se complementam de forma a obter uma melhor performance ambiental e energética. A aquisição dos veículos resulta da «preocupação da autarquia em caminhar para um desenvolvimento sustentado e com qualidade de vida para as populações». Assim, a Agência Municipal de Energia (AMESeixal) elaborou um Plano para a utilização de energias não poluentes no município e analisou as vantagens e desvantagens da utilização de veículos não poluentes. Os técnicos da AMESeixal, liderados por Philippe Bollinger, realizaram uma exaustiva pesquisa de mercado. Concluíram que o Toyota Prius é «o veículo disponível que melhor se adequa às necessidades da Câmara do Seixal», afirma Philippe Bolinger."
Entretanto por cá nada se faz de sério pelo ambiente para além de o destruir, da forma que a qui temos mostrado, agora a ultima e institucional forma de continuar esse périplo é pretender a construção de um Hospital em pleno Sítio Rede Natura 2000, ainda me têm de explicar porquê... depois o Metro Sul do Tejo, nunca mais anda, isso sim, um contributo importante para um meio de transporte , não de meia dúzia de usufrutuários do erário público, mas do publico propriamente dito.
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O Toyota Prius consome 6,3 litros e custa cerca de seis mil contos na sua versão mais barata (29 240 € / 33 100€) ... a nova frota para os seis automóveis terá orçado em perto de 40 000 contos !!!
domingo, março 12, 2006
MANOBRAS DE DIVERSÃO NO SEIXAL "VAMOS BIEN..."
No Seixal à falta de melhor continua a agit-prop como factor de diversão face aos problemas do concelho que se eternizam e não resolvem, para isso nada melhor que a inspiração de Homero e encontrar um inimigo externo, sempre útil para disfarçar a imcompetência.
A figura de um Hospital, mesmo que ficcional vai bem e recomenda-se mesmo se caem por terra todos os outros indicadores de qualidade de vida e de desenvolvimento, por isso há que gerar a Utopia e a demagogia em que o PCP é exímio e a sua capacidade mobilizadora enquanto pode...
E a agitação aí está na rua, para desafiar o Estado, servir o partido e confrontar o Governo, o site Setúbal na Rede escreve:
A Plataforma ‘Juntos pelo Hospital no Concelho do Seixal’, apresentada ontem, conta já com mais de 100 instituições, entre autarquias, associações de reformados, utentes de saúde, bombeiros e outras colectividades, que se opõem às conclusões do estudo elaborado pela Escola de Gestão do Porto, que recomenda a ampliação do Hospital Garcia de Orta, ao invés da construção de um novo hospital no Seixal. A plataforma vai, neste âmbito de contestação à proposta do estudo, promover um fórum de discussão na próxima segunda-feira, no Auditório Municipal do Seixal, e um cordão humano que “ligará a baía do Seixal”, adianta o presidente da autarquia, Alfredo Monteiro.
Temos agora uma "plataforma", é bonito de se ver, e o cordão humano embora sendo pouco original sempre dará algum tempo de antena, porventura um directo na TVI, e porque não senhor Monteiro, um cordão humano contra a expansão urbana outro contra a criminalidade, outro ainda pelo ambiente e contra a destruição das zonas verdes, outro também contra a corrupção nas autarquias, outro ainda pela transparência no poder local...ou um pelo comércio tradicional...como vê só boas ideias de actividade popular para os próximos meses a terminar no grande cordão humano pela Atalaia e pelo Metro Sul do Tejo que um dia lá chegará, espera-se que mais cedo que o regresso de Ulisses...
E Já que o cordão humano estará agendado para as margens da Baía , porque não um cordão humano pela Baía que há trinta anos assumiram despoluir e quando são cada vez mais os esgotos de mais habitantes e de mais industria que lá vão parar sem tratamento nem controlo.
Sugiro também um cordão humano de solidariedade pela desumanidade da Câmara ao ter recorrido da sentença que a condenava pela morte da criança morta num colector de esgoto provada pela incúria da Câmara do Seixal.Sugiro também mais trabalho e menos demagogia, não gozem com os munícípes senhor Monteiro!!! E o senhor Monteiro vai aparecer nesse cordão humano? É que quando a contestação é contra o senhor, é habitual primar pela ausência...
sábado, março 11, 2006
MATA DE SESIMBRA CONSTRUÇÃO "ECOLÓGICA" EM CONSULTA PÚBLICA
A partir da próxima semana entrará em discussão publica o Plano de Pormenor do Projecto de Requalificação da Mata de Sesimbra . Um responsável pelo projecto da empresa Pelicano, envolvida também num dos projectos em aprovação para a Costa Alentejana afirma que «todos os processos burocráticos deverão estar concluídos até final do ano e as obras terão início em 2007». Pretende esta empresa convencer os cidadãos que vai construir em Sesimbra a primeira ecocidade do mundo (clique), ou seja, o primeiro empreendimento imobiliário sustentável, com um investimento de mil milhões de euros.
O World Wildlife Found (WWF) -clique- escolheu Sesimbra para receber um projecto que pretende ser pioneiro e terá a certificação “One Planet Living”, obedecendo a dez princípios de sustentabilidade pretendendo ser um exemplo ecologico e de poupança de energia segundo os promotores, prevendo ao mesmo tempo a construção de seis mil residências e quatro hotéis na mata de Sesimbra.
O projecto quando foi apresentado ao público no inicio de 2005, incluia a reflorestação do pinhal com a aposta em sobreiros e azinheiras prometendo também que na construção das residências se aplicariam materiais ecológicos.
Se toda a parte burocrática agora iniciada com a consulta pública fôr ultrapassada , os investidores prevêm que em 2007 terá início a primeira fase do empreendimento, construção do hotel, dois aldeamentos turísticos e uma escola de golfe. O empreendimento estará concluído em 2017 e ocupará 5200 hectares de zona verde, (50 por cento da área total do município, dos quais 500 serão destinados à exploração turística).
Mais um projecto para irmos seguindo os passos no sentido de conferirmos que os propósitos a que a empresa promotora e a WWW (World Wilife Found) se propõem são cumpridos e não alterados.
Pela nossa parte achamos que de boas intenções está o mundo cheio e as promessas para Portugal sobretudo uma zona apetecível do ponto de vista imobiliàrio como a Mata de Sesimbra...serão sempre (pelo que tem sido feito no passado recente) de desconfiar...a ver vamos!!! Já agora pergunto :
-E os acessos, serão pela congestionadíssima EN 378?
-Está prevista a construção de meios de transporte ecológico daquele novo dormitório (seis mil casas) para Lisboa e arredores?
-Está salvaguardado a contenção do betão no restante concelho em função deste mega-projecto?
sexta-feira, março 10, 2006
UM SURPREENDENTE EXEMPLO VINDO DO SEIXAL OU PURA DEMAGOGIA?
"Seixal reclama política nacional sobre energias renováveis"
O país apresenta “dificuldades em cumprir as directivas comunitárias” relativas às emissões de gases poluentes, constata Alfredo Monteiro, presidente da Câmara Municipal do Seixal (CMS), afirmando a necessidade de criar uma “política nacional” que tenha em vista o desenvolvimento, “centrado na sustentabilidade” dos recursos energéticos, e que preveja a “introdução de energias renováveis em viaturas”, uma das principais fontes de emissões poluentes. Apesar de ser necessária uma “estratégia nacional sobre energias renováveis em veículos”, em que se dê os “incentivos necessários para as pessoas começarem a utilizar este tipo de viaturas”, a CMS adquiriu seis Toyota Prius, automóveis híbridos, cujas principais características são os baixos consumos e as baixas emissões de gases. “A Câmara, ao adquirir estes veículos, está a dar um bom exemplo à sociedade”, refere Joaquim Santos, vereador do pelouro das infra-estruturas e dos transportes, admitindo estar a demonstrar que “estes veículos são alternativas credíveis” e que as energias renováveis são “as energias do futuro”...
...O Toyota Prius combina um motor eléctrico com um motor a gasolina, o que permite, para além de baixos consumos, uma redução até 89% de emissões poluentes. Para além desta característica, este automóvel apresenta ainda várias inovações tecnológicas, como o sistema inteligente de arranque, através de apenas um botão, o IPA, sistema inteligente de ajuda ao estacionamento que permite ao condutor seleccionar o tipo de estacionamento e local onde deseja estacionar, encarregando-se o automóvel de o fazer automaticamente, e ainda a utilização total do motor eléctrico, até uma velocidade máxima de 45 km/h."
Excertos da noticia publicada no Setubal na Rede, assinada por João Filipe Rodrigues
Um excelente exemplo da Câmara do Seixal , a seguir por outras entidades e organizações e subscrevo a isenção de imposto que este tipo de veículos deveria auferir, só assim seria possivel mais desenvolvimento e e investimento das marcas neste tipo de veículos.
Agora, para não ser acusada de demagogia ambiental , a Câmara do Seixal dever-se ia empenhar no inicio da circulação do Metro Sul do Tejo, que ao retirar veículos de circulação teria um efeito esse sim verdadeiramente sustentável em termos de desenvolvimento urbano, o autarca terá também que garantir que o MST não vai criar um novo eixo de densificação urbana.
Deveria também assumir um compromisso na contenção da expansão urbana no concelho e na destruição de zonas verdes, também e sobretudo elas, o verdadeiro garante de um desenvolvimento sustentável e de contenção das emissões poluentes, a despoluição da Baía...a contenção da explosão da construção de industrias sem controlo a funcionar em pavilhões clandestinos... a recuperação das centenas de hectares de terrenos abandonados pela exploração de inertes...
Se nada disto for feito, comprar automóveis de 5000 contos para ter um rótulo de ecologista, é pouco e é fácil, sobretudo quando é a autarquia a pagar...
quinta-feira, março 09, 2006
DE VOLTA AOS GRAFITTI - O QUE DISSERAM OS LEITORES
Durante alguns dias abordámos a temática do grafitti em meio urbano, muitas foram as opiniões e comentários recebidos dando achegas sobre o tema que pela sua qualidade pretendo desta forma dar visibilidade e ao mesmo tempo agradecer a colaboração numa discussão actual sobre um tema altera o espaço urbano e o sentimento de segurança dos cidadãos.
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Tenho seguido com atenção esta série.
A questão do graffiti como arte é totalmente irrelevante, serve para desviar a atenção da questão principal, que já foi muito bem documentada aqui: a vandalização da propriedade pública e privada.
Apenas o conceito de "propriedade" é necessário reter para que 99% dos argumentos a favor dos grafittis caiam por terra.
O 1% que resta, seria para alguém que pintasse a sua própria casa, mas mesmo isso tem ou deve ter regras. Tal como já não é possível colocar azulejos de casa de banho nas paredes exteriores (banidos e muito bem pelo eng. Carlos Pimenta).
De resto, é verdade que têm sido editados livros, realizadas exposições e outras manifestações ditas culturais, que tentam elevar o estatuto do graffiti, muito enraizado na marginalidade. Mas essas editoras e esses museus, nunca permitiriam essa arte não autorizada nas suas próprias paredes. Para essas instituições, o graffiti, é bom é nas paredes dos outros -- de preferência longe.
Há formas de trabalhar a spray, que não agridem ninguém, pelo contrário, como por exemplo Peter Kuper. (Quinta do Sargaçal)
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Só hoje consegui ler com calma os posts sobre grafitti .Parece-me que a dualidade de leituras sobre esta prática se pode resumir a dois pontos essenciais:
- o grafitti é uma prática anárquica, que invade a esfera pública e privada e atinge os valores de propriedade de uma sociedade à margem da qual os taggers e graffiters se colocam
- o graffiti é uma manifestação artística, que promove a ideia de um espaço urbano livre e que, pela acção de artistas como Keith Haring ou Jean Paul Basquiat por exemplo, foi elevada ao estatuto de obra artística.
Parece-me interessante referir neste contexto o caso do Muro de Berlim, cuja intervenção "institucionalizada" no lado ocidental foi amplamente aplaudida e interpretada como um exercício da liberdade "do lado de cá" . Um fragmento do mesmo muro foi levado em finais dos anos 80 para Nova York e exposto em frente ao MOMA.
Tudo isto me leva a concluir que o fenómeno, que recebemos por importação, deve ter a sua interpretação à luz do contexto cultural em que aparece. Valores como a propriedade, o património (no caso dos graffiti em edifícios históricos, por exemplo) ou a segurança (no caso dos tags em sinais de trânsito) são valores universais que, a par da liberdade, a sociedade contemporânea conquistou e quer ver respeitados. Não acaba a minha liberdade onde a do outro começa?
(Susana)
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Obviamente o Grafitti incomoda aqueles que vêem as suas paredes pintadas com assinaturas que ninguém percebe, sem estética ou mesmo com estética.
Óbviamente que o Grafitti é uma invasão do espaço público e privado.
Mas porquê?
Obviamente poderiam ser criadas zonas livres para que se pudesse fazer Grafitti. Quantos e quantos lugares sombrios e cinzentos existem dentro das cidades que poderiam levar alguma cor.
Porque não enfrentar o problema de frente?
Definir zonas livres para Grafitti. Criar concursos públicos a nivel municipal para que os "artistas" de grafitti possam apresentar o seu projecto. O vencedor ou vencedores ganhariam direito a pintar o espaço.
Parece-me que tudo isto tem haver com falta de vontade em atacar as questões de frente.
Também não se pode andar por ai a escalar edificios, no entanto foram criados espaços para o efeito. O Skate também esteve associado ao movimento de rua, no entanto foram criados espaços para a sua práctica.
O futebol foi proibido de jogar nas ruas de Inglaterra, no entanto hoje é o que se vê.
Tudo tem uma solução e certamente que passa por definir espaços e criar espaços próprios para que todos que gostam de fazer Grafittis assim como todos os que apreciam essa "arte" tenham a oportunidade de a fazer legalmente.
Depois de existirem espaços legais para o Grafitti ai sim teremos toda a legitimidade de criticar ou punir aqueles que o façam em espaços públicos ou privados não livres ao grafitti (Solariso)
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O grafitti pode ser arte, dependendo da qualidade do writer, do espaço em que está pintado e da mensagem que pretende transmitir.
Por exemplo, sempre que vou a sair do meu bairro - Bela Vista, em Setúbal - gosto de ver um grafitti que foi pintado na parede da ACM pelo Colman, writer que, regra geral, tem excelentes trabalhos. Quem quiser ver esse grafitti, pode consultar o blog Catedral.
A parede em causa foi pintada com a aprovação da câmara, tal como aconteceu com outras na cidade. Porém, esse carácter "oficial" do grafitti é raro, motivado até pela própria filosofia de quem o faz.
Nos posts anteriores, o ponto verde publicou alguns exemplos de pinturas que não merecem, em meu ver, ser colocadas no mesmo saco que o grafitti feito pelo Colman no meu bairro. Equipará-las é tão válido quanto dizer que os meus rabiscos estão ao nível dos do Salvador Dali.
Quanto aos exemplos colocados neste post, eu colocaria sobretudo o do "bombista-suicida" num meio-termo, pois parece-me artisticamente interessante, tanto pelo desenho como pelas muitas interpretações que dele se podem fazer. (Luis Humberto Teixeira)
quarta-feira, março 08, 2006
O METRO QUE NÂO CIRCULA
Por altura das eleições autárquicas o Metro Sul do Tejo saíu á rua ,para "teste" ou para alguma propaganda, afinal não passou disso, uma vez que chegadas as composições e gastos muitas dezenas de milhão de euros, o metro afinal apodrece em Corroios sem condições para circular, uma vez que em Almada ainda se decide onde é que vai passar, e a autarquia aproveita o investimento parado para fazer exigências ao governo para, imagine-se, ceder terrenos para o Metro passar e assim servir os cidadãos, é que o estado somos todos nós pagadores de impostos e a presidente de Câmara acha-se no direito de exigir ainda mais de nós para concretizar um projecto que pagamoe e se destina a nos servir.
Foi isso que em mais uma campanha de demagogia e branqueamento da sua incompetência veio trazer em mais uma discussão...a 12ª sobre o tema, a ultima tinha sido em Maio de 2005... que é aquilo em que estes autarcas são exímios, sobre o tema escrevia Claudia Veloso no Setúbal On line:
"A data para o início da construção da linha Cacilhas/Centro Sul do Metro Sul do Tejo (MST) ainda não é conhecida mas a Câmara de Almada antecipou, no 12º Fórum de Participação sobre o tema, realizado ontem, as soluções que entende ideais para minorar os transtornos em fase de obra.
No encontro organizado pela autarquia ficou explícito que cabe ao Estado apresentar o faseamento dos quatro sub-troços previstos para ligar Cacilhas ao Centro Sul mas Maria Emília de Sousa disse não querer acreditar que, «perante as boas soluções» apresentadas pela autarquia, «a concessionária não adira a elas». Nesta fase do processo, a autarquia quer cruzar o Plano de Mobilidade já elaborado com as condicionantes ao tráfego motivadas pelas obras de construção deste troço do MST.
Supressão de 900 lugares de estacionamento, desvios nalgumas das principais artérias da cidade, reorganização de cruzamentos, construção de parques de estacionamento dissuasores e promoção do transporte colectivo nas deslocações para o centro são algumas das medidas a implementar. «São trabalhos complexos que não se conseguem fazer sem perturbação», frisou Maria Emília de Sousa.
A Câmara defende o início dos trabalhos no sentido Cacilhas / Centro Sul, ou seja, avançando no sentido em que há, progressivamente, mais tráfego automóvel. Além disso, considera fundamental que cada um dos quatro sub-troços se desenvolva de forma autónoma, para que não haja dois lanços em construção ao mesmo tempo.
A entrada em funcionamento do novo Viaduto do Brejo vai alterar o trânsito rodoviário naquela zona da cidade. Surgirá uma nova rotunda entre a Rua Conceição Sameiro Antunes e a entrada do viaduto, que vai permitir distribuir o tráfego entre o viaduto e as vias adjacentes. As obras vão implicar também a reformulação do acesso à Cova da Piedade com a beneficiação da via que passa por baixo do viaduto.
A passagem do MST pela Rua de Alvalade e pela Rua Justino Lopes, na zona da Ramalha, também já foi decidida pela secretaria de Estado dos Transportes. O despacho enviado por Ana Paula Vitorino à câmara determina que a linha entre Corroios e o Pragal deverá passar pela Rua de Alvalade. Não há, porém, decisão governamental sobre a linha que fará o percurso entre Cacilhas e a Universidade.
O que se pergunta é cmo é que uma obra desta envergadura que devia ter já as suas composições (que foram encomendadas, construídas, compradas e estã só à espera das linhas) a circular há algum tempo, ainda está nesta fase sem que a incompetência de alguém não seja posta em causa?
É uma obra fundamental para servir os cidadãos da Margem Sul, mas que está a ser utilizada com outros fins prejudicanso a população e o ambiente o que é inadmissivel, havendo que urgentemente punir os responsáveis.
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O a-sul pelos seus leitores
Embora me identifique com alguns dos pontos defendidos pelo ponto verde, não o conheço nem pretendo vir a conhecer, pois o que interessa realmente é discutir as ideias e não as pessoas...
...Efectivamente vivemos num pais em que tudo criticamos mas nada fazemos, esperando sempre que alguém o faça por nós. Até poderemos ser a favor de co-incineração mas desde que não seja ao pé de casa, criticamos a proximidade dos aterros sanitários mas não nos damos ao trabalho de separar os residuos, criticamos o caos urbanistico, mas ficamos chateados se não nos deixam construir à vontade no nosso terrenozinho. Enfim somos um povo que inveja o tipo que se safa aos impostos e tem um "ganda carrão" e "uma bruta vivenda", não invejamos aquele que se esforça paga os seus impostos e tem um carro e casa médios.
Concluo afirmando que realmente a culpa é dos políticos, só que todos nós somos políticos e um povo tem os políticos que merece. (por Abstracto)