quarta-feira, março 12, 2008

O HOSPITAL ALI "JÁMÉ"



Com o Novo Aeroporto de Lisboa localizado no Campo de Tiro de Alcoch
ete , faz não só todo o sentido reequacionar o desenvolvimento de toda a Margem Sul, como é mesmo moralmente obrigatório que tal se faça .

Isso mesmo foi sugerido no Seixal pelo veread
or José Assis na presença do Presidente da Câmara do Seixal , também presidente da Associação de Municípios de Setúbal, o qual referiu mesmo que "Está em cima da mesa a necessidade de articular os interesses nacionais com os regionais visto que não é possível continuar a fazer as coisas desarticuladas".

Ora pegando nas palavras do autarca presidente que tem dado a cara pela construção de um hospital no Seixal, é possível que um rasgo de inteligência toque a maioria eleita no sentido de mudar a atribuíd
a localização do Hospital do Seixal , de um Sítio Rede Natura 2000 , para um dos Planos de Pormenor em elaboração ( Torre da Marinha e Siderurgia) , quer um, quer outro mais "articulados" ...em termos " de interesse nacional com o regional" e até, acrescento do interesse ambiental ...

Se foi possível mudar para a Margem Sul um Aeroporto onde seria
Jamais possible... aí construír , não é legítimo reequacionar aquela localização (ambientalmente desastrosa) para uma mais cen
tral para a população (?) , não só do concelho do Seixal , mas do Barreiro , onde se anuncia uma ponte que encurtará para a casa das centenas de metros o que hoje obriga a mais de uma dezena de quilómentros , e de Sesimbra, onde o acesso à zona do Plano de Pormenor da Torre da Marinha ou da Siderurgia são, na sua mais densamente povoada freguesia , Quinta do Conde, mais acessíveis.

Num contexto nacional , face aos novos dados em jogo, faz todo o sentido questionar porque razão e porque interesses não estão a ser equacionadas sequer estas possibilidades ?

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DESTAQUE

O destaque de hoje vai para o Jornal do Seixal nº35 de 8 de Março , em distribuição gratuíta, na sua página 7, em artigo de opinião, o eleito Paulo Silva fala da ética na política e garante:

" o povo sabe destrinçar o "trigo do joio"...como se comprova por, há mais de 30 anos a população deste concelho reconhecer o bom trabalho autárquico efectuado pelo PCP e por isso, nas eleições autárquicas as vitórias são sempre do PCP!" .

Face a esta garantia (..mas vale a pena fazer eleições?) não se percebe a descrição de uma situação, sem ética, em plena sessão de câmara por parte do ilustre eleito, Presidente, segundo carta assinada por António Marquês no mesmo jornal , o ilustre autarca insurgiu-se contra o abanar de cabeça de um munícipe e revelou depois haver uma "campanha" contra a Câmara feita por "cobardolas" e "mentirosos" ... realmente não se percebe tanto nervosismo, até porque "nas eleições autárquicas as vitórias são sempre do PCP" ...

terça-feira, março 11, 2008

MOITA , O PARQUE TEMÁTICO DA LUSITANA PROMESSA



Acreditando nos autarcas da Moita, deve estar em vias de ser inaugurado por altur
a da scoa, o Parque Temático da Lusitâniedade da Moita, no Pinhal do Forno para o qual foram oportunamente firmadas permutas e compromissos com os investidores do Badoca Parque, bom .

O tal negócio, prometido como uma "sétima" maravilha, como disse deve estar mesmo a ser inaugurado, eis as promessas:

- Investimento 75 milhões de euros. - Área 60 hectares - Postos de trabalho 1200 - Reconversão de "solo rural" e parte integrante de Reserva Ecológica Nacional. em solo urbano com usos lúdico- culturais e de lazer.

- Visitantes :

- 1ª Fase 10.000 visitantes /dia = 3.65 milhões /ano
- 2ª Fase 20.000 visitantes/dia = 7.3 milhões/ano
- 3ª Fase 30.000 visitantes/dia = 10.95 milhões/ano

Impressiona ? ...Óoooh! se impressiona se compararmos com o principal e mais concorrido Parque Temático Europeu, a Eurodisney de Paris, situado no primeiro país mundial receptor de turismo (França), na primeira cidade receptora de turistas (Paris) e que é só o principal Parque de diversões da Europa e um dos maiores do Mundo e que teve como visitantes :




- 1998 - 12,5 Milhões
-1999 - 12,5 Milhões
-2000- 12 Milhões
-2001 - 12,2 Milhões

-2002 - 13,1 Milhões

-2003 - 12,4 Milhões

-2004 - 12,4 Milhões

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É então urgente que se acelere a construção da terceira travessia sobre o Tejo e se faça o novo aeroporto, é que estamos quase a começar a receber 10 000 visitantes por dia nesta primeira fase que estará prestes a se iniciar .

Pena que não haja ainda hotéis , nem na Moita, nem no Barreiro, nem no Seixal...no Seixal a julgar no plano de turismo , há que contar também com os milhares de pessoas que estão que não podem para visitar um alto-forno desactivado ...

Certo é que nem os sete hotéis da Euro Disney chegariam , é que chegados á terceira fase do parque da Moita, vão cá chegar quase tantos turistas como em Paris ...

Parabéns aos 1200 funcionários que devem já estar em formação e que vão fazer baixar os numeros do desemprego na região.

Não, não estou a delirar, o que acima foi referido , foi divulga
do na Comunicação social, destaco por exemplo o Setúbal na Rede , cito o deslumbramento dos eleitos CDU:


«
Este parque temático “promoverá postos de trabalho” e a “afirmação do município da Moita, em Setúbal, na região de Lisboa e Vale do Tejo e no país”, assegura o presidente da Câmara Municipal da Moita, João Lobo. O projecto envolve um investimento de cerca de 75 milhões de euros, por parte da Badoca Actividades Turísticas, e “uma área a edificar de aproximadamente 37.000m2”, acrescenta a autarquia, prevendo-se que a abertura ocorra “na Páscoa de 2008”, como revela o administrador da Badoca, Francisco Almeida.

“Não há nada semelhante a este parque temático a nível nacional”, isto num país “de oferta turística”, salienta Francisco Almeida. O parque vai “representar a história de Portugal ao longo de 24 temas”, propostos pelas escritoras, e professoras de história, Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, acrescenta. O administrador justifica a selecção das autoras da colecção Uma Aventura para propor os temas das diversões do parque, pois elas, “enquanto professoras de história, conhecem bem a história de Portugal e forneceram os temas que mais a marcaram”.


“Fado, Viriato, touradas, uma casa que pretende recriar o Terramoto de 1755, em que se simulam as paredes a cair, o chão a destruir-se e toda a casa a tremer, ou uma montanha russa alusiva à descida dos cestos da Ilha da Madeira”, são algumas das atracções que se encontrarão no parque, podendo ainda “haver alterações”, como uma atracção “referente ao 25 de Abril de 1974”, avança Francisco Almeida.

É bonito... o Viriato ... as touradas...o terramoto... o chão a tremer e as paredes a caír - esta última parece ser a única atracção já testada pelos autarcas CDU !

A Páscoa de 2008 é daqui a dias, não deixem esgotar os ingressos ...virtuais !!!

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DESTAQUE

No Blogue Rumo a Bombordo um excelente post sobre a Agenda XXI Local.


segunda-feira, março 10, 2008

SEIXAL , SIGA AS SUAS PROMESSAS...



Acima e em formato legível (basta clicar sob
re a imagem) , as promessas feitas no Público de 5 de Março pela Câmara Municipal do Seixal, abaixo a reposição de um post - revisto pois o atraso de um ano agora é de três - aqui publicado em 22 de Agosto de 2006 mas perfeitamente actual , a vermelho as actualizações !

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« Outro exercício , este de perfeita desfarçatez são as promessas que se matêm, e que nos locais são prova da mentira, da indigência e da inoperância das propostas apresentadas, e constituem publicidade (propaganda) enganosa do que afinal se pretendeu anunciar... à caça de mais votos.


Quatro exemplos:


1) Viaduto e alternativa à EN 10 Corroios/ Cruz de Pau, a imagem hà três anos está acima, devidamente enquadrada com propaganda eleitoral, o viaduto ficou por acabar e a obra está na mesma três anos depois, queixa-se a Câmara que tais acessibilidades seriam pagas pelo grupo Carrefour como contrapartida da construção de mais um Hipermercado, obra que não avançou pelo corte ilegal de 1200 sobreiros no local... no entanto a autarquia assume num cartaz no local que " Investimos nas acessibilidades - CMS ", ora se é investimento da Câmara e não do Carrefour (Carrefour foi entretanto adquirido pelo Continente - SONAE ) , porque não acabam as referidas obras?










Das duas uma, ou estão a mentir...ou estão a mentir... a verdade é que há uma obra prometida parada há três anos...



2 ) Na Ponte da Fraternidade
há um cartaz que anuncia (há mais de três anos...) o seu alargamento e construção de ciclovia a ser iniciada execução no primeiro semestre de 2006...










Três anos depois para além do anúncio mentiroso, nem uma nova pedra da calçada...

3) O Terceiro cartaz a anunciar aquilo que não é está colocado nas Paivas junto à nova (mais uma) rotunda... aqui anuncia-se em execução, só que deve ser uma execução tão lenta que não se vê, apesar de prometer um Parque Subterrâneo, sempre daríamos por alguma coisa à superfície caso essas obras fossem reais...










Três anos depois só a rotunda foi concluída, e aberta u
ma passagem para as Paivas , o Silo auto subterrâneo nem vê-lo , e não é por ser subterrâneo.













4) Aqui anuncia-se a
construção de 87 fogos ao abrigo do PER em Vale de Xixaros...hoje...nem um...o que se continua a querer fazer, agora da forma mais encapotada e descaradamente mentirosa é deportar, favorecendo capitais especulativos off-shore , aquela gente para Pinhal dos Frades de forma a rentabilizar o espaço das torres ocupadas e as urbanizações à volta que não encontram comprador... »

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Os exemplos poderiam ser outros e mais , optámos então por estes quatro (as novas promessas são 21) . Face a essas novas 21 promessas gostaria só de confrontar esta ; "Incremento da valorização da Baía do Seixal no quadro do património histórico cultural e ambientais da frente ribeirinha " , com a contradição na recente demolição do Estaleiro Naval de Paulo da Gama ou o abandono a que estão v
otados os moinhos de maré ou a Quinta da Trindade.

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DESTAQUE


Para o blogue Praia dos Moinhos que desde Alcochete tem tido uma visão sustentada da região e sobretudo pela aprofundada avaliação das consequências, da decisão de construír o novo Aeroporto de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete.

domingo, março 09, 2008

PROMESSAS & BALANÇOS





















O Jornal Público fez 18 anos, parabéns ao Publico!


A propósito do seu aniversário editou no seu caderno P2 de 5 de Março um excelente dossier sobre as mudanças, os objectos e algumas alterações em Portugal e no Mundo nas últimas quase que duas décadas.

Nesse dossier três autarquias aproveitaram para fazer publicidade , cada uma delas com uma página inteira, foram elas Vila Nova de Gaia , Matosinhos e o Seixal !


Vila Nova de Gaia promoveu um projecto reconhecido internacionalmente e que já aqui demos como exemplo, o Parque Biológico.








Matosinhos apresentou imagens de oito projectos , alguns deles em execução ou em vias disso, apostando na reabilitação urbana sob a direcção do arquitecto Siza Vieira.






E finalmente o Seixal . A publicidade ao Seixal afinal não é publicidade, é propaganda, e propaganda eleitoral da pesada !

É que apresenta nada mais nada menos que , não um projecto executado como em Gaia, não oito projectos em execução como em Matosinhos, mas sim VINTE E UM PROJECTOS que mais não são que pura ficção eleitoralista, isto quando sabemos das obras anunciadas há quatro anos (clique) e que estão ainda no rol das promessas eleitorais, ou quando observamos as contradições entre o anunciado nesta publicidade e a realidade (nomeadamente na conservação patrimonial , arqueológica e ambiental e na valência turistica).

Continuamos com mais do mesmo , mais promessas , e mais betão, pois contrariamente ás outras autarquias é isso que resulta quer do Plano de Pormenor da Torre da Marinha , quer do da Ex-Siderurgia Nacional e promete-se de uma assentada 88 hectares de Parques Urbanos , ao mesmo tempo que na prática área prometida à população e defendida no PDM como a Flor da Mata não é reflorestada e pretendem também arrazar com uma vasta área de Rede Natura 2000.

"Criar Parques Urbanos", destruindo zonas naturais e pondo lá milhares de fogos é uma especialidade única da autarquia do Seixal!
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DESTAQUE


Para o Blogue Ondas do incasável Octávio Lima , sempre com excelentes links e informações actuais.

sábado, março 08, 2008

OS NÓS E OS LAÇOS



O Título é como sabem de
Alçada Baptista, mas traduz o que nós humanos somos, animais , racionais, que estabelecem entre si nós e laços de relacionamento.Isso , associado à inteligência , à memória e à capacidade de poder transmitir tudo isso às gerações futuras, distingue-nos dos restantes animais.

Esses nós e esses laços constroem a família, o circulo de Amigos, os conhecidos, os vizinhos...constroem a comunidade , o bairro, a aldeia, a vila, a cidade , são nós e laços afectivos que estruturam indivíduo , o inserem no grupo, lhe dão guias morais e comportamentais.



Vivemos num tempo em que há uma desestruturação efectiva desses nós e desses laços , as causas são resultado de multiplas crises, uma crise na familia ,crianças e velhos são hoje postos demasiado à margem de familia em depósitos a tempo inteiro ou quase, chamados infantário-escola ou centro de dia- lar de idosos , há uma crise de valores ao pôr o dinheiro e o consumo acima de tudo o resto , depois há uma cutura de sucesso versos precaridade que nos vão transformado em sociedade low cost com todos os riscos que daí advém.

Óbvio que tudo isto são resultado de politicas macro e muitas vezes transnacionais há muito tempo erradas.



Mas acontece que há a níve
l local uma outra quota parte de responsabilidade, uma responsabilidade notória nesta Margem onde vivemos. Uma responsabilidade que tem a ver a desestruturação da cidade não pensem que sou contra a Cidade, não sou ! Sou contra a Metrópole, essa metrópole sem centro , sem dimensão humana, sem alma ! E é a Metrópole o que os nossos autarcas da Margem Sul têm fomentado ("a Capital das duas margens com o centro no Estuário") por isso têm transformado tradições locais unicas num sucedâneo que se repete indiferenciadamente em Almada, no Laranjeiro, na Moita ou no Seixal...



É por isso que também por um cr
itério totalitarista da força politica reinante se quebraram alguns nós e laços... nós e laços que entendo aqui, ao nível da ligação com a terra, com as localidades , com as tradições e o património também o património natural ... deixa-se caír o que nos torna únicos e nos dá um sentido de comunidade, deixa-se ao abandono os locais que eram as nossas raízes e o nosso orgulho, urbaniza-se tudo por igual e enche-se rápidamente esses caixotes de betão de gente desenraizada que nunca se vai integrar porque não há diferença, porque não há espaço de cidade, o centro , as ruas, as lojas, a padaria, a mercearia...

Não há integração porque se perdeu a dimensão humana da cidade!


E isso interessa a quem de
cide, a quem controla, a quem urbaniza e vive disso, autarquias , o Partido, os construtores. Interessa construir cada vez mais, cada vez mais longe, e deixar caír o que é mais antigo, o que lembra outra forma de estar, outra cultura ... e isso é muito perigoso !

O aumento da violência, da criminalidade, da insegurança é um dos seus reflexos !

Nota - as imagens não pretendem ser nenhum pastiche fascista,mas tão só mostrar o que eramos e o que faziamos há uma ou duas gerações atrás. Porque é fundamental não esquecer quem somos, filhos e netos dessa Gente !

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DESTAQUE

Para o Dias Com árvores , um espaço verde e com raizes.

sexta-feira, março 07, 2008

NÃO DEIXEMOS...MURAR OS HORIZONTES DA NOSSA MEMÓRIA












Um Povo sem passado é um povo sem futuro !

Embora não se deva ficar agarrado ao que passou, olhar em frente renegando e não assumindo culturalmente a história, até os seus mome
ntos mais negros, não nos distinguirá de nós próprios, quanto mais dos outros.

Sermos guardiãos da História é um compromisso de todos no presente, como o é, sermos responsáveis de passar esse testemunho ás gerações mais novas garantindo e projectando assim o futuro.

Isso faz-se com os acontecimentos gloriosos e menos gloriosos do passado mais distante, e também com os acontecimentos relevantes ou não, do quotidianos .

Mas deve-se levar religiosamente ao limite , com o património, seja ele construído, seja ele criação cientifica ou artistica ,ou o trabalho e ofício incógnito de cada um de nós , mesmo o considerado, menos "qualificado" ,igualmente há que preservar o espaço que nos rodeia , mesmo os seus vestígios escondidos , e o ambiente...por isso se fala tanto hoje de sustentabilidade!


Só terão futuro e serão lembrados por bem na História, os politicos que o compreendem e que pugnam por esse ideal para alguns "desonesto" , para outros romântico , mas na prática sinal de vanguardismo de modernidade e de desenvolvimento.

Os países que o fazem estão todos eles comparativamente a Portugal, bem mais desenvolvidos e oferecendo aos seus cidadãos , nacional ou localmente, um melhor padrão de vida, e melhor ambiente e transmiti-lo-ão em vantagem competitiva ás suas gerações mais novas que estarão (SEMPRE) em vantagem em relação ás nossas...

As nossas herdarão uma natureza destroçada, um espaço desordenado, um património degradado ou demolido , umas cidades inabitáveis , caóticas e feias , e obras públicas de fachada que as comprometerão com divídas para o resto da vida!


Há politicos que o compreendem e tomem em tempo real posição em sede própria, há os que assobiam para o lado a ver se passa , os que põem a cabeça na areia e como a cabeça não dá para mais continuem a caminhar em direcção ao abismo como sempre o fizeram.

A blogoesfera tem servido para clarificar estas estirpes e para mostrar que o cidadão não anda cá só por andar, aproveito para reproduzir dois comentários aqui deixados a propósito do post de ontem, agradecendo desde já a estes em particular, mas a todos os que diáriamente acompanham este "estar" diário nesta margem a quem não me canso de agradecer o estímulo!
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"Em Almada na zona da Ramalha todo o património histórico
- construções antigas das quintas então existentes - foi destruído para dar lugar ao betão gerador de mais valias fáceis para a Câmara...

O terreno junto ao nov
o Tribunal que era destindo a utilidade pública, foi vendido pela Câmara de Almada por cerca de 7 milhões de euros para dar lugar a mais um complexo/superfície comercial.

Nada é conhecido dos vestígios arqueológicos da Ramalha, tendo sido tudo cilindrado pelas obras para meter à força, na zona, o comboio da presidente. A Declaração de Impacte Ambiental definia a Ramalha como zona particularmente sensível neste aspecto." (EM ALMADA)

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"Ao longo de 30 anos o Seixal tem-se "emparedado" no seu próprio crescimento. Está hoje asfixiado em si próprio, dizendo cada vez menos a alguns e muito pouco a muitos.

É apenas um território do "entra e sai", onde apenas mais uma rua, calçada e prédio sobre prédio vão brotando nesta fertil e arável política do betão.


Das sete quintas do rei há hoje o conceito do "Bairro-Problema"; dos moinhos de maré, hoje a ruína; da herança de mar, hoje a destruíção; e até das memórias operárias, hoje o abandono.

Temos e mantemos um património eternamente "encerrado para balanço" que, pelo balanço das máquinas vai vindo cada vez mais a baixo, desaparecendo na sua poeira as referências dos nossos filhos.


O poeta disse: Ai Portugal, Portugal (...) tens o pé numa galera e o outro no fundo do mar. Por estas bandas, o nosso grande problema é que temos um pé no betão e o outro preso no lodo." VELAS NO TEJO
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DESTAQUE


Ao blogue Baía do Seixal pelas questões patrimoniais ultimamente levantadas e divulgadas.


quinta-feira, março 06, 2008

MURAR OS HORIZONTES DA NOSSA MEMÓRIA



Assistimos neste momento ao aplicar da terceira investida, em termos urbanísticos, da gestão comunista da Margem Sul , sobre a História, as tradições e a cultura locais.
O que se passa no Seixal e arredores é disso um paradigma.


Como outros já analisaram, numa primeira vaga a estratégia era, em oposição às quintas agricolas (consideradas "feudais") , construír paredes meias urbanizações ditas "sociais", com uma tal carga , desestruturação e abandono que se tornaram rápidamente Bairros Problemáticos.

Com estes guetos , referência como Quinta da Princesa começaram a ter nova conotação ...
A pouco e pouco as estruturas construídas dessas quintas , depois de desvalorizadas... tornaram-se em "conquistas de Abril " e viraram património das autarquias, embora sem grande valia para a população ou para a sua conservação patrimonial.


A segunda vaga veio com o alargamento dos perímetros urbanos para as zonas tradicionalmente e culturalmente rurais , foi e é ainda , a suburbanização pela negativa da memória e do património natural riquíssimos , mas que era necessário submergir para guardar unicamente a memória operária em clara oposição ás raízes camponesas, à floresta ou à tradição maritimo-piscatória . Os caixotes de betão mudaram a paisagem e os signos culturais, dando dinheiro a ganhar a muita gente ... pouco culta ou com poucos escrúpulos...

A terceira vaga teve agora, depois de trinta e tal anos desta visão "colectivista" de reescrever a História, o descaramento para emergir em todos o seu esplendor , e agora vale tudo !

Vale o que se está a fazer na Quinta da Trindade , vale a construção em muralha de prédios sobre a Baía , vale a implantação de Hipermercados sobre instalações produtivas (Leclerc da Amora ), sobre património natural (Carrefour /Continente no montado da Quinta da Princesa) , mas sobretudo está a fazer escola de uma forma preocupante a nova filosofia do camartelo sobre património histórico construído.

Estamos na expectativa do que vai acontecer à Fábrica de Lanifícios da Arrentela, mas veja-se a pressa com que foi demolido o estaleiro de Paulo da Gama , da Quinta da Fidalga , a demolição (anunciada) de património viável e reconvertível dos munícipes, no Fogueteiro , o bloqueio à reconversão das antigas instalações da "Fábrica da Seda" no mesmo local, a degradação a que votaram a Quinta da Trindade (o edifício histórico) , como foram arrazados os seus jardins e a propriedade ou veja-se a degradação a que chegaram os moinhos de maré.

Ou seja, depois do arrazar da memória "feudal" agrícola , da memória piscatória e de construção naval , da memória natural chegou agora a vez, sem qualquer despudor de arrazar o património histórico construído!


Em todas estas "vagas" quem ficou sempre a perder foi a população, quem ficou sempre a ganhar foi a construção civil , a especulação imobiliária e todo o universo que delas se alimentam, inclusivamente o financiamento partidário, não será por acaso que nas últimas autárquicas , segundo trabalhos publicados na imprensa, o PCP gastou mais em propaganda no Seixal do que em Lisboa...

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DESTAQUE

Para o trabalho ultimamente desenvolvido pelo PSD e pelo Dr.Edson Cunha no sentido de levantar estas questões patrimoniais e morais, nas respectivas sedes autárquicas com divulgação desse trabalho na blogoesfera.

quarta-feira, março 05, 2008

TELHADOS DE VIDRO-CIMENTO




Do Jornal Comércio do Seixal
:


Drogas, prostituição e lixo à porta de casa .

Espaços abandonados são propícios a situações de degradação. É perante este problema que se encontram os moradores e comerciantes instalados junto às antigas instalações da Filosela- Fábrica de Fiação e Produtos de Seda, no Fogueteiro, onde funcionaram as Oficinas da Câmara Municipal. Hoje o espaço só tem para oferecer edifícios em ruínas, onde covivem ratos e toxicodependentes. A retirada das vedações por parte da autarquia parece ter piorado a situação.

O tema aqui despoletado a 24 de Janeiro (veja aqui o video) , de forma tão bem documentada que mereceu uma chamada de atenção por Pedro Rolo Duarte na Antena 1 em 26 de Janeiro (ouça aqui) , e com destaque no blogue Janela Indiscreta no mesmo dia .
Voltou aqui a ser abordado a 31 de Janeiro .
Entretanto houve diligências no sentido do conhecimento e esclarecimento desta situação junto da autarquia , pedido e comunicado pelas vias burocráticas normais e também na blogoesfera por pa
rte de quem tem responsabilidades autárquicas, mas na oposição, nomeadamente o Dr.Edson Cunha (PSD).

Entretanto saíram vários números do Boletim Municipal e nem ali, nem no seu clone electrónico para os quais todos contribuímos , veio alguma explicação ou foi entretanto , restaurada a lei e a ordem no local do Fogueteiro hoje já conhecido como o Hipermercado da Droga.

Passado mais de um mês , finalmente o tema foi abordado em público , pelos eleitos da maioria, novamente ao serem questionados por iniciativa do PSD na ultima sessão da Assembleia Municipal, tendo sido também tema de primeira página no Jornal Comércio do Seixal de 29 de Fevereiro .

A laboriosa máquina de branqueamento de imagem do PCP deixou escapar a realidade para a rua , uma realidade que , para além da degradação e da criminalidade, transpôs para o cidadão outras duas situações, o alegado projecto a la carte que a autarquia parece querer "oferecer" a alguém que não os actuais proprietários com a "reconversão" daquele espaço . E da escandalosa incompetência revelada pela maioria CDU, nomeadamente na figura do Vereador do Ambiente .

E o mais importante, não se vislumbra a desejada naturalização daquele espaço para o fundamental "corredor verde" tão necessário ao concelho, um corredor verde que ligue a Baía e os pinhais no eixo ainda verde Rio - Flor da Mata - Pinhal das Freiras (Sítio Rede Natura 2000)!

Curioso é o facto de uma moção que requeria a reposição da vedação retirada e a restauração da ordem pública no local, ter sido rejeitada pelos eleitos da maioria em mais um contributo para o clima de insegurança e de criminalidade grave em que vivemos .

Volto a sublinhar que é um espaço onde já resultou a morte por espancamento de um sem-abrigo , cidadão de Leste , onde se trafica e consome droga e onde se pratica prostituição , paredes meias com uma zona residencial, o Rio Sul Shoping, uma Estação de Serviço e numa das zonas mais movimentadas .
É também imobiliári
amente , mas também ecológicamente , uma das zonas mais valiosas do concelho do Seixal.

Também volto a sublinhar que as construções não estão em ruína técnica , estão sim vandalizadas , vandalização d
a responsabilidade da autarquia que as abandonou e retirou os meios de segurança existentes , vedações e seguranças.

Relembro que as instalações são formadas por várias naves que serviam o Parque Auto da autarquia e outras atribuições técnicas , havia uma cozinha devidamente equipada, balneáreos, escritórios e gabinetes vários que poderiam ter sido reconvertidos com a retirada ruinosa para a autarquia para umas instalações alugadas em Coina à empresa A.Silva & Silva.

Entretanto, com o trabalho de pesquisa publicado no Comércio do Seixal sabe-se que os outros co-proprietários daquele apetecível espaço têm visto recusadas propostas de reconversão apresentados à autarquia depois de em 2000 terem sido para tal instados pela autarquia, projectos esses recusados , levando uma das proprietárias a afirmar:

"Todas as vezes que pretendemos negociar com a Câmara há qualquer coisa que emperra as coisas. Temos conhecimento que este é u
m dos terrenos mais valiosos do concelho, pela sua localização.

Ultimamente, sentimos que a Câmara está a fazer tudo para nos levar a saír daqui. E já tivemos ameaças, mais ou menos veladas, de alienamento do terreno para viabilidade pública. Deixaram este espaço ao abandono, talvez para que acabemos por ceder (...) "

Parece que foi posto a descoberto o móbil deste crime que é o abandono de património dos Seixalenses por quem foi eleito para dele cuidar e valorizar.

O que irá acontecer aos espaços agora ocupados pela autarquia no centro histórico do Seixal quando esta mais uma vez se mudar para n
ovos espaços alugados à Construtora A.Silva & Silva?

Vão fazer como aqueles senhorios de má-fé que deixam as janelas abertas para os edifícios irem apodrecendo , não sem antes servirem para alojar delinquentes e actividades criminosas?

É que foi exactamente o que fizeram ou permitiram fazer no Fogueteiro!
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DESTAQUE





No blogue Rumo a Bombordo uma análise à legislação sobre o programa PER , sendo legítima a pergunta:

As habitações que a autarquia pretendende construír no espaço do Fogueteiro-Torre da Marinha vão ser só para ricos à semelhança da Quinta da Trindade e da Quinta do Outeiro ?

terça-feira, março 04, 2008

ALTA TENSÃO 3




É
conhecida de há muito a oposição da população à construção de parte da linha de Muito Alta Tensão entre Trafaria e Fernão Ferro, concelhos de Almada e Seixal, embora a Câmara de Almada só há pouco se tenha "definido" e a do Seixal sempre tenha feito de conta que era um problema que não lhe dizia respeito.

Ora estas duas autarquias, viram certamente , é impossível que o não tivessem notado (até pela contestação popular) a obra nascer e ser construídos 74 postes da referida linha , sim, é que chegámos hoje a um ponto em que estão instalados 74 dos 86 postes que
compõem aquela obra...faltam pois 12 ...

Se a população há muito se manifesta sobre este caso , a autarquia Almadense estranhamente, parece que só acordou para ele nesta fase terminal da obra
, uma vez que só em Dezembro a Assembleia Municipal se manifestou contra, não afectando os terrenos de Direito Publico Municipal para a instalação dos postes (os tais 12 de 86 que faltam). Esta situação faz lembrar a oposição que em determinada altura a autarquia de Almada colocou ao Metro Sul do Tejo também com a desafectação de terenos municipais provocando que a obra se atrasasse por muitos meses.

O caso do MST, tal como o caso da Linha de Alta Tensão, em que a REN interpôs agora providência cautelar da decisão da aut
arquia , parece sublinhar a incapacidade da Câmara de Almada reagir em tempo útil sobre questões técnicas e ambientais, só actuando quando essas questões assumem contornos politicos que depois consegue transformar em arma de arremesso dos munícipes contra "obras de responsabilidade do governo central" , limpando a autarquia as mãos de qualquer responsabilidade.

Esta questão não parece ser séria por parte da Câmara de Almada , provoca gastos insuportáveis ao erário público situações de atraso das obras que prejudicam também as populações, pelo que é legítimo perguntar:

Porque razão acordou tão tarde a Câmara de Almada para este problema ?

Parece ter só dado por ele depois da polémica (e do tempo de antena) de Monte Abraão ou de Silves ...

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DESTAQUE





Os
silêncios do Lobo no blogue ArreMacho.

segunda-feira, março 03, 2008

ALTA TENSÃO 2



As linhas de alta tensão são geridas e instaladas no nosso país numa forma que parece ser perfeitamente arbitrária por um lado e aparentemente aleatória por outro. As recentes decisões sobre este assunto são disso exemplo.


O concelho do Seixal não foge à regra. O que foge à regra são os critérios que levam a que num determinado troço essas linhas sejam enterradas e que noutro as entidades responsáveis se recusem terminantemente a fazê-lo.

Um exemplo:
Do Boletim Municipal do Seixal nº475 pag 6 ;

" Uma linha da rede eléctrica de alta tensão, com 60 mil kv, está a ser instalada em Fernão Ferro por via subterrânea, contribuindo assim para a qualidade de vida e bem-estar da nossa população. A linha atravessa a freguesia desde a Aroeira até ao Marco do Grilo, a partir do qual segue por via aérea até Sesimbra".


Destes palavras a Câmara do Seixal reconhece que uma linha de Alta Tensão enterrada , "contribui para a qualidade de vida e bem-estar da população" , logo reconhece que uma população atravessada por uma linha de alta tensão aérea, tem menor qualidade de vida e menor bem estar !


Então Senhores autarcas, Vossas Excelências distinguem munícipes de primeira (os que têm melhor qualidade de vida e bem-estar) , e de segunda ( os que têm as linhas de Alta-Tensão sobre as suas cabeças).


Nomeadamente não se compreende o critério que leva, não a enterrar este referido troço beneficiando as populações... envolvidas e continuar a não fazer nada em relação, por exemplo à linha de Alta-Tensão que atravessa a Escola EB 2+3 de Pinhal dos Frades.

O argumento do custo (nunca provado ) quer o argumento técnico (que agora cai por terra) não têm agora suporte algum, pois até são os senhores autarcas a reconhecer da "melhoria da qualidade de vida e do bem estar" que a comunidade educativa teria se essa opção técnica fosse tomada.


São os alunos (mais de 2000) e professores da EB 2+3 de Pinhal dos Frades de segunda em relação aos moradores entre a Aroeira e o Marco do Grilo?

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DESTAQUE

Aqui no blogue Revolta das Laranjas (clique) ;

Autarquia do Seixal retira a guarda e entrega património municipal à criminalidade !

Citando um excerto : " (...)
o Sr. Vereador da tutela, Carlos Mateus, não se mostrou arrependido da decisão tomada e afinal, pasme-se, sabia perfeitamente da insegurança a que votou aquela zona, pois ele próprio assumiu que os 3 (três) seguranças que asseguravam (?) a guarda da zona já não o conseguiam fazer, temendo pela sua própria integridade física e a rede protectora inclusivé já estava danificada por terceiros, "pelo que assim foi muito melhor, poupou-se dinheiro e até se aproveitou o que restava da rede".
Poupou-se cerca de € 10.000 mensais ao erário público, numa zona que a breve trecho dará origem a mais um empreendimento."

domingo, março 02, 2008

ALTA TENSÃO 1







Decorre, na imprensa escrita , uma campanha subscrita pela REN , Rede Eléctrica Nacional que sublinha as suas preocupações ecológicas em particular na criação de condições para que a cegonha , ave protegida possa instalar os seus ninhos.


É curiosa esta publicidade e o que a mesma REN pôs em prática na Flor-da-Mata no Seixal (Estação Seviço BP) , onde depois de uma primeira intervenção onde foi criada uma destas plataformas (foto 1) , foram , depois obrigadas a procurar outro lugar (foto 2) ... isto se não foram aplicadas medidas mais drásticas...


Parece que a existência e nidificação naquele local de uma ave protegida não era vista com bons olhos !!! (?)...ainda se fosse um casal de flamingos...

sábado, março 01, 2008

SEM MEDOS NA DEFESA DO AMBIENTE



Como em qualquer estrutura ditatorial , há na Margem Sul a tentativa de fazer crer que há um unanimismo sem qualquer razão para crítica por parte de quem governa as autarquias CDU .

A comunicação social recentemente surgida (Comércio do Seixal, Noticias de Almada, Jornal do Seixal ) a par de outra mais antiga (Semmais Jornal, O Rio...) e a blogoefera tem dado por outro lado a real imagem do que se passa, e têm mostrado que há um descontentamento crescente e generalizado da população , só ultrapassado pelo alto nível de desencanto e distânciamento quando são chamados a votar, traduzindo-se esse facto com um elevadissímo nível de abstenção.

Isso tem facilitado a vida à força eleita em maioria que em trinta anos tem degradado a tal ponto a qualidade de vida e ambiental das populações que surgem sinais gritantes de uma revolta popular crescente ao mesmo tempo que a população se capacita do seu poder e perde o medo de, apesar do controlo social existente e dos métodos associados a esse controle (difamação , ameaça , aliciamento...) tem feito valer a sua voz.

Essa emergente revolta fez-se sentir no Seixal na Flor-da-Mata (nas imagens) , fez-se sentir na Moita , desembocando na excelente e exemplar Conferência Nacional de Solos , e faz-se hoje por tantos outros locais e situações, como é o caso da linha de muito alta tensão em Almada, ou ainda em Almada e também a propósito de um caso de protecção ambiental versus betão , com o Movimento de Cidadania que luta pela protecção e não destruição da Mata do Inglês.

Este movimento projecta o lema "Uma Charneca para as Pessoas" e está contra a construção de um troço da variante da Estrada Regional 377-2 , entendendo que a sua construção constitui um atentado à Mata dos Medos e consequentemente a um património único no concelho e no país.

Defendem os residentes que tal obra vai implicar "o abate de cerca de duzentos e trinta pinheiros mansos com mais de duzentos anos, situação que provoca ainda a destruição do respectivo coberto e destabiliza todo o ecossistema, numa das zonas mais antigas, mais bem preservadas e mais sensíveis da mata".

Como já aqui foi anteriormente analisado, favorecendo o discutível e obscuro "direito adquirido" de um grupo de cidadãos que há décadas ocupa os areais da Costa de Caparica . Um território de todos, onde ao que parece nem governo, nem autarquia têm coragem politica para acabar com este estado de coisas, compensando-os agora incompreensívelmente , com a ocupação de um espaço que é fundamental para a preservação ambiental e para que a Costa continue a deter as caracteristicas paisagistas que tantos, incluíndo os próprios, buscam naquela paisagem ímpar e de um valor incalculável"