quarta-feira, julho 11, 2007

A DESTRUIÇÃO DA NATUREZA E A CUMPLICIDADE DOS "POLITICOS" LOCAIS OU A ANATOMIA DE UM GOLPE!



Não fora um grupo de residentes, lutadores e perserverantes no cumprimento da lei e a Flor da Mata / Pinhal dos Frades na sua àrea protegida como Mata e Maciço Arbóreo, teria mamarrachos formando um gueto com mais de sete andares promovido pela autarquia.


Não fora esse grupo de cidadãos e esse espaço não estaria ainda livre de construção como o resto do território deste concelho onde a população anda mais distraída , manipulada ou alíenada !

Não fosse esse grupo de cidadãos e os autarcas não se teriam aqui deslocado para se "explicarem" aos cidadãos, nem os candidatos à oposição se teriam cá deslocado sempre que por cá passa uma brisa eleitoral.

Não fosse esse grupo de cidadãos e os "politicos" locais tinham mais uma vez demonstrado a sua inutilidade , mais uma vez nas últimas semanas aquela zona tem visto (como esses cidadão previam) esse valioso coberto vegetal ser destruído, primeiro foram os cerca de dez hectares desmatados (inclusivamente com o arranque de raízes) isso incluí a destruição de pinheiros e também de sobreiros, que começaram a pooupar quando as denúncias passaram para a GNR e comunicação social (visivel a amarelo no lado esquerdo da imagem).

Mas mais destruição veio (infelizmente também previsível) ontem, com um fogo, melhor dizendo, mais um fogo de grandes proporções, desta feita arderam cerca de vinte hectares de idêntico coberto protegido, pinheiros, sobreiros, urzes, giestas, medronheiros e com ele , todo o ecossistema associado, coelhos, toupeiras, raposas, ginetes répteis, anfibios e muitas aves, todos estes animais em pleno ciclo reprodutivo que vêem praticamente 50% daquela zona - mais uma vez relembro, protegida no PDM, pretendida pela população como Parque Ecológico do Seixal (encontra-se exactamente no centro geográfico do concelho) - ser destruída!
E o que fazem os politicos? O que chega á população da atitude dos politicos?

Pouco, muito pouco, sabe-se que por parte do PSD foram postas questões sobre a desmatação, sabe-se que a maioria CDU , reclama que a desmatação "foi a
utorizada pela DGRF" , mas não interessam à autarquia as denuncias dos residentes que não sendo tolos , nem politicos locais, sabem que aquela não é uma desmatação "normal" (arrancar árvores pela raiz) , e implica a destruição do importante coberto vegetal que é a superficie do terreno, o coberto rasteiro de ervas , folhagem, fungos e musgos...


E agora o incêndio, foi autorizado por alguém?

Vai a autarquia alterar em PDM a tipologia do terreno? É que se o fizer, acuso desde já esta maioria, estes autarcas de estarem a beneficiar os actuais proprietários, em nome individual, os testas de ferro e as sociedades off-shore de duas formas:


- Primeiro pelo que lá permitirem construír e pelas mais valias produzidas (terreno foi vendido em 2000 a 1,5 € o m2, valor declarado)! -

Segundo, como ali vai passar o IC 32, as indemnizações pagas pelo Estado, todos nós vão ser mais elevadas sobre terreno passível de ser construído do que o terreno de 1,5€/m2 actual! E isto será ( a acontecer) mais que uma fraude perpertrada pelos autarcas ou tendo-os como cumplices, tratar-se-á de pura conspiração contra o Estado!


E a PJ, o que espera para actuar, uma vez que estão de posse de todo este dossier desde o seu inicio?

Não é altura de ser mais do que um grupo de cidadãos a lutar e dar a cara? Para que servem as leis? Os politicos? O Sistema Judicial ? O dinheiro dos nossos impostos?

12 comentários:

Paulo Edson Cunha disse...

Ponto verde,
continuo a felicitá-lo pela denúncia publica por si e pelos seus leitores efectuada através deste blogue.
O PSD, como disse, e muito bem, apresentou um pedido de esclarecimento na última Assembleia Municipal. Os seus vereadores oportunamente também já inquiriram a Câmara sobre os assuntos aqui referidos.
Sobre a Flor da Mata, a JSD também tem uma posição conhecida de todos. Da nossa parte aguardamos que funcionem as instituições antes de tomamrmos outras medidas que, concerteza serão tomadas.
Por agora, esperamos a resposta da Câmara. E vamos acompanhando a situação com os meios que temos (e um deles é precisamente este blogue), mas também já nos deslocámos aos locais e estamos a averiguara junto de todas as entidades competentes.

Cumprimentos e continuação de bom trabalho

Anónimo disse...

Já agora, senhor Paulo Edson Cunha, veja também o que se passou com a Quinta da Prata quando ainda era propriedade do seu deputado Luis Rodrigues.

Mas cuidado, olhe que pode ter alguma surpresa e quem tem telhados de vidro, não pode andar a atirar pedras às dos vizinhos.

Pergunte aos seus vereadores que eles devem saber qualquer coisa sobre isso.

Anónimo disse...

A procura incessante de "telhados de vidro" , o conhecimento de "pontos fracos" e de "podres" a "chantagem" e a queima de autocaravanas é no que se tornou esta CDU. Uma estrutura mais Mafiosa do que pertidária, funciona, mas sem ética nem moral.Os controleiros tomaram conta do aparelho, foi-se a utopia, sobram os bufos.

Anónimo disse...

A concentração e a reincidência de acontecimentos adversos a esta mata deixa pouco lugar para outras explicações que não a "conspiração". Sabemos que a vontade de expandir o betão é grande. É com o betão que se financiam as autarquias, e quando os recursos são escassos... betoniza-se, crescem mais uns prédios à custa dos ideais e de outras coisas mais.
Mas já sabíamos que o capital é quem mais ordena... é o comunismo real!

Anónimo disse...

NOTICIA DE HOJE DO PÚBLICO
PS LOCAL A TENTAR MOSTRAR QUE EXISTE

Vereador do PS na Câmara do Seixal quer intervenção da autarquia no sentido
de travar eventuais "interesses imobiliários" para zona classificada

O incêndio que atingiu, anteontem, uma área de 12 hectares na Flor da Mata, concelho do Seixal, levou o vereador socialista José Assis a exigir que a Câmara Municipal do Seixal tome "posse administrativa dos terrenos" de forma a garantir que "nenhuma operação de loteamento ou parcelamento" venha a verificar-se naquela zona.
Em comunicado divulgado ontem, o autarca afirma ainda que quer ver a ocorrência "investigada pelo Ministério Público", para apurar se há "interesses imobiliários" implícitos.

As exigências retomam preocupações de há vários anos sobre a construção numa área que está classificada como "mata e maciço arbóreo" no Plano Director Municipal (PDM) do Seixal.
Há precisamente um ano, durante a fase de consulta pública do Plano de Pormenor para construção de um bairro de 200 fogos a custos controlados, a população da zona lançou abaixo-assinados e apresentou duas contestações, enumerando várias "irregularidades" e "insuficiências" do processo, embora a Câmara Municipal do Seixal sempre tenha defendido tratarem-se de "interpretações erradas" e tenha garantido que a protecção da área florestal está "salvaguardada".
Certo é que os incêndios dos últimos anos levam a população a suspeitar de mão criminosa, até porque as áreas ardidas nunca foram reflorestadas, como determina a lei.

Uma suspeita partilhada por José Assis, que quer ver o próximo PDM "reforçar a protecção ambiental" daquela zona. Em seu entender, os incêndios, associados aos abates de árvores também verificados na Flor da Mata, nas últimas semanas - embora com autorização da Direcção-Geral dos Recursos Florestais - "abrem caminho à construção" e constituem uma "inaceitável destruição do património natural".

"A experiência ensina-nos que parte dos incêndios tem como origem uma mão criminosa cujo móbil é servir os interesses da desclassificação do uso do solo enquanto zona verde e protegida, transformando-o em solo edificável", salienta José Assis. "Não devemos tirar conclusões prévias, mas também não podemos esconder a cabeça na areia e fazer de conta que na Flor da Mata não existem interesses imobiliários potenciais que o fogo ajuda a concretizar", acrescenta o autarca do PS.
O processo de construção do bairro de custos controlados na Flor da Mata foi alvo de uma queixa na Polícia Judiciária por suspeitas de negócios ilícitos em torno da venda dos terrenos. A investigação ainda decorre.

Cláudia Veloso

Anónimo disse...

Uma ideia simples que tornava a vida da população do Seixal muito melhor: Porque não tornar aquela zona no parque do município como o parque da paz em Almada?

Anónimo disse...

Parabéns à Cláudia Veloso, jornalista que merece toda a atenção no desenvolvimento deste caso.

É pena o "Avante" ou o órgão oficial da CM Seixal, não publicarem este artigo, colocando, como entrevistado, o Sr vereador Jorge Silva. E claro, que tomasse a posição dentro da lei, salvaguardando assim as suspeições de: corrupção, criminosos, mafiosos, interesses obscuros e destruição de um pulmão do Seixal . Talvez assim passassem de pasquins a jornais democráticos e com credebilidade.

Anónimo disse...

Despacho n.º 14991/2007, D.R. n.º 132, Série II de 2007-07-11

Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional - Gabinete do Ministro

Declara a caducidade da zona de protecção ao estaleiro das obras de construção da Siderurgia Nacional, no concelho do Seixal

Anónimo disse...

Quem mês em cheio!

Primeiro a DGF autoriza o desmate, depois o MAOTDR autoriza o levantamento de obra na Siderugia.

Ah´grande Sócrates e compichas, agora é que vai ser construir no deserto, não sobrará uma árvore nesta terra.

É defacto admirável as decisões que se tomam superiormente e depois vem o PS local com comunicados e declarações para serem publicadas no jornal local dos camaradas deles.

Nem governo,nem oposição, não há nada que nos safe nesta terra.

EMALMADA disse...

A cadeia do negócio está devidamente montada com pormenores imperceptíveis, para atingir o objectivo imobiliário, mesmo que tenha de dar um passo atrás.

Anónimo disse...

Para que conste:

O início do fogo na SN foi por volta das 19h/20h, portanto fora do período de maior calor.

O comandante dos bombeiros encarregue das operações de combate ao fogo não quis falar à reportagem da SIC.

Anónimo disse...

correcção ao comentário supra:

segundo o Margem Sul de hoje o incêndio "na zona da SN" terá ocorrido DE NOVO na Ecometais.