terça-feira, outubro 04, 2005

ELEIÇÕES E OBRAS 4

5 de Outubro, festeje-se a data e/ou goze-se o feriado, hoje optámos por manter o post de ontem pela sua importância, convidamos todos a ler os comentários que entretanto nos chegaram sobre um tema que promete ser polémico.
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A Obra mastodôntica dos ultimos quatro anos no Seixal, o grande cartão de visita não é um Centro de Saúde, construção de ciclovias (embora tenham chamado isso a um passeio para peões) e meios de mobilidade limpos, opção por formas de energia renovável nos edificios camarários e nas viaturas da autarquia.

A Obra mastodôntica para as futuras gerações não foi o aumento das zonas protegidas no PDM , tanto em àrea como em rigor conservacionista, a obra mastodôntica não foi a contenção da construção e destruição da floresta e dos campos agricolas por onde avança, não foi a criação de nenhum Parque Ambiental (embora tenham baptizado um jardim de Parque Natural) ou quinta pedagógica.






A Obra mastodôntica foi afinal a construção por uma empresa privada de um edificio feito para albergar as oficinas da própria Câmara...Mastodontico porquê? É que o edificio teve um orçamento de 17 milhões de euros em instalações que ocupam qualquer coisa como 16 mil metros quadrados.

Mas como conseguiu uma autarquia falida, com destaque na lista das câmaras mais endividadas conseguir construir tal obra? Ainda por cima sem qualquer recurso a fundos estatais ou comunitários (o estado não tem dinheiro para estes luxos, e a Comunidade não apoia estes jogos...) Ora é para isso que servem as parcerias... os 17 milhões de euros do investimento foram assegurados pela ASSIMEC uma empresa do grupo A.Silva & Silva e sedeada no concelho.

Conforme o citado no artigo de Claudia Veloso no Público "no quadro de um contrato celebrado com a Câmara Municipal, na sequência de uma consulta publica" a autarquia optou por uma solução de arrendamento do espaço, prevista no contrato no valor de 130 000 euros mensais, sendo que a opção de aquisição pode ser concretizada no final de cada semestre.

Isto para linguagem que se entenda, o edificio é arrendado, logo propriedade de quem o pagou...ASSIMEC, a câmara faz um brilharete... é como alugar um Ferrari para impressionar as miudas... só que aqui quem paga o luxo não é o vaidoso que aluga o Ferrari, são os contribuintes, nada mais nada menos que VINTE E SEIS MIL CONTOS POR MÊS, mas resta a consolação a quem aluga o Ferrari, é que se entretanto lhe sair o totoloto...até pode comprar o Ferrari...

Imagine-se o que poderia a autarquia fazer com os VINTE E SEIS MIL CONTOS POR MÊS se se mantivesse nas antigas oficinas e não se tivesse metido nesta vaidosisse como se diz cá pelo Sul... isso aplicado , por exemplo a comprar apartamentos usados para alugar a quem tem problemas de habitação...talvez resolvesse passados poucos meses o problema das barracas...










O que vai ser agora destes apeteciveis terrenos de grande apetência ecológica ? Junto a um mega centro comercial e à entrada na malha urbana, junto à autoestrada e estação Fertagus?

Ou havia interesse par alguma empresa ligada à construção civil para desocupar os terrenos no Fogueteiro (imagem acima) ocupados pelas antigas oficinas?

As antigas oficinas estão numa àrea que se destinaria ao famoso "corredor verde".... e agora? É para Betonizar? A Drª Luisa Shmidt revelou no Expresso em 2000 , que para ali já estava prevista uma urbanização e que "não ía ficar espaço nem para um manjerico"

Nota - Este è um blogue "parcial" segundo os seus detractores , livre expressão do povo é no "Boletim Municipal" ali pode encontrar opiniões de todos os cidadãos, inclusivamente publicar a sua...pode fazer isso na ediçao on line ou impressa,ambas pagas pelos contribuintes... Já agora tente...

11 comentários:

Ponto Verde disse...

Pois ,e Sr Joao Afonso, estou divertdissimo consigo. Agrqdeço o tempo aqui dispensado , 440 minutos, acho que è a maior permanencia de sempre...

Apaguei alguns comentarios para o amigo ir escrever alguns no Boletim Municipal... mas nao consegue nao è, ou no blogue que o Sr Alfredo nao teve a coragem de fazer.

Esteja descansado que o meu fair play vai continuar apesar do vosso nervosismo... Os meus cumprimentos.

Anónimo disse...

ah ah ah! genial a nota final

Anónimo disse...

isto tem sido um ataque ao ponto verde que é obra!

esperemos que depois de Domingo a coisa volte à normalidade!

Anónimo disse...

Será impressão ou meramente um lapso, ou ninguém comentou o conteúdo do “post”?

Independentemente da cor partidária de quem os escreve, a verdade é que os 26 mil contos terão que continuar a ser pagos, ou serão os nossos serviços camarários “despejados”?!
Assim a verdade é que mesmo que a “utópica ideologia” não obtenha maioria absoluta, que parece ser vital para a sua sobrevivência, continuaremos a depender de vontade alheia quanto ao estacionamento dos veículos que asseguram os serviços mais básicos do nosso concelho…
Terá sido para além da péssima politica orçamental a única desastrosa decisão?!

Infelizmente não me parece…

Anónimo disse...

O valor que a autaquia para por mês é um abuso ! Um roubo a todos os cidadãos e um mau acto de gestão.

Certamente que os terrenos que vão desde a fábrica de lanificicios até aqui ao Fogueteiro vãodar para construir muitas casas, mas havendo tantas por vender de que nos vale isso ?

um abuso este tipo de gestão camarária, dveria haver uma lei que punisse os autarcas pelos maus actos de gestão que originam. Tudo ok que os serviços estão todos juntos e há sinergias e economias de escala que se ganham.... mas vale este investimento, ainda por cima num espaço que é arrendado ???

Anónimo disse...

De facto continua-se aqui a discutir partidos em vez de problemas quando o post é bem explicito quanto ao problema que se devia discutir.

A problemática das oficinas da camâra é um problema a resolver pelo próximo executivo camarário independentemente de quem venha a ganhar. 26 mil contos mensais numa camâra campeã do endividamento só pode ser entendido como um acto de má gestão.

E também eu concordo que nós, habitantes de um qualquer concelho deste país, quando queremos ser autarcas e nos propomos a ajudar no desenvolvimento dos nossos concelhos temos de assumir também as responsabilidades.
Se todos os autarcas fossem responsabilizados pelos seus actos de gestão talvez não tivessemos de conviver com Felgueiras, Avelinos Ferreira Torres e quejandos... é que muito provavelmente não se candidatariam!

Assim, temos de "levar" com eles porque nunca fazem nada mal. Pelos vistos no Seixal isto é tudo um mar de rosas e não se devem sequer questionar as decisões do actual executivo camarário.

ESTE NEGÓCIO FOI UM NEGÓCIO LESIVO DOS INTERESSES DO CONCELHO!

Anónimo disse...

Este negócio foi um excelente negócio para o concelho. Senão vejamos: As anteriores oficinas não tinham quaisquer condições de funcionamento e impediam que o pessoal operário efectuasse o seu trabalho com um minimo de dignidade; Mais impedia que efectuassem um bom trabalho, pois sem condições de trabalho não se consegue trabalhar.
Tem-se visto nos ultimos meses que as obras efectuadas por administração directa da Câmara Municipal do Seixal têm aumentado e isso é fruto de haver condições de trabalho.
Aumentando as obras por administração directa da Câmara, reduz-se as empreitadas a terceiros, o que constitui uma poupança substancial nas contas da Câmara Municipal do Seixal, que a breve prazo fará poupar mais do que os 26.000 contos mensais, isot porque o lucro a pagar aos empreiteiros fica para a CMS.
Mas há mais, os terrenos onde estavam as antigas oficinas poderão ser urbanizados, e, não estamos a falar em mudança de uso do solo, são terrenos urbanos e urbanos, vão continuar, com essa urbanização não se vai derrubar nenhuma árvore. E mais vale construir habitação nessa zona do que na Ponta dos Corvos...
Ora com o dinheiro decorrente dessa urbanização, a Câmara Municipal paga parte substancial do custo das novas instalações e faz um leasing para pagar o restante.
Pode-se dizer que 26.000 contos mês é muito dinheiro, mas atendendo à àrea locada, coberta e descoberta, se formos ver por metro quadrado concluimos que o preço é bastante reduzido, o que mais demonstra o bom negócio efectuado pela Câmara Municipal do Seixal.
Os detractores, antes de falarem, que façam contas, e aprendam a gerir uma Câmara Municipal!

Ponto Verde disse...

O Senhor João Afonso era capaz de defender o agressor de uma velhinha se ele fosse do seu partido e ainda conseguia que a velhinha pagasse uma indeminização ao infrator por danos morais.

É de gande, ENORME disfarçatez esta sua explicação e toma-nos a todos, tal como a CMS do Seixal faz aos seus cidadãos ... por PARVOS:

Se a CMS se meteu num negócio em que paga uma renda de 26 mil contos mensais para motivar e dar condições de trabalho>produtividade aos seus trabalhadores, eles talvez gostassem mais de chegar ao fim do mês com um ordenado mais satisfatório ou não terem o credo na boca se a Câmara vai ter dinheiro para pagar salários no mês seguinte.

A sua teoria de causa efeito, melhores condições de trabalho > produtividade para o final de uma "legislatura" é uma falsidade, pois toda a gente sabe que a razão do aumento de obras é puramente eleitoralista, e não vale a pena negar, pois não é exclusiva da CMS ou da CDU!!!

Meu caro amigo, uma coisa são propostas e projectos, outras são decisões...essa de meter medo ao Povo do "nós ou o betão" , já ninguém acredita, é que para o Povo, vocês SÃO O BETÃO!!! e outra ainda é aquela que se me afigura neste negócio e que é TRÁFICO DE INFLUÊNCIAS, para já temos uma situação de dominância e de superioridade do Grupo ASSilva, sendo credor de 26000 contos mensais à CMS, não me parece trazer mais independência à Câmara, isso é um bom negócio? A perda de credibilidade da Câmara é também um bom negócio? Ainda bem que assim pensa, mas o meu amigo enquanto defensor da continuidade não devia pensar dessa maneira...

No ultimo parágrafo o senhor então estira-se ao comprido... toda a gente já percebeu que no Seixal uma mão lava a outra... e que há negócio, já todos perceberam...mas não precisavam de o admitir, a questão é que os senhores estão a querer tomar parte em negócio sobre no qual são àrbitros, inflaccional determinado terreno por mera decisão descricionária e como deveria saber isso É ILEGAL!!! Se a PJ descobre o caso e se é tal qual aqui afirmou, tem pano para mangas, é que isto É UM CASO DE POLICIA, e olhe que pode muito bem ser chamado a depôr pelas afirmações que aqui fez.

Ou é seu objectivo derrubar o Senhor Alfredo Monteiro depois do dia 9 ???

Anónimo disse...

Ao que consta o João Afonso é o lider da comissão local da CDU e portanto é o pensador local do partido, talvez esteja a pensar já no futuro.... quem sabe ?

Anónimo disse...

Deixem ver se percebi, a Câmara tem uns terrenos onde construiu umas oficinas que usou durante anos (é não é).

Como conseguiu ter posse desses terrenos, se calhar porque eles se destinavam a oficinas da Câmara, talvez até tenha tido tratamento especial por isso por parte do anterior proprietário, se foi esse o caso(?) - Será esta uma hipotese a pôr?

Depois nos ultimos anos a mancha construida cresceu e em vez de quintas há agora (vai haver) um grande Centro Comercial com todo o seu circo, o que leva com que os terrenos lá ao pé valorizem, ou seja os terrenos da Câmara valorizam por decisões da Câmara ... (É isto?)

Depois a Câmara vai construir a crédito noutro local (agora mais barato, como antigamente eram as antigas oficinas) ou alugar como parece ser o caso, e depois urbaniza e permite construir no local entretanto mais valorizado... (é isto? e depois um investimento cobre o outro???)

Pergunta-se, isto é uma Câmara ou uma empresa imobiliària??? Isto é legal? No meio das permutas e valorizações há muita coisa que pode não ser clara ou não é ?

Pergunto a quem me souber responder, é que ía votar na CDU e agora estou confuso, muito confuso, tudo isto me parece muito pouco óbvio.

Anónimo disse...

Eu já não vou votar na CDU, preocupam-se só com os seus funcionários quando podiam resolver o problema das barracas dando casas a quem precisa.26 mil contos por mês, ainda se não houvesse oficinas, mas havia, e poderiam ser melhoradas e dar condições aos trabalhadores,é que dá 312 mil contos por ano, isto dava para dar condições de trabalho aos operários e muitos andares comprados em segunda mão, não para dar, mas para alugar, isso é que sim era bem feito. Já não voto num partido que só pensa em negócios.