foto Rui Elias
Não é de agora, já nos últimos tempos da CP se notava o completo desrespeito pelo património construído, propriedade da empresa, mas memória de todos nós.
Portugal contráriamente à Europa e Estados Unidos desinvestiu na ferrovia e a empresa pública CP só sobreviveu, não para servir os cidadãos e o país, mas para se alimentar a si própria , o desrespeito fora dos principais eixos é total , os horários não são cumpridos , as composições são desconfortáveis e as avarias frequentes.
Com a separação da estrutura circulante (combóios ) da fixa (carris, estações...) pretendeu-se dar ares de modernidade saloia, práticamente não há aproveitamento turístico de determinados percursos , a linha do Tua está em risco de ficar submersa , e desactivaram-se a mairia das linhas secundárias.
Por cá por estas bandas (Sul) a coisa foi-se aguentando , menos mal porque se renovou a linha do Sul (electrificada) mas encerraram-se dezenas de estações ou reduziram-se à sua expressão mínima (máquina de venda automática em apeadeiro sem qualquer conforto ou segurança ) , isto quando , não se tinha ainda tido o desplante de pura e simplesmente demolir as estações.
Tal começou a acontecer, esta semana, não fossem os alertas dos meios locais de comunicação e a blogoesfera, e a pretexto da electrificação da Linha do Sado , lá tinham desaparecido as Estações da Moita e de Alhos Vedros ... segundo as suas palavras (hoje no público) sem o conhecimento dos autarcas.
Mas satisfeitos estávamos com a conseguido impedimento de demolição daquele património, quando descobrimos que a primeira estação construída no Barreiro , tinha desaparecido, na calada da noite , como é isto possível num país democrático ?
A Notícia é do Rostos e passo a transcrever.
« Numa operação que decorreu durante a noite, a antiga Estação do “Barreiro A”, na linha sul e sueste, foi demolida. Foi com surpresa que, alguns trabalhadores na zona, de manhã, ao chegarem depararam com o cenário – “Olha, a Estação já não existe!”.
Ao “Rostos” a notícia chegou através de António Cabós Gonçalves que nos informou que a Estação tinha sido demolida, pelo que nos constou foi na madrugada do dia 21 ou 22 de Maio. Foi uma surpresa. O assunto não foi objecto de informação divulgada por nenhuma entidade.
Fomos ao local e verificámos que de facto a “Estação” tinha sido “evaporada!”.
E pronto…foi-se!
Segundo contacto que estabelecemos com o Vereador Joaquim Matias, a Câmara foi informada que iam realizar-se as obras na Estação do “Barreiro A”, mas não com a informação que a mesma seria completamente demolida.
Entretanto, o autarca informou-nos que a “Estação do Lavradio” não será demolida e que vai ser construída uma nova gare para os comboios na zona junto ao Terminal Rodo-Fluvial »
Esta Estação Barreiro A , foi inaugurada em 1861 numa linha que ligava o Barreiro a Vendas Novas.
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EXTREMO OPOSTO - UMA POLÍTICA AMBIENTAL É POSSÍVEL
A Quinta Pedagógica de Braga, que se estende por dois hectares e meio, é uma antiga quinta tradicional minhota, recuperada e adaptada aos fins educativo-pedagógicos.
Esta estrutura educacional pretende ser uma nova base para o relançamento e reforço da educação ambiental, da descoberta da ligação do homem à natureza e do conhecimento das tradições do Minho, que assentam na agricultura.
1 comentário:
Alegadamente dois arquitectos importantes da nossa edilidade estavam a par do assunto faz bastante tempo e não manifestaram atempadamente nenhum problema com a sua demolição... no que se inclue também a da Moita.
Saberia o executivo com poder (vulgo CDU) que essa atitude irresponsavel e ignobil tinha sido tomada por parte de dois funcionarios da câmara ou não?
Deveriam esses dois tecnicos responsaveis ser sancionados disciplinarmente, pelo acto danoso para com o bem patrimonial e historico do concelho, ou não?
São as questões que se impôe responder e quanto antes.
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