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quinta-feira, janeiro 26, 2006
SEIXAL - PRÉMIO GOTA DE ÁGUA NO OCEANO
Aos 700 compostores que distribuiu a Câmara do Seixal pode registar mais este (de maiores dimensões) utilizado pelo pontoverde e um contributo privado para a redução de resíduos no Concelho.
A Câmara do Seixal foi recentemente distinguida no Concurso Cidades Limpas promovido pelo Ministério do Ambiente e Associação Portuguesa de Engenharia Sanitária. A Câmara do Seixal concorreu ao Tema Especial- Gestão Integrada de Residuos Orgânicos.
Do site da CMS :
"O projecto de compostagem tem como objectivo fertilizar os jardins e as hortas com produtos naturais produzidos a partir da reciclagem de materiais biodegradáveis, como folhas de àrvore, relva ou restos de vegetais, e desta forma reduzir a quantidade de resíduos depositados no Aterro Sanitário. Desde a sua implementação, aderiram ao projecto mais de 700 familias do concelho"
Sem dúvida que é uma iniciativa a elogiar, mas é bom enquadrá-la na realidade e nos seus reais efeitos, ou seja , qual o volume que foi reduzido através destes 700 compostores, qual o volume que cada um permitiu reduzir e qual o volume de composto produzido...
É que se nada disto fôr feito, e não foi, não passa de mais um golpe de demagogia e propaganda "ambiental". Vejamos que a números de 2001 (publicados pelo INE em 2003 - e que são dados perfeitamente desactualizados pelo ritmo de construção dos ultimos anos), tem o Seixal:
- 25 167 Edíficios
- 69 010 Alojamentos familiares
- 36 Alojamentos Colectivos
- E um total à época de 150 271 habitantes
Relembro que das 69 010 familias..............apenas 700 estão a fazer - segundo a Câmara - compostagem!!!.......... 1% , uma verdadeira gota de àgua no Oceano!!! Compreensivel, até porque o Seixal se tem desenvolvido em altura e densidade e não em alojamento unifamiliar o que é perfeitamente o rumo oposto a este projecto de compostagem, impraticável em blocos de apartamentos.
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6 comentários:
É pura demagogia que se vê da leitura fria dos números. PURA MENTIRA AMBIENTAL na qual a propaganda do PÊCÊPÊ tem uma mestria sem igual.
João Campos
Já uma vez li neste blog que em matéria ambiental os pequenos gestos são importantes. O processo referido poderá ter reflexos em 1%, mas tem um alcance de consciencialização muito superior a 1%.
Aliás os posts anteriores de elogio a decisões governamentais, se ficassem pelas razões numéricas não teriam razão de existir, pois a capacidade de energia produzida por essas fontes alternativas será inferior a 1% da energia que consumimos. Todavia apesar desse 1%,não tenho duvida que são medidas importantes.
Este post só demonstra uma vez mais a cegueira e as mentiras do ponto verde.
A
Reforço a opinião anterior. Mesmo sendo 1%, essa percentagem deve ser enaltecida e deve servir de trampolim para mais conhecimento, mais notícias e mais informação passe para os media.
Se 1% faz a notícia que faz, não só no site da CMS, imagine-se quando se chegar a 5 ou 7%.
Acho que é um trabalho de enaltecer e que deve ser apoiado e divulgado por todos.
Não vale a pena referir o que o autor já publicou, que é simplesmente verdade.
O projecto da compostagem no Seixal foi dirigido numa primeira fase, às Escolas do Concelho, numa segunda fase, às moradias e por fim a última fase, a compostagem municipal, em que os resíduos de jardim são recolhidos e encaminhados para a unidade de compostagem municipal situada na ETAR de Fernão Ferro. Esta última medida talvez seja aquela onde se note mais a redução dos resíduos que a CMS tinha de enviar para aterro, uma vez que se deixou de mandar os resíduos dos jardins públicos e das LAMAS provenientes do tratamento das águas residuais (estas sofrem o processo de compostagem juntamente com os resíduos de jardim). A nível das Escolas, foi mais a vertente da Educação Ambiental (que elogio!), a nível das moradias subscrevo o que o autor referiu: num universo tão grande de habitações em altura, 700 ( que acho que são mais!) compostores é pouco! Se calhar já devia ter sido implementado, e que está previsto à muito tempo, uma unidade de compostagem semelhante à que existe em Setúbal. Nesta cidade faz-se a separação de todo os resíduos, desde o papel, passando pelo vidro, embalagens e pilhas e por fim os resíduos orgânicos. Isto sim é um sistema completo. Mas por enquanto temos de esperar! (já estamos habituados!) Até lá todos os tipos de resíduos que são colocados nos contentores dos indiferenciados, vão para debaixo da terra, na esperança que desapareçam. Ao menos ainda se produz electricidade, através da queima do biogás. Menos mal!!!!
Mas muito ainda tem de ser feito neste Concelho a nivel Ambiental!
Mas é apenas a minha opinião… :)
Ana S.
e o dinhyeiro que foi gasto???? (25 euros por compustor) fora o resto, não podia ser investido em algo com verdadeiro significado !?!?!
Também concordo que é com pequenos passos que se vai avançando. Como diz o np, este tipo de medidas para já têm um valor de sensibilização, o peso relativo que têm é muito superior ao seu valor "líquido". Se fossemos por aí a influência das energias alternativas seria ainda muito menor.
O que não quer dizer que não se deva pressionar no sentido de fazer mais.
Uma questão interessante aqui aflorada é a urbanistica. Claro que não se trata de semear cogumelos de volumetrias e densidades absurdas de qualquer maneira, mas apesar disso, a construção em altura parece-me um tipo de "urbanização" mais conveniente e ecológica do que as extensões indiferenciadas de moradiazinhas unifamiliares, que correspondem muito bem a um estereotipo de ideal de vida para muita gente, mas são um verdadeiro cancro urbanístico. Talvez sejam melhores para a compostagem mas...
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