sexta-feira, julho 13, 2007

CASAS PARA 40 MILHÕES DE HABITANTES NUM PAÍS DE 7,5 MILHÕES DE PORTUGUESES



Somos t
odos contemporâneos desta sociedade da informação.

Nunca antes houve em tempo algum o acesso à informação que existe hoje em dia, tantos meios de comunicar com os outros, tantos dados a circularem à velocidade da luz de um qualquer ponto a outro do Globo.


As causas como assistimos este fim de semana no Live Earth assumem dimensões globais, simultâneas. Um país pequeno como Portugal, neste mundo, no espaço geográfico e politico onde se insere não está, nem pode estar fora deste turbilhão desta verdadeira revolução.

Mas o absurdo como vemos diáriamente acontece, alertados que estamos Todos para determinadas orientações e consequências do que chamam "desenvolvimento" , muitos há que unicamete interessados em defender posições pessoais de poder ou de bens materiais e/ou monetários, estão alheios a estas questões.

Tal é admissível, numa sociedade de livre mercado!


O que não é admissível é que quem é eleito democráticamente para regular e gerir o bem comum e que toda a estrutura social montada para julgar e punir esses desvios contrário à sociedade , o não faça, por manifestos interesses pessoais, partidários, de grupo, assim prejudicando todos e distorcendo o que deve ser uma sociedade democrática e de direito.


Vem isto a propósito dos dados e das projecções revelados anteontem sobre a natalidade em Portugal, ou melhor dizendo, sobre a preocupante baixa de natalidade em Portugal com as consequências que isso terá do ponto de vista social e de sustentabilidade nomeadamente dos sistemas de segurança social, mas não é por aí que pretendo enveredar.

Gostaria era de sublinhar o absurdo que é o continuar o nível de construção com o incremento que actualmente ocorre, com Planos Directores Municipais que projectam habitação para QUARENTA MILHÕES DE HABITANTES (no seu horizonte de vigência- 10 anos) quando "as projecções do INE apontam que em 2050 o país terá perdido quase um quarto da sua população, passando para 7,5 milhões" - SETE MILHÕES E MEIO DE HABITANTES EM 2050!
Mesmo os cenários mais optimistas apontam para regressões de no máximo sermos em 2050, 9,3 milhões!

O que leva a perguntar:
Que mundo local estamos a criar ? Toda esta construção (que já "não se vende") é para quem? Porque não se investe (meios, empresas , autarquias) no património construído, renovando, reconstruindo?

Acho que finalmente compreendi a piada do ministro Mário Lino...é que a margem sul já é o DESERTO , mas do betão, o deserto de milhares de metros quadrados de construído, mas sem habitantes, milhares de metros quadrados de armazéns e industrias, mas, ou nunca ocupadas ou entretanto abandonadas!

Parece estarmos perante mais um paradoxo português. Os portugueses não concretizam a reprodução, mas compensam esses maus genes , más tendências, ou impotências várias com uma desmesurada tendência de erguer, não o que parece não terem, mas gruas e mais gruas e como apêndices , mamarrachos ... é só o que vêmos no horizonte!!!

4 comentários:

Anónimo disse...

Ora aqui está mais um bom exemplo da forma como o Ponto Verde pretende disparar em todas as direcções, mas acaba sempre no mesmo: o malfadado PDM. Já é obsessão a raiar a paranóia.

E isto é grave, porque induz em erro quem o lê e as mentiras de tanto repetidas, transformam-se por vezes em verdades absolutas.

É pena, porque até parece ter muitos leitores (depois da publicidade gratuita do Tal & Qual) e poderia servir para informar e despertar consciências adormecidas e não desinformar.

Por exemplo:

Há pelo menos dez anos, o PDM do Seixal previa que o Concelho pudesse vir a alcançar os 300.000 habitantes, ou mais, se todas as áreas urbanizáveis, já com informação prévia positiva anterior, fossem edificadas.

Como sabemos, o Seixal terá neste momento pouco mais de 150.000 habitantes. A conclusão que daqui se pode tirar é que os promotores imobiliários tiveram alguma contenção, de acordo com as regras do mercado, não arriscando o seu dinheiro ou o dinheiro dos Bancos só pelo belo prazer de implantar florestas de betão.

Existem direitos adquiridos que nem o Ponto Verde nem qualquer outra pessoa ou entidade pode mudar, pelo que tudo aquilo que se diga sobre este assunto não passa de demagogia e propaganda barata.

Que se devem reformular alguns projectos, que deve haver pressão das Câmaras Municipais junto dos promotores para que cumpram as regras destinadas a áreas verdes e espaços públicos de qualidade, estamos de acordo.

Agora não se fale é sempre na mesma coisa, sem dizer tudo o que está por detrás, ou como se todos os autarcas se deixassem corromper e todos os promotores imobiliários fossem corruptores.

O Ponto Verde deve saber que a Área Metropolitana de Lisboa tinha pouco mais de um milhão de habitantes há pouco mais de 3 ou 4 décadas e que hoje, pela desertificação do interior, tem mais de 2 milhões. Mas isso nada tem a ver com os chamados “patos bravos” mas sim com a política dos sucessivos governos que este pobre país tem tido.

Talvez a regionalização pudesse modificar este estado de coisas: só que o PS e o PSD são a favor quando estão na oposição e contra quando estão no governo. Dá para entender? Claro que dá, veja-se o exemplo da Madeira e dos Açores, em que a autonomia serve para umas coisas e não serve para outras. Porque não põem os olhos em Espanha onde as regiões são respeitadas pelo governo central e se desenvolvem de uma forma harmoniosa?

Cumprimentos da

PANTERA COR DE ROSA

Ponto Verde disse...

Hilariante esta nova personagem de serviço depois do Paulo Silva, do João Afonso, do Nuno Cavaco, para além dos inúmeros pseudónimos, o Zeca da Borga e afins...e de tantos outros que à vez por cá têm passado!

"não se fale é sempre na mesma coisa, sem dizer tudo o que está por detrás, ou como se todos os autarcas se deixassem corromper e todos os promotores imobiliários fossem corruptores."

Como o povo diz , "Quem não deve não teme" e quanto aos exemplos de Espanha ou da Madeira, só quem não sabe mesmo do que está a falar ou está aqui só para tentar baralhar.

Anónimo disse...

Para Ponto Verde

Esperava uma resposta minimamente convincente e com alguma inteligência.

Afinal, nem uma coisa nem outra.

Apenas os papões do costume e a desculpa de que "quem não é por mim e concorda comigo" está ao serviço de alguém.

Que pobreza pela falta de argumentos...

Mas "prontos" é aquilo que temos e por este e outros iguais ao Ponto Verde é que algumas autarquias e o país é governado da maneira como é.

Saudações da,

PANTERA COR DE ROSA

Anónimo disse...

Esta pantera escondida com o rabo de fora é de rir.

Como ponta de lança PCP para defender a falta de democracia, a arrogância, o desprezo pelo povo, tomadas de decisões que destróiem o ambiente e favorecem a exclusão social (caso do bairro social a construir na Flôr-da-Mata) promovidas pela Câmara Municipal do Seixal, vem para aqui defender lideranças políticas na margem esquerda como se fossem bons exemplos para o país.

E continua com as mafaldadas e estafadas desculpas de que o culpado é o "poder central" e tira "a conclusão... que os promotores imobiliários tiveram alguma contenção"

Ahahahahahahahahah.
Temos olhos e emoções. Para onde nos viramos é só betão e cada vez menos "verde", ou não? Talvez já a contar com os 300.000 indígenas nos próximos anos, né? E conseguiremos todos respirar no meio desta selva betónica?

Oh Doutor, até parece que não vive no concelho de Seixal? Tem que ter a preocupação de levantar o traseiro do sofá e dar uma voltinha e ver "A OBRA" dos seus camaradas: mamarrachos, destruição de zonas naturais e históricas e alcatrão. Se não, diga-me:

- Onde está a "obra"?
- Onde estão os espaços naturais e verdes para 150.000 + 150.000 pessoas?
- Onde se investe na qualidade de vida e no desenvolvimento sustentado.

Que tristeza de autarcas que temos no nosso concelho, é a conclusão que tira, né? Também eu!!!