Blogue Ambientalista da Margem Sul / Portuguese Environmental Blog "Pense Global , Aja Local" Save the Portuguese Forest / Salve a Floresta Portuguesa
sábado, dezembro 31, 2005
FACTO DO ANO
Elegemos aqui como facto/instrumento do ano de 2005 o Google-Earth pelo que significa de acesso à informação geográfica global e o que tal significa e sua aplicação prática em termos locais permitindo aplicar à letra o lema "pense global, aja local".
A informação geográfica até agora limitada a serviços institucionais (e muitas vezes por eles instrumentalizada - caso de algumas autarquias) , passou a estar (GRATUITAMENTE!) ao alcance de Todos . E2stando ao alcance de Todos, Todos podem , em tempo actualizado ver o que se passa no espaço geográfico que o rodeia, suas transformações e projectos que se pretendem aplicar e enquadrá-los histórica e espacialmente.
Exemplo Península de Setúbal.
O Google-Earth permite ainda, que a nível local e geral se analisem transformações ao nível do ordenamento, da natureza, da orografia, permite conhecer melhor o espaço que nos rodeia e assim exigir responsabilidades, alertar para irregularidades, fundamentar queixas, omissões e ilegalidades.
Exemplo Torre de Belém e Restelo(clique na imagem para aumentar)
Claro que permite também explorar turisticamente locais distantes, programar férias ou "viajar" ludicamente enquanto se "navega" na net, mas , e sobretudo permite conhecer o espaço que desconhecemos porventura mais, aquele que nos rodeia e nos passa despercebido no dia a dia, do alienante casa-trabalho-casa, e que é afinal aquele que mais influi no nosso dia a dia e no dos nossos filhos.
Um instrumento para consultar, usar, actuar e exigir!
sexta-feira, dezembro 30, 2005
2005 EM BALANÇO - 4
Foto Copenhaga, capital de um dos países mais ricos e de melhor bem estar e qualidade de vida da Europa.
Apesar de serem poucos os temas até agora aqui trazidos neste balanço de 2005, já deve ter dado para concluir que se tratou de mais um ano perdido na politicas de desenvolvimento sustentável, de ordenamento do território, de protecção da natureza e na melhoria da qualidade de vida das populações.
Foi também mais um ano perdido nas politicas de mobilidade e na implementação de meios alternativos de transporte. Situações tão simples e práticamente sem custos como a construção de uma rede efectiva de ciclovias (não falo de custosos troços para eleitor ver e que começam em nehum lado e acabam nenhures) continuam a ser ignoradas pelos nossos autarcas da Margem Sul, neste campo reconheço sómente como aceitável (apesar do seu aspecto lúdico) a ciclovia da Moita.
Enquanto por toda a Europa, dita rica, se opta por este meio de transporte, até em projectos municipais de grande dimensão como em Lyon, em Portugal e mais particularmente na Margem Sul (com caracteristicas morfológicas excelentes) simplesmente se ignora e ridiculariza, continuando o incentivo ao uso do automóvel e ao consumo de petróleo, para o qual apesar da escalada de preços sem fim à vista não se criam alternativas, mesmo as de execussão imediata como esta.
O Metro Sul do Tejo continua sem saír à Rua (mostrou-se só dias antes das eleições...), a sua construção continua envolta em polémica, e, uma análise ao traçado escolhido leva a temer um novo surto de construção e especulação assente neste meio que em vez de criar uma solução é bem capaz de criar mais alguns problemas... e algumas fortunas rápidas.
Continuam os engarrafamentos na Ponte 25 de Abril que o comboio da ponte não aliviou pois que serviu para mais especulação e construção em função das mega-urbanizações criadas junto às suas estações, parece agora nitidas as razões da escolha da sua localização. Para os lados da Ponte Vasco da Gama parecem querer aplicar o mesmo modelo, sendo já comuns os engarrafamentos naquela ligação.
Parece que cinco anos depois de entrar no século XXI e depois de duas décadas de Europa ainda continuamos atávicos, saloios e ignorantes, pelo menos ao nivel dos politicos locais que não há meio de sistematizar necessidades reais e estabelecer prioridades que nos levem a evoluir na forma de estar e de pensar. O continuar na cauda da Europa na maioria dos indicadores de desenvolvimento não deve estar alheio às politicas destes iluminados, mas se calhar foi mesmo isto que um qualquer Comité Central decidiu para a Margem Sul.
Apesar de serem poucos os temas até agora aqui trazidos neste balanço de 2005, já deve ter dado para concluir que se tratou de mais um ano perdido na politicas de desenvolvimento sustentável, de ordenamento do território, de protecção da natureza e na melhoria da qualidade de vida das populações.
Foi também mais um ano perdido nas politicas de mobilidade e na implementação de meios alternativos de transporte. Situações tão simples e práticamente sem custos como a construção de uma rede efectiva de ciclovias (não falo de custosos troços para eleitor ver e que começam em nehum lado e acabam nenhures) continuam a ser ignoradas pelos nossos autarcas da Margem Sul, neste campo reconheço sómente como aceitável (apesar do seu aspecto lúdico) a ciclovia da Moita.
Enquanto por toda a Europa, dita rica, se opta por este meio de transporte, até em projectos municipais de grande dimensão como em Lyon, em Portugal e mais particularmente na Margem Sul (com caracteristicas morfológicas excelentes) simplesmente se ignora e ridiculariza, continuando o incentivo ao uso do automóvel e ao consumo de petróleo, para o qual apesar da escalada de preços sem fim à vista não se criam alternativas, mesmo as de execussão imediata como esta.
O Metro Sul do Tejo continua sem saír à Rua (mostrou-se só dias antes das eleições...), a sua construção continua envolta em polémica, e, uma análise ao traçado escolhido leva a temer um novo surto de construção e especulação assente neste meio que em vez de criar uma solução é bem capaz de criar mais alguns problemas... e algumas fortunas rápidas.
Continuam os engarrafamentos na Ponte 25 de Abril que o comboio da ponte não aliviou pois que serviu para mais especulação e construção em função das mega-urbanizações criadas junto às suas estações, parece agora nitidas as razões da escolha da sua localização. Para os lados da Ponte Vasco da Gama parecem querer aplicar o mesmo modelo, sendo já comuns os engarrafamentos naquela ligação.
Parece que cinco anos depois de entrar no século XXI e depois de duas décadas de Europa ainda continuamos atávicos, saloios e ignorantes, pelo menos ao nivel dos politicos locais que não há meio de sistematizar necessidades reais e estabelecer prioridades que nos levem a evoluir na forma de estar e de pensar. O continuar na cauda da Europa na maioria dos indicadores de desenvolvimento não deve estar alheio às politicas destes iluminados, mas se calhar foi mesmo isto que um qualquer Comité Central decidiu para a Margem Sul.
quinta-feira, dezembro 29, 2005
2005 EM BALANÇO - 3
2005 -Junto do já gigantesco Almada Forum nasceram mais duas gigantescas mega superfícies
Continuando este incómodo balanço para alguns que nele reconhecem o revelar das suas fraquezas, tráfico de influências e incompetências, para além dos que a par , temem pela credibilidade da informação aqui dada e devidamente documentada (aliás ainda não fomos acusados de recorrer ao photoshop nas nossa imagens...) analizamos hoje o avançar do modelo comercial das grandes superfícies comerciais a Sul do Tejo com o agravar do estado de saúde do pequeno comércio tradicional que está verdadeiramente moribundo na Margem Sul.
Continua pois a permissividade e massificação no licenciamento de Mega-superfícies comerciais que já entraram na fase da canibalização mútua , enquanto por exemplo em Almada , morrem as lojas que davam vida á cidade, assiste-se geminadas ao Almada Forum ,ao nascimento de mais duas gigantescas superfícies comerciais, uma albergando os Gigantes franceses Leroy & Merlin e Decathlon, e outra um conjunto de lojas que vão do têxtil e pronto a vestir ao ramo de acessórios automóveis.
No Seixal, enquanto o comércio no centro histórico é trocado por lojas de pechinchas Chinezas, o Continente transforma-se no Mega Rio Sul cuja publicidade refere vir a ser maior que o clone Almadense, ainda no Seixal, mas do lado da Amora, nasce novo monstro da distribuição da cadeia Leclerc e em àguas de bacalhau está por enquanto o Carrefour da Cruz de Pau , depois da punição pelo abate de 1200 sobreiros (mas que era garante de obras viàrias pré eleitorais no concelho e que agora se desconhece quem vai pagar...).
No Montijo o Forum roubou a vida da comunidade histórica, e em Alcochete uma megalomania chamada Freeport viu fechado o seu multuiplex de cinema que poucos meses teve de vida como polo cultural de cinema e espéctáculos que era um dos alíbis que pretendiam justificar a invasão daquela àrea que em parte invadiu a Reserva Natural do Estuàrio do Tejo.
Entretanto o definhar da vida nas zonas mais antigas dos centros históricos parece ser um factor que agrada aos autarcas, mais interessados em torná-los centros de diversão nocturna correndo com os mais antigos residentes e resistentes e paralelamente gerando mais valias por alteração do uso do solo fora destes centros urbanos históricos e consolidados, faça ele parte de Reserva Agricola, Reserva Ecológica ou àreas protegidas nos Planos Directores municipais.
O licenciamento discricionário de solo virgem para construção e o licenciamento de grandes superfícies, loteamentos supostamente industriais e urbanos, continua, por esta via, a ser na Margem Sul um factor que destorce uma realidade baseada na ética e nos valores naturais e culturais, para fomentar uma sociedade, baseada em como referimos no primeiro parágrafo, no tráfico de influências , pelo que este modelo urbano de fachada e Centro Comercial (que cria emprego precário e mal pago) que se impõe atravéz das contrapartidas "dadas" pelos grandes grupos económicos, apesar de não ter sustentabilidade nem ecológica nem económica (baseia-se no endividamento das familias) permitiu mais um ano que foi de facto, mais um ano de eleitoralismo rotundista e de gigantismo de Forum Comercial.
quarta-feira, dezembro 28, 2005
2005 EM BALANÇO - 2
O Betão e a extinção dos sobreiros da Margem Sul. Foto-Feijó
A propósito deste nosso balanço do ano recebemos comentários a pôr em questão a nossa credibilidade por só "criticarmos o mal e não darmos ênfase ao bom e às alternativas possiveis", pois vou hoje aqui, em destaque e em balanço trazer uma das mais positivas e importantes decisões tomadas no Seixal e no país no ano que agora finda.
Tratou-se da multa aplicada aos responsáveis pelo corte ilegal de 1200 sobreiros na Quinta da Princesa para em seu lugar se erguerem acessos e uma nova grande superfície comercial. Os responsáveis pelo corte ou que com ele lucraram , para além da pesada multa e impedimento de construir foram também obrigados a reflorestar a àrea.
Outro caso exemplar foi também em Palmela o impedimento da construção de uma urbanização em pleno montado protegido e impedida por despacho do governo.
Claro que em muitos outros pontos sobreiros foram arrazados sem apelo nem agravo e sem qualquer sensibilidade, nomeadamente no Seixal o campeão desta prática na Margem Sul este ano (Alto do Moinho, Torre da Marinha, no Centro de Estágio do Benfica , na já mencionada Quinta da Princesa...) mas também na Moita e no Montijo (Centro Logístico) , como oportunamente denunciámos.
Espera-se agora para ver se da aplicação das penalizações impostas ,vai haver no futuro uma jurisprudência com os casos sancionados ou se a boçalidade e a ignorância (de autarcas e promotores) vão continuar a dominar acima do interesse publico e ambiental.
A propósito deste nosso balanço do ano recebemos comentários a pôr em questão a nossa credibilidade por só "criticarmos o mal e não darmos ênfase ao bom e às alternativas possiveis", pois vou hoje aqui, em destaque e em balanço trazer uma das mais positivas e importantes decisões tomadas no Seixal e no país no ano que agora finda.
Tratou-se da multa aplicada aos responsáveis pelo corte ilegal de 1200 sobreiros na Quinta da Princesa para em seu lugar se erguerem acessos e uma nova grande superfície comercial. Os responsáveis pelo corte ou que com ele lucraram , para além da pesada multa e impedimento de construir foram também obrigados a reflorestar a àrea.
Outro caso exemplar foi também em Palmela o impedimento da construção de uma urbanização em pleno montado protegido e impedida por despacho do governo.
Claro que em muitos outros pontos sobreiros foram arrazados sem apelo nem agravo e sem qualquer sensibilidade, nomeadamente no Seixal o campeão desta prática na Margem Sul este ano (Alto do Moinho, Torre da Marinha, no Centro de Estágio do Benfica , na já mencionada Quinta da Princesa...) mas também na Moita e no Montijo (Centro Logístico) , como oportunamente denunciámos.
Espera-se agora para ver se da aplicação das penalizações impostas ,vai haver no futuro uma jurisprudência com os casos sancionados ou se a boçalidade e a ignorância (de autarcas e promotores) vão continuar a dominar acima do interesse publico e ambiental.
terça-feira, dezembro 27, 2005
2005 EM BALANÇO - 1
2005 - Mais um ano de betonização a Sul
É inevitável que nesta altura se façam balanços, só assim se afere minimamente o ponto onde estamos, quem somos e para onde vamos. Na Margem Sul nada de positivo a assinalar, pois o que se perspectivava como positivo , o Metro Sul do Tejo está longe de estar concluído e o Centro Desportivo do Benfica no Seixal foi afinal a contrapartida para construir 26 hectares de torres residenciais ocupando terreno protegido em sede de RAN e REN (Reserva Agricola e ecológica).
Foi um ano de infindável campanha eleitoral, numa sucessão de outdoors aflitiva , esquizofrénica , poluidora da paisagem e gastadora de recursos, com a qual só as agências de publicidade tiveram a ganhar. Com as sucessivas campanhas vieram também as promessas delirantes e os projectos megalómanos.
Certo foi a confirmação do avanço do betão e consequentemente a destruição da paisagem e da mancha florestal outrora abundante mas agora cada vez mais em extinção, com consequências na qualidade de vida das populações e na qualidade do ar respirável.
De Alcochete a Almada foi um ano de oiro para a construção, apesar de haver dezenas de milhar de fogos para venda, continua o avançar de construção descontrolado, sem qualidade construtiva, arquitectónica ou de ordenamento, sucedem-se os atropelos á lei e ao bom gosto. Continua-se a permitir um modelo esgotado e com consequências e provas dadas nos recentes incidentes na periferia de Paris cuja parte mais negativa teimamos em importar.
segunda-feira, dezembro 26, 2005
A CRIAÇÃO APOIA O CRIADOR
A anedota do dia é o apoio dos "VERDES", apêndice do Partido Comunista Português ao secretário Geral do partido Comunista Português em versão candidato à Presidência da República, por escolha e aclamação do Comité Central do PCP : Jerónimo de Sousa.
Será que apanhou alguém de surpresa o apoio de 300 "ecologistas" que se subscrevem como apoio ao candidato Jerónimo, a dinâmica de vitória está lançada, ninguém os apanha rumo ao descrédito total e ao ridiculo absoluto.
Como a Campanha do Camarada Jerónimo tem sido essencialmente na sua coutada da Margem Sul onde tem o seu suporte de vida, deve-se daí inferir o apoio dos Verdes à politica de ordenamento da CDU para a Margem Sul, o alastrar do Betão (ecológico certamente) e a destruição do coberto vegetal e das florestas da região, incluindo sobreiros protegidos.Ou o Camarada Jerónimo foi escolhido para pôr ordem nisto e nos presidentes de Câmara da sua côr politica?
domingo, dezembro 25, 2005
sábado, dezembro 24, 2005
SEIXAL, UM NATAL A CHEIRAR MAL - BOAS FESTAS
No Seixal , compras de Natal de nariz tapado
Mais um Natal com o esgoto de alguns milhares de habitantes de Pinhal dos Frades (percurso a vermelho) a passar sem tratamento junto a duas das maiores superfícies comerciais do concelho e uma das àreas mais povoadas, oferecendo um cheiro nauseabundo a quem ruma aquelas paragens.
Tudo isto porque a ETAR de Fernão Ferro apesar de cumprir a sua função, só tem àgua tratada a correr para o Rio Judeu e limpa, cerca de quinhentos metros, depois, nessa àgua limpa proveniente da ETAR é despejado sem qualquer tratamento , a cerca de duzentos metros a juzante da Estação de Serviço da BP, o esgoto de Pinhal dos Frades.
Uma situação que se arrasta há quase vinte anos e que a Câmara do Seixal nada tem feito para alterar, inclusivamente já teve projectada uma mega urbanização social que iria alimentar ainda mais aquele caudal, urbanização essa projectada para ser construída em zona protegida no PDM, na Flor da Mata, indo os seus esgotos alimentar este afluente de esgoto do Rio Judeu, que por sua vez atravessa zonas de REN, RAN e junto a um sítio Rede Natura 2000 e passa depois , a céu aberto, por zonas comerciais, habitacionais, rega as hortas da Torre da Marinha e desagua na Baía do Seixal...
Apesar do mau cheiro, desejamos a todos um Feliz Natal.
sexta-feira, dezembro 23, 2005
MARGEM SUL, A RESERVA DE BETÃO DA CDU
Foto Feijó, Almada, mais uma antiga quinta betonada.
A CDU de Sintra mantém- se fiel à teoria geral CDU, quando não no poder, e em maioria, protecção do ambiente e contenção do Betão, segundo o PUBLICO em artigo de Luís Sebastião, "apresentou mesmo uma proposta de medidas preventivas e de alteração ao Plano de Urbanização de Sintra, com vista a preservar a paisagem na envolvente da àrea classificada pela UNESCO como património mundial".
Quando no poder e na Margem Sul , conter a continuidade do betão do Tejo até ao Oceano já é outra história , e as urbanizações em massa vêm até por bem... já não há património a proteger (Rede Natura...REN...RAN...zonas protegidas como verdes nos PDM...)... nem natureza a salvaguardar!
Esta ambiguidade leva a pôr em questão dois aspectos, ou a incoerência da politica urbana da Margem Norte para a Margem Sul (da CDU), é só para chatear o dr. Fernando Seara e outros autarcas não CDU, ou já ponho a hipótese dos entraves à construção e contenção na Margem Norte tenha como objectivo pôr os especuladores, promotores e construtoresa a deslocalizarem-se para a Margem Sul onde parece , são bem vindos ( e onde lucrariam com tal construção, até, quem sabe, o Partido...) ... é que a divergência de politicas é tal, enquanto oposição e no poder, por parte dos autarcas da CDU, que parece legitimo pôr esta questão do mais básico tráfico de influências a coberto da protecção ambiental, já que tão mal defendida a Sul.
quinta-feira, dezembro 22, 2005
MASSA CRÍTICA
Hoje divulgamos mais uma iniciativa de MassaCrítica em prol de uma cidade mais humanizada e pela criação de condições para o uso de meios alternativos de transporte na cidade. Uma ideia pela qual aqui também nos temos batido e que esperamos seja a génese de um movimento nacional no sentido de uma verdadeira mobilidade humanizada na cidade, pelo que é uma ideia a multiplicar pelo país , uma ideia de modernidade e em busca de uma melhor qualidade de vida urbana.
foto Amsterdão
A iniciativa terá lugar no Porto e em Lisboa , em Lisboa o lugar de concentração será no Marquês de Pombal hoje às 18 horas, mais informações em www.massacriticapt.net.
quarta-feira, dezembro 21, 2005
JURISPRUDÊNCIA
Nos anos sessenta o Governo expropriou toda esta vasta àrea no Seixal , para o senhor Champallimaud, por interesse nacional, ali construir uma Siderurgia!
Nos anos setenta vastas parcelas de terreno no concelho de Santiago do Cacém foram expropriadas por uma ideia, a do Gabinete da àrea de Sines. A maioria dos terrenos não foi utilizado, outro não foi utilizado para o seu fim original e mais grave muitos outros foram entregues a terceiros com outras acividades que não as relacionadas com o GAS (Gabinete da Área de Sines).
Nos terrenos do Seixal. o mesmo se passou, a maioria dos terrenos não foi utilizado para uma hipoética expansão da Siderurgia, tendo a própria Siderurgia mudado as suas finalidades e objectivos. Foi em parte desses terrenos (expropriados e destinados à Siderurgia) criado um parque para instalação de outras empresas, e da própria Câmara Municipal... um fim que não o que levou à expropriação da Quinta da Palmeira entre outras, agora fala a Câmara do Seixal num mega projectro imobiliàrio, relembra-se, em terrenos expropriados para a instalação da Siderurgia do Seixal, um designio nacional.
Nos terrenos de Sines, veio agora o Supremo Tribunal Administrativo dar razão aos anteriores proprietários , obrigando o Estado a devolver-hes os terrenos , por não terem sido utilizados no objectivo que justificou a expropriação. Este acordão poderá abrir um precedente de "consequências imprevisíveis" como se publicava ontem no PUBLICO, até para o Seixal , é que há muito que a situação juridica do Parque Industrial do Seixal e os anteriores proprietários expropriados para a construção de uma Siderurgia, está por esclarecer.
_________________________________________________
A propósito, saúda-se o aparecimento de mais um blogue (fotoblogue?) no Seixal com uma temática dedicada ao património histórico, recomenda-se, em :www.seixalmemoria.blogspot.com
terça-feira, dezembro 20, 2005
A UE E OS ULTIMOS 20 ANOS NA MARGEM SUL II
Este Vale liga o Feijó à Cova da Piedade, desde sempre foi uma zona rica em àgua, a existência de várias minas no local atestavam-o ( e a captação de àgua do Feijó o confirma). Quintas espalhavam-se em direcção ao rio, e hortas férteis já próximo da Cova da Piedade, havia também uma olaria, e não longe uma fábrica de tijolo artesanal... tudo desapareceu, hoje só betão gente triste e sem horizontes na janela. A Câmara de Almada, grande timoneira assim orientou...
segunda-feira, dezembro 19, 2005
A UE E OS ULTIMOS 20 ANOS NA MARGEM SUL
domingo, dezembro 18, 2005
SEIXAL - QUINTA DO ÀLAMO, A VITIMA QUE SE SEGUE?
Quinta do Àlamo Seixal, fotos de NP
No Seixal há quem ande preocupado, pois tudo indica que a Quinta do Àlamo seja a próxima a ser esquartejada em prol do "progresso", não que até agora a Câmara do Seixal o tenha admitido, mas o desenho da nova rede viària do concelho e a continuidade da nova avenida, rasgada para servir o empeendimento imobiliàrio do Centro de Estágio do Benfica, tudo o indique.
Assim sendo, e de uma assentada é o Património associado à Quinta da Trindade e Quinta do Àlamo que desaparecem tal como sempre se conheceram, o primeiro já consumado com o Centro de Estágio, 24 hectares de construção em torres sobre o rio, o segundo , para servir a nova lógica sobre a qual assenta o "desenvolvimento" no Seixal, betonizar tudo quanto é espaço verde, é um fartar vilanagem que não agrada à população , os mails que temos recebido vão nesse sentido, sendo esta uma forma de dar voz a essas posições que são também as nossas. Para a Autarquia é certamente mais uma conquista de Abril, a Quinta da Trindade à Aristocracia, a Quinta do Àlamo ao Clero...
As torres de iluminação dos campos de treino espreitam ameaçadoras sobre a Quinta do Àlamo.Nesta direcção termina, por enquanto uma nova via...
sábado, dezembro 17, 2005
A ÀRVORE DE NATAL DA MARGEM SUL
imagem Feijó- Almada
Esta imagem é significativa do que foi este ano e a ultima década na Margem Sul onde milhares de sobreiros foram abandonados ou arrazados em função do lucro imediato e da especulação imobiliària.
Têm sobretudo culpa, as autarquias, em decisões que estão próximas da corrupção , abuso de autoridade e tráfico de influências, os beneficiàrios dessas decisões, construtores e especuladores imobiliàrios ou promotores, mas também o cidadão comum que não se insurge contra estas decisões e ajuda até à "festa" transformando espaços verdes e selvagens em vazadouros de entulho e lixo, quando o contentor do lixo por vezes está a escassos metros dalí.
O que é facto é que imagens destas são frequentes por aí e mostram um déficit cultural e ambiental muito grande, para além duma falta de civismo gritante.
Por isso cada um tem a "Àrvore de Natal" à medida da sua exigência!
sexta-feira, dezembro 16, 2005
UMA INICIATIVA DE LOUVAR
Uma iniciativa de louvar (clique) , não há politica nem demagogia, só um grupo de cidadãos que pretende dinamizar o uso da bicicleta em meio urbano, o que quanto a nós é uma filosofia a seguir e que temos tentado, para além de praticar, , fomentar através de multiplos posts anteriores. Este passeio anunciado na Alta de Lisboa é este mês no próximo domingo, (18) dado o ultimo domingo coincidir com o Natal. Porque não arrisca a experiência?
Imagens Amsterdão e Paris.
O uso da bicicleta para pequenos percursos pretende em toda a Europa ser uma alternativa séria de transporte, nesse sentido o seu uso é fomentado por Governos e Poder Local e Regional. O Uso deste meio de transporte é generalizado em toda a Europa e Portugal é dos paises menos receptivos apesar de termos um excelente clima e menor poder de compra automóvel/combustível.
As autarquias locais são ainda avessas a desenhar nas vias traços separadores para melhor ordenar o seu uso e melhor proteger os ciclistas, no entanto é já um meio aproveitado para propaganda, quando essas vias são construídas, como se não fosse uma obrigação dos autarcas. A Iniciativa mensal destes cidadãos não tem nada a ver com essa propaganda . É um puro acto de cidadania , Europeísmo e promoção da saúde e do bem estar.
Que tal começar a organizar no sitio onde vive na Margem Sul pequenos grupos com o mesmo objectivo?
quinta-feira, dezembro 15, 2005
O MODELO ERRADO!
O Betão - Rumo a Sul
Têm-nos apelidado de (entre outras coisas menos "suaves") de catastrofistas e negativistas por aqui se criticar um modelo que consideramos sem saída e sem futuro. Uma vez que o presente tem , sem qualquer preocupação de sustentabilidade, hipotecado os tempos que aí virão, e não se pense que é num futuro longinquo.
Vou aqui hoje trazer duas opiniões , uma delas sobretudo, vinda de um empresário que como é obvio aposta num futuro de bem estar e desenvolvimento para dele tirar contrapartidas e mais valias, obviamente se empobrecemos e delapidamos os nossos escassos recursos (paisagem, história e qualidade dos espaços) o futuro será sombrio para todos, empresários incluidos, e mais não seja por isso, este presente também os aflige, passo então a citar do PUBLICO de hoje, Belmiro de Azevedo :
"O próximo Orçamento de Estado deveria «contemplar uma orientação estratégica» que colocasse o país na senda do desenvolvimento, o que passaria por projectos de média dimensão, geradores de emprego e que assegurassem um retorno rápido"..."o futuro do país náo passa pela execussão de mega projectos como o TGV e a OTA , mas sim por investir nos sectores do mar, das florestas, da água, do turismo de qualidade (sem construção descontrolada) e também na reconversão das actividades tradicionais, como o textil e o calçado".
E depois, José Júdice no Metro de 14/12, a explicar porque não se abandona este "modelo" actual :
"As obras publicas, são a principal fonte de rendimento dos partidos e do pessoal politico. Seja por adjudicação directa do roubo, ou por corrupção, o Estado e os contribuintes ficam sempre a perder"
Acrescentamos agora nós , que a nível autárquico as passagens de licenças de obras, alterações ao PDM, transformando por exemplo uma zona verde protegida e "baratuxa" numa mina de oiro urbanizável, autorizar, nem que seja uma estrutura desportiva para interesse publico, em REN e ou RAN, que depois serve também para urbanizar, ou estranhos alugueres e permutas... pelas autarquias, de Norte a Sul, é toda uma "economia paralela" que não entra no Orçamento e que alimenta entre outras coisas, infindáveis campanhas eleitorais, e os cofres dos partidos (para além do que se perde no caminho) que por sua vez alimentam funcionários, que por sua vez votam na eternização do ciclo ... quase todo ele assente no Betão!
Há dúvidas que este não é o caminho?
quarta-feira, dezembro 14, 2005
O "CU" DA MARGEM SUL
Vale Fetal - Almada), junto ao cemitério e onde foi uma floresta...
Hoje é o que se vê, se não é o CU de Judas o que é então?
A Faltar algo a esta bela composição urbanistica será certamente o D, uma ideia e um modelo a copiar (com o D - de desastre) como obra do regime vista do céu, propaganda gratuita através do GoogleEarth, não são eles (CDU) os mestres da propaganda?
Asim, tão singelo com duas letras apenas estará incompleto mas mais verdadeira sem o D da Democracia a atrapalhar como eles gostam e remetendo-nos para outras zonas de geografia corporal ... também a Sul...
terça-feira, dezembro 13, 2005
BETÃO AVASSALADOR SOBRE O MONTADO DO ALTO DO MOINHO - SEIXAL
(acima) Alto do Moinho em Maio de 2005 (Jardim dos Navegantes)
A mesma àrea em Dezembro 2005...
Em Maio aqui (clique) alertámos para a betonização em massa com consequente descaracterização do Alto do Moinho (zona residencial unifamiliar), de então para cá é visivel o avançar do betão sobre aquela zona de sobreiros. A grua isolada à direita da primeira imagem é a grua envolvida por construção à esquerda na segunda imagem.
Tudo o que se vê de construção na segunda imagem cresceu desde Maio passado, e cresceu para onde existiam sobreiros. O Presidente da Câmara do Seixal Alfredo Monteiro disse ao ver multados os responsáveis pelo abate de sobreiros na Quinta da Princesa e ordenada a reflorestação daquela zona , em vez de mais um Hipermercado, que aquilo ia ser um caso Nacional.
Caso Nacional seria se o senhor Monteiro fosse julgado pelos sobreiros que tem permitido cortar pelas urbanizações que tem autorizado na Quinta da Trindade, na Torre da Marinha, nas Farinheiras, na Flor da Mata (zona protegida no PDM) ...isto para além dos já referidos na Quinta da Princesa.
Basta comparar as imagens e pensar que entre elas medeiam sete meses!!! Para imaginar que a este ritmo avançamos tão rápidamente para o abismo enquanto outros ainda mais rápidamente enriquecem à custa do nosso património Natural e Qualidade de vida.
segunda-feira, dezembro 12, 2005
CAMPEÕES
Luis Afonso (Publico-11/12/05) Sociedade Recreativa
Palavras para quê, se nem mesmo com os indicadores económicos, educativos e de bem estar tomamos consciência que esta forma de estar na Europa e no Mundo, muito simplesmente não tem saída.
Estamos entregues a uma classe autárquica e politica ou de politica autárquica... que nos tem arrastado para o fundo com o peso do betão e as más opções de "desenvolvimento", somos o projecto clandestino de um país a sério, o anexo ilegal , a marquise da Europa a que se fecha os olhos e pior que isso somos os inquisidores mor de quem tenta a diferença, o lógico, o sério e o legal!
Somos tudo isso, mais os coveiros das próximas gerações, que não só vão renegar e implodir o país que lhes caíu como herança como ignorar na História, as gerações e politicos actuais! Não têm vergonha na cara?
domingo, dezembro 11, 2005
"ELES FALAM...FALAM"..."DE QUE FALAM ELES..."
Foto Montijo
António Barreto, PUBLICO (11/12/05) ; (sobre os debates "presidenciais") :
..." Seria tão bom que conversassem sobre os caminhos que tem percorrido oterritório nacional, condenado à desordem e à voravidade dos especuladores.
Sobre um país que está a ficar cada vez mais inóspito.
Sobre o desperdício de centenas de milhar de hectares de terra agrícola ou florestal.
Sobre a construção selvagem em terras de reserva agricola, de fileiras de prédios autárquicos.
Sobre umas cidades e vilas que crescem por entre lixeiras e que se transformam em fonte de violência estética e quotidiana.
Sobre a infelicidade de milhões dos nossos concidadãos que vivem em filas de automóveis e horrendos suburbios.
Sobre a especulação fundiária e urbana que condiciona o poder politico, domina o poder autárquico e hipoteca os rendimentos da maioria dos portugueses..."
sábado, dezembro 10, 2005
SEIXAL , ÀGUA DE QUALIDADE PRODUZIDA EM REGIÃO DEMARCADA
O Clone Seixal "bebe" da mesma inspiração da Câmara de Almada informando que a àgua que vende aos munícipes é de "qualidade", mas esta, para além da de Almada, também é "PATRIMÓNIO DE ABRIL"...
A Câmara do Seixal é assim vendedora de um "Património de Abril", será que os Capitães de Abril recebem alguma coisa por isso, é que eles é que foram os obreiros, ou serão só os oportunistas a lucrar com a venda aos cidadãos desse "Património de Abril"?
Mais algumas questões assaltam o cidadão, será uma àgua DOC (Denominação de Origem Controlada), uma àgua Regional ou uma AQPRD (Agua de Qualidade Produzida em Região Demarcada)? ou simplesmente H2O como no resto do mundo?
Voltamos a questionar:
- Mas era suposto , imaginável, uma Câmara não fornecer (vender) àgua que não fosse de "QUALIDADE"???
- E património de Abril porquê ? Será porque "em Abril Águas Mil" ???
sexta-feira, dezembro 09, 2005
ALMADA TEM ÀGUA DE QUALIDADE!!!
"Almada tem água de qualidade" - Mas era suposto não ter?
Há fenómenos fantásticos pela Margem Sul, este é um deles, se a moda pega teremos pelo país no inicio de uma ponte a indicação que "esta ponte não vai cair" ao comprar um chcolate a indicação de "que não vai estar estragado" ao comprer uma televisão, a indicação de que "vai funcionar" e por aí adiante.
A Câmara de Almada fornece VENDE! aos municipes àgua de qualidade! Pois ainda bem! Não é isso que deve fazer? Não é essa a mais básica das suas obrigações? Parece que não e que temos todos que estar muito agradecidos...propaganda a quanto obrigas!!!
quinta-feira, dezembro 08, 2005
PELA RESTAURAÇÃO DO DIREITO À PAISAGEM LIVRE DE PROPAGANDA PARTIDÁRIA
Seixal no Guiness Já! O Seixal deve ser o unico municipio do mundo democrático a ostentar todo o ano como marco de propriedade ou conquista , no mais alto dos seus mastros, o maior dos seus estandartes , a bandeira de um partido, alegoria de um sistema antidemocrático e ditatorial.
Comemorámos há uma semana a Restauração da Independência, marcando para o bem e para o mal o facto de sermos uma das nações mais antigas da Europa e de vivermos hoje sob um sistema democrático e livre e sob uma bandeira que é a da Republica...mas não em todo o País, há um local onde assim não é...
No Seixal um partido politico tornou-se nos ultimos anos um dos maiores proprietários com a aquisição da Quinta da Atalaia, não cabe aqui e agora relembrar as polémicas que envolveram aquela aquisição, os fins a que se destina ou a forma como o dito partido contorna as regras democráticas estabelecidas, por exemplo no seu financiamento.
Visivel em quase todo o concelho uma enorme bandeira a lembrar a antiga União Soviética,nem no mais saudosista país da ex. Cortina de Ferro
Em termos de ambiente e ordenamento que é o que nos interessa , apesar de completamente descaracterizada e alterada na sua estrutura botânica (transformou-se num enorme terreiro de festa a utilizar uma vez no ano) continua como um espaço verde soberbo pela localização, se bem que se tema que toda aquela vasta àrea que vem da Medideira, Serrado, passando pela Atalaia e Quinta da Princesa possa estar sob uma enorme ameaça e futura frentre urbana com a construção da chamada alternativa à EN10 (vamos assistir ao PCP a ser expropriado por uma autarquia PCP? Ou ao PCP Imobiliária?).
Aqui temos ao centro na imagem o "santuário politico" da Atalaia, é notória a alteração feita nas caracteristicas de montado que a Qinta tinha e visivel ainda nos terrenos em redor, como é visivel, a Atalaia faz parte de uma enorme zona ainda preservada que vai ser cortada por uma nova via que muitos defendem servir só para abrir mais uma frente urbana. Quem vai lucrar? (fonte earthgoogle)
Agora em termos de país democrático é uma enorme afronta aquele enorme estandarte no mais alto dos mastros e que não é a Bandeira Nacional, da Autarquia ou da União Europeia que ali não têm lugar, mas sim uma bandeira que é ainda o resquicio de um regime opressor e antidemocrático que sublinha uma verdadeira ferida numa paisagem por enquanto bela e que deveria ser aberta a todos durante todo o ano como o são muitas propriedades privadas deste concelho, a menos que aquela bandeira seja um verdadeiro marco de conquista e exclusão.
É notória a falta de apetência para que um partido politico faça gestão agrária, ou a Atalaia é algum viveiro de espécie botânica rara , desconhecida e secreta? Tão rara que levou à deflorestação do coberto vegetal original! Gostaria de saber em todo o Mundo quantos partidos politicos são ao mesmo tempo latifundiários e "defensores" da classe operária e camponesa, que estranha forma de Reforma Agrária!!!
imagem- (fonte-Brocas)
Mas como esperar mais se depois de uma ditadura de 50 anos a mentalidade ainda é a da conquista e da imposição de um modelo insustentável , sem quaisquer assumpção de erros e cheio de omissões e contradições ???
quarta-feira, dezembro 07, 2005
ALMADA INAUGURA NOVAS MEGA CATEDRAIS DO CONSUMO
Venham mais cinco duma assentada que eu pago já!! não seria certamente a pensar em Grandes Superficies que José Afonso compôs este poema , nem nunca imaginaria certamente autarquias CDU a prestar vassalagem a multinacionais do consumo de uma forma tão subserviente e escandalosa.
Tiro o chapéu a quem negociou por parte dessas multinacionais e grandes grupos economicos nacionais, pois conseguiram implantar na Margem Sul os seus projectos em zonas nobres do ponto de vista de localização, acessos e ambientalmente falando, é claro que neste balanço o ambiente desapareceu, tal a alteração feita nos espaços e tais as àreas envolvidas.
Quem perdeu também foram os centros históricos, cada vez mais decadentes e, descaracterizados e abandonados, primeiro , na década de 90 com a vaga dos Bancos que acabaram com os cafés históricos para se instalarem em boa localização, depois os shoppings que arrazaram com o comércio tradicional ,e , agora com as lojas indiscriminadas e indiscritiveis dos TREZENTOS e CHINEZAS... se isto é um avanço cultural ou económico...há claro quem o defenda!
Para além do meramente economicista em que alguns ganharam, perdeu-se sentimento de pertença aos locais e com isso a iniciativa na sua defesa e preservação, perderam-se espaços culturais institucionais (Sociedades Recreativas, Cinemas e Teatros de Bairro) e também espaços de tertulia e opinião como eram os cafés , onde uma massa critica local formava em muitos casos uma reserva moral contra governantes "iluminados"... daí que não se estranhe a passividade por parte das autarquias e dos autarcas nestes projectos megalómanos e neste modelo de alienação social. É que este é o modelo humanamente acritico que lhes serve, à medida das suas ambições...e assim deixam de ter uma massa critica que se oponha aos seus interesses pessoais e partidários.
Só falta a versão oficial dos acontecimentos, oportunamente num "Boletim Municipal " perto de si...
terça-feira, dezembro 06, 2005
MARGEM SUL, DO LABIRINTO DO BETÃO AO LABIRINTO DO ALCATRÃO
Imagem (Google-earth) - zona entre Corroios e Cruz de Pau, ao centro o Talaminho e a quinta da Princesa, a vermelho a estrada em execussão
O que aqui se falou ontem, e sobre o qual tenho algumas (grandes) reservas está demonstrado na imagem. O traçado a vermelho que não estará muito longe da realidade é a nova via, mostra também já definidos, quatro canais de circulação viària, são eles, da esquerda para a direita, a A2 (a mais larga) logo a seguir a linha da REFER, depois das construções a EN 10 e a linha de Eléctrico + ciclovia e então a vermelho a projectada "alternativa"... para já é notório que o percurso atravessa uma zona que deveria ser mantida como está a todo o custo, ainda para mais indo arrazar a Quinta da Princesa zona arborizada e seguindo depois no sentido de servir o projectado Carrefour (em processo judicial pelo corte antecipado e ilegal de mais de 1000 sobreiros).
Sobreiros no Talaminho? Então é por lá que vai passar a estrada!!!
O que já aqui alertei e face ao modelo de "desenvolvimento" desta autarquia é para a previsibilidade de nova carga urbana para aquela faixa entre a EN10 e a sua Alternativa, ainda por cima uma zona servida pelo MST...Permitam-me pois deixar a minha dúvida. Se realmente esta via interessa? Se realmente esta via é importante para resolver a situação actual? Ou se pelo facto de ser construida , novos problemas e maior carga urbana e humana avançará... convém perguntar, qual é o limite? Porque quer o PCP a contenção urbana em Lisboa e nos Municipios da Margem Norte e a fomenta a Sul do Tejo por via das autarquias que controla? Sobretudo numa zona onde é um dos principais proprietários?
Os mapas já divulgados pela CMS revelam que aqui não estamos a inventar ou a mentir, como é comum sermos acusados, ajudam-nos até a levantar um novo dado, o IC32!
Não será o IC 32 suficiente para descongestionar a EN10 e lhe servir de alternativa, será necessário mesmo criar uma nova via paralela, em alguns locais distanto escassas dezenas de metros da actual EN10 , aumentando nesse pontos a carga de poluição e o tráfego? e depois inflectir em direcção à Quinta da Atalaia, o memo acontecendo com o Metro???
segunda-feira, dezembro 05, 2005
A BICICLETA E O SEIXAL
Imagem- cidadão utiliza a inacabada ciclovia Metro Sul Tejo em Corroios - frente à Moviflor
O "Metro" ainda está longe de por aí circular, e as contas dos seus custos com atrazos e obras refeitas, longe de serem apresentados , apareceu timido e a fingir que era já a sério, poucos dias antes das eleições, mas dois meses passados ainda anda pouco mais de escassas centenas de metros.
MST em testes no Talaminho, um investimento enorme num meio não poluente, de aplaudir também a ciclovia , a prioridade deveria ser der-lhe continuidade e não o começar e acabar em lado nenhum como é hábito... não se compreende que face a este investimento se estejam a construir mais uma nova via para automóveis (paralela à EN 10)
O que tem já uso dos cidadãos, apesar de não conduzir a lado nenhum, é a ciclovia que acompanha a linha do eléctrico o que mostra exemplarmente que as pessoas aderem a este meio de transporte, assim tivessem condições para o utilizar em segurança.
Pena é que paralelamente a esta ciclovia e via destinada a transporte publico não poluente (o eléctrico) avance mais uma via destinada a automóveis (imagem) , via essa (paralela à EN10) que vai rasgar a Quinta da Princesa (mais uma conquista de Abril 30 anos depois...) , e com ela desaparecerão mais um numero largo de sobreiros e pinheiros, e abrindo caminho a mais urbanizações, a mais automóveis, a mais poluição... um contrasenso como é bom de ver à ciclovia e à linha de eléctrico. Será que o espaço entre a EN10 e a nova via é para urbanizar???!!!
Ou o objectivo é valorizar com acessos pagos por todos a Quinta da Atalaia ??? É que todos os caminhos se parecem encaminhar para aquela bandeira Soviética que se exibe sobranceira durante todo o ano em território português e ao mesmo tempo divergem de onde seria lógico passar o Metro, ou seja , nas zonas mais habitadas...
Contrasenso semelhante ocorreu com a via férrea Fertagus, em vez de ter um percurso onde as estações fossem implantadas para servir as zonas povoadas, deslocou-se a linha e as estações para longe , permitindo e fomentando novas urbanizações, seria interessante verificar quem lucrou... e quem agora vai lucrar com o percurso escolhido para o eléctrico.
É bom de ver que assim não vamos lá, é um fartar vilanagem com investimento publico, desenhado à medida para valorizar terrenos em beneficio da especulação imobiliària e em prejuizo da qualidade de vida dos cidadãos e do meio ambiente.
Depois é claro que não se cumpre Quioto, só que depois seremos de novo todos a pagar e não só aqueles que fomentam e lucram com estas politicas.Depois é claro que fomentar o uso da bicicleta seja ridicularizado, é que muito desperdicio de dinheiros publicos seria evitado, perderiam no entanto os que se opõem a estas simples , de custo minimo e utilização imediata (ver primeira imagem) medidas , compreende-se...
domingo, dezembro 04, 2005
OS PIORES
Amsterdão, Holanda. Cidades verdes, humanas e bicicletas...em Portugal não é concerteza
As politicas de desenvolvimento nacionais, que teiman em não nos tirar da cauda da Europa são no sentido da deflorestação geral (quer por incêndios, quer pelo avanço da àrea construída), aumento do tráfego automóvel e movimentos pendulares com o alargamento dos suburbios.
Estamos assim a divergir de uma Europa mais rica ,mais poupada em termos de recursos e mais amiga do ambiente e dos seus cidadãos.
As ultimas noticias são de que Portugal aumetará as suas emissões de gases com efeito de estufa em 42,2% em 2012, tornando este outrora "jardim à beira-mar plantado" no estado da UE mais poluente, isto revelado preto no branco num relatório da Comissão Europeia.
Sobre o estado do ambiente na Comunidade e revelado pelo proprio comissário Stavro Dimas, "As ultimas projecções mostram que a UE converteu com exito os seus compromissos de Quioto em politicas e medidas que irão alcançar as metas de redução de emissões no âmbito do Protocolo de Quioto. E nós já conseguimos reduzir apesar do crescimento económico saudável"
Portugal é claro fica de fora desta fotografia, cada vez mais poluido, cada vez mais dependente do petróleo, com cidades cada vez mais inóspitas e inabitáveis. E isso vai-nos saír dos bolsos... para além do que já nos custa em qualidade de vida.
sábado, dezembro 03, 2005
MONTADO VERSUS BETÃO
imagem Torre da Marinha, Seixal, o betão avança paulatinamente sobre o montado.
O Governo reagiu positivamente à decisão tomada esta semana pelo Tribunal Administrativo de Almada e que impediu a urbanização numa àrea de montado em Palmela, Rui Gonçalves, secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e Florestas sublinhou em declarações ao PUBLICO "que a sentença deve ser encarada por toda a sociedade portuguesa como um sinal da preservação e valorização de um recurso essencial para o país e um dos poucos em que Portugal é lider mundial, defendendo que a revisão dos Planos Directores Municipais deve ser a oportunidade para as autarquias e administração central eliminarem os conflitos e contradições entre os instrumentos de uso do solo e a legislação de protecção do montado de sobro, como aconteceu em Palmela, é que a urbanização de Algeruz , aprovada pela Câmara , estava prevista em PDM" . E concluiu:
"Não podemos querer que no mesmo território, haja montado e edificações.E as contradições só podem ser eliminadas de uma maneira : dando prioridade ao montado"
sexta-feira, dezembro 02, 2005
AUTARQUIAS DEVEM 700 MILHÕES A CONSTRUTORES
O eleitoralismo e a vida acima das possibilidades de muitas autarquias, muitas delas a braços com problemas crónicos de endividamento, são - pelos compromissos assumidos por parcerias e outros estratagemas menos claros - o maior óbice para um desenvolvimento sustentável e lógico do território.
Foi agora revelado que há uma divida global das autarquias a construtoras, na ordem dos 700 milhões de euros, numeros fornecidos pela Associação dos Industriais de Construção Civil e obras Publicas (AICCOPN), revelando ainda que há uma prática corrente das autarquias não cumprirem os prazos no pagamento das obras executadas .
Quantas destas obras e quanto deste endividamento se reflete em obra realmente útil e necessária, e quanta desta obra, nomeadamente as rotundas que enxamearam o território nos ultimos dez anos eram perfeitamente desnecessárias?
Mas o mais grave é que não tendo meios efectivos de numerário para pagar os compromissos assumidos, muitas autarquias abrem mão de um património natural que é de todos , e como referiu Paulo Morais numa recente entrevista (Clique), gerem os Planos Directores\Municipais e o Território como se de uma Bolsa de Valores se tratasse prejudicando o bem publico e um futuro harmonioiso e sustentável.
quinta-feira, dezembro 01, 2005
SEIXAL ,VERGONHOSA FRATERNIDADE
Ponte da Fraternidade, no Seixal, numa noite de Março de 1999 Rogério Filipe de quatro anos desapareceu da vista dos seus pais, apareceu sem vida no dia seguinte no esgoto, na Estação Elevatória perto dali, as investigações concluiram que tinha caído numa caixa de esgoto naquele local que se encontrava aberta e onde morreu afogada - No Esgoto!!! . Em 13 de Julho deste ano terminava um longo julgamento (seis anos depois dos factos), a Câmara era condenada ao pagamento de uma indeminização. A Defesa da Câmara recorreu e alegou haver gravações não audiveis para por esta via obrigar o tribunal a repetir o julgamento...
O julgamento que no passado dia 13 de Julho condenou a Câmara Municipal do Seixal ao pagamento de uma indeminização de 250 mil euros aos pais da criança que morreu ao cair numa caixa de esgoto destapada na Arrentela, terá que ser repetido em consequência do recurso apresentado pela defesa da Autarquia, responsável por aquele equipamento.
Foi na sequência da defesa da Câmara do Seixal ter decidido recorrer do acordão, que em Setembro a advogada da CMS Paula Pinho se decidiu pelo pedido da nulidade do julgamento, por ter verificado que alguns depoimentos estavam mal gravados, sustentando a Drª Paula Pinho "Há algumas cassetes inaudiveis que me impedem exercer recurso sobre matéria de facto".
Quem vê, mesmo por fora, o sofimento dos pais daquela criança morta por uma incúria não assumida, não pode deixar de vislumbrar por parte da Câmara do Seixal uma enorme falta de compaixão e humanidade, as razões técnicas alegadas, se do ponto de vista juridico têm sustentabilidade, do ponto de vista humano são incompreensíveis... já o era o recurso apresentado pela Câmara do Seixal logo após a leitura do acordão bem como a postura dos autarcas.
São estes as fundações humanas (ou falta delas) de quem preside os destinos do Seixal, num caso em que o patamar politico e ético em que se colocam estes autarcas está , a meu ver, muitos pontos abaixo daqueles que nas ultimas eleições apesar de terem contas a ajustar com a justiça insistiram na legitimização dos seus mandatos pela via das urnas. Neste caso, há uma justiça mais profunda e mais humana que é posta em causa pela Câmara do Seixal, mas uma justiça que pelo seu comportamento estarão longe de entender tal a carapaça de indiferença com que governam o seu municipio.Perante tanta hipocrisia deixo as questões:
-Se a criança fosse oriunda de uma qualquer minoria étnica a atitude da Câmara seria a mesma? Teriam um pouco mais de decoro? Ou seria a mesma vergonha e desrespeito pela vida humana?
quarta-feira, novembro 30, 2005
MAIS UMA DECISÃO HISTÓRICA, EM PALMELA PODER JUDICIAL PROTEGE O MONTADO
Foto Corroios Seixal, neste local passará uma nova via pelo que terão de ser abatidos mais umas dezenas de sobreiros em prol do "progresso".
À falta de uma protecção ambiental mais eficaz e face a interpertações enviezadas de algumas autarquias do que é a defesa do ambiente, vem o Tribunal Administrativo e Fiscal de Almada dar razão à QUERCUS na queixa feita pela associação ambientalista sobre as obras no loteamento de Algeruz / Palmela, isto segundo noticia publicada no PUBLICO de hoje e assinada por Claudia Veloso).
O Tribunal deu como provado que "homens e máquinas estão a alterar e destruir a morfologia e relevo natural do solo e a amputar raizes", relembre-se que a autarquia alegou então que a urbanização não previa o abate de qualquer àrvore, mas o tribunal concluiu que as obras de construção de vias de comunicação e infraestruturas de àgua e saneamento "estão a alterar o ecossistema do local", o que é proíbido por lei.
A decisão é uma decisão importante uma vez que havia uma série de interesses conjugados em avançar com aquela urbanização, incluindo a própria Câmara, esgrimindo com uma série de argumentos contra a organização ambientalista, chegando até os interessados a alegar que "a urbanização estava prevista no PDM" ou baseando-se em pareceres técnicos da Associação de Produtores Florestais de Setúbal que não atribuia aquele local "valor ecológico".
O que é facto é que a decisão do tribunal veio no sentido da protecção ambiental daquele montado , estando a obra parada, e , avançando agora a QUERCUS com uma acção no sentido de "penalizar os responsáveis e repor a situação inicial".
Esta é em pouco tempo a segunda decisão do género no sentido de estancar na Peninsula de Setubal com o abate massivo e sistemático de sobreiros, o outra foi conhecida no inicio deste mês e teve como palco o concelho do Seixal onde houve o abate ilegal de mais de mil sobreiros para a instalação de um hipermercado Carrefour e vias de acesso.
Incompreensível a posição da autarca de Palmela que deveria ser o garante do património ambiental, mais que dos interesses de quem pretende construir, relembre-se que a autarca tem assumido posições de grande crispação para com a QUERCUS sobre aquele caso, tendo mesmo em Tribunal (e segundo O PUBLICO) alegado que as posições dos ambientalistas eram "completamente infundadas, para não dizer intoleravelmente alarmistas e demagógicas".
terça-feira, novembro 29, 2005
MODELO DE DESENVOLVIMENTO IMPEDE PORTUGAL DE CUMPRIR QUIOTO
O Bartoon de Luis Afonso e o dossier elaborado por Ricardo Garcia (clike aqui) ambos publicados no Publico de ontem dizem quase tudo, alertando objectivamente para o facto de que o sector dos transportes e dos edificios terem duplicado as emissões de gases com efeito de estufa em Portugal desde 1990.
Quando estes factores se associam , como o é, quando as cidades alastram descontroladamente para os suburbios como acontece na Margem Sul, a situação foge completamante do controle, ainda para mais quando entre os autarcas responsáveis por estas aberrações urbanas não há a minima sensibilização para o assunto e é onde faz todo o sentido a ilustração do cartoon de Luis Afonso.
Este balanço foi feito a proposito da reunião que ontem se iniciou em Montreal sob a égie das Nações Unidas , com a presença de cerca de dez mil representantes de 189 países e que tem como pano de fundo as "Alterações Climáticas" sendo a primeira destas conferências a decorrer depois do nascimento do Protocolo de Quioto em 1997.
O trabalho de Ricardo Garcia aponta para a monitorização que está a ser feita por parte do Programa Nacional para as Alterações Climáticas e as medidas que este programa recomenda, que para o sector dos transportes preconiza a introdução dos biocombustiveis paralelamente introduzindo planos de mobilidade nas àreas metropolitanas, tributação dos combustiveis fósseis e taxas sobre os automóveis.
No sector dos edificios destaca-se a vontade de massificação do uso de paineis solares em edificios. Outro dos vértices deste plano passa por um investimento na energia Eólica, o sector que mais cresceu em Portugal nos ultimos quatro anos em que se passou de 100 megawats para os cerca de 1000 que estão prestes a ser atingidos (os objectivos para 2010 são de serem atingidos 4000 a 4500 Mw).
São tudo temas que têm sido aqui apresentados em termos regionais e profundamente ridicularizados o que sublinha o "abanão civilizacional" que é preciso dar para levar a bom termo objectivos que são globais mesmo passando por opções individuais e comezinhas como o uso da bicicleta!!!
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