segunda-feira, novembro 26, 2007

GRAFFITI E DEGRADAÇÃO URBANA (4)


Esta é a varanda privilegiada para Lisboa, a melhor vista para o Rio Tejo, da Barra à Ponte Vasco da Gama...está ao cuidado da Câmara de Almada...mas quem manda ali? Pela imagem, é o vandalismo publico pois claro, convidativo ao cidadão cumpridor? Parece-me que não!

Outra vertente que esta discussão sobre o graffiti sempre arrasta por parte de quem nada faz para cuidar do ambiente urbano e se demite das tarefas que lhe competem, é a velha desculpa de que esta é uma forma de expressão urbana (democrática , de classe )generalisada e que traduz desenvolvimento e modernidade.


É MENTIRA!

Quer nos Estados Unidos quer na Europa (supostamente referências desta cultura urbana) os graffitis são combatidos com um sistema de limpeza e repintura das paredes, mais, há um controle policial de quem vandaliza o espaço publico , monumentos ou os equipamentos que são de todos, ou ainda a propriedade privada.


Há cidades que monitorizam esta actividade por meio de câmaras de video, mas o fundamental a reter é que há uma politica de não generalização deste vandalismo urbano, considerado como que um dos sintomas de insegurança das populações a cortar de raiz e a irradicar para evitar o crescendo dos seus efeitos.



Para terminar, o lado falacioso de que esta é uma expressão dos mais desfavorecidos...comparem o preço de um spray de tinta e uma tela e respectivas tintas, acrilicos, pastel ou carvão e veja-se o lado falacioso destas afirnações e o propagandistico que é Câmaras como a do Seixal de fornecerem superficies e meios para estes "pobres artistas" se exprimirem, armado-se Alfredo Monteiro num verdadeiro Médici suburbano protector das "artes" e dos "desfavorecidos".

10 comentários:

Anónimo disse...

As casas de Almada velha estão uma vergonha mereciam ser pintadas pela Câmara.

Anónimo disse...

Reproduzo aqui na íntegra o comentário publicado no post anterior para que o seu conteúdo não se perca:

Deduz mal e apressadamente, caro grafitinao. Muito mal e tão apressadamente, que nem ao trabalho de ler tudo o que escrevo no comentário a que se refere se deu. Digo, a páginas tantas, o seguinte: "Eu também não gosto da maioria dos graffitis que por aí aparecem (e não, não é só em Almada. Em todos os meios urbanos isso acontece). Mas daí a considerar que quem os pinta (todos quantos os pintam) são marginais e só merecem repressão, vai uma tremenda distância." Aqui está a resposta à sua falsa e apressada dedução.

Mas mantenho, no essencial, a minha opinião sobre a atitude dos Pontos Verdes que por aqui andam a destilar ódio contra tudo o que não seja do seu agrado.

No post a seguir a este (e vou lá reproduzir este comentário para que não se perca na voragem dos posts em cima de outros posts), o autor do blog revela, uma vez mais, aquilo que eu aqui pretendi e pretendo denunciar: uma mentalidade repressiva pura, por isso de natureza fascista e fascizante. Nem mais! Porquê? Por isto:

Em primeiro lugar usa a deturpação e a mentira para tentar justificar a sua posição sobre esta matéria. Serve-se de exemplos que todos sabemos não são exemplos coisíssima nenhuma. Tenta "vender-nos" os EUA como país onde este fenómeno não existe (porque é "controlado", mas quanto a isso já lá vamos), e basta cada um de nós andar um pouco atento até às simples notícias que nos invadem as nossas casas pela televisão para desmentir categoricamente esta absoluta inverdade, pura demagogia, do Ponto Verde. Nos EUA, nas grandes cidades americanas, este fenómeno existe e é bem visível para todos. Portanto o Ponto Verde usa uma mentira esfarrapada para justificar a sua posição ... injustificável.

Segundo, os meios para combater o "mal" são (para o Ponto Verde, claro) meramente os meios da repressão pura e dura: polícia, câmaras de vigilância video e prisão para cima dos malandros que andam a pintar o meu bem estar burguês. Nem mais, repressão para cima de todos quantos põem em causa o meu bem estar pessoal. Eu calço as pantufas e assisto do meu coinfortável cadeirão, de charuto aceso na boca e jornal aberto entre as mãos, à aplicação da "justiça" aos marginais que incomodam o meu sentido pessoal de sociedade livre e democrática. Este é o pensamento e o posicionamento do Ponto Verde. Todos quantos o "incomodam" (pelo menos incomodam a sua consciência) não têm que ser entendidos, não têm que ser percebidos, não são seres humanos. Não, são meramente uns malandros, mal educados, marginais (quem os criou como marginais? Eles próprios? Será? Claro, o Ponto Verde não foi certamente, como Pilatos lavará seguramente daí as suas mãos impolutas ...), e portanto a única saída possível é porrada para cima e, se possível, eliminação (Holocausto? Não, também não cheguemos aí. Mas que me faz lembrar um célebre poema de Brecht, isso faz ...).

Terceiro, Ponto Verde é incapaz de perceber que este fenómeno é um fenómeno sociológico de grande dimensão e importância, que não se resolve por meios violentos. Pelo contrário, é precisamente a violência (urbana, económica, social) que gera este tipo de movimentos "marginais". É a exclusão social que gera estes movimentos de contestação. O Ponto Verde quer combater o mal com mais mal, ignorando (ou não) que essa solução foi infelizmente ensaiada no passado em muitos pontos do nosso mundo, sempre com os mesmos resultados: a ditadura feroz e violenta! Mas sobre este tipo de questões já percebi que o Ponto Verde é absolutamente inculto, portanto não vale a pena estender-me muito mais.

Quarto, Ponto Verde, na sua cegueira anti Câmaras Municipais da Margem Sul do Tejo, anti comunista primário que revela ser em cada frase que escreve, não percebe, não pode perceber, que a criação de um espaço próprio onde esta expressão social que são os graffitis, e em muitos casos também uma expressão artística com qualidade, possa desenvolver-se, não é estimular que ela permaneça descontrolada no nosso meio urbano, é, ao contrário, integrá-la na nossa vida quotidiana. Isso, o Ponto Verde também não pode entender, e por isso ataca a CM Seixal da forma como faz.

Enfim, estas algumas das razões pelas quais publiquei o meu comentário anterior, o qual mantenho naturalmente na íntegra. E repito, a mim também não me agradam muitos dos chamados graffitis que aparecem em algumas áreas do nosso concelho (como de todos os concelhos com características urbanas semelhantes à nossa). Mas daí a excomungar, violentar, ostracisar e excluir liminarmente, como se de um Auto de Fé da Inquisição se tratasse, aqueles que os pintam, vai uma distância enorme, tão grande como a distância que separa o bom senso e a inteligência do tal General Espanhol que cada vez que ouvia falar de cultura puxava da pistola.

Anónimo disse...

O General anterior é no minimo esquizofrénico então explique lá.

"repito, a mim também não me agradam muitos dos chamados graffitis que aparecem em algumas áreas do nosso concelho (como de todos os concelhos com características urbanas semelhantes à nossa). Mas daí a excomungar, violentar, ostracisar e excluir liminarmente, como se de um Auto de Fé da Inquisição se tratasse, aqueles que os pintam, vai uma distância enorme"

Não gosta, mas só esteticamente ? Danificar a propriedade e o património e os sinais de trânsito e os painéis da Fertagus e da Brisa ? Está de acordo ? Eu não, não lhes auguro a prisão, nem aqui vi escrito isso, camarada, a PIDE acabou há muito!
O que o Ponto Verde disse e se viu o filme acima o policia afirnma o mesmo, quem faz os graffiti não são os pobrezinhos que vocês puzeram no gueto do bairro social, são meminos da classe média e alta que aborrecidos com os seus condominios fechados vêm colorir as nossas ruas cinzentas e abandonadas pelas câmaras da margem sul.
Um Spray custa entre cinco e quinze euros , mais cinco euros e comprem uma placa de pladur ou platex e encostem em qualquer lado sem danificar e podendo, democráticamente ser removida pelo residente presenteado.
Não gosto de ver as paredes pintadas, os vidros vandalizados, os comboios danificados, e sabe porquê? Porque eles são pagos pelo dinheiro dos meus impostos.
É preciso desencorajar como se faz lá fora (O PV não disse que lá fora não havia grafitis como sugere no seu comentário manhoso) e lá fora pinta-se em cima as vezes que forem precisas.
Se Querem investir no turismo este é um primeiro passo, os grafitis são agressivos e afastam as pessoas da sua rua ou cidade, são códigos de comportamentos marginais e não arte.

Anónimo disse...

Dizer que combater e punir o vandalismo urbano é o mesmo que combater a democracia, logo é ser anti-democrático é perigoso para o bem estar social e para o estado de direito democrático. Pena que seja uma declaração anónima, seria mesmo perigoso se soubessemos que era de alguém com responsabilidade numa destas autarquias.

Anónimo disse...

De novo o que se está a passar em Paris quer dizer que esta politica sem regras em que por custos se corta na policia, na saúde, na educação é uma bomba relógio que pode rebentar na Margem-Sul. As politicas de laxismo da CDU aumentam esse barril de pólvora.Agora ser fascista quem é pela lei e ordem , não alinho nessa.

Anónimo disse...

Delinquentes famosos

Não conheço ninguém que goste de ver as suas paredes rabiscadas por meia dúzia de espertos armados em artistas, mas ainda gosto menos de jovens aspirantes a ditadores que acham que nada devia ser permitido, mas o tempo encarregue-se de fazer esquecer esses aspirantes a ditadores, outros por sua vez ficarão na história apesar de em tempos também terem sido considerados delinquentes, deixo-vos dois murais de dois desses delinquentes Diego Rivera e Portinari.

Anónimo disse...

Quem foi que pintou o miradouro de Almada, como é um importante ponto turistico convinha saber, está nalgum guia? Vá lá aldeia, diga lá , foi Rivera e Portinari? A CMA debve ter pago bom dinheiro , pois o "revolucionário" , chauvinista e amante da violência doméstica Rivera era bem pago pelas encomendas capitalistas que recebia.

Anónimo disse...

Lucilia,

Truncar e retirar do contexto o que se afirma, e daí partir para conclusões rídículas como a sua, é que é muito pouco saudável para o estado de direito que somos e queremos ser.

Nada do que você diz eu afirmei, por isso é abusiva, absolutamente abusiva, a conclusão que tira.

Não disse que o vandalismo urbano (como qualquer vandalismo) não deva ser combatido e quando necessário punido. O que disse, e mantenho, é que não se pode confundir uma prática, uma forma de expressão, que tem as suas origens e razões bem estudadas do ponto de vista sociológico, que justifica hoje estudos científicos profundos e sérios, com actos de vandalismo que, esses sim, são condenáveis. É essa confusão que Ponto Verde faz, e que eu tenho vindo a tentar desfazer!

Mas o que está escrito está escrito (a menos que venha a ser apagado...) e o que o Ponto Verde aqui afirma é o que eu contesto. Quem confunde uma expressão cultural na sua generalidade com vandalismo é o Ponto Verde (e os outros "pontos verdes" que por aqui andam), defendendo que se acabe, pura e simplesmente, e pela repressão, com a actividade de graffiti, em função dos abusos que se vão registando por aí. A posição do Ponto Verde é muito clara: como há abusos, acabe-se com esta forma de expressão. O que eu defendo é o contrário: como há abusos, integre-se esta prática e esta expressão no nosso quotidiano. Simples, não é?

Por outro lado, quem vos ler e desconhecer a realidade dos factos, ficará convencido que o espaço em que vivemos é um autêntico esterqueiro de "pichagens". Nada mais mentiroso. Nada mais falso! E venham lá agora dizer que esta minha afirmação corresponde à defesa dos vândalos que andam a pintar sinais de trânsito e outras propriedades! Vá, não se acanhem, digam lá ...

E por aqui me fico relativamente a esta matéria. Não está em causa cumprimento ou incumprimento de leis (como um anónimo, certamente muito confuso e confundido aqui escreve) - as leis são naturalmente para cumprir. O que está em causa são valores civilizacionais. O fenómeno dos graffitis - que repito, se reproduzem por todo o mundo urbanizado e tendencialmente exclusivo das cidades modernas e, direi agora mais, do sistema social, político e económico em que vivemos tamém ele crescentemente exclusivo - está aqui a ser utilizado apenas para a cruzada anti autarquias da Margem Sul do Tejo, que o Ponto Verde desencadeou. É uma arma de arremesso, fácil, porque como é óbvio ninguém gosta de ver a sua parede "pichada", ninguém gosta de ver as paredes úblicas "pichadas", ninguém gosta de ver os sinais de trânsito, as placas da Brisa ou da Lusoponte, os combóios ou os autocarros, "pichados" e deteriorados.

Mas o facto de isso se verificar - e dever naturalmente ser combatido - não autoriza o Ponto Verde a "condenar" liminarmente a forma de expressão em si mesma e todos quantos a praticam - e não me venham com eufemismos, basta ler o que está escrito nos seus posts para perceber claramente que é isso que ele diz!

O facto de existirem abusos deverá levar-nos, antes, a reflectir por que razão esses abusos existem. Para o Ponto Verde é porque são todos uma cambada de malandros, meninos pobres ou meninos bem, mas malandros, que só merecem é ser reprimidos violentamente (por isso, mantendo a sua exclusão). A minha posição é diferente: os abusos existem não em função da forma de expressão em si mesma, mas em função das condições de exclusão com que amplas camadas de jovens e menos jovens são confrontadas nos dias que correm.

E esta realidade, meu caro anónimo do barril de pólvora, não é seguramente consequência da política da CDU nas autarquias da Margem Sul do Tejo. Está enganado. Este barril de pólvora é resultado das políticas de redução de salários, da redução das condições de acesso às escolas, da redução das condições de acesso à saúde, do aumento da pobreza que o sistema globalizante e ultra-liberal que nos condiciona actuamente transporta consigo próprio. Aí é que estão as razões para o barril de pólvora! Aliás, não me consta que em Paris, exemplo que este anónimo dá, seja a CDU a governar ...

E de facto, caros e caras, para mim este assunto está encerrado.

Ponto Verde disse...

Do anterior "anónimo" , Democracia, o direito à opinião, as liberdades individuais por um ilustre e anónimo democrata da margem sul (anti Ponto Verde):

«...não autoriza o Ponto Verde a "condenar" liminarmente a forma de expressão em si mesma e todos quantos a praticam...
E de facto, caros e caras, para mim este assunto está encerrado»

Os blogues que tanto vos roem os podres ,este blogue, é um espaço de discussão e liberdade, fascistas e de opinião unica são os vossos boletins.

Anónimo disse...

opa falam falam mas preocupem se lá mase com a mulher e os filhos e deixem la os graffitis em paz pah

infelizes ,gente estupida que pensa que já manda