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sexta-feira, maio 09, 2008
BOLETINS MUNICIPAIS... E O QUÊ MAIS?
Boletins Municipais, conheço vários , de várias autarquias e arrisco afirmar que eles são tudo menos, necessários , são tudo, menos aquilo que um comentário aqui deixado esta semana sugeria, que são um " instrumento da Democracia...uma sua regra " .
Ora nada mais falso, os Boletins Municipais ou títulos afins tornaram-se sim um instrumento e uma indústria.
Um Instrumento (imprescindível) porque servem determinada politica ou ideologia . Indústria porque empregam e ocupam largas centenas, senão milhares, de cidadão nesse país fora , fiéis fazedores e divulgadores da voz (e das fotografias) do dono.
Agora serem esses "Boletins" , "agentes" de Democracia é não só falso, como perigoso.
Não são instrumentos "Democráticos" porque são ferramentas controladas , e porque, salvo algumas excepções nele não têm voz outros que não as "maiorias eleitas" , o que para orgãos pagos pelo erário público , parece-me pouco muito pouco , e menos democráticos ainda me parecem , pois (salvo uma ou outra excepção) não estão abertos ao Povo e à sua participação .
Note-se que as excepções aqui mencionadas de abertura a outras forças politicas ou à população , não são aplicáveis aos Boletins Municipais das autarquias da Margem Sul.
Estas publicações têm também evoluído , sempre no sentido de se tornarem mais apelativas , logo mais luxuosas e mais caras, incomportávelmente caras.
Um luxo, mas um luxo fundamental , para a sobrevivência de politícos sem qualidades outras , que a promoção sistemática da sua imagem , através da cultura de um alter ego que consideram seu e legítimo para impôr , à custa do erário público , ou seja , dos nossos impostos.
Um luxo que não dispensam , não para manter esclarecidos os munícipes, mas para dourar a pílula , para os invadir com propaganda metículosamente tratada e pré-digerida , enganando , mais do que esclarecendo e iludindo , mais do que explicando , onde o acessório torna difuso o essencial e o fundamental passa completamente despercebido.
Tomando como exemplo o "Boletim Municipal do Seixal" , nele consta , o rol de aprovações de urbanizações, as alterações a projectos anteriormente aprovados, as cedências...as permutas!...mas nada para o acesso a esses projectos , a sua localização em termos geográficos, ou a área que efectivamente ocupam ou o que vão alterar, numa forma legível e imediata.
Nada! Apesar dos meios gráficos utilizados, de uma edição electrónica que com um link nos conduziriam fácilmente ao projecto, assim desta forma, não há uma representação fisíca que permita uma consulta, a visão do seu enquadramento local , a sua avaliacão prática, só um rol desconexo , ilegível e incompreensível.
E se este é o procedimento para projectos banais, o mesmo acontece com planos de pormenor ou outros sujeitos a consulta publica (já nem falo das alterações ou falsificações a que são sujeitos ) , se isto é um instrumento de Democracia, bom , então estou de facto equivocado sobre o que é Democracia!
Voltando ainda ao Seixal e só para concluír. Compreende-se que neste Instrumento de informação e Democracia não conste nem a descrição, nem a disponibilização das actas , quer das Reuniões de Câmara , quer das Assembleias Municipais ?
Compreende-se que o motor de busca informático (incómodo porque vai aos arquivos) tenha deixado de buscar de forma imediata, o que interessa ao cidadão, como (exemplarmente) acontecia nos primórdios da internet e do site do Boletim .... só que era muito incómodo e disponibilizava muita informação (?) ... mas não será esse o objectivo de um tal orgão de "Comunicação"?
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Como se brincar aos Boletins fosse coisa barata, há uma nova moda , os "Boletins das Freguesias" , freguesias ricas pois então ... Os Boletins Municipais não lhes chegam?
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27 comentários:
Uma coisa que gostava ver publicado no boletim do seixal era o rendimento dos nossos eleitos , que tal uma história sobre a nova casa de Alfredo Monteiro? Como é que um prof de trabalhos manuais que ainda dá parte do salário ao partido cosegue? E o Fanqueiro onde vive agora já não serve? E o Seixal já não presta? E quem construíu a moradia, fez o projecto???
Concordo na generalidade.
Não só nos boletins mas na informação em geral. É pré-digerida, bastas vezes superficial, muitas vezes direccionada, sem contraditório, etc, etc.
Às vezes até temos o contrário, é dada tanta informação, que encontrar a relevante é procurar a agulha...
De facto em plena sintonia. No blog da JSD Seixal temo-nos já várias vezes pronunciado sobre esta temática do Boletim Municipal e e eu, pessoalmente, identifico-me com tudo aquilo que aqui foi escrito pelo autor.
Cumprimentos,
Filipe de Arede Nunes
É preciso não perceber nada de autarquias, para vir acusar uma junta de freguesia que tem um boletim informativo, de ser despesista e não lhe chegar o boletim municipal.
Ponto Verde e seus apoiantes: uma coisa são Câmaras e outra, Juntas de Freguesia. No tempo do Fascismo não era bem assim, mas hoje assim o é.
Sugiro que antes de escrever baboseiras como esta, pare e pense um pouco, assim pode evitar de cair no rídiculo.
Co a interactividade entre a blogoesfera e a imprensa local, o PCP mudou de tática e voltou a ír buscar personagens como o mestre acessor Nuno Cavaco, mas este, mais uma vez, com o comentário anterior, mais valia estar calado. Que pobreza de espirito e de ideias , é só isto ? Mestre, mas parece que saíu de ums EB 2+3.
Cá o Mestre admira muito os amigos imaginários do ponto verde.
Gostava que seguissem os meus conselhos. O ponto verde não me admira, agora pessoas com responsabilidades seguirem a mesma linha ...
Um abraço para o gafanhoto invisível.
Fraquinho, muito fraquinho, ó Nuno ligue lá ao Paulo S,
Tem razão o Nuno Cavaco!
Então dizer que uma junta de freguesia que tem uma publicação do género "Boletim Municipal" é um exemplo de despesas injustificadas é de facto uma coisa hedionda...
Na lógica de que juntas de freguesia e câmaras municipais são duas coisas diferentes - são-no efectiva e legamente - abre espaço a que por exemplo, o Governo tivesse um jornal oficial - obviamente não se pode aqui falar do Diário da República que tem funções muito especificas!
A questão que se deveria colocar é diferente. Para mim, boletins municipais ou de freguesia são vergonhos exemplos de propaganda - paga pelos municipes e fregueses - ao serviço dos regimes! Isto é que é uma vergonha...
Cumprimentos,
Filipe de Arede Nunes
Ricardo não é acessor, é assessor:
assessor
do Lat. assessore
s. m.,
assistente, adjunto, auxiliar;
coadjutor;
ajudante;
ant.,
letrado que assistia ao juiz leigo para o ajudar;
letrado que acompanhava os embaixadores.
Sempre às ordens
Só posso concordar com o Filipe Nunes se entender que informar as populações desta forma não é moralmente aceitável. Se não o é, não o é aqui, nem em Vila Nova de Gaia, nem em lado nenhum.
Não vivemos numa ilha. Eu, pessoalmente considero importante que se façam Boletins Informativos.
Comparar os boletins informativos com o Diário da República e com os argumentos que Filipe utiliza, é no mínimo não concordar com o partido de que faz parte, porque o seu partido se queixa que a Comunicação Social está controlada pelo aparelho do PS e por isso não precisam de outros meios. Isso para mim é que é preocupante, o resto ....
É Pá então não estão a ver que o Cavaco ASSESSOR ( do dialecto tachista , cargo com cunha valente) só está a proteger o seu?
Não fossem estes dissertadores entre cês e ésses e nem sabíamos distinguir entre Câmara e Freguesia.
Veja lá Nuno, é que último numero do Boletim do Seixal tráz um artigo sobre o Aquecimento Global.
bem não digo mais que o rapaz deve estar quase a largar o trabalho e hoje já vai muito suor.
Parabéns pelo contraditório.
Ao Filipe pergunto se conhece alguma câmara municipal de maioria PSD que não tenha boletim municipal...
A anónimos não respondo, mas respondo ao Nuno Cavaco.
O que eu crítico parece-me evidente e nem sequer fiz uso da sigla PCP.
O que eu crítico são os "Boletins Municipais" espalhados por esse país fora que nada mais são do que órgãos de propaganda ao serviço de quem os publica.
Espero que o Nuno Cavaco e os outros me perdoem por ter opinião sobre este assunto e que vá contra a prática corrente - inclusive de a prática de autarquias onde o PSD é a força minoritária.
Ficou tudo entendido?
Cumprimentos,
Filipe de Arede Nunes
Filipe, claro que pode ter opinião e ainda bem que a tem. O que mais me espanta foi o Filipe subscrever o texto do ponto verde que entre muitas coisas afirmava que as juntas de freguesia (penso que foi isso e não apenas à Junta da Moita) que tinham boletins eram despesistas e que faziam melhor se utilizassem os Boletins Municipais, como se fossem serviços desconcentrados e não órgão autónomos e eleitos pelo povo. Ao contrário, os governos civis, CCDR´S, e por aí fora, que também publicam e se fazem publicar, se é que me faço entender, não são referidos e nem atacados. Mas sobre isso, nem uma palavra. No resto, percebo a sua ideia.
Apenas quero escrever mais uma coisita, acho inaceitável que se refira, ou insinue, qualquer coisa sobre a vida pessoal de alguém só para obter dividendos de qualquer espécie. Utilizar o anonimato para isso é simplesmente vergonhoso e deve ser condenado por toda a gente de bem. Aqui louvo o Filipe de Arede Nunes pela resposta que me deu. O resto deixo à consideração.
Fiquei muito elucidado, mas nada convencido da incompatibilidade de um Boletim Municipal ter notícias das freguesias...
O senhor Cavaco nasceu, ao contrário de mim, num país rico, parabéns!
Pena que só essse tema, de todo o post o tenha incomodado, mas faz bem em defender a sua dama!
Continue também em insistir na descridibilizacão do a-sul,ao menos é coerente.
Caro Nuno Cavaco.
Parece-me a mim que não entendemos as palavras do Ponto Verde da mesma forma.
Onde o Nuno Cavaco lê que o Ponto Verde diz que as juntas de freguesia deveriam utilizar os boletins municipais, eu leio que o Ponto Verde diz antes que, para além dos boletins municipais, existe ainda esta nova realidade dos boletins de freguesia.
É que me parece que são coisas completamente diferentes, até porque se têm de ler todas as frases dentro da sistemática em que estão inseridas.
Posso ter sido eu a interpretar mal, mas que fique claro que é esta a minha interpretação.
Sobre o objecto do post aqui em análise, parece-me que a minha opinião ficou já suficientemente explicita.
Cumprimentos,
Filipe de Arede Nunes
Boletins Municipais estão para as Câmaras da margem sul tal qual estava o Diário da Manhã para o regime anterior a Abril 74
Sou Presidente de uma junta do interior (não muito interior e até Distrito de Setúbal) alentejano, cheguei a esta discussão por acasos da internet. Lamento, mas não me posso identificar.
Não sei quem são as pessoas envolvidas ou o que pretendem.
Só pergunto a quem defende as revistas das Juntas, quantas autarquias há no país e quantas editam boletins, revistas ou jornais?
Eu na minha não tenho dinheiro para mais papel higiénico ou para a impressora ou para o fax, quanto mais para editar uma revista.
Vivemos em realidades diferentes das da região de Lisboa.
Os boletins só têm justificação numa lógica de serviço público (nas autarquias de todas as cores). Ora, é isso que falha precisamente porque a maioria (todos???) está ao serviço do poder instituído. Falando daquele que melhor conheço, o do Seixal, verifico que de facto se trata de um órgão de propaganda do executivo, de parte do executivo. Até das fotos é feita uma criteriosa escolha para fazer desaparecer as caras da oposição. Quanto aos boletins das Juntas seguem a mesma linha. Atente-se, contudo, no boletim de Fernão Ferro que é caracterizado pelo óbvio culto da personalidade do seu presidente.
Numa sociedade de nformação, os boletins são a forma encontrada pelas autarquias para mostrar a sua "verdade" parcelar e para transmitir uma imagem de competência que fica muito para lá da realidade.
Nem mais!
No entanto , com a hipocrisia e sobranceria do costume , insistem em negar o óbvio!
Ao senhor autarca:
Desculpe esta minha opinião, mas um autarca que tem medo de dar a cara ...
Apenas e só.
Quem é este Nuno Cavaco que aqui vem criticar tudo e todos, quem é este homem para julgar acima de todos? Tenha tino caro senhor!
Eu é que critico tudo e todos?
Quem sou eu? Apenas um atarca que não tem medo de dar a cara pelas minhas ideias. Apenas e só. Faça um esforço e tente ser isento. Perceba o que se passa, se é que já não o sabe e vai ver que muito do que aqui se escreve são calúnias e outras artimanhas distorcidas.
Correcção: Autarca e não atarca.
Vai trabalhar porco verde, copiador de textos dados pelo deputado
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