sábado, fevereiro 10, 2007

A INDI-GESTÃO TERRITORIAL














A questão surgida esta semana e que dá conta de graves problemas financeiros no Freeport de Alcochete que segundo alguns poderá resultar na sua falência e encerramento, só admira quem estiver perfeitamente fora da realidade, pois há muito que a voz do Povo é de que "como podem estes Centros Comerciais viver ? Como pode tanta loja ter lucro?" ,e já não vou para as teorias de conspiração levantadas por muitos "tanto comércio, tanta loja, algumas sem clientes...só dão lucro se forem fachada para outros negócios..."

É de facto improvável que as superfícies comerciais surgidas ultimamente na Margem Sul, sem qualquer racionalidade, todas elas sobrevivam... o Povo é dos Europeus com menos recursos da Comunidade e com o PIB mais baixo ... e dos mais endividados da Europa!!! O que quer dizer , que a actual senda consumista é insustentável!
Por outro lado este fenómeno do Maior Centro Comercial da Europa para cada nova superfície comercial inaugurada, mostra que não há paralelo nos outros países europeus. Em que o modelo é que "lá fora", na Europa é não desertificar o centro das cidades, mas mantê-las vivas e regeneradas.

Em Portugal o modelo foi diferente, implantaram-se estas grandes superfícies na periferia dos Centros Urbanos, logo na opção errada, de dependência total do automóvel para as deslocações da população, depois , não houve critério, nem na localização nem no seu número, e se numa primeira fase o que resultou foi a falência do pequeno comércio da qual dependiam muitas empresas familiares ou micro-empresas, estamos já numa segunda fase do fenómeno que é a insustentabilidade financeira de algums destes centros comerciais e a sua vampirisação mútua.

O espectro da falência atigiu desde há algum tempo a esta parte o Freeport de Alcochete (O maior Freeport da Europa!!!), com o fecho e insolvência financeira das salas de cinema do Multiplex, outra barbaridade fecharam há alguns meses e não se vislumbra que o resto do empreendimento tenha melhor sorte , qual será o Shopping que se segue? Enquanto (irracionalmente) no papel outros se preparam para nascer???

4 comentários:

Luis Eme disse...

Este "post" não só é muito pertinente, como retrata bem o nosso país.

Também já me tenho questionado: «como é possível sobreviverem e darem lucro todas estas "catedrais" do consumo?»

Mas quando visito o "Almada Fórum" (sempre cheio de gente), fico sem grandes dúvidas...

Em contraponto, o centro de Almada, caminha para o abismo...

Anónimo disse...

No Almada Forum há muita gente nos corredores!!! A rentabilidade das lojas não corredsponde, veja-se que nunca avançaram com o pagamento do Parque de estacionamento. As ruas de Almada cada vez mais desertas, parece de propósito, carros nos passeios, cócós de cão nos passeios, lojas fechadas!

Anónimo disse...

...sem falar nas acessibilidades...

Anónimo disse...

Claro está que no caso do Freeport, o golpe passava pelos estudos sociológicos que indicavam o eventual surgimento de uma segunda Almada em Alcochete, mas para azar dos bifes, os Patos Bravos de Alcochete começaram a fazer vivendas a 70 mil contos em vez de andares de 30 mil, reduzindo logo ai a tão esperada clientela de um espaço deste tipo a tão famosa classe média. Lá chegaremos quando as vivendas deixarem de ter procura...